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Polo Maringá-PR Nome: Alberto Junior da Silva Gaviolli Disciplina: Pavimentação de estradas Curso: Engenharia Civil | R.A.: 1.136.228 Turma: 99 | Semestre: 8º 1 FISSURAS EM PAVIMENTOS RIGIDOS 1.1 INTRODUÇÃO Fissura é uma manifestação patológica, ou simplesmente um sintoma de que a estrutura está doente. Em geral, em elementos de concreto armado, esse sintoma é devido a corrosão de armaduras ou a deformação excessiva da estrutura, já em pavimentos rígidos de pavimentação asfáltica, os sintomas podem ser diversos, variando de acordo com o tipo e forma de apresentação das fissuras. Neste trabalho, serão abordados os tipos de fissuras em pavimentos rígidos, consideradas recuperáveis, desde de suas causas até as possíveis formas de correção. 1.2 OBJETIVO Detalhar quais são as fissuras que podem ocorrer em pavimentos asfálticos do tipo rígido, o que as ocasiona, e como recupera-las. 1.3 FISSURAS Fissura é uma manifestação patológica, ou simplesmente um sintoma de que a estrutura está doente, abaixo, tipos de fissuras que podem ocorrer em pavimentos asfálticos do tipo rígido: 1.3.1 ALÇAMENTO DAS PLACAS Desnivelamento das placas nas juntas ou fissuras transversais, podem ocorrer próximo as canaletas de drenagem e em alguns obstáculos do tipo fixo, como pontes ou intervenções feitas no pavimento. Abaixo nas figuras 01 e 02, exemplo desse tipo de fissura. Polo Maringá-PR Figura 01 – Desenho do alçamento de placas Fonte: DNIT, 2010. Figura 02 – Exemplo de alçamento de placas Fonte: GIUBLIN, 2015. 1.3.1.1 CAUSAS Podem ser ocasionados devido: • Dilatação linear do pavimento; • Variações significativas de temperatura; • Deficiência ou falta de junta de dilatação nas placas do pavimento. 1.3.1.2 CONCLUSÃO A causa ou causas que lhe deram origem não podem ser eliminadas pela recuperação do defeito, logo, este tipo de fissura, por possuir uma gravidade elevada, não pode ser recuperada. 1.3.2 FISSURA DE CANTO Fissura que intercepta as juntas a uma distância máxima de 1,8 metros das bordas ou juntas longitudinais e transversais do pavimento, medidos a partir do canto. Polo Maringá-PR Abaixo nas figuras 03 e 04, exemplo desse tipo de fissura. Figura 03 – Desenho de uma fissura de canto Fonte: DNIT, 2010. Figura 04 – Exemplo de fissura de canto Fonte: GIUBLIN, 2015. 1.3.2.1 CAUSAS Podem ser ocasionados devido: • Falta ou deficiência dos dispositivos de transmissão de carga nas juntas; • Pavimento dimensionado com espessura insuficiente; • Recalque na fundação do pavimento; • Empenamento dos cantos da placa, devido a variações térmicas e de umidade entre a superfície e o interior da placa. 1.3.2.2 CONCLUSÃO Polo Maringá-PR A causa ou causas que lhe deram origem não podem ser eliminadas pela recuperação do defeito, logo, este tipo de fissura, por possuir uma gravidade elevada, não pode ser recuperada. 1.3.3 PLACA DIVIDIDA Placa que apresenta fissuras que a dividem em mais de quatro partes. Abaixo nas figuras 05 e 06, exemplo desse tipo de fissura. Figura 05 – Desenho de placa dividida Fonte: DNIT, 2010. Figura 06 – Exemplo de placa dividida Fonte: GIUBLIN, 2015. 1.3.3.1 CAUSAS Podem ser ocasionados devido: • Deficiência no suporte da fundação; • Fadiga do concreto; • Espessura insuficiente do pavimento. Polo Maringá-PR 1.3.3.2 CONCLUSÃO A causa ou causas que lhe deram origem não podem ser eliminadas pela recuperação do defeito, logo, este tipo de fissura, por possuir uma gravidade elevada, não pode ser recuperada. 1.3.4 FISSURAS LINEARES São fissuras que atingem toda a espessura da placa de concreto, dividindo-a em duas ou três partes, e podendo se dividir em fissuras transversais (ocorrem na largura da placa), fissuras longitudinais (ocorrem no comprimento ou eixo longitudinal da placa), e fissuras diagonais (fissuras inclinadas que interceptam as juntas do pavimento, a uma distância maior que a metade do comprimento dessas juntas ou bordas). Abaixo nas figuras 07 e 08, exemplo desse tipo de fissura. Figura 07 – Fissura transversal Fonte: PEDRO VITÓRIA, 2016. Polo Maringá-PR Figura 08 – Fissura longitudinal Fonte: PEDRO VITÓRIA, 2016. 1.3.4.1 CAUSAS Podem ser ocasionados devido: • Cura deficiente; • Atraso na serragem das juntas transversais; • Profundidade insuficiente do corte da junta; • Placas com comprimento acima do adequado para o tipo de agregado empregado no concreto, que geralmente varia de 5 a 7 m; • Insuficiência de suporte da fundação; • Subdimensionamento da espessura do pavimento. Nas fissuras transversais localizadas próximas de uma junta transversal, as causas podem ser: • Ineficiência ou má colocação das barras de transferência; • Amarração do trecho engraxado das barras de transferência aos caranguejos de apoio destas barras; • Colagem do concreto novo de uma placa ao concreto antigo da placa adjacente, no caso de juntas executadas por meio de fôrmas. Já no caso de fissuras longitudinais, as causas que dão origem às fissuras podem ser: Polo Maringá-PR • Largura excessiva da placa (maior que 3,80 m); • Empenamento da placa no sentido transversal, com o levantamento das bordas longitudinais, devido a um elevado gradiente de temperatura e umidade entre a superfície superior e a inferior da placa, aliado à passagem de tráfego pesado sobre as bordas do pavimento; • Profundidade insuficiente do corte da junta longitudinal, no caso de pavimento com várias faixas de tráfego ou até mesmo o atraso do corte; • Concreto de resistência inferior à especificada no projeto, ou no caso de fissuras diagonais, as fissuras são provocadas por deficiência no suporte da fundação, ou são oriundas da formação simultânea de fissuras transversal e longitudinal. 1.3.4.2 CONCLUSÃO A causa ou causas que lhe deram origem não podem ser eliminadas pela recuperação do defeito, logo, este tipo de fissura, por possuir uma gravidade elevada, não pode ser recuperada. 1.3.5 FISSURAS SUPERFICIAIS São fissuras superficiais, podendo ser do tipo (rendilhado) e do tipo (escamação). As do tipo rendilhado são fissuras capilares, ocorrendo apenas na superfície da placa, com profundidade entre 6 e 13mm, apresentando essas, a tendência de se interceptarem, em ângulos de 120º. Já as do tipo escamado, são caracterizadas por apresentarem descolamento da camada superficial fissurada, podendo tal descolamento, ser causado por outros fatores, como desgaste superficial. Abaixo na figura 09, exemplo desse tipo de fissura. Polo Maringá-PR Figura 09 – Fissura superficial do tipo rendilhado Fonte: GIUBLIN, 2015. 1.3.5.1 CAUSAS Podem ser ocasionados devido: • A execução do pavimento com cura deficiente; • Resistência do concreto abaixo da especificação; • Excesso de água na camada superficial; • Água pulverizada sobre o concreto fresco. 1.3.5.2 CONCLUSÃO Esse tipo de fissura é passível de recuperação, para isso, faz-se necessário a aplicação de uma fina camada de pasta ou argamassa de cimento, com adição de emulsão adesiva sobre as mesmas. 1.3.6 FISSURAS DE RETRAÇÃO PLÁSTICA São fissuras pouco profundas (superficiais), de pequena abertura (inferior a 0,5 mm) e de comprimento limitado. Sua incidência costuma ser aleatória e elas se desenvolvem, formando ângulo de 45° a 60° com o maior eixo longitudinal da placa. São fissuras pouco profundas (superficiais), de pequena abertura (inferior a 0,5 mm) e de comprimento limitado. Sua incidência costuma ser aleatória e elas se desenvolvem, formando ângulo de 45° a 60° com o maior eixo longitudinal da placa. Polo Maringá-PR Abaixo na figura 10, exemplo desse tipo de fissura. Figura 10 – Fissuras de retração plástica Fonte: PEDRO VITÓRIA, 2016. 1.3.6.1 CAUSAS Podem ser ocasionados devido: • Retração plástica antes da pega do concreto;• Execução do pavimento em ambiente de muita insolação, ação de ventos e baixa umidade relativa do ar sem o devido cuidado com a cura; • Superdosagem ou dosagem em falta, de aditivos de concreto. 1.3.6.2 CONCLUSÃO Esse tipo de fissura é passível de recuperação, visto que a causa de tal fissura, é em geral, resultado da retração plástica ou da variação volumétrica da placa. 1.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após análise do manual de recuperação de pavimentos, pode-se concluir que, nem todas as fissuras são passiveis de recuperação, dependendo essa possível recuperação, em geral, do estado e profundidade em que se encontram essas fissuras, variando de caso pra caso. Conforme abordado acima, conclui-se que, as fissuras do tipo (alçamento das placas, fissuras de canto, placa dividida e fissuras lineares), não possuem reparação, necessitando Polo Maringá-PR na maioria dos casos, a remoção do pavimento existente, e consequentemente a execução de um novo pavimento, enquanto as fissuras do tipo (superficiais e de retração plástica), possuem reparação, e logo, resultam em gastos menores, uma vez que, em geral, seus reparos consistem em aplicar uma camada de argamassa sobre as fissuras presentes no pavimento. 2 REFERÊNCIAS: GIUBLIN, C. R.; Patologia em Pavimento Rígido. Curitiba: IDD, 2015. DNIT. Manual de pavimentos rígidos. Publicação IPR-714. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 2005. DNIT. Manual de recuperação de pavimentos rígidos. Publicação IPR-737. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 2010. DNIT. Manual de restauração de pavimentos asfálticos. Publicação IPR-720. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 2006.
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