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FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí IESVAP-NSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br Regras que precisamos seguir para verificarmos a possibilidade de um paciente (ambos os sexos) ser submetido à Esterilização Cirúrgica Voluntária? A anticoncepção cirúrgica, tanto masculina como feminina, deve ficar reservada a casais que têm a prole planejada e estão absolutamente conscientes da irreversibilidade do método. A vasectomia liga o ducto deferente e pode ser realizada com anestesia local. É segura e tem alta efetividade. A vasectomia não altera o aspecto do sêmen e não afeta o desempenho sexual do homem. Para ter certeza de que o procedimento foi eficaz, é indicado realizar um espermograma 3 meses após o procedimento ou após 20 ejaculações. Na ligadura tubária (LT), realiza-se a obstrução do lúmen tubário, impedindo o transporte do óvulo e o encontro dos gametas femininos e masculinos. O local ideal para o procedimento cirúrgico é a região ístmica. Pode ser realizada por via videolaparoscópica, laparotômica (minilaparotomia) ou através do fundo de saco vaginal (culdotomia). A anestesia deve ser geral para a via laparoscópica e condutiva para a culdotômica. A via videolaparoscópica é a mais utilizada. Entre as técnicas abertas de LT, estão a ligadura com fio cirúrgico e posterior secção da tuba na porção ligada (técnicas de Pomeroy, Parkland, Uchida, Irving) e a ressecção de um segmento tubário (salpingectomia) (técnicas de Kroener, Madlener, Aldrich). Além dessas, pode-se realizar a obstrução mecânica utilizando clipes ou anéis ou pode-se proceder à eletrocoagulação com cautério, com ou sem secção. A eletrocoaqulação associa-se com menor morbidade do que os outros métodos, contudo, uma das complicações mais frequentes desse método é a lesão térmica de alça intestinal. Ao optar por algum dos métodos, é importante observar custos, capacitação do profissional e qualidade do material cirúrgico. O índice de Pearl (falha teórica) das diversas técnicas é de 0,1 a 0,3 a cada 100 mulheres por ano. Legislação brasileira sobre planejamento familiar Lei nº 14.443, de 2 de setembro de 2022: Altera a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, para determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas e disciplinar condições para esterilização no âmbito do planejamento familiar. I. Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 21 (vinte e um) anos de idade ou, pelo menos, com 2 (dois) filhos vivos, desde que observado o Curso de Medicina Semestre: 2023.1 Turma: 10 Disciplina: Clínica Integrada I Professora: Gabrielle Agostinho Rolim Marques Aluna: Kamilla da Silva de Galiza FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí IESVAP-NSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br prazo mínimo de 60 (sessenta) dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, inclusive aconselhamento por equipe multidisciplinar, com vistas a desencorajar a esterilização precoce; II. Risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. § 1º é condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes. § 2º A esterilização cirúrgica em mulher durante o período de parto será garantida à solicitante se observados o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias entre a manifestação da vontade e o parto e as devidas condições médicas. § 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 10, expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente. § 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e ooforectomia. § 5º (Revogado). § 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei. Em suma, todo casal tem direito ao PF, e cabe à equipe de profissionais de saúde esclarecer os métodos mais adequados, para que o casal entenda os prós e os contras de cada método, respeitando sempre a segurança, a eficácia e os critérios de elegibilidade de cada contraceptivo disponível. Todas as pacientes são informadas sobre a irreversibilidade do método e da resposta pequena nos casos de reversão de ligadura tubária por salpingoplastia. No momento da consulta, deve-se oferecer à paciente a possibilidade de uso de todos os métodos reversíveis disponíveis. Em caso de recusa, devem ser registrados no prontuário os motivos que a levam a optar por um método definitivo, bem como seu desejo de não ter mais filhos. Se houver percepção de dúvida pela paciente ou discordância entre o casal, é recomendado encaminhamento para avaliação da equipe da psicologia. As demais pacientes recebem orientações sobre todos os métodos anticoncepcionais durante os 60 dias que antecedem a cirurgia, conforme previsto em lei, o que garante a certeza da paciente sobre o procedimento definitivo. FAHESP – Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí IESVAP-NSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA LTDA. BR 343 – KM 16, Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 www.iesvap.com.br Referencias: DUARTE, Bruna Chaves; ROMIG, Julia Amanda. Direito reprodutivo da mulher: aspectos da Lei de esterilização voluntária. 2022. Passos, Eduardo P. Rotinas em Ginecologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (7th edição).
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