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PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL 
 
Dr. Rubones Cabral foi contratado pela empresa “Perfumes Naturais” Ltda., em razão de uma 
Reclamação Trabalhista proposta em 10/07/2021 pelo empregado Ariclenes Ferreira (número 1146- 
63.2021.5.18.0002, 2ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS). 
Em sede de inicial trabalhista, o empregado trouxe os seguintes relatos, ora analisados pelo 
advogado: Foi admitido em 05/01/2018 para exercer a função de assistente técnico no 
departamento de aromas e fragrâncias, de forma que seu contrato perdurou apenas até 10/01/2021, 
ocasião em que foi dispensado sem justa causa e recebeu todas as verbas rescisórias. E, durante o 
pacto laboral, o empregado prestou serviço de 2ª a 6ª feira, das 7h às 14h, com intervalo de uma 
hora para refeição, percebendo mensalmente o importe de R$20.000,00. 
Após um ano de prestação de serviço, o empregador reduziu o intervalo para refeição e descanso 
para 30 (trinta) minutos, conforme pactuado em acordo individual entre as partes, e ora sob a 
alegação de que o empregado havia sido coagido. 
Ainda, o empregado alegou que desde a data de sua admissão nunca percebeu de seu empregador 
o benefício do ticket-alimentação, previsto em acordo coletivo e assinado pela sociedade empresária 
“Perfume Flash” Ltda. 
Em 20/01/2019, o empregado afirma que foi promovido e, em razão desta promoção, requereu 
equiparação salarial com o Senhor Xavier, afirmando que passou a exercer função idêntica ao 
paradigma, prestando um trabalho de igual valor, com a mesma perfeição técnica e a mesma 
produção, não obstante o fato de o Senhor Xavier estar na função desde 16/06/2000. 
Por fim, aos autos do processo foi provado que a empresa arcava com a mensalidade do curso de 
nível superior do empregado, mas sem que integrasse para qualquer fim ao seu salário. 
Diante do acima exposto, postulou: 
a) horas extras; b) ticket previsto na norma coletiva; c) Pagamento das diferenças salariais e reflexos, 
em razão da equiparação salarial; d) indenização do período suprimido de intervalo com acréscimo 
de 50%; e) Integração das mensalidades, arcadas pelo empregador, para todos os fins, como salário 
utilidade; f) Pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais em 30% sobre o valor que resultar 
da liquidação da sentença; e g) Pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT. 
Como advogado procurado pela empresa “Perfumes Naturais” Ltda., redija a peça processual 
adequada, a fim de atender aos interesses de seu cliente, tendo ciência de que o empregado possui 
nível superior. 
 
 
 RESOLUÇÃO 
 
Quesito Avaliado 
01 – Endereçamento: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da 2ª Vara do Trabalho de 
Porto Alegre/RS. 
 
 
 
 
 
 
02 – Contestação - Artigo 847 da CLT c/c artigos 336 e seguintes do Código de Processo Civil 
(CPC/2015), aplicados ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 da CLT e artigo 15 do CPC. 
03 – Preliminar: Inépcia da petição inicial – Pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT – 
ausência de causa de pedir (artigo 337, IV do CPC). 
Assim, requer-se a extinção do processo, quanto a este pedido, sem resolução de mérito, nos 
termos do arts. 485, I, IV, e 330, I e § 1º, ambos do CPC. 
04 – Não há direito às Horas Extras – A jornada cumprida não excede o módulo constitucional, 
seja o semanal seja o diário, de modo que são indevidas as horas extras postuladas, conforme o 
Art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e o Art. 58 da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
05 – Indevida a Indenização pela Redução do Intervalo – O empregado é tido como 
hipersuficiente, logo, é lícita a pactuação de redução do intervalo frente a sobreposição legal, nos 
termos do artigo 611-A, III da CLT e Art. 444, parágrafo único da CLT. 
No mais, não se observa a existência de coação no caso em tela, sendo o ônus probatório da parte 
autora, conforme Art. 818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/15. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
06 – Indevido o Ticket - Sustentar ser indevido o ticket, porque o acordo coletivo juntado não foi 
assinado pelo empregador, daí porque ele não está obrigado a respeitá-lo, conforme o Art. 611, § 
1º, da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
07 – Indevida Equiparação salarial – A diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador 
é superior a quatro anos, assim como, a diferença de tempo na função é superior a dois anos - 
artigo 461, §1º, da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
08 – Do Salário Utilidade – A mensalidade não caracteriza salário utilidade por expressa vedação 
legal, na forma do Art. 458, § 2º, inciso II, da CLT, daí porque não poderá ser integrado ao salário. 
09 – Do não cabimento de Honorários Advocatícios - Os parâmetros de fixação dos honorários 
advocatícios sucumbenciais devem respeitar o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% 
(quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico 
obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 
791-A, da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
10 – Conclusão: 
Diante do exposto, requer o acolhimento da preliminar de inépcia, com a consequente extinção 
do pedido sem resolução do mérito, e, no mérito, sejam julgados TOTALMENTE IMPROCEDENTES 
os pedidos formulados pelo Reclamante, condenando-o ao pagamento de custas processuais e 
honorários advocatícios, à luz do art. 791- A, da CLT. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente prova 
testemunhal, documental e depoimento pessoal do Reclamante. 
 
 
 
 
 
11 – Encerramento. 
 
 
CONTESTAÇÃO - Gabarito 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz do Trabalho da 2ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS. 
 
 
Processo nº: 1146-63.2021.5.18.0002 
 
 
“Perfumes Naturais” Ltda., pessoa jurídica de direito privado, CNPJ, endereço completo com CEP..., 
por seu advogado abaixo subscrito (procuração em anexo – endereço), nos autos da reclamação 
trabalhista em epígrafe, que lhe move Ariclenes Ferreira, já qualificado, vem apresentar 
CONTESTAÇÃO, artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), c/c artigos 336 e seguintes 
do Código de Processo Civil (CPC/2015), aplicados ao Processo do Trabalho por força do artigo 769 
da CLT e artigo 15 do CPC, pelos fatos e fundamentos a seguir. 
 
 
I – DOS FATOS 
O ex-empregado, Ariclenes, ingressou com Reclamação Trabalhista perante a Perfumes Naturais 
Ltda. na 2ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS, pleiteando: a) horas extras; b) ticket previsto na 
norma coletiva; c) Pagamento das diferenças salariais e reflexos, em razão da equiparação salarial; 
d) indenização do período suprimido de intervalo com acréscimo de 50%; e) Integração das 
mensalidades, arcadas pelo empregador, para todos os fins, como salário utilidade; f) Pagamento de 
honorários advocatícios sucumbenciais em 30% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença; 
e g) Pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, dos quais neste momento passo a rebatê-los. 
 
 
II – DA PRELIMINAR – INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL 
No que tange ao pagamento da multa do art. 477, §8º da CLT, o reclamante traz o pedido se a devida 
causa de pedir, logo sem nenhum embasamento. 
Contudo, nos termos do art. 337, IV, do CPC e art. 330, I e parágrafo primeiro, inciso I, do CPC, a 
petição inicial revela-se inepta, quando lhe faltar pedido ou causa de pedir. Neste sentido, o pedido 
do pagamento da multa apresenta apenas pedido, estando ausente a causa de pedir, logo, inepta 
quanto a este pleito. 
Desta forma, requer seja acolhida a presente preliminar inépcia da petição inicial, quanto ao pedido 
de pagamento de multa, com a consequente extinção do processo sem resolução do mérito, em 
conformidade com o artigo 485, I e IV, do CPC. 
 
 
III – DO MÉRITO 
III.I – DO NÃO CABIMENTO DAS HORAS EXTRAS 
 
 
 
Durante o pacto laboral, o empregadoprestou serviço de 2ª a 6ª feira, das 7h às 14h, com intervalo 
de uma hora para refeição, e requereu o pedido de horas extras. 
No entanto, a jornada cumprida não excede o módulo constitucional, seja o semanal seja o diário, 
de modo que são indevidas as horas extras postuladas, conforme o Art. 7º, inciso XIII, da CRFB/88 e 
o Art. 58 da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
 
 
III.II – DA INDEVIDA INDENIZAÇÃO PELA REDUÇÃO DO INTERVALO 
O empregador reduziu o intervalo para refeição e descanso para 30 (trinta) minutos, conforme 
pactuado em acordo individual entre as partes, e ora sob a alegação de que o empregado havia sido 
coagido. 
No entanto, o empregado é tido como hipersuficiente, logo, é lícita a pactuação de redução do 
intervalo frente a sobreposição legal, nos termos do artigo 611-A, III da CLT e Art. 444, parágrafo 
único da CLT. 
No mais, não se observa a existência de coação no caso em tela, sendo o ônus probatório da parte 
autora, conforme Art. 818, inciso I, da CLT e do Art. 373, inciso I, do CPC/15. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
 
 
III.III – DO INDEVIDO PAGAMENTO DO TICKET 
O empregado alegou que desde a data de sua admissão nunca percebeu de seu empregador o 
benefício do ticket-alimentação, previsto em acordo coletivo e assinado pela sociedade empresária 
“Perfume Flash” Ltda. 
Contudo, é indevido o pagamento do referido ticket, porque o acordo coletivo juntado não foi 
assinado pelo empregador, mas sim por outra empresa, daí porque ele não está obrigado a respeitá- 
lo, conforme o Art. 611, § 1º, da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
 
 
III.IV – DA INDEVIDA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
Em 20/01/2019, o empregado afirma que foi promovido e, em razão desta promoção, requereu 
equiparação salarial com o Senhor Xavier, afirmando que passou a exercer função idêntica ao 
paradigma, prestando um trabalho de igual valor, com a mesma perfeição técnica e a mesma 
produção, não obstante o fato de o Senhor Xavier estar na função desde 16/06/2000. 
Contudo, a diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador é superior a quatro anos, assim 
como, a diferença de tempo na função é superior a dois anos, logo não sendo possível a equiparação, 
nos termos do artigo 461, §1º, da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
 
 
 
III.V – DO NÃO PAGAMENTO DO SALÁRIO UTILIDADE 
O reclamante alega que a empresa arcava com a mensalidade do seu curso de nível, mas sem que 
integrasse para qualquer fim ao seu salário. 
No entanto, a mensalidade não caracteriza salário utilidade por expressa vedação legal, na forma do 
Art. 458, § 2º, inciso II, da CLT, daí porque não poderá ser integrado ao salário. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
 
 
III.VI – DO NÃO CABIMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Os parâmetros de fixação dos honorários advocatícios sucumbenciais devem respeitar o mínimo de 
5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação 
da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor 
atualizado da causa, nos termos do art. 791-A, da CLT. 
Diante do exposto, requer-se a improcedência do pedido. 
 
 
IV – CONCLUSÃO 
Diante do exposto, requer o acolhimento da preliminar de inépcia, com a consequente extinção do 
pedido sem resolução do mérito, e, no mérito, sejam julgados TOTALMENTE IMPROCEDENTES os 
pedidos formulados pelo Reclamante, condenando-o ao pagamento de custas processuais e 
honorários advocatícios, à luz do art. 791- A, da CLT. 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente prova 
testemunhal, documental e depoimento pessoal do Reclamante. 
 
 
Termos em que 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB nº ... 
 
 
 
 QUESTÃO 1 
Teixeira foi contratado, em 16.06.2018, pela Empresa “Tec&Pec” LTDA, em São Paulo/SP, para 
exercer a função de atendente. A jornada de trabalho ocorria de segunda a sábado, das 11 às 19 
horas, com uma hora de intervalo para refeição e descanso. Em agosto de 2020, Teixeira descobriu 
ser portador do vírus HIV, o que, para sua surpresa, ocasionou a sua dispensa, sem justa causa, 
apenas três dias após o comunicado ao seu superior hierárquico, mediante atestado. 
Ainda, no momento de sua dispensa, Teixeira passou por grande humilhação, tendo sido ofendido 
por seu superior hierárquico, o qual reforçava a todo momento que o empregado era portador do 
vírus HIV, o que tornava incompatível com a política da empresa. 
Diante do exposto, responda: Na condição em que ocorreu a dispensa sem justa causa, pode-se 
defender sua validade perante o entendimento legal e jurisprudencial trabalhista? Justifique. 
 
 
 RESOLUÇÃO 
 
 
Quesito avaliado 
Não, a dispensa ocorrida no caso em tela mostra-se discriminatória e plenamente rechaçada pela 
Justiça do Trabalho. Inicialmente, verifica-se a proibição de qualquer prática discriminatória no 
ambiente de trabalho, como ocorrida perante o empregado Teixeira. Neste sentido, com fulcro na 
Súmula 443 TST, presume-se a dispensa do empregado portador do vírus HIV como 
discriminatória, especialmente se o empregador promove a dispensa logo quando toma 
conhecimento da patologia. Desta forma, inválido o ato de dispensa, possuindo o empregado 
direito à reintegração, nos termos da fundamentação acima exposta, devendo ser pago ao obreiro 
os salários durante o período em que ficou afastado, até a efetiva reintegração ao emprego, nos 
termos do art. 4o, I, da Lei 9029/95. 
 
 
 
 QUESTÃO 2 
Mitto foi admitido pela empresa “Carros Novos” Ltda. para exercer a função de operador de 
máquinas. Desde o início de seu contrato de trabalho, o empregado era responsável por manusear 
uma máquina que emitia ruídos acima dos limites de tolerância fixados pelo Ministério do Trabalho. 
Por tal razão, Mitto sempre recebeu adicional de insalubridade em grau médio (20%). Após cinco 
anos de labor, nestas condições, a empregadora optou por comprar novo maquinário para toda área 
fabril, com o objetivo de modernizar e dinamizar sua estrutura, aumentando, por consequência, a 
qualidade e quantidade de sua produção e, inclusive, sem houvesse qualquer tipo de emissão de 
ruído. Deste modo, a empresa “Carros Novos” Ltda. entendeu como correto o cessamento do 
pagamento de adicional de insalubridade a seus operadores de máquinas, e dentre estes, incluso, 
Mitto. 
Diante dos fatos apresentados, responda às questões a seguir, de forma fundamentada: 
a) Caso o empregado estivesse exposto aos ruídos de forma intermitente, ainda assim, teria direito 
a receber o adicional de insalubridade? Justifique. 
b) A empresa poderia negociar com o sindicato o enquadramento do grau de insalubridade a ser 
pago ao empregado, ainda que de forma diversa ao estipulado pelo antigo Ministério do Trabalho? 
Justifique. 
 
 
 RESOLUÇÃO 
 
 
Quesito avaliado 
a) Sim, uma vez que, o trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não 
afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional, nos termos da 
Súmula n. 47, do TST. 
b) Sim, nos termos do artigo 611-A, XII da CLT, dentre as possibilidades em que o negociado se 
sobrepõe ao legislado, encontra-se a hipótese de enquadramento do grau de insalubridade. 
Logo, o empregador poderá pactuar com o sindicado através de acordo ou convenção coletiva o 
grau de insalubridade a ser arcado pela empresa. 
 
 
 
 QUESTÃO 3 
Astride trabalha na sede de uma estatal brasileira que fica em Brasília. Seu contrato vigora há 14 anos 
e, em razão de sua capacidade e experiência, Astride foi designada para trabalhar na nova filial do 
empregador que está sendo instalada na cidade de Bahrein no Catar, o que foi imediatamente aceito. 
Em relação à situação retratada e ao FGTS, à luz do entendimento consolidado do TST, responda as 
questões a seguir. 
A) Astride terá direito aodepósito do FGTS enquanto laborar fora do país? Justifique. 
B) Em sede de eventual Reclamação Trabalhista, qual país terá competência para processar e julgar? 
Justifique. 
 
 
 
 
 
==1 298 c9 == 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESOLUÇÃO 
 
 
Quesito avaliado 
a) Sim, no presente caso, Astride fará jus ao depósito do FGTS enquanto trabalhar no Catar, pois 
ao trabalhador contratado no Brasil e transferido para laborar em outro país, aplicar-se-á a 
legislação brasileira sobre o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), bem como quanto a 
Previdência Social. 
Indicação do Art. 3º, ‘’caput’’ e parágrafo único da Lei n. 7.064/1982. 
b) A competência para processar e julgar uma possível reclamação trabalhista neste caso, será da 
Justiça do Trabalho Brasileira. Logo, independentemente que o serviço seja prestado em filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo 
em contrário. 
Indicação do Art. 651, § 2º, da CLT. 
 
 
Quesito avaliado 
A jornada de trabalho cumprida por Túlio é irregular, pois, nos termos da OJ 407 da SDI-1 do TST, 
o jornalista que exerce funções típicas de sua profissão, independentemente do ramo de atividade 
do empregador, tem direito à jornada reduzida prevista no artigo 303 da CLT, qual seja, 5 horas 
diárias, motivo pelo qual Túlio poderá pleitear o pagamento de horas extras. 
 
 
 QUESTÃO 4 
Túlio Soares Melo é jornalista e exerce as funções típicas de sua profissão; 
porém, não trabalha em rede de televisão, rádio ou jornal, mas em uma 
empresa de cosméticos da Cidade de Fortaleza/CE. Para desempenho de 
suas funções, Túlio elabora colunas jornalísticas, entrevistas com 
personalidades e todas as demais atividades pertinentes à sua profissão. 
Trabalha de segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 18 horas, com 1 hora de 
intervalo intrajornada e, aos sábados, das 9 às 13 horas, sem intervalo. 
Túlio questionou seu superior hierárquico acerca da validade de sua 
jornada, pois entende que faria jus à jornada reduzida, por exercer a 
profissão de jornalista. Em razão desse questionamento foi dispensado 
imotivadamente. Túlio lhe procura como advogado para atuar em prol dos 
seus interesses. 
Diante da situação hipotética acima, defenda os interesses de seu cliente, 
informando se a jornada de trabalho de Túlio está em conformidade com a 
legislação e jurisprudência trabalhista. 
 
 
 RESOLUÇÃO

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