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NAZISMO E FASCISMO
O Nazismo, abreviação de Nacional Socialismo, é o nome de uma ideologia política
essencialmente racista disseminada amplamente pelo Partido Nacional Socialista
dos Trabalhadores Alemães, que foi criado em 1920 por Anton Drexler na
Alemanha.
Essa ideologia logo se espalhou por toda a Alemanha sob o comando de Adolf Hitler
e foi um dos fatores que levaram a vários marcos históricos, como o Holocausto e a
Segunda Guerra Mundial.
Como o nazismo surgiu na história?
A Primeira Guerra Mundial foi muito prejudicial a todo o continente europeu,
causando mais de 10 milhões de mortes e 30 milhões de feridos, territórios
devastados e um rombo na economia. Ao seu fim, os derrotados assinaram o
Tratado de Versalhes, que os responsabiliza pelo conflito, sendo eles o Império
alemão e a Austro-Hungria. No tratado, estão previstas uma série de medidas
punitivas para o pós-guerra.
A Alemanha, uma das nações derrotadas, foi obrigada a abrir mão de 13% do seu
território, 75% das suas reservas de ferro e 26% das de carvão. O país teve seu
exército reduzido, sua indústria de armas foi controlada, assim como a produção de
tanques e aviões, perdeu todas as suas colônias e pagou uma indenização pelos
prejuízos da guerra aos países vencedores.
Além do sentimento negativo em ter perdido uma guerra e ter de cumprir todas as
exigências do Tratado de Versalhes, a Alemanha estava num caos econômico, seu
território estava destruído e sua população enfrentava graves problemas. Foi
instituída, em 1919, a República de Weimar. A Alemanha era antes um Império e
passava a ser um país republicano. A República de Weimar que visava a resolver
esses problemas, dando prioridade à reestruturação política e econômica do país.
Houve melhora econômica por conta de um acordo entre a Alemanha e os Estados
Unidos com a instituição do Plano Dawes, que dava incentivos econômicos para a
reconstrução e reestruturação alemã. Mas, por conta da crise da Bolsa de Valores
de Nova York em 1929, não foi mais possível obter ajuda externa.
A Alemanha continuou a passar por enormes dificuldades: a inflação só crescia, o
desemprego se alastrava e os comandos políticos eram vistos com descrédito e
desconfiança por parte da população.
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães foi o principal vetor do
Nazismo. No início da década de 1920, Adolf Hitler assume a liderança e dá outro
nome a ele: Partido Nacional Socialista, ou Partido Nazista. Hitler era austríaco,
nascido em 1889 foi soldado durante a Primeira Guerra Mundial e, ao seu fim,
associou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, assim como muitas outras
pessoas: jovens, estudantes, agricultores, soldados e pessoas de todas as classes
sociais.
Os principais objetivos do partido eram o de união dos alemães, a expulsão de
estrangeiros e tornar a Alemanha um país poderoso e com muitos territórios. Hitler e
seus aliados tentaram fazer um golpe de Estado em 1923 e, por ser o líder do
movimento, Hitler foi preso. Em sua biografia, denominada Mein Kampf (Minha Luta,
em alemão) e escrita durante seu tempo na cadeia, no cerne de sua filosofia política
Hitler delineou o antissemitismo (o preconceito e ódio contra os judeus) e o
anticomunismo, a negação do comunismo e de seus seguidores.
Aos poucos, o Partido Nazista foi colocando pessoas no governo, já na República
de Weimar – receberam 38% dos votos na eleição para o Parlamento em 1932. A
partir de então, Hitler tomou o poder por meio de um golpe de Estado e declarou-se:
presidente, chanceler e Führer – o líder.
O Regime Nazista durou de 1933 a 1945, e foi instituído por Hitler por meio do
Terceiro Reich. Foi marcado por uma série de características muito próprias da
filosofia política nazista. Uma das questões mais importantes do regime era a
propaganda feita pelo Nazismo, dentro e fora da Alemanha.
Como em todo regime autoritário, o governo censurava e controlava emissoras de
rádio, a imprensa, produtos artísticos (músicas, artes visuais, teatro) e buscava
também utilizar esses meios como uma forma de impulsionar a imagem do próprio
regime. O famoso ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, foi utilizado
como referência para diversos regimes totalitários que vieram depois do nazista.
Uma das maiores características do nazismo foi a militarização. Acreditava-se no
uso do poder militar, que era assumido pela polícia, chamada SS, e pela Gestapo,
uma polícia secreta do regime. A Gestapo era uma polícia política que decidia as
penas que iria aplicar, sem o intermédio de um tribunal. Investigavam também
possíveis afrontas ao regime por meio de agentes infiltrados em fábricas e lugares
comuns e, quando queriam descobrir certas informações úteis ao regime ou mesmo
sabiam de pessoas que eram ideologicamente contra ele, essas pessoas eram
presas e torturadas.
No início do regime, o povo alemão apoiava o regime nazista e acreditava na
ideologia pregada por Hitler – que sempre entoava um discurso de salvação
nacional, de melhorias na economia, de superioridade racial e cultural germânica.
Portanto, quanto à perseguição da polícia com comunistas e judeus, a própria
população por vezes contribuía ao delatar uma ou outra pessoa. Conforme os anos
foram evoluindo, principalmente no início da Segunda Guerra Mundial, o terror
gerado pela polícia foi generalizado.
As características do Nazismo
O nazismo é considerado um regime fascista por contar uma série de similaridades,
como: ser autoritário, prever a concentração total do poder, glorificação de um líder,
exaltação da coletividade nacional, expansão de territórios, controle dos meios de
comunicação. O nazismo é, portanto, uma forma de manifestação do fascismo.
Algumas das principais características da filosofia nazista desenvolvida por Hitler
era o racismo, a xenofobia, o nacionalismo e o antissemitismo.
Unidade nacional
Por meio do nazismo, buscava-se uma unidade nacional, contendo também
características do nacionalismo. Criaram uma “comunidade do povo”, com o intuito
de unir todos os alemães e excluir os povos estrangeiros. Essa ideia se aplicava a
todas as pessoas que não fossem germânicas e, por isso, ela era xenofóbica:
visava a afastar todas as pessoas, culturas, ideais e pensamentos diferentes do
germânico. Buscava-se a criação de uma sociedade homogênea. Além disso,
defendia-se uma hierarquia racial, em que povos germânicos eram vistos como uma
“raça superior”, a chamada “raça ariana”.
Antissemitismo
Uma lei que separava os “arianos” dos judeus foi criada, chamada Leis de
Nuremberg, que determinavam institucionalmente essa segregação racial. O regime
perseguiu, torturou, expulsou do território alemão e matou judeus – além de muitas
outras pessoas, como homossexuais, ciganos e pessoas com deficiência. Os
negros, alemães ou não, mas residentes no país, também sofreram com a
segregação, foram hostilizados e expulsos.
Essa perseguição se tornou um extermínio sistemático organizado pelo regime
nazista na Alemanha, que veio a se chamar Holocausto – o assassinato de milhões
de judeus num verdadeiro genocídio. Na época do nazismo, foram criados campos
de concentração para colocar quem se opunha ao regime e para lá foram muitos
judeus, mortos então pela polícia. Durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de
judeus foram deportados do país para guetos e campos de extermínio. Lá, eram
levados a câmaras de gás, em que morriam por asfixia.
Teoria do Espaço Vital
A Teoria do Espaço Vital é uma ideia que surgiu da revolta pela Alemanha ter
perdido territórios depois da Primeira Guerra Mundial. É uma ideia relacionada a
todas as outras, de que a raça ariana deveria ter um único território e expandi-lo ao
máximo, formando “um guia, um império, um povo”, conforme dizia Hitler. Foi um
dos pontapés para a invasão da Polônia em 1939, fato que eclodiu na Segunda
Guerra Mundial.
O Fascismo foi um sistema político nacionalista, antiliberal e antissocialista surgido
na Itália, em 1919, no fim da Primeira Guerra Mundial, e que durou até 1943.
Liderado por Benito Mussolini, influenciou regimespolíticos em vários países da
Europa, como a Alemanha e a Espanha no período entre guerras. Também inspirou
movimentos políticos de direita no Brasil, como o Integralismo. A palavra fascismo
vem do latim fascio (feixe), pois um dos símbolos fascistas era o fascio littorio. Este
consistia num machado envolvido num feixe de varas utilizado nas cerimônias do
Império Romano como um símbolo de união.
Após os estragos causados por essa ideologia na Segunda Guerra Mundial, a
palavra fascismo foi ganhando novos significados. Agora, nas primeiras décadas do
século XXI, é comum denominarmos "fascismo" ou "fascista" o indivíduo ou
movimento que defende a repressão violenta para resolver problemas da sociedade.
No entanto, essa definição não tem relação com o que era o fascismo na Itália, nas
décadas de 20 e 30. Para os fascistas, a violência era um meio para alcançar o
poder, e não um fim. Ainda que tenham usado de métodos violentos em
manifestações, não foram diferentes de outros grupos políticos na época.
Características
O fascismo se caracterizava por ser um sistema político oposto ao socialismo e
também imperialista, antiburguês, autoritário, antiliberal e nacionalista.
Estado totalitário: o Estado controlava todas as manifestações da vida individual e
nacional.
Autoritarismo: a autoridade do líder era indiscutível, pois ele seria o mais preparado
e sabia exatamente o que a população necessitava.
Nacionalismo: a nação é um bem supremo, e em nome dela qualquer sacrifício
devia ser exigido e feito pelos indivíduos.
Antiliberalismo: o fascismo concordava com algumas ideias capitalistas, como a
propriedade privada e a livre iniciativa das pequenas e médias empresas. Por outro
lado, defendia a intervenção estatal na economia, o protecionismo e, no caso de
algumas correntes fascistas, a nacionalização de grandes empresas.
Expansionismo: alargar as fronteiras era visto como uma necessidade básica, pois
era preciso conquistar “espaço vital” para que a nação se desenvolvesse.
Militarismo: a salvação nacional viria por meio da organização militar, da luta, da
guerra e do expansionismo.
Anti-comunismo: os fascistas rejeitavam a ideia da abolição da propriedade, da
igualdade social absoluta, da luta de classes.
Corporativismo: ao invés de defender o conceito de "um homem, um voto", os
fascistas acreditavam que as corporações profissionais deviam eleger os
representantes políticos. Também sustentavam que somente a cooperação entre
classes garantia a estabilidade da sociedade.
Hierarquização da sociedade: o fascismo valorizava uma visão do mundo segundo a
qual cabem aos mais fortes, em nome da "vontade nacional", conduzir o povo à
segurança e à prosperidade.
Fascismo na Itália
O fascismo prometia restaurar as sociedades destruídas pela guerra prometendo
riqueza, uma Nação forte e sem partidos políticos que alimentassem visões
antagônicas.
Um profundo sentimento de frustração dominou a Itália após a Primeira Guerra
Mundial (1914-1918). O país saiu decepcionado por não ter suas reivindicações
atendidas no Tratado de Versalhes e a situação econômica era mais difícil que antes
da guerra.
Assim, a crise social ganhava aspectos revolucionários com o crescimento da
esquerda e dos movimentos de direita.
Em março de 1919, em Milão, o jornalista Benito Mussolini cria os "Fasci di
Combatimento" e os "Squadri" (grupos de combate e esquadrão respectivamente).
Esses tinham como objetivo combater os adversários políticos, em especial os
comunistas, por meios violentos.
O Partido Nacional Fascista, fundado oficialmente em novembro de 1921, cresceu
rapidamente: o número de filiados passou de 200 mil em 1919 para 300 mil em
1921. O movimento agrupava pessoas com tendências políticas de origens
variadas: nacionalistas, anti esquerdistas, contrarrevolucionários, ex-combatentes e
desempregados.
Em 1919, um milhão de trabalhadores entraram em greve; no ano seguinte, já
totalizavam 2 milhões. Mais de 600 mil metalúrgicos do norte ocuparam fábricas e
tentaram dirigi-las seguindo as ideias socialistas. Por seu lado, o governo
parlamentar, composto pelo partido socialista e pelo partido popular, não chegava a
um acordo nas grandes questões políticas. Isto facilitaria a chegada dos fascistas ao
poder.
Marcha sobre Roma
Em outubro de 1922, durante o congresso do partido fascista realizado em Nápoles,
Mussolini anunciou a "Marcha sobre Roma", em que cinquenta mil camisas-negras
— o uniforme fascista — dirigiram-se à capital italiana. Impotente, o rei Vitor
Emanuel III convidou o líder dos fascistas, Benito Mussolini, para formar o
Ministério.
Nas eleições fraudulentas de 1924, os fascistas obtiveram 65% dos votos e, em
1925, Mussolini torna-se o Duce ("líder", em italiano).
Mussolini começou a implantar seu programa: acabou com as liberdades
individuais, fechou e censurou jornais, anulou o poder do Senado e da Câmara dos
Deputados, criou uma polícia política, responsável pela repressão, etc. Aos poucos
foi instalado o regime ditatorial. O governo manteve as aparências de monarquia
parlamentarista, mas Mussolini detinha plenos poderes. Após garantir para si
grande autoridade política e se cercar das elites dominantes, Mussolini buscou o
desenvolvimento econômico do país. No entanto, esse período de crescimento foi
duramente afetado pela crise de 1929.
Totalitarismo e Fascismo
O Totalitarismo representa um sistema político autoritário e repressivo, em que o
Estado controla todos os cidadãos, os quais não possuem liberdade de expressão
nem participação política. O período entre guerras foi uma época de radicalização
política. Foi assim que os regimes totalitários se instalaram em vários países
europeus, como a Itália, a partir de 1922, e o nazismo, na Alemanha, em 1933.
A expansão dos regimes totalitários estava relacionada aos problemas econômicos
e sociais pelos quais a Europa passou depois da Primeira Guerra Mundial. Também
existia o temor de que o socialismo, implantado na Rússia, viesse a se expandir.
Para muitos países, uma ditadura totalitária parecia uma solução, pois prometia uma
reação forte, próspera e sem agitações sociais. Além da Itália e da Alemanha,
países como a Polônia e a Iugoslávia foram dominados por regimes totalitaristas. O
fascismo inspirou ainda regimes autoritários como o "franquismo" na Espanha e o
"salazarismo", em Portugal.
Fascio: o símbolo que deu origem ao vocábulo aparecia em vários monumentos,
selos e documentos oficiais.
Camisa Negra: fazia parte do uniforme dos fascistas e, por isso, seus membros
eram chamados "camisas-negras".
Saudação: com o braço direito levantado.
Lema: "Crer, Obedecer, Combater" era dito em discursos políticos e estava presente
em medalhas, quadros, etc.
Fascismo e Nazismo
É muito comum haver confusão entre os termos “fascismo” e “nazismo”. Afinal,
ambos são regimes políticos de cunho totalitários e nacionalistas que se
desenvolveram na Europa no século XX.
Entretanto, o fascismo foi implementado na Itália por Benito Mussolini durante o
período entre guerras. Já o nazismo foi um movimento de inspiração fascista que
ocorreu na Alemanha, liderado por Adolf Hitler e que se baseava, principalmente, no
antissemitismo.
Fontes: https://www.politize.com.br/nazismo/
https://www.todamateria.com.br/fascismo/
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/nazismo.htm
https://www.politize.com.br/nazismo/
https://www.todamateria.com.br/fascismo/
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/nazismo.htm

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