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Controladoria Pública PDF

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Prévia do material em texto

1
CONTROLADORIA 
PÚBLICA
Prof. Me. Edgard Gonçalves da Costa
2
CONTROLADORIA 
PÚBLICA
PROF. ME. EDGARD GONÇALVES DA COSTA
3
 Diretor Geral: Prof. Esp. Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo: Prof. Dr. William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Profa Esp. Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Profa. Esp. Imperatriz da Penha Matos
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Profª. Fabiana Miraz de Freitas Grecco
 Revisão técnica: Profª. Esp. Gislaine Dias dos Santos
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Clarice Virgilio Gomes
 Prof. Esp. Guilherme Prado
 Lorena Oliveira Silva Portugal 
 
 Design: Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Daniel Guadalupe Reis
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Maria Eliza P. Campos 
 Victor Lucas dos Reis Lopes 
© 2022, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
4
CONTROLADORIA PÚBLICA
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2022
5
 Mestrado em Administração. Graduações 
em Administração, em Ciências Contábeis e em 
Direito. Especializações em Finanças, em Con-
tabilidade Pública e em Direito e Processo do 
Trabalho. Professor e autor. Auxilia os alunos na 
elaboração de projetos de pesquisa. Possui ex-
periência gerencial e/ou técnica no setor públi-
co, nas áreas financeira, orçamentária, controle, 
auditoria e contábil. Exerce as funções de Data 
Protection Officer e Agente de Governança em 
uma empresa pública, onde atua como instru-
tor de cursos. É autor e avaliador de artigos em 
periódicos, nas áreas jurídica, gestão, financeira 
e contábil, de setores públicos e privados. Autor 
dos livros Governança Corporativa em Coopera-
tivas de Crédito Brasileiras. Appris, 2019 e Gover-
nança na Gestão Pública. Faculdade Única de 
Ipatinga, 2021.
EDGARD GONÇALVES DA 
COSTA
Para saber mais sobre a autora desta obra e suas quali-
ficações, acesse seu Curriculo Lattes pelo link :
http://lattes.cnpq.br/5575035885055610
Ou aponte uma câmera para o QRCODE ao lado.
6
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
7
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
SUMÁRIO
1.1 Conceito de Administração Pública ..................................................................................................................................................................................................................................10
1.2 Papel da Administração Pública no Ambiente Social e Econômico .........................................................................................................................................................12
1.3 Gestão das Entidades Públicas ...........................................................................................................................................................................................................................................14
FIXANDO O CONTEÚDO .................................................................................................................................................................................................................................................................18
2.1 Surgimento e Conceito de Controladoria ....................................................................................................................................................................................................................23
2.2 Controladoria na Gestão Pública ......................................................................................................................................................................................................................................26
2.3 Natureza, Função e Atribuições da Controladoria Pública .............................................................................................................................................................................29
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................32
3.1 Evolução e Papel da Contabilidade Pública ..............................................................................................................................................................................................................37
3.2 Sistemas de Informações e a Controladoria ..............................................................................................................................................................................................................41
3.3 Sistemas de Informações Contábeis .............................................................................................................................................................................................................................43
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................45
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CONTROLADORIA
A CONTABILIDADE PÚBLICA E A CONTROLADORIA
4.1 Planejamento Público ..............................................................................................................................................................................................................................................................50
4.2 Orçamento Público ...................................................................................................................................................................................................................................................................54
4.3 Responsabilidade na Gestão Fiscal .................................................................................................................................................................................................................................61
FIXANDO O CONTEÚDO ................................................................................................................................................................................................................................................................66
PLANEJAMENTO E CONTROLADORIA
5.1 Natureza e Função Constitucionaldo Controle Interno e Externo na Administração Pública ..............................................................................................70
5.2 Tomadas e Prestações de Contas ....................................................................................................................................................................................................................................74
5.3 Avaliação de Sistemas de Controle Interno e Externo na Administração Pública .........................................................................................................................77
FIXANDO O CONTEÚDO ...............................................................................................................................................................................................................................................................80
CONTROLE INTERNO E EXTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
UNIDADE 5
6.1 Surgimento e Conceito de Auditoria .............................................................................................................................................................................................................................84
6.2 Auditoria na Gestão Pública ................................................................................................................................................................................................................................................86
6.3 Elementos e Funções da Auditoria Pública .............................................................................................................................................................................................................87
FIXANDO O CONTEÚDO.................................................................................................................................................................................................................................................................90
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO........................................................................................................................................................................................................................93
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................................................................................................................................................................94
 AUDITORIA PÚBLICA
UNIDADE 6
8
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
I
C
V
R
O
UNIDADE 1
Esta unidade inicia-se com a apresentação do conceito de Administração e, 
particularmente, da Administração Pública; na sequência, é apresentado o papel 
da Administra Pública no ambiente social e econômico, discorrendo-se sobre as 
principais funções que o Estado exerce. Por fim, são trazidas informações sobre 
o processo de gestão das entidades públicas, discorrendo-se sobre as formas de 
gestão existentes e pelos quais passou o Estado brasileiro.
UNIDADE 2
Nesta unidade são apresentados, inicialmente, o surgimento e o conceito de 
contabilidade e controladoria, abordando-se, posteriormente, a controladoria 
na gestão pública, descrevendo-se sua natureza, funções e atribuições, sendo 
demonstrada a necessidade de a controladoria prover os gestores de informações 
necessárias para o alcance do resultado global da entidade pública.
UNIDADE 3
Esta unidade tem como proposta apresentar a evolução e o papel da contabilidade 
pública no Brasil, bem abordar a importância de utilização dos Sistemas de 
Informações, Gerenciais e de Contabilidade, para que as atividades da controladoria 
e do processo de gestão aconteçam de forma coordenada e integrada.
UNIDADE 4
Através desta unidade apresenta-se a importância do planejamento como 
mecanismo para que a Administração Pública consiga realizar as suas ações, em 
atendimento aos princípios constitucionais, sendo feita uma abordagem histórica 
da evolução do processo de planejamento e de orçamento. São abordadas as leis 
orçamentárias, bem como os princípios e a classificação dos orçamentos. Esta 
unidade se encerra com o estudo dos mecanismos de responsabilização na gestão 
fiscal, principalmente, a partir da LRF.
UNIDADE 5
Nesta unidade são discutidas a natureza e a função constitucional do controle 
interno e externo na Administração Pública, trazendo-se o conceito e a evolução 
de controle na gestão pública. Discorre-se sobre o processo de levantamento das 
contas (prestação e tomada de contas), que corresponde ao dever de justificação 
por quem se utilizar do dinheiro público, sendo apresentado o processo de avaliação 
do sistema de controle, particularmente com a utilização da metodologia do coso I.
UNIDADE 6
Esta unidade apresenta o surgimento e o conceito de auditoria, sendo feita a 
distinção entre as auditorias interna e externa. Discorre-se sobre o desenvolvimento 
da atividade de auditoria na gestão pública, particularmente, no Governo Federal. 
São trazidos os elementos e as funções da auditoria pública, bem como tipos de 
auditoria existentes.
9
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA
10
1.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 A Administração Pública é uma espécie do gênero Administração, que é uma 
ciência inexata pertencente ao campo das ciências sociais aplicadas (COSTA, 2021). A 
palavra administração vem do latim ad (tendência para ou direção para) e minister 
(subordinação ou obediência) (CHIAVENATO, 1983; 2012). O verbo administrar corresponde 
a governar, dirigir ou exercer o governo, enquanto administração refere-se à ação de 
administrar, de dar direção aos negócios, sejam eles públicos ou privados (DICIO, 2021). 
 Não obstante ser uma ciência relativamente nova, a Administração apresenta-se 
como um fenômeno universal no mundo moderno, comportando diferentes abordagens 
e teorias (CHIAVENATO, 1983; 2012). A Administração recebe influências de diferentes 
ciências e do contexto em que é exercida, lidando com fenômenos complexos, produtor 
de informações muitas vezes incontroláveis, sobre os quais o administrador detém 
pouco conhecimento (ANDRADE; AMBONI, 2007). Considerando-se que o ambiente em 
que atua o gestor está em constante mudança, para o melhor desempenho de suas 
múltiplas funções, é exigido deste profissional atualização constante, de sorte que a 
organização seja gerida da melhor forma possível.
 Em relação ao setor público, no Brasil, a Constituição Federal (CF) de 1988 apresenta 
no seu capítulo VII o critério (orgânico) que expressa o significado de Administração 
Pública, o qual obedecendo aos princípios consagrados no artigo 37 da Carta Magna 
(legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), engloba tanto a 
Administração direta quanto a indireta dos entes federados (União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios), demonstrando a complexidade da organização administrativa do 
Estado Federal brasileiro .
 A denominação Estado foi apresentada por Maquiavel (1469-1527) na obra O 
Príncipe, no século XVI. Segundo Maquiavel, a política caracteriza-se pela constante luta 
pelo poder, onde a moral política, própria do contexto específico, reflete na forma como 
o Estado será administrado. Ao governante caberia a garantia da segurança e liberdade, 
gerando a estabilidade social, necessária à estabilidade política. 
 O Estado agrega um conjunto de organismos decisórios (Parlamento e governo) 
e executivos (Administração Pública), sendo mais amplo que o governo ou que a 
Administração Pública; integrando os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com 
suas funções típicas (COSTIN, 2010). Uma melhor compreensão sobre a distinção entre 
Estado e Administração Pública, pode ser buscada na seguinte obra da referida autora.
O livro Administração pública, de Claudia Costin, está disponível na Biblioteca 
Virtual Minha Biblioteca Única. Disponível em: https://bit.ly/3PWojvU. Acesso em: 
05 jul. 2022.BUSQUE POR MAIS
11
 Montesquieu (1689-1755) não foi o primeiro a defender a tripartição (Legislativo, 
Executivo e Judiciário), visto que Aristóteles (384-322 a.C.) já havia apontado a necessidade 
de separação de funções. Montesquieu defendeu a repartição do poder para se evitar a 
sua concentração e o risco à liberdade do povo (CARVALHO, 2017), através da criação de 
um sistema de freios e contrapesos necessários para a distribuição e o controle do poder 
(CARVALHO FILHO, 2018). A atuação harmônica e independente dos poderes influenciou 
o constitucionalismo no mundo, propondo a garantia da liberdade individual (DALLARI, 
2011).
 Em uma concepção moderna e democrática, o Estado é uma autoridade soberana, 
que acompanhando o processo de evolução da sociedade, é o garantidor das regras 
sociais (TEIXEIRA, 2012). O Governo é exercido pelos políticos eleitos, sendo o responsável 
por estabelecer as metas governamentais. Por sua vez, a Administração Pública é 
composta pelos corpos técnico e legal imprescindíveis para que as metas governamentais 
delineadas pelo Governo sejam seguidas (MATIAS-PEREIRA, 2009). Para Bulos (2017), 
a Administração Pública é o conjunto orgânico e sistemático de normas jurídicas que 
abrangem a Administração direta e indireta dos entes federados, que se guiam pelos 
princípios administrativos consagrados na Carta Magna.
 Em seu sentido mais simples, a Administração Pública, corresponde ao conjunto 
que compõe os meios (institucionais, materiais, financeiros e humanos) necessários 
para que as decisões políticas e as operações sejam executadas e os objetivos atingidos 
(AFONSO DA SILVA, 2005). Por sua vez, em seu sentido mais amplo, Administração 
Pública compreende os órgãos de governo, que exercem a função política e estabelecem 
a ação governamental, assim como os órgãos e pessoas jurídicas, que desenvolvem a 
função administrativa necessária para a execução das políticas traçadas (ALEXANDRINO; 
PAULO, 2012).
 A função administrativa não se confunde com a Administração Pública, uma vez 
que aquela seria mais ampla e se referiria ao Estado como um todo (COSTIN, 2010). A 
função administrativa é tipicamente do Poder Executivo, contudo, os demais Poderes 
Legislativo e Judiciário também a exerce, atipicamente (CARVALHO FILHO, 2018).
 O conjunto de atividades concretas do Estado expressa o critério orgânico, material, 
objetivo, ou funcional da Administração Pública (MORAES, 2012; BULOS, 2017). Tais 
atividades são próprias da função administrativa, não importando quem as desempenha 
(ALEXANDRINO; PAULO, 2012), que, exercidas de maneira imediata, são imprescindíveis 
aos serviços públicos em geral, objetivando que as necessidades e os interesses da 
coletividade sejam atendidos. Por sua vez, o critério formal ou subjetivo é o conjunto 
de órgãos, de pessoas jurídicas e de agentes que exercem, com base na legislação, a 
função administrativa estatal, de sorte a permitir que os objetivos do Governo sejam 
Figura 1: Alguns pensadores
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
12
alcançados (MORAES, 2012; BULOS, 2017; CARVALHO FILHO, 2018; DI PIETRO, 2019). Bulos 
(2017) apresenta, ainda, como integrante da teoria geral dos órgãos públicos o critério 
residual ou negativista, que corresponde a toda atividade não afeta à função legislativa 
ou jurisdicional.
 As entidades políticas, são pessoas jurídicas de direito público interno com 
capacidade legislativa (poder político) e administrativa. Enquanto as entidades 
administrativas, compõem a administração indireta (autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas e sociedade de economia mista) dotadas de autonomia para o 
exercício de suas competências (ABREU; MOREIRA, 2016). 
 A classificação orgânica da Administração Pública como sendo direta ou 
centralizada e indireta ou descentralizada foi inicialmente estabelecida pelo Decreto-lei 
nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. A Administração direta ou centralizada refere-se ao 
conjunto de órgãos administrativos que se subordinam diretamente ao Poder Executivo 
de cada ente federal. 
 A Administração indireta ou descentralizada compõe o conjunto de órgãos que 
integram as entidades personalizadas que prestam serviços ou que explorem atividades 
econômicas, sendo dotadas de personalidade jurídica e desempenham as atividades 
administrativas de forma descentralizada, vinculando-se ao Poder Executivo de cada 
ente (AFONSO DA SILVA, 2006; BULOS, 2017; ABREU; MOREIRA, 2016; CARVALHO FILHO, 
2018).
 A desconcentração não se confunde com a descentralização, visto que na primeira 
opera-se uma distribuição interna de competências, entre órgãos e agentes, dentro 
da mesma pessoa jurídica (CARVALHO, 2017). A desconcentração liga-se à hierarquia, 
ocorrendo um descongestionamento (DI PIETRO, 2019) ou mero desmembramento 
orgânico (CARVALHO FILHO, 2018). A descentralização somente existe a partir do 
momento em que o Poder Público destaca um serviço público de sua titularidade e o 
transfere a outra entidade (DI PIETRO, 2019).
 As ações governamentais ocorrem por meio da política fiscal, englobando 
as funções alocativa, distributiva e estabilizadora. “A função alocativa consiste ao 
fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado” 
(BRASIL, 2020). A função distributiva diz respeito a ajustes na distribuição de renda, 
tornando-a mais justa. A função estabilizadora objetiva utilizar a política econômica, 
visando à garantia do baixo desemprego, à estabilidade de preços e à obtenção de taxas 
apropriadas de crescimento econômico sustentável (GIABIAGI; ALÉM, 2000; BRASIL, 
2020). 
 É importante destacar que os prestadores de serviço público tanto podem ser 
as pessoas jurídicas de direito público quanto as de direito privado (sob regime de 
delegação), com preponderância do regime jurídico do direito público (HIGA; CASTRO; 
OLIVEIRA, 2018). Os serviços de interesse geral, visando ao bom funcionamento da 
sociedade, englobam os básicos necessários: social, econômico e cultural (QUEIROZ, 
2012). 
 Atualmente, oportuniza-se que novos e variados atores sociais contribuam com o 
1.2 PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO AMBIENTE 
SOCIAL E ECONÔMICO
13
pensamento, o desenvolvimento e o provimento de políticas públicas, expandindo-se as 
conexões entre o Estado e a sociedade, e, consequentemente, o aumento da oferta de 
serviços, da democracia e da cidadania.
 Essa participação conjunta permite a coordenação dos recursos e dos diversos 
atores sociais na busca por solução de problemas públicos (NETO, 2021). As políticas 
públicas são entendidas como as ações, metas e planos desenvolvidos e escolhidos pelos 
entes governamentais para a garantia do bem-estar e do interesse público (DIALLO, 
2019).
 Na obra escrita por Neto (2021), são trazidos conceitos, elementos e modelos 
vinculados à análise e à gestão de políticas públicas, inclusive, sendo feita referência aos 
conflitos existentes entre os diversos atores sociais, quando da formação das políticas 
públicas.
 Na atualidade, a análise e a reflexão sobre o planejamento de políticas públicas 
pauta-se na busca da efetividade dos direitos sociais como o seu pilar, exigindo a 
observância aos princípios do empoderamento, das competências compartilhadas, 
da participação, da intersetorialidade e, consequentemente, na responsabilização e 
comprometimento dos envolvidos na seara pública, ligando-se à ideia estratégica de 
desenvolvimento humano e não apenas do mero crescimento econômico (CUSTÓDIO; 
SIILVA, 2015). A essencialidade desses serviços depende do grau de desenvolvimento do 
país e, principalmente, da pressão que a sociedade exerce sobre o Governo no tocante 
ao provimento dos serviços públicos (QUEIROZ, 2012).
 Modernamente, o serviço público seria toda atividade material ampliada 
definida pela lei ou Constituição incumbida ao setor público, para a oferta (direta ou 
indireta) de utilidades e comodidades a cada usuário (HIGA; CASTRO; OLIVEIRA, 2018). 
As teorias político-econômicas modernasdo Estado apresentam a redistribuição de 
renda, a estabilização macroeconômica e a regulação de mercados como os três tipos 
principais tipos de intervenção pública na economia. Contudo, segundo Majone (1999), 
O livro Gestão de políticas públicas: conceitos, aportes teóricos e modelos analí-
ticos, de Paulo Nascimento Neto, está disponível na Biblioteca Virtual Pearson. 
Disponível em: https://bit.ly/3PZfMIg. Acesso em: 06 jul. 2021.
BUSQUE POR MAIS
O serviço público é estatal por natureza (AFONSO DA SILVA, 2005). Mas, com o tempo, o 
Estado passou a atuar em atividades próprias da iniciativa privada. Da mesma forma, as 
empresas particulares começaram a exercer atividades de caráter público. Essa evolução 
tornou incompatível na Europa a ideia de serviços exclusivamente públicos (HIGA; CAS-
TRO; OLIVEIRA, 2018).
FIQUE ATENTO
14
a importância relativa dessas funções varia de acordo com o país e o momento histórico 
considerados .
 Na contemporaneidade, a crise financeira e de gestão do Estado evidenciou a 
incapacidade estatal em conseguir viabilizar o atendimento às demandas sociais cada vez 
mais complexas e diversas, o que exibiu uma gama de transformações na administração 
pública, objetivando à estabilidade financeira e à eficiência na prestação dos serviços 
públicos (MOURA, 2010).
 Em relação ao Brasil, no tocante à função reguladora, quanto aos serviços públicos, 
a transferência das funções para as agências reguladoras não é nova (remonta às 
décadas de 1930). Mas, o novo modelo do Estado regulador surgiu no final da década 
de 1970, e inclui a privatização, a liberalização, a reforma dos esquemas de bem-estar e 
a desregulação (MAJONE, 1999). Não há óbices à existência de agências para regulação 
de atividades puramente privadas. Ademais, o artigo 174 da CF/1988 previu a função 
reguladora para as atividades econômicas propriamente ditas (BARROSO, 2002). A 
privatização dos serviços públicos é normalmente seguida de regulação de preços e 
pela regulação social (meio-ambiente, saúde, segurança e proteção ao consumidor). Por 
outro lado, a desregulação também pode significar regulação menos rígida ou restritiva, 
atendendo aos anseios liberais (MAJONE, 1999).
 Na pós-modernidade do século XX, o Estado brasileiro perdeu o protagonismo 
como instrumento do progresso e da transformação. Contudo, nesse contexto, o 
Brasil efetivamente não conseguiu ser nem liberal nem moderno (BARROSO, 2002). 
Considerando-se o aumento de conscientização e de participação social na definição 
e implantação das ações governamentais, é exigido do setor público uma constante 
evolução em sua forma de gestão, que em sua história experimentou, no Brasil e 
em outros países, os modelos de gestão Patrimonialista, o Burocrático e o Gerencial 
(ANTUNES DA SILVA, 2017).
 Em função das transformações políticas, sociais e econômicas, o Estado passou em 
seu desenvolvimento por diferentes e longos processos, sendo observadas configurações 
diversas para a sua caracterização. Em cada tipo de Estado identificam-se as três formas 
principais de Administração Pública, quais sejam: a patrimonialista, a burocrática e a 
gerencial.
 Na Administração Pública Patrimonialista, característico do Estado Absolutista 
da Idade Média (476 d.C-1453), o patrimônio do Estado confunde-se com o do gestor, 
facilitando a corrupção e o nepotismo (CHIAVENATO, 2012; MATIAS-PEREIRA, 2009). 
 Em contraposição ao patrimonialismo, na segunda metade do século XIX, no 
Estado Liberal, a partir das ideias do sociólogo alemão Max Weber (1864-1920), surge a 
Administração Pública Burocrática. 
 Na gestão burocrática, o controle atua a priori, sendo ela capaz de garantir a 
previsibilidade e a padronização, necessárias para o alcance da eficiência (CHIAVENATO, 
2012; ANDRADE; AMBONI, 2007). O poder racional-legal é centralizador e autoritário, 
impondo a profissionalização, a carreira pública, o técnico, a hierarquia funcional, a 
impessoalidade e o formalismo (MATIAS-PEREIRA, 2009).
 Com o esgotamento da administração burocrática, no final do século XX, a 
1.3 GESTÃO DAS ENTIDADES PÚBLICAS
15
Administração Pública Gerencial (ou Gestão Pública) passou a ser defendida como a 
nova forma de administrar o Estado, servindo de orientação para o Estado Social Liberal 
Republicano. 
 A Gestão Pública, passa a adotar a eficácia e a eficiência para uma boa 
gestão (BRESSER-PEREIRA, 2001), e, embora transfira para o setor privado algumas 
atividades, orienta-se para o cidadão e pauta-se nos princípios da descentralização, na 
horizontalização, na flexibilidade, na inovação e na confiança (MATIAS-PEREIRA, 2009). 
 No Brasil, o processo de gestão pública apresenta resquícios de cada modelo 
implantado, do patrimonial ao de governança, passando pelo burocrático e pelo gerencial. 
A gestão pública pátria caminha para atingir os princípios da boa governança, tida como 
um instrumento gerencial a ser utilizado pelos gestores, pois facilita, além do combate 
a atos de corrupção e de improbidade, uma melhor definição da agenda pública, que 
mais atenta às necessidades da sociedade, evita prejuízos e déficits públicos. 
 A governança corporativa promove condutas e políticas públicas necessárias para 
que a boa gestão seja alcançada, visto serem pautada em princípios como: transparência, 
informação, responsabilidade, probidade, ética, equidade, accountability (prestar contas) 
e eficiência, (SOUZA; FARIA, 2017). 
 No Brasil Colonial (1530-1822), a função administrativa era patrimonialista, a 
gestão centralizada e o Estado absolutista (COSTA, 2008). No período do Império (1822-
1889), por influência do direito francês foram adotados os princípios do Estado Liberal, 
mas, a administração continuava patrimonialista (FERTIG, 2001). No primeiro período 
da República, foram implantados o federalismo e o presidencialismo, mas não foram 
alteradas significativamente as estruturas socioeconômicas do Império (COSTA, 2008).
 No início do século XX, o Estado continuava a ser oligárquico, baseado na agricultura 
e na administração patrimonial. 
 Com o governo provisório da Segunda República (1930-1934) abandona-se o 
liberalismo e emerge a administração burocrática que surge com a aceleração da 
industrialização. 
 O Estado atuando como o investidor na produção de bens e serviços, se prepara 
para a sua primeira grande reforma ocorrida no ano de 1936 (CHIAVENATO, 2012). Nesta 
primeira reforma foram estabelecidos um serviço público profissional e os princípios 
da administração pública burocrática (SLOMSKI et al., 2008). Foram criadas as carreiras 
burocráticas e o concurso público como forma de acesso ao serviço público (MATIAS-
PEREIRA, 2009), sendo implantado o modelo clássico ou racional-legal na Administração 
Pública (CHIAVENATO, 2012).
 A Quarta República (1946-1964) apresenta a Segunda Reforma da Administração 
Pública. Esta segunda reforma, de caráter evolucionário, foi promovida através do 
Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967 (SLOMSKI et al., 2008), mas, não conseguiu 
promover alterações significativas na administração burocrática instalada.
 A Terceira Reforma da Administração Pública incorporada na Constituição de 1988, 
foi a contrarreforma, que buscou restabelecer as regras burocráticas rígidas. 
 A reforma administrativa de cunho gerencial corresponde à Quarta Reforma da 
Administração Pública, tendo se iniciado no ano de 1990 e ganhado atenção a partir de 
1995 (RIBEIRO; PEREIRA; BENEDICTO, 2013). A disciplina fiscal surge como novidade a 
partir da Lei Complementar nº 101 (LRF), de 04 de maio de 2000 (SLOMSKI et al., 2008) 
e houve estatização e consolidação na União de todos os gastos públicos dos demais 
16
entes (MATIAS-PERERIA, 2009). 
 No início do século XXI, o Brasil, inserido na economia capitalista globalizada, torna-
se um Estado democrático, entre burocrático e gerencial (BRESSER-PEREIRA, 2001a). O 
Estado deixar de ser o principal responsável pelo desenvolvimento econômico-social, 
passando a assumir as funções de regulação(RIBEIRO; PEREIRA; BENEDICTO, 2013). 
 Na Administração Pública Gerencial, a eficiência na prestação de serviços é buscada 
e o núcleo estratégico, com base na efetividade, objetiva obedecer e implementar com 
segurança as decisões a serem tomadas.
 Assim, é oportuno que elementos da gestão burocrática sejam utilizados 
conjuntamente com os da gestão gerencial (CHIAVENATO, 2012). Na Gestão Pública 
observam-se alguns requisitos (eficiência, eficácia, efetividade, excelência, autonomia, 
liberdade, eficiência e independência), necessários para que as estratégias permitam 
superar o modelo tradicional da Administração Pública (PESSOA et al., 2016). A busca da 
eficiência no setor público não é algo novo, visto que o Decreto-lei nº 579, de 1938 já a 
previa (BRESSER-PEREIRA, 1997).
 A Reforma Gerencial, insere-se no modelo gerencial ou da Nova Gestão Pública 
(New Public Management) buscando garantir o caráter democrático da Administração 
Pública que se volta para a satisfação cidadão usuário ou cidadão-cliente (BRESSER-
PEREIRA, 2005). A New Public Management (NPM) surgiu a partir da ocupação pela 
sociedade de espaços antes tomados pelo Estado na gestão do interesse público (PAULA, 
2007).
 O processo de desenvolvimento, implementação, gestão e avaliação de políticas 
públicas atrela-se à evolução da Administração Pública e da sociedade. A revolução 
tecnológica propicia canais de participação popular, facilitando o diálogo e a atuação 
mais efetiva dos diversos atores sociais .
 Nesse cenário, a governança deve assegurar a eficiência e a democratização das 
políticas públicas. E a governança gerencial deve garantir flexibilidade e autonomia, para 
que convirjam o interesse individual e o social (BENTO, 2002).
 O Estado eficiente utiliza as instituições e as estratégias gerenciais para melhor 
enfrentar as falhas de mercado (COSTA, 2010). Para Bresser-Pereira (2005), este novo 
Estado seria Social-Liberal e cuida do desenvolvimento econômico e da proteção dos 
direitos sociais. A administração gerencial se baseia na delegação de autoridade, na 
autonomia e no controle a posteriori, priorizando o interesse público (BRESSER-PEREIRA, 
2005). 
 O exercício da cidadania ao fazer um contraponto ao poder burocrático, permite 
através de controle efetivo que a democratização da administração pública ocorra.
A Governança Corporativa pública no Brasil tem se transformado e assim como em 
A substituição da Administração Pública tradicional brasileira por novos modelos de ges-
tão pode permitir um aperfeiçoamento dos resultados governamentais. 
Como a coordenação de ações e a participação incentivada podem ajudar os gestores 
públicos a ofertar melhores serviços para a população?
VAMOS PENSAR?
17
outros países é um conceito e práticas em construção, pautado na cooperação e na busca 
de objetivos comuns do conceito de gestão social (ALCÂNTARA; PEREIRA; FERREIRA 
SILVA, 2015). A desestatização e a democratização promovidas permitiram que fosse 
utilizada uma rede de governança que apresenta o novo papel do Estado como sendo 
de catalisador, articulador, regulador e facilitador do mercado e da sociedade civil (PECI; 
PIERANT; RODRIGUES, 2008). 
 Todos os cidadãos e demais atores sociais interessam-se que os resultados da 
gestão pública sejam os melhores, situação que exige uma participação efetiva e maior 
nas instâncias de tomada de decisão governamental. 
18
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CESP – Adaptada). 
Assinale o item correto que versa sobre a reforma e revitalização do Estado.
a) A reforma do Estado restringe-se ao ajuste fiscal.
b) Visando-se ao fortalecimento da regulação coordenada pelo Estado, não é importante 
reforçar as estruturas de governança existentes.
c) Um aspecto importante para dar seguimento à reforma do Estado é a existência de 
governabilidade. 
d) Atualmente, o modelo vivenciado pelo Estado brasileiro é o da administração pública 
patrimonialista.
e) Na gestão burocrática, o aparelho do Estado é uma extensão do poder do soberano.
2. (CESP – Adaptada). Desde o governo de Getúlio Vargas, diversas modificações 
ocorreram nas dimensões estruturais e culturais da máquina administrativa brasileira. 
Acerca dessas modificações e da administração pública brasileira, assinale a opção 
incorreta.
a) A implantação da administração pública burocrática é uma consequência da 
emergência de um capitalismo moderno no Brasil à época.
b) A administração pública burocrática se instalou no Brasil visando acabar com o 
patrimonialismo vigente.
c) A ações rumo a uma administração pública gerencial foram aceleradas com a transição 
democrática de 1985 e consolidadas com a promulgação da Constituição federal de 1988.
d) O Decreto-lei nº 200/1967 surgiu no bojo de uma reforma que tentou aprimorar o 
modelo burocrático vigente na administração pública.
e) A criação das primeiras carreiras burocráticas fez parte do processo de racionalização 
da administração pública. 
3. (PCI Concursos – Adaptada). 
No novo modelo de administração pública, surge a governança responsiva 
defendida pela ONU, que se caracteriza pela relação de empoderamento 
entre os cidadãos e o Estado.
(BRAGA, Lamartine Vieira et al. O papel do Governo Eletrônico no fortalecimento da 
governança do setor público. RSP, Brasília, v. 59, 1, p. 05-21, jan./mar. 2008).
19
Assinale a alternativa correta em relação ao conceito de administração:
a) Campo de estudo em que se analisa o funcionamento das organizações, mas não se 
buscam formas de melhorar o seu desempenho.
b) Ação de alocar recursos, orientar e supervisionar pessoa com objetivo de alcançar um 
fim ou fins que não garantam a sobrevivência de uma organização.
c) Local nas organizações onde não se tomam previdências administrativas.
d) Designação que pode ser dada aos dirigentes de uma organização.
e) É uma ciência que não faz parte do campo de estudo das ciências sociais aplicadas.
4. O Estado é uma autoridade soberana que além de manter as regras sociais é o 
responsável pela definição da política econômica. Considerando-se essa afirmação, 
assinale a opção correta.
a) Ao exercer a função alocativa o Estado tem plena liberdade para atuar diretamente, 
como empresário, no domínio econômico.
b) A função estabilizadora corresponde a uma distribuição mais justa da renda. 
c) A função distributiva preocupa-se com a garantia do baixo desemprego.
d) Na prestação de serviços públicos, o regime jurídico que prepondera é o de direito 
privado.
e) No planejamento das políticas públicas, o Governo deve tratar o cidadão como um 
cliente e não apenas como pagador de impostos.
5. (CESP – Adaptada). As agências reguladoras são novas modalidades de organização 
para a Administração Pública e operam como autarquias. A partir de tal afirmação, 
assinale a alternativa correta em relação às agências reguladoras.
a) Não dispõem de função normativa.
b) Estão sujeitas à tutela ou controle administrativo exercido pelo ministério a que se 
achem vinculadas, nos limites estabelecidos em lei.
c) Podem ser criadas por decreto.
d) Podem ter suas decisões alteradas ou revisadas por autoridades da administração a 
que se subordinam.
e) Integrante da Administração direta.
6. (CHIAVENATO). 
A Administração é uma ciência inexata que além de receber influências 
de diferentes ciências, lida com fenômenos complexos e referentes a um 
dado contexto 
(ANDRADE; Rui Otávio Bernardes de; AMBONI, Nério. Teoria geral da administração: 
das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo: M Books do Brasil, 2007).
20
A Constituição de 1988 responde pela introdução, no universo da 
administração pública brasileira, de estímulos à universalização do mérito 
e de novas modalidades de gestão na área social referidas principalmente 
à ideia de descentralização participativa. A ela também costuma-se 
associar, no entanto, a reiteração de uma clara tendência ao enrijecimento 
burocrático, vista por muitos analistas como responsável pelo alto custo 
e pela baixa qualidade da vida administrativa. Estreas opções a seguir, 
aponte a que contém alguns dos elementos capazes de expressar essa 
tendência ao enrijecimento burocrático.
(CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 3. ed. São Paulo: Manole, 2012).
a) Transferência maciça de atribuições e recurso a estados e municípios, organização e 
carreiras rígidas e adoção de modelos gerenciais típicos da administração de empresas.
b) Privilegiamento excessivo da Administração indireta em detrimento da Administração 
direta e generalização do ingresso por concurso público e fixação de tetos salariais.
c) O regime jurídico único, a estabilidade e o fortalecimento dos mecanismos – 
subordinação dos entes descentralizados a regras de controle formal utilizadas na 
Administração central.
d) A ênfase no planejamento central, obrigatoriedade da isonomia salarial e manutenção 
das aposentadorias especiais.
e) Fortalecimento das empresas estatais, autarquias federais, plano de cargos e salários 
centralizado e estímulo à implementação de organizações sociais coordenadas pelo 
poder central.
7. (ESAF - Adaptada). Os instrumentos gerenciais contemporâneos são baseados na 
avaliação e desempenho e resultados; e na flexibilidade organizacional. A seguir são 
apresentadas algumas características básicas deste novo tipo de gestão. Assinale a 
opção que identifica a descentralização.
a) Utilização dos recursos.
b) Alcance de resultados.
c) Delegação de autoridade.
d) Escala de prioridades.
e) Abordagem sistêmica.
8. (CESP - Adaptada). O Decreto-lei nº 200/1967 estabeleceu a classificação da 
Administração Pública como sendo direta ou centralizada e indireta ou descentralizada 
e essa estrutura está prevista no artigo 37 da atual Constituição Federal (texto de 
elaboração própria). Acerca da organização administrativa, assinale a opção correta.
a) Do ponto de vista orgânico, a administração pública compreende as diversas unidades 
administrativas que visam cumprir os fins do Estado.
b) Na descentralização há distribuição de competências materiais entre unidades 
21
administrativas sem personalidade jurídica.
c) A autorização legislativa do chefe do Poder Executivo é necessária para a criação de 
determinado órgão.
d) Os órgãos possuem personalidade jurídica própria e capacidade processual.
e) A desconcentração ocorre quando uma entidade federativa cria uma autarquia.
22
CONTROLADORIA
23
 Segundo Lopes de Sá (1994), o conhecimento contábil nasce com a civilização a 
partir da percepção humana de que o que havia conseguido acumular não precisaria 
mais ser buscado na natureza. A intuição humana para a contabilidade surgiria 
empiricamente pelos registros patrimoniais. Apesar de o homem se utilizar de indícios 
e sinais para descobrir ou aumentar o seu conhecimento desde os primórdios da sua 
história, o acaso sempre imperou em suas observações (NEVES, 2003). 
 O desenvolvimento da vida em sociedade aliado à complexidade de fatos 
relacionados ao patrimônio demandaram novas formas de trabalhar, favorecendo o 
desenvolvimento de técnicas de controle e de registro.
 Os números surgiram há cerca de 30.000 anos como uma necessidade de contar, 
de controlar os bens de uso diário, produtos da caça, da pesca e da criação doméstica, 
substituindo a utilização de pedras, ossos, riscos em madeiras, utilizados como 
instrumentos de controle (SENADO, 2018). 
 A noção de conta e de contabilidade é tão antiga quanto a origem do Homo 
sapiens, tendo o homem primitivo utilizado métodos para inventariar o produto da 
caça e pesca, embora os primeiros sinais objetivos que atestem a existência de contas 
datem de cerca de 4 mil a.C. (IUDÍCIBUS, 1995). A necessidade de se registrar eventos e 
situações do cotidiano relacionam-se tanto às inscrições rupestres, quanto à criação da 
escrita cuneiforme em placas de barro (Mesopotâmia, a cerca de 4.000 a.C.), ou a escrita 
demótica e a hieroglífica dos egípcios (SENADO, 2018).
 Com o tempo, o acaso é substituído por procedimentos rigorosos e sistematizados 
para a coleta, armazenamento, processamento, análise e inferência dos dados, tendo os 
indicadores sido utilizados para processos de gestão que se associam ao desenvolvimento 
contábil, através de sistemas de informações e de controle de atividades (NEVES, 2003). 
 Através da aritmética, apresentada por Leonardo Pisano, “o Fibonacci”, em 1202, no 
livro do Ábaco (Liber Abaci), introduziu-se no Ocidente, o sistema numérico indo-arábico 
de zero a nove, que já era conhecido a cerca de seis séculos pelo Oriente, permitindo que 
a contabilidade moderna se desenvolvesse. 
 Esse sistema embora tenha sido considerado herético e banido de Florença pela 
Igreja, posteriormente, substituiu os sistemas hebraico, grego e romano, que usavam 
letras para contar e calcular (SLOMSKI, 2011).
2.1 SURGIMENTO E CONCEITO DE CONTROLADORIA
Figura 2: Alguns pensadores
Fonte: Elaborado pelo autor (2022)
 O surgimento do método veneziano de partidas dobradas, descrito por Luca Pacioli 
no livro Summa de arithmetica, geometria, proportioni et proportionalità, em 1494, 
24
O livro Controladoria e governança na gestão pública, de Walmor Slomski, está 
disponível na Biblioteca Virtual Minha Biblioteca Única. Disponível em: https://
bit.ly/3KwNjbG. Acesso em: 15 jul. 2021.
BUSQUE POR MAIS
descreve que cada transação é associada tanto a um débito quanto a um crédito. 
 Tal sistemática permitiu um grande avanço na contabilidade e no papel da 
auditoria, sendo a base da contabilidade moderna (ENAP, 2020). Porém, o primeiro 
registro de um sistema completo de escrituração por partidas dobradas é encontrado 
nos arquivos municipais da cidade de Gênova, Itália, cobrindo o ano de 1340 (SLOMSKI, 
2011). Os aspectos históricos da contabilidade relacionados ao desenvolvimento da 
humanidade podem ser mais bem compreendidos no livro Controladoria e governança 
na gestão pública, deste mesmo autor.
 O método veneziano foi difundido, surgindo na Europa, no Século XIX, a escola 
italiana (aziendalismo), permitindo um avanço teórico em relação às necessidades 
e complexidades das sociedades (IUDÍCIBUS, 1995). Mas, os italianos tiveram uma 
preocupação demasiada em apresentar a contabilidade como ciência e havia excesso 
de utilização das partidas dobradas que impedia a versatilidade necessária para outras 
aplicações práticas (FONTOURA; SOUZA; LONDER, 2020; IUDÍCIBUS, 1995). 
 O método contábil desenvolveu-se intimamente associado ao surgimento do 
Capitalismo e objetivou quantificar os investimentos iniciais alocados na exploração 
comercial ou industrial, permitindo o aperfeiçoamento das partidas dobradas (FEA/USP, 
1993). Com a ascensão econômica norte-americana a partir de 1920 e o surgimento das 
grandes corporações, bem como no avanço das instituições econômicas e sociais houve 
um amadurecimento das teorias e práticas contábeis, surgindo a escola anglo-saxônica 
(IUDÍCIBUS, 1995).
 A escola contábil norte-americana tornou-se bastante relevante e influente, pois 
se preocupava com custos, controladoria, análise das demonstrações, e, posteriormente, 
com a contabilidade gerencial e a contabilidade financeira (FONTOURA; SOUZA; LONDER, 
2020). Enfatiza-se o processo de comunicação da informação econômica (PADOVEZE, 
2010).
 Diferentemente da escola italiana, a escola americana demonstrou a utilidade 
prática da contabilidade para a gestão.
A escola italiana defende a ideia do controle econômico do patrimônio e suas variações, 
sendo mais teórica (PADOVEZE, 2010). Por outro lado, a escola americana, objetivando ser 
mais prática, preocupou-se com o usuário das informações contábeis, embora, no início, 
desse pouca importância à sistematização dos planos de contas (IUDÍCIBUS, 1995).
FIQUE ATENTO
25
 No Brasil, o desenvolvimento da contabilidade contou com a iniciativa do 
Governo, que sofreu grande influência da escola italiana. Em 1902 foi fundada a Escola 
de Comércio Álvares Penteado, voltada para o ensino da contabilidade. Em 1946, foi 
fundada a Faculdade de Ciências Econômicase Administrativas da USP e iniciado o 
curso de Ciências Contábeis e Atuariais, inaugurando-se o primeiro núcleo de pesquisa 
nos moldes norte-americanos. 
 A demanda cada vez mais especializada dos usuários da informação permitiu 
na modernidade a evolução da contabilidade (CARVALHO; CECCATO, 2011), surgindo a 
contabilidade comercial e, consequentemente, a profissão de contabilista, regulamentada 
pelo Decreto-lei nº 9.295 de 27 de maio de 1946 
 Mas, principalmente a partir da Resolução nº 220 e da Circular nº 179 do Banco 
Central, de 1972, que passou a ser adotada a filosofia norte-americana, (IUDÍCIBUS, 1995), 
influência consolidada com a Lei nº 6.404, de 1976.
 Com a globalização e o crescente dinamismo do mercado acirrou-se a competição 
entre as organizações e a necessidade da ação de práticas de gestão mais modernas. 
 Nesse cenário, ganha importância a controladoria, que sendo uma disciplina nova, 
no Brasil, apresenta uma diversidade de conceitos (GIBOSKY; BATISTA; SOUZA, 2021).
 Característica do século XX, a controladoria surge nas organizações para garantir o 
aprimoramento da gestão na década de 60 e, aos poucos, passou a ampliar o seu escopo 
(ASSIS; SILVA; CATAPAN, 2016). 
 Não obstante a controladoria fazer uso da contabilidade, com esta não se confunde, 
visto ser a controladoria multidisciplinar. 
 Conforme Gouveia (1993), a contabilidade é um sistema bem idealizado que registra 
as transações e o seus reflexos na situação econômico-financeira de uma empresa, 
expressos em termos monetários, em uma determinada data.
 Para a FEA-USP (2021, on-line), a contabilidade é a ciência que estuda, interpreta, 
registra e analisa os fenômenos (fatos) que afetam o patrimônio (e sua variação) de 
uma entidade, permitindo que os controles e a gestão sejam assegurados e que as 
informações necessárias sejam disponibilizadas. Ao apresentar um conceito mais amplo, 
Santos (2014) informa que a contabilidade é a ciência que estuda tanto o patrimônio 
das pessoas quanto das organizações, tendo por objetivo registrar, informar, analisar e 
interpretar ocorrências no patrimônio de um indivíduo ou de uma organização.
 Nos conceitos acima percebe-se que a contabilidade deve se atentar para os fatos 
e variações relacionados ao patrimônio, considerando-se os aspectos quantitativos e 
qualitativos.
O livro Contabilidade, organizado por Antônio Sebastião dos Santos, está dispo-
nível na Biblioteca Virtual Pearson. Disponível em: https://bit.ly/3AYuviJ. Acesso 
em: 17 jul. 2021.
BUSQUE POR MAIS
26
 A controladoria, por sua vez, busca pelo atingimento do ótimo na entidade 
(pública ou privada), sendo o “algo mais”, procurado pelos elementos componentes da 
máquina empresarial (SLOMSKI, 2011). Sofrendo influência de fatores internos e externos 
à organização, conceitualmente, a controladoria pode ser entendida como o conjunto 
de doutrinas e conhecimentos de gestão econômica, podendo ser um departamento ou 
órgão administrativo que interage de forma ampla com a contabilidade (ANJOS, 2020). 
Tendo como objeto as organizações, em sua obra intitulada Controladoria, Edenise 
dos Anjos apresenta a controladoria como área como área do conhecimento e órgão 
administrativo.
 Sabendo-se que a continuidade de uma empresa é dependente da existência de 
uma controladoria que seja ao mesmo tempo ágil e eficiente, esta deve se respaldar em 
um robusto Sistema de Informações Gerenciais (SIG. Ao ser implementada como um 
órgão administrativo, a controladoria engloba áreas diversas, sendo, portanto, necessário 
contar com o apoio da alta gestão da organização. 
 A missão e o objetivo da controladoria são, respectivamente, assegurar o acesso ao 
SIG e mantê-lo adequado e em funcionamento. O SIG permite a análise de desempenho 
e o reporte de informações a toda a empresa, possibilitando a escolha e a execução das 
melhores ações e, consequentemente, avaliar se os resultados obtidos correspondem ao 
planejado, oportunizando-se a correção de desvios (LUZ, 2014).
 No âmbito público, embora seja uma atividade recente, os órgãos de controladoria 
destacam-se como importantes propulsores do aprimoramento da gestão governamental, 
mesmo porque, a sociedade exige uma administração cada dia mais correta, resolutiva, 
transparente e que seja provedora de serviços públicos efetivos (ASSIS; SILVA; CATAPAN, 
2016). Na esfera federal, Controladoria Geral da União (CGU) surgiu somente em 2003.
 A partir de influências internacionais, o Brasil desenvolveu a sua política de 
Prevenção e Combate à Corrupção, criando instituições e mecanismos voltados para 
tornar efetiva tal política. Nesse contexto, foi criada a CGU em 2003, a partir da medida 
provisória nº 103/2003. 
 A CGU por ser o órgão responsável pelo controle interno do Governo Federal realiza 
atividades relacionadas à defesa do patrimônio público e da transparência, por meio 
de ações de auditoria pública, correição, prevenção, ouvidoria, e, mais recentemente, 
combate à corrupção. Exerce ainda, na qualidade de Órgão Central, a supervisão técnica 
e dá orientações normativas aos órgãos que compõem o Sistema de Controle Interno e 
2.2 CONTROLADORIA NA GESTÃO PÚBLICA
O livro Controladoria, de Edenise Aparecida dos Anjos, está disponível na Biblio-
teca Virtual Pearson. Disponível em: https://bit.ly/3Q11ZRH. Acesso em: 17 jul. 2021.
BUSQUE POR MAIS
27
o Sistema de Correição e das unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal.
 As atividades que antes eram executadas por órgãos distintos, de forma 
descentralizada, não garantia a devida eficiência do controle interno, razão pela qual a 
CGU foi elevada ao status de ministério, facilitando, inclusive, a interlocução e atuação 
conjunta com outros órgãos, reduzindo-se a assimetria informacional. Com esse novo 
desenho, foram criados instrumentos de fiscalização e parcerias entre a CGU, Polícia 
Federal e Ministério Público objetivando o combate à corrupção em outros entes, 
principalmente, nos municípios. Alguns entes federados acabam, respeitadas as suas 
particularidades e necessidades, espelhando-se na estrutura desenhada pelo Governo 
Federal.
 A Controladoria é composta por 5 secretarias finalísticas: Secretaria de 
Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC); Secretaria Federal de Controle 
Interno (SFC); Corregedoria-Geral da União (CRG); Ouvidoria-Geral da União (OGU); e, 
Secretaria de Combate à Corrupção (SCC).
SECRETARIA PRINCIPAIS FUNÇÕES
Secretaria de 
Transparência e 
Prevenção da 
Corrupção 
Prevenção da corrupção na administração pública e na sua rela-
ção com o setor privado: promoção da transparência, do acesso à 
informação, do controle social, da conduta ética e da integridade 
nas instituições públicas e privadas.
Secretaria Federal 
de Controle Interno 
Órgão central do sistema de controle interno: fiscalização e avalia-
ção da execução de programas de governo, auditorias e avaliação 
dos resultados da gestão, apuração de denúncias e representa-
ções; controle das operações de crédito; e atividades de apoio ao 
controle externo. 
Corregedoria-Geral 
da União
Combate à impunidade na Administração Pública Federal: coor-
denação e acompanhamento da execução de ações disciplinares 
que visem à apuração de responsabilidade administrativa de servi-
dores públicos. 
Ouvidoria-Geral 
da União
Supervisão técnica das unidades de ouvidoria do Poder Executivo 
Federal: orienta a atuação das unidades de ouvidoria dos órgãos 
e entidades do Poder Executivo Federal; examina manifestações 
referentes à prestação de serviços públicos; propõe a adoção de 
medidas para a correção e a prevenção de falhas e omissões dos 
responsáveis pela inadequada prestação do serviço público; e con-
tribui com a disseminação das formas de participação popular no 
acompanhamento e fiscalização da prestação dos serviços públi-
cos.
Secretaria de 
Combate à 
Corrupção
Propor ao Ministro de Estado a normatização, a sistematização e 
a padronização dos procedimentos das atividades relacionadasa 
acordos de leniência, inteligência e operações especiais; supervi-
sionar, coordenar e orientar a atuação das unidades da Controla-
doria-Geral da União nas negociações dos acordos de leniência; 
desenvolver e executar atividades de inteligência e de produção 
de informações estratégicas, inclusive por meio de investigações; e 
coordenar as atividades que exijam ações integradas da Controla-
doria-Geral da União em conjunto com outros órgãos e entidades 
de combate à corrupção, nacionais ou internacionais.
Quadro 1: Principais Funções
Fonte: Elaboração própria (2021) adaptado de CGU
28
 A Controladoria conta ainda com Unidades Descentralizadas, que são as 
Controladorias Regionais da União nos Estados. Cabe ainda à Diretoria de Transparência 
e Controle Social - DTC da CGU apoiar e orientar os demais entes federados (Estados, 
Distrito Federal e Municípios) para que sejam implementadas “políticas e programas 
de prevenção da corrupção, de promoção da transparência, do acesso à informação, da 
conduta ética, da integridade, dos princípios de governo aberto e do controle social”.
 Percebe-se, portanto, a grande importância que a CGU tem para a sociedade, 
uma vez que em sua atuação, além do combate à corrupção, tal órgão preocupa-se 
em desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento dos controles internos 
federais, permitindo que a gestão atinja os seus objetivos a partir do bom uso dos recursos 
públicos, em atendimento aos princípios da economicidade, eficiência e eficácia.
 Apesar de terem objetivos diferentes, as organizações públicas e privadas adotam 
princípios de governança corporativa objetivando que a boa governança seja alcançada. 
A expressão governança refere-se ao processo de distribuição de poder nas organizações 
(públicas ou privadas), enquanto a governança corporativa (GC) implica na boa gestão 
das empresas, sendo considerados os diversos interessados (todos os stakeholders), a 
proteção aos acionistas minoritários, bem como o incentivo a uma gestão responsável e 
transparente. 
 A governança corporativa corresponde ao sistema de gestão e monitoramento 
das sociedades, em que estariam envolvidos os relacionamentos entre diversos 
interessados, objetivando o aumento do valor da sociedade, o acesso facilitado a fontes 
de financiamento e a sobrevivência da organização (IBGC, 2015). A governança pública 
é o sistema composto pelos mecanismos institucionais utilizados para que as políticas 
públicas sejam bem definidas e que os resultados desejados por todos sejam alcançados 
(IBGP, 2014, on-line).
 A importância da controladoria para o setor público repousa no fato de que é 
possível ser alinhado o fluxo de informações necessárias para que os objetivos traçados 
sejam alcançados, garantindo-se a boa governança a partir da observância aos princípios 
da transparência, da accountability (prestação de contas) e da responsabilidade fiscal 
que também alicerçam a controladoria (ASSIS; SILVA; CATAPAN, 2016). 
 A accountability refere-se ao processo de responsabilização das entidades públicas 
e dos indivíduos que delas fazem parte, por suas decisões, ações e desempenho. E, em 
virtude dessa responsabilidade conferida, se submetem a revisão externa (IFAC, 2001). 
 Na transparência, deve ser cultivado o desejo de informar e a comunicação 
corporativa não pode se restringir à mera divulgação do desempenho econômico-
financeiro (IBGC, 2015). As informações relevantes precisam ser divulgadas de forma 
atempada, transparente e objetiva (G20; OCDE, 2015).
 Assim como no setor privado, a controladoria governamental, sob a gestão do 
controller, deve se preocupar em gerir o banco de dados global do ente público, que deve 
contar com um SIG estruturado e capaz de dar resposta imediata sobre as informações 
como as financeiras, econômicas, patrimoniais do ente considerado (SLOMSKI, 2011).
 A controladoria facilita o planejamento, a definição, a execução e a avaliação das 
políticas públicas, dando maior efetividade ao uso dos recursos orçamentários, com o 
consequente atendimento às necessidades da sociedade.
 A controladoria na área pública apesar de ser algo novo tem como grande desafio 
potencializar a aplicação dos recursos colocados à disposição dos gestores, o que exige 
29
um rigoroso processo de planejamento, execução orçamentária e controle das contas 
públicas (ASSIS; SILVA; CATAPAN, 2016), tornando a aplicação das receitas mais eficiente e 
eficaz, com produção de melhores serviços que atendam na integralidade as demandas 
da sociedade (COSTA et al., 2019).
 As entidades públicas sofrem externalidades (positivas e negativas), assim, 
a existência de um órgão que consiga fazer a “concertação” (permitir que as ações 
funcionem em perfeita sintonia), proporciona que todos trabalhem em prol de um 
mesmo objetivo, o que exige do ente público se conhecer internamente, bem como 
saber quais são as necessidades dos cidadãos e como melhor atendê-las. Assim, cabe ao 
controller buscar o melhor resultados possível, gerando valor para a sociedade.
2.3 NATUREZA, FUNÇÃO E ATRIBUIÇÕES 
DA CONTROLADORIA PÚBLICA
 Embora tenham relação bem próxima, a Controladoria não é uma evolução da 
Contabilidade, pois aquela tem natureza multidisciplinar utilizando diversas disciplinas 
como fontes (ROCHA, 2018). Além disso, a natureza e a extensão das responsabilidades 
da controladoria atrelam-se a algumas variáveis como o porte da empresa, o ambiente 
em que operam, o estilo de gestão, a estrutura organizacional (BORINELLI, 2006).
 A controladoria pode ser encontrada nas organizações tanto como um órgão de 
linha (autoridade) ou como staff (assessoria) e ao estar mais próxima do topo da cadeia 
hierárquica da entidade pode ser considerada controladoria estratégica. 
 Contudo, ligando-se aos níveis de gestão intermediários (diretorias e gerências), 
será considerada controladoria tática (devendo responder diretamente à controladoria 
geral). Mas, se estiver ligada aos níveos níveis hierárquicos mais baixo, será controladoria 
operacional (ROCHA, 2018).
 Inegavelmente, a controladoria desempenha um importante papel no dia a dia 
das organizações, auxiliando na elaboração e definição das estratégias e dos objetivos, 
exercendo algumas funções necessárias para o bom funcionamento da organização, 
seja ela pública ou privada (SUZART; MARCELINO; ROCHA, 2011). 
 Por ser um campo de estudo em construção, a base teórica da controladoria não 
está consolidada, portanto, não há consenso entre os pesquisadores quanto ao objeto 
de estudo da controladoria. 
 Ademais, o objeto de estudo da controladoria encontra-se na natureza das 
próprias relações entre os variados níveis de executivos sobre os quais o controller exerce 
influência e contribui para que ocorra a efetividade gerencial (VATTER, 1950 citado por 
BORINELLI, 2006) . Consequentemente, o significado de controladoria ancora-se na 
natureza dessas contribuições, embora o modelo pretendido segundo assinalado por 
Regel possa atender à oferta de informações para o usuário interno (operacional e 
estratégica) ou externo (BORINELLI, 2006). Porém, os objetivos empresariais são o ponto 
central sobre o qual a controladoria deve atuar, oportunizando-se a criação de valor para 
a organização (PADOVEZE, 2010).
 No setor público, a controladoria exerce papel importante no processo decisório. 
Além de permitir que os recursos públicos (humanos, financeiros e físicos) sejam 
bem geridos (SLOMSKI, 2011), auxilia no desenvolvimento de mecanismos para 
acompanhamento das atividades e dos programas governamentais, bem como facilita 
a avaliação dos resultados alcançados (SUZART; MARCELINO; ROCHA, 2011).
30
Defende-se na teoria uma postura mais proativa e mais forte (no campo do planejamento 
e coordenação) por parte dos controllers. Porém, na prática, as empresas esperam desses 
profissionais uma postura mais informativa (reativa), com preponderância dos controles 
internos e a elaboração de relatórios. 
Que possíveis explicações podem ser apontadas para essasituação?
VAMOS PENSAR?
 O controller em suas ações pode auxiliar o gestor público na definição e escolha 
das melhores estratégias, permitindo que haja uma boa gestão dos parcos recursos 
públicos, através da elaboração de um planejamento e de uma peça orçamentário que 
consiga agregar as diversas demandas sociais, balanceando as receitas com as despesas 
de sorte a permitir uma administração responsiva e que ofereça serviços que gerem 
valor para a sociedade.
 No tocante às funções da controladoria, da mesma forma, na literatura não há 
consenso em relação àquelas que precisam ser desempenhadas pelo controller.
 Embora possa se admitir existirem funções típicas ou comuns da controladoria, 
há uma diversidade de conceitos apresentados pela literatura sobre quais seriam essas 
funções, que também são influenciadas pelas estruturas e pelos modelos de gestão das 
entidades (SUZART; MARCELINO; ROCHA, 2011). Algumas funções da controladoria são: 
liderança, gestão e planejamento estratégico, gestão tributária, análise das demonstrações 
financeiras, gestão de marketing, gestão do capital de giro e de investimentos (GIBOSKY; 
BATISTA; SOUZA, 2021).
 Não obstante terem constatado que o controle interno se sobressaia como a 
função principal por terem sido constituídas como órgão central do controle interno, 
Suzart, Marcelino e Rocha (2011) identificaram as seguintes funções comuns e respectivas 
atribuições nos órgãos de controladoria da Administração Pública (da União e de alguns 
Estados). Tais funções já haviam sido apontadas por Borelli (2006) como típicas da 
controladoria. 
 a) Função contábil, que compreende as seguintes atividades: acompanhar 
e fiscalizar a gestão contábil, financeira e orçamentária; elaborar demonstrações 
contábeis; elaborar e manter atualizado o plano de contas do ente federado; e gerenciar 
a contabilidade do ente federado.
 b) Função Gerencial-estratégica, que agrega as atividades de: acompanhar e 
fiscalizar a gestão administrativa e operacional; avaliar os resultados de planos, de 
orçamentos e de programas públicos; e propor medidas para racionalizar o uso dos 
recursos públicos.
 c) Função Tributária, englobando as atividades relacionadas à supervisão da 
arrecadação e da despesa do ente federado.
 d) Função Proteção e controle dos ativos, cujas atividades são acompanhar e 
fiscalizar a gestão patrimonial.
 e) Função Controle Interno, responsável pelas atividades de: apoio aos órgãos de 
controle externo; planejamento, coordenação e execução das funções de controle interno, 
de corregedoria e de ouvidoria; e zelar pela observância dos princípios de administração 
pública.
31
 f) Função Controle de riscos com as atividades de avaliar a execução dos contratos 
de gestão; e prevenir e combater a corrupção.
 g) Função Gestão da Informação, que se encarrega de implantar e gerenciar os 
sistemas de informações, preocupando-se com os dados e as informações estratégicas 
(BORINELLI, 2006).
 A controladoria por ser a gestora dos recursos da empresa é responsável pelo 
SICG e através deste tem como missão assegurar o resultado da companhia, o que 
torna necessário que ela atue efetivamente em todo processo de gestão, para que, 
adequadamente, exerça a contento as funções de controle e feedback para que o 
planejamento seja corrigido. Adicionalmente, deve a controladoria preocupar-se com as 
funções de caráter regulatório (envolvem aspectos fiscais e societários), de planejamento 
(estratégico e operacional), programação, execução e controle, além de auxiliar demais 
atividades em processos específicos de gestão.
 Na organização, o controller desempenha diversas funções de orientação, controle 
e coordenação ligadas à investigação e levantamento de dados e informações, mas não 
são tomadores de decisão (ARRUDA, 2020). 
 Nas atribuições da controladoria pública, as ações coordenadas e harmônicas de 
controle devem se relacionar às operações de diversas naturezas (contábil, orçamentária, 
financeira, operacional e patrimonial), objetivando permitir a avaliação da exatidão e 
regularidade das contas públicas, com observância aos princípios da economicidade, 
da eficiência, da eficácia e da legalidade da gestão. 
 O Controller dever focar no resultado global da entidade para que a gestão 
do patrimônio público atenda melhor e com maior transparência aos interesses da 
sociedade (OLIVEIRA JÚNIOR; CHAVES JÚNIOR; LIMA, 2007).
32
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (CONSULPLAN - Adaptada). A Itália foi o país em que seus pensadores tiveram um 
papel importante no desenvolvimento da Contabilidade na Europa e, posteriormente, 
no mundo, pelo desenvolvimento das primeiras escolas da Contabilidade, elevando esta 
à categoria de ciência. 
A palavra azienda é comumente usada em Contabilidade como sinônimo de fazenda, 
na acepção de:
a) Conjunto de bens e direitos. 
b) Mercadorias. 
c) Finanças públicas. 
d) Grande propriedade rural.
e) Patrimônio, considerado juntamente com a pessoa que tem sobre ele poderes de 
administração e disponibilidade.
2. (CONSULPLAN - Adaptada). A classificação da Contabilidade como ciência se dá 
como Ciência Social Aplicada tendo o patrimônio como seu objeto de estudo. Sua 
cientificidade é embasada em teorias que compõem a sua sustentação, provenientes 
da economia, psicologia, dentre outras áreas do conhecimento. 
A finalidade da contabilidade é:
a) Determinar o resultado das entidades.
b) Atender a legislação comercial e fiscal, que exige das empresas a elaboração das 
chamadas demonstrações contábeis.
c) Controlar o patrimônio das entidades, apurar o resultado e prestar informações sobre 
a situação patrimonial e o resultado das entidades aos usuários da informação contábil.
d) Registrar os custos, as despesas, as receitas e apurar resultado da entidade.
e) Estabelecer as relações de débito e de crédito do proprietário com os agentes 
consignatários e os agentes correspondentes.
3. (CONSULPLAN - Adaptada). A Controladoria tem uma missão e atribuições 
específicas que implicam um comportamento proativo e profundamente responsável e 
influenciador no desempenho do negócio.
(PADOVEZE, Clóvis Luís. Controladoria avançada. 1. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010).
Acerca do conceito e da missão de controladoria, assinale a INCORRETA.
a) A Controladoria é um segmento da Contabilidade ou da Administração, podendo 
ser dividida em Controladoria Administrativa e Controladoria Contábil, mas, na prática 
profissional, ambas costumam ficar sob a égide de um único gestor, chamado de 
controller ou controlador. É uma área de staff, ou seja, de assessoria e consultoria.
33
b) É na gestão de situações estratégicas da organização que está a controladoria, cuja 
missão é otimizar o processo decisório garantindo informações adequadas aos gestores 
em busca de uma eficácia gerencial, assegurando a continuidade do negócio da empresa.
c) Nos dias atuais é imprescindível para uma grande organização um serviço contínuo da 
controladoria, pois é o setor que detém todas as informações gerenciais da instituição. 
Planejando, organizando, controlando e dirigindo todos os risco e custos, de forma a 
maximizar o resultado para garantir o sucesso dela.
d) A Controladoria presta contribuições importantes ao progresso organizacional, 
pois tem como missão a identificação dos culpados pelo insucesso da organização, 
das dificuldades existentes no ambiente operacional, dos responsáveis por roubos 
e desperdícios, além de efetuar a contratação e demissão de todos os funcionários/
servidores.
e) A controladoria é uma atividade de controle e que no mundo empresarial, atua nas 
áreas de gestão de risco, recursos humanos, administrativa e de contabilidade, ou seja, 
no processo da organização como um todo.
4. (EXCELÊNCIA – Adaptada). Não obstante opinião diversa de alguns autores, a 
Contabilidade não se confunde com Controladoria (texto de elaboração própria).
Sobre a Controladoria, leia as sentenças:
I. Pode-se dizer que a Controladoria, tem a finalidade de garantir informações adequadasao processo decisório dos gestores, colaborando assim para a busca pela eficácia da 
empresa e de suas subdivisões, levando-se em conta o aspecto econômico.
II. Controladoria pode ser conceituada como o conjunto de princípios, procedimentos 
e métodos oriundos de diversas ciências e, principalmente, da Contabilidade, que 
se ocupam da gestão Econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a 
eficiência. Desta forma, controladoria é um conjunto de conhecimentos que se 
constituem em bases teóricas e conceituais de ordem operacional, econômica, 
financeira e patrimonial, relativas ao controle do processo de gestão organizacional.
III. Com o aumento da complexidade das organizações empresariais, acentua-se cada 
vez mais a importância da Controladoria como instrumento capaz de proporcionar os 
elementos necessários à administração correta dos vários departamentos da empresa. 
Um sistema de Controladoria tem a função de avaliar e controlar o desempenho dos 
diversos setores da organização.
IV. Algumas das funções básicas da Controladoria são:
a) planejamento: estabelecimento e manutenção de um plano operacional de curto e 
longo prazo, compatíveis com os objetivos globais; b) controle: desenvolvimento, teste 
e revisão por meios de padrões, medindo o desempenho real em confronto com os 
padrões; c) função de relatar: preparação, análise e interpretação financeira para uso 
da administração, preparação de relatórios para terceiros, conforme suas exigências; 
d) função contábil: contabilidade geral e de custos, instalação e custódia de todos os 
livros contábeis, os registros e formas requeridos para registrar as transações financeiras; 
g) outras funções relacionadas: supervisão e operações com impostos, auditoria 
independentes, seguros, desenvolvimento e manutenção de padrões, procedimentos 
34
e sistemas, entre outras.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Somente as alternativas I, III e IV estão corretas. 
b) As alternativas I, II, III e IV estão corretas. 
c) Somente as alternativas I e II estão corretas. 
d) Nenhuma das alternativas.
e) Somente a alternativa II e II estão corretas.
5. (ESAF - Adaptada). As organizações sejam elas públicas ou privadas operam em 
ambientes onde há grande concorrência e mudanças constantes, o que exige dos 
gestores alta capacidade adaptativa e atualização permanente (texto de elaboração 
própria).
Acerca do conceito de controladoria, bem como de sua aplicabilidade ao setor público, 
é correto afirmar que: 
a) A implantação da controladoria no setor público não é diferente do setor privado, 
devendo as funções e atividades ser exercidas de forma semelhante. 
b) Por ser um mero ramo da Ciência Contábil, a função da controladoria limita-se ao 
registro de atos e fatos que causem efeitos econômicos e financeiros. 
c) Na administração pública, os conceitos de Controladoria e de Controle Interno são 
equivalentes.
d) Apenas no setor público a transparência é um objetivo da controladoria, já que, no 
setor privado, a informação gerencial só interessa ao corpo executivo. 
e) Tanto no setor público quanto no privado, o principal objetivo da controladoria é 
prevenir a ocorrência de erros ou fraudes.
6. (ASO – Adaptada). O controller deve ser um profissional capaz de proporcionar 
informações tempestivas, completas e confiáveis na tomada de decisão (texto de 
elaboração própria).
Sobre a origem da Controladoria, é incorreto afirmar que: 
a) Parte significativa dos autores apontam a Revolução Industrial, em meados do século 
XIX, como o período em que se verificou o nascimento e rápido crescimento da ciência.
b) Surgiu da necessidade de concentração, num único controle central, dos dados 
e informações produzidos pelas corporações, que vinha de um processo forte de 
crescimento e expansão. 
c) A Controladoria é tida por muitos como a evolução da Contabilidade tradicional, 
suprindo deficiências que essa vinha apresentando diante das crescentes e diversificadas 
necessidades dos diversos usuários. 
d) A Controladoria veio para substituir a alta administração das empresas, na medida 
em que atua, num primeiro momento, produzindo a informação e, passo seguinte, 
executando o processo decisório. 
e) Os Estados Unidos são apontados como o país onde teriam sido presenciados os 
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primeiros sinais da existência da Controladoria nas empresas.
7. (ASO - Adaptada). 
O controller é o responsável, na organização, pela área de controladoria, quando ela 
existe.
(BORINELLI, Márcio Luiz. Estrutura conceitual básica da controladoria: sistematização à luz da teoria e da 
práxis. Tese - USP, São Paulo, 2006).
Sobre as funções da Controladoria, segundo Borinelli (2006), considere: 
I. Conceber modelos de informações e gerenciar as informações contábeis, patrimoniais 
de custos, gerenciais e estratégicas. 
II. Registrar, mensurar, controlar, analisar e avaliar os custos da organização. 
III. Estabelecimento e monitoramento do sistema de controle interno.
IV. Atividades relativas ao desenvolvimento da contabilidade financeira: gerenciar 
atividades de contabilidade, realizar o processamento contábil etc. 
V. Identificar, mensurar, analisar, avaliar, divulgar e controlar os riscos envolvidos nos 
negócios. VI - Prover informações de natureza contábil, patrimonial, econômica, 
financeira e não financeira ao processo de gestão como um todo. 
A sequência que descreve corretamente as funções, segundo a ordem das características 
acima, é: 
a) Contábil, Gerencial-estratégica, Custos, Controle Interno, Controle de Riscos, Gestão 
da Informação. 
b) Gerencial-estratégica, Controle Interno, Gestão da Informação, Contábil, Controle de 
Riscos, Custos. 
c) Controle de Riscos, Gestão da Informação, Custos, Controle Interno, Contábil, Gerencial-
estratégica. 
d) Custos, Gestão da Informação, Controle Interno, Controle de Riscos, Contábil, Gerencial 
Estratégica. 
e) Gestão da Informação, Custos, Controle Interno, Contábil, Controle de Riscos, Gerencial 
Estratégica.
8. (ASO). O conceito de Controladoria não é consenso entre os pesquisadores. No entanto, 
alguns termos e expressões estão presentes em quase todas as definições dadas pelos 
mais variados autores. São eles, EXCETO:
a) Além da Ciência Contábil, a Controladoria se utiliza de conhecimentos, procedimentos 
e princípios ligados a outras áreas do conhecimento humano. 
b) Está situada no nível operacional da organização. 
c) Gera informações capazes de subsidiar os gestores da empresa na tomada de decisão. 
d) Pode ser compreendida sob duas vertentes: como ramo do conhecimento ou como 
órgão administrativo. 
e) Visa, em última instância, à otimização dos resultados da organização.
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A CONTABILIDADE 
PÚBLICA E A 
CONTROLADORIA
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 No mercado global, todos devem prestar contas de suas operações e resultados 
para os diversos interessados (stakeholders), desejos de informações que sejam ao 
mesmo tempo tempestivas, eficientes, confiáveis e compreensíveis. 
 Assim, tornou-se necessária a implementação de uma linguagem internacional 
e inteligível dos relatórios financeiros, tendo a contabilidade objetivado reduzir a 
assimetria de informações, nos moldes do IFRS - International Financial Reporting 
Standards, do IASB - International Accouting Standards Board (CAVALCAN-TE et al., 
2012).
 As IFRSs foram inicialmente regulamentadas nos países da União Europeia em 
21 de setembro de 2003 e seguem o modelo anglo-saxão (britânico), que privilegia os 
shareholders¸ a redução do custo de capital, a confiança nos mercados e o aumento 
dos recursos à disposição das empresas, almejando-se que a contabilidade consiga 
expressar fielmente os valores componentes dos Demonstrativos Financeiros. Os EUA 
iniciaram a convergência às normas internacionais de contabilidade a partir de 2009.
 Seguindo ações adotadas em outros países, o processo de convergência brasileiro 
iniciou-se em 2005 com a criação pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Posteriormente,

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