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DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO
	HISTÓRICO
As primeiras contribuições foram voluntárias, aos chefes das tribos, por seus serviços ou sua atuação em favor da comunidade, constituíam-se em presentes ofertados pelos componentes do grupo. Depois as contribuições passaram a ser compulsórias, quando os vencidos de guerra eram forçados a entregar parte ou a totalidade de seus bens aos vencedores. Após essa época, começou a cobrança pelos chefes de Estado de parte da contribuição dos súditos, sob a forma de tributos.
Na Grécia (século VII A. C.), instituiu-se o tributo administrado pelo Estado, como o conhecemos hoje. À custa do trabalho escravo e dos tributos pagos pelos cidadãos, os gregos construíram uma das maiores civilizações do mundo antigo.
Os romanos conseguiram sustentar e alargar seu império respeitando a liberdade e cultura dos conquistados, mas utilizando a cobrança de tributos como meio de fortalecer seus exércitos e conquistar mais terras. Em Roma, cobrava-se imposto pela importação de mercadorias (“portorium”) e pelo consumo geral de qualquer bem (“macelum”). 
Os tributos pagos pelas províncias anexadas ao império e o pagamento de impostos pelos cidadãos foram essenciais à formação e manutenção do império.
No Brasil uma das principais causas da Conjuração Mineira foi exatamente a cobrança do chamado quinto do ouro, ou seja, a quinta parte de todo o ouro extraído nos garimpos, que deveria ser pago à Coroa Portuguesa como tributo.
Hoje em dia, nossa Constituição, como a de todos os países democráticos, garante os direitos dos contribuintes impondo limites ao poder do Estado de tributar. O tributo tem hoje grande significado social, por ser o maior responsável pelo financiamento dos programas e ações do governo nas áreas:
· da saúde, 
· previdência; 
· educação;
· moradia; 
· saneamento;
· meio ambiente; 
· energia; 
· transporte, entre outras
	DIREITO TRIBUTÁRIO
Ramo do Direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas às imposições tributárias de qualquer espécie, limitando o poder de tributar e protegendo o cidadão contra os abusos desse poder. 
	O TRIBUTO
O direito de tributar do Estado decorre do seu poder de império pelo qual pode fazer "derivar" para seus cofres uma parcela do patrimônio das pessoas sujeitas à sua jurisdição e que são chamadas "receitas derivadas" ou tributos, divididos em impostos, taxas e contribuições. 
DIREITO PÚBLICO/DIREITO OBRIGACIONAL
O direito tributário cria e disciplina assim relações jurídicas entre o Estado na sua qualidade de fisco e as pessoas que juridicamente estão a ele sujeitas e se denominam contribuintes. 
Se para obter esses meios o fisco efetuasse arrecadações arbitrárias junto às pessoas, escolhidas ao acaso. 
DIREITO TRIBUTÁRIO/CONSTITUCIONAL
As relações com o Direito Constitucional são as mais íntimas e freqüentes possíveis, em razão da subordinação que a ele têm todos os ramos do direito interno. Segundo, porque nele é que se encontram nos países de regime federativo, como o nosso, a definição e a limitação do poder de tributar do Estado fixando as áreas de competência exclusiva de cada entidade pública sobre a matéria tributária através da discriminação de rendas, com o que se evita a bitributação. 
DIREITO TRIBUTÁRIO/FINANCEIRO
O Direito Tributário se relaciona com o Direito Financeiro porque, enquanto o Direito Financeiro tem por objeto a disciplina jurídica da atividade financeira do Estado em geral, cabe ao Direito Tributário o estudo de uma parte desta atividade, que se refere à matéria tributária. 
DIREITO TRIBUTÁRIO/ADMINISTRATIVO
O Direito Tributário relaciona-se com o Direito Administrativo porque esse regula as atividades gerais da administração pública, enquanto o Direito Tributário disciplina um dos aspectos específicos dessa atividade, relacionada co
m a cobrança, fiscalização e arrecadação dos tributos
TRIBUTÁRIO/INTERNACIONAL PÚBLICO
O Direito Tributário mantém relações com o Direito Internacional Público, que pode ser definido como conjunto de normas que, os Estados aplicam às suas mútuas relações. O relacionamento em tela revela-se através da celebração de convenções, tratados e acordos internacionais objetivando principalmente evitar a chamada bitributação internacional e disciplinar as tarifas aduaneiras. 
TRIBUTÁRIO/INTERNACIONAL PRIVADO
O Direito Internacional Privado tem por objeto resolver os conflitos de leis no espaço, disciplinando os fatos em conexão no espaço com leis divergentes. 0 Direito Tributário relaciona-se com o referido ramo porque nele vai buscar ‘‘normas e noções sobre nacionalidade e regras de super direito sobre a vigência da lei no espaço“. 
DIREITO TRIBUTÁRIO/PENAL
É indiscutível também o relacionamento do Direito Tributário com o Direito Penal, em razão principalmente de terem as suas normas o caráter de coercibilidade, pelo que o seu descumprimento importa a aplicação de sanções de natureza repressiva. 
TRIBUTÁRIO/PROCESSUAL CIVIL
Relaciona-se igualmente o Direito Tributário com o Direito Processual Civil. Quando o Poder Judiciário é chamado para dirimir as controvérsias entre o Estado e o sujeito passivo para compelir este ao cumprimento da obrigação tributária através de execução fiscal. 
DIREITO TRIBUTÁRIO/DIREITO PRIVADO
As relações do Direito Tributário com o Direito Privado são as mais estreitas possíveis porque ele se vale, na maioria das vezes, dos institutos e conceitos do Direito Civil e do Direito Comercial para definir as situações que vão constituir as hipóteses de incidência dos tributos.
 
	AUTONOMIA DIDÁTICA
Autonomia dogmática, isto é, possui certos princípios e métodos que lhe são próprios, diferentes dos que são exclusivos de outros ramos do direito. 
Autonomia estrutural, isto é, possui certos institutos jurídicos específicos, próprios, diferentes dos existentes nos demais ramos do direito.
 O Direito Tributário tem conteúdo próprio, especifico. 
	PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
Os princípios do Direito Tributário são normas (constitucionais) que limitam, regulam a pratica de competência tributária, fazendo com que alguns valores tenham melhor efetividade no ordenamento jurídico.
· PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Conforme previsão do art. 150, da CF, que diz: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, Estados, Distrito Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”.
· PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU IGUALDADE
O art. 5º da CF assegura que: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Também será aplicável tal previsão constitucional na seara tributária, pois o art. 150, II, da CF, não se esqueceu de consagrar ainda mais tal principio ao estabelecer a proibição da União, dos Estados, do DF e dos Municípios de “instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”.
· PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Encontra-se inserido no art. 145, § 1º da CF: Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte facultando à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esse objetivo, identificar, respeitados os direitos individuais e dos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
· PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO
Encontra-se no art. 150, IV, da CF: Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios IV – utilizar tributo com efeito de confisco.
Entende-se que o Estado, de modo geral, está proibido de instituir tributo que ultrapasse o patrimônio pessoal do contribuinte, promovendo uma expropriação indireta.
· PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Entende-se que, é proibida a cobrança de fato gerador ocorrido antes da lei que instituir o tributoou majorá-lo. Este princípio está atrelado ao princípio da segurança jurídica, conforme a Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, no art. 6º, que diz: A Lei entra em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
· PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Trata-se de um principio de veda a diferenciação da tributação por critérios notadamente geográficos, portanto, em todo o território nacional, os tributos deverão ser aplicados da mesma forma.
Tal instituto encontra-se delineado na Carta Política de 1988, Art. 151: 
“É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País”.
· PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO
Prevê o art. 150, V da Carta Magna: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado a União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V- estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público”. 
· PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA
Tem por objetivo estimular a informação acerca do tributo recolhido, em que seus cidadãos deverão ser informados quanto da destinação e o quanto fora recolhido, aludindo inclusive com o direito de cidadania.
O instituto esta previsto no preceito constitucional, art. 150, § 5º: “A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços”. 
· PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
Tal princípio tem por objetivo desonerar a incidência tributária na cadeia produtiva, permitindo-se que o contribuinte adquirente do produto ou serviço, na etapa seguinte, possa se creditar do imposto pago nas etapas anteriores, compensando tal valor com o seu imposto devido no momento posterior da venda ou da saída. Para melhor elucidação a respeito vejamos o texto normativo da Carta Maior de 1988:
Art. 153. § 3º O imposto previsto no inciso IV (refere-se ao IPI): 1- será seletivo, em função da essencialidade do produto. 
Art. 155 § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I – Será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. 
· PRINCIPIO DA SELETIVIDADE
Trata-se de um princípio em que, consiste na possibilidade de selecionar determinados tributos, promovendo uma tributação diferenciada, sendo que, será aplicável a todos os tributos indiretos, os produtos considerados essenciais deverão ter uma tributação menor, ao passo que os bens considerados supérfluos devem ter sua tributação a uma alíquota maior.
· PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
O princípio da anterioridade tributária, também conhecido como princípio da anterioridade, é o princípio de Direito Tributário que estabelece que não haverá cobrança de tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Assim sendo, um tributo só poderá ser cobrado pelo Fisco no ano seguinte àquele em que a lei que o criou fora promulgada. Sua base legal é a Constituição Federal, em seu art. 150, III, "b": ou seja, se a lei for divulgada hoje só pode ser exercida no ano seguinte.
Exceções ao Princípio da Anterioridade
Imposto de importação, exportação, IPI e IOF: em função do caráter extrafiscal destes impostos, o legislador constituinte determinou que, por atendimento a uma política fiscal que refletisse a dinâmica da economia, tais tributos escapam à regra geral da anterioridade. Sendo assim, lei que aumenta o valor destes tributos já produz efeitos no mesmo exercício fiscal em que foi promulgada.
Anterioridade nonagesimal: é “a exigência de interstício de 90 dias entre a publicação da lei e sua incidência de modo a gerar obrigações tributárias válidas” (FORTES; PAULSEN. 2005, p. 354). Está prevista no artigo 195, §6°, da CF/1988, que determina a necessidade de que as contribuições somente sejam exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b".
	FONTES MATERIAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO
As fontes materiais são os fatos do mundo real sobre os quais haverá a incidência tributária. São os fatos geradores da incidência tributária, como os produtos industrializados, as operações de crédito entre outros. 
	LINHA DO TEMPO DO DIREITO TRIBUTÁRIO
· 1 – HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA ; 
· FASE ADMINISTRATIVA
· 2 – FATO GERADOR; 
· 3 – OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA; 
· 4 – CRÉDITO TRIBUTÁRIO – ( LANÇAMETO)
· 5 – DÍVIDA ATIVA – ( CDA – CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA);
 FASE JUDICIAL
· 6 – EXECUÇÃO FISCAL 
	NORMAS PRINCIPAIS
· Leis 
· Constituição Federal 
NORMAS COMPLEMENTARES TRIBUTÁRIAS
I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
Os atos normativos são fontes do direito tributário e são largamente utilizados para regulamentar os tributos aduaneiros. A Receita Federal do Brasil regulamenta a atividade do contribuinte por meio de instruções normativas e portarias. 
II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
O comentário do inciso anterior também se aplica ao presente. As decisões administrativas são fonte do direito tributário e podem ser utilizadas como forma de aplicação da norma e do direito tributário. 
III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; 
Estamos diante do costume como fonte do direito tributário. Para muitos, o costume não deveria ser fonte do direito tributário, que está atrelado à lei como princípio fundamental. 
IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
O convênio, que consiste na deliberação dos entes federados, é fonte do direito tributário e como tal deve ser respeitado. No entanto, não deve invadir ou violar o princípio da legalidade. 
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
As matérias sistema tributário e finanças públicas dividem um título completo da Constituição Federal, mais precisamente o título VI. Entre os artigos 145 a 162 encontram-se disposições sobre o sistema tributário nacional, sendo o restante (artigos 163 a 169) reservado às finanças. 
A primeira seção da matéria tributária dedica-se aos seus princípios gerais, dispondo, por exemplo, quais as modalidades de tributo, suas características, quais os destinatários dos tributos denominados e quais leis são adequadas para a criação dos mesmos. 
A seguir, a Constituição designa as limitações do poder de tributar em seus vários aspectos (material, pessoal, etc.). 
As três seções seguintes de matéria tributária na Constituição trazem a regulamentação da competência tributária da:  
· União, 
· Estados, 
· Distrito Federal e 
· Municípios. 
A última seção da Constituição designa a forma de repartição dos tributos arrecadados entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
FUNÇÃO TRIBUTÁRIA FISCAL
Função Fiscal, quando seu objetivo principal é a arrecadação de recursos financeiros para o Estado; 
FUNÇÃO TRIBUTÁRIA EXTRAFISCAL
Função Extrafiscal, quando seu objetivo principal é a interferência no domínio econômico, buscando um efeito diverso da simples arrecadação de recursos financeiros; 
TRIBUTOS VINCULADOS
As taxas e as contribuições de melhoria não são especificadas na Constituição e podem ser instituídas por todas as pessoas titulares de competência tributária, desde que exerçam o poder de polícia ou prestem serviço público com as características previstas no art. 145, II, da CF ou realizem obras públicas com valorização imobiliária para os particulares. 
TRIBUTOS NÃO VINCULADOS
Neste grupo temos os impostos,que não necessitam de vinculação a atividade estatal. 
Os impostos, por serem tributos não-vinculados, isto é, cuja obrigação de pagar não decorre de uma atuação estatal, são todos eles discriminados na Constituição e objeto de uma repartição expressa e rígida. 
	AS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
· Impostos:  incidem, por exemplo, sobre  a propriedade de  imóvel urbano  (IPTU),  a  disponibilidade  de  renda  (Imposto  sobre a  Renda),  a propriedade de veículo automotor  (IPVA), entre outros. 
· Taxas:  as taxas decorrem de atividades estatais, tais como os serviços públicos ou do exercício do poder de polícia. Exemplos: custas  judiciais e a  taxa de  licenciamento de veículos. 
· Contribuições de Melhoria: as contribuições de melhoria se originam da realização de obra pública que implique valorização de imóvel do contribuinte. Por exemplo: benfeitorias no entorno do imóvel residencial. 
· Empréstimos compulsórios:  têm por finalidade buscar receitas para o Estado a  fim  de  promover  o  financiamento  de  despesas  extraordinárias ou urgentes, quando o  interesse nacional esteja presente e; 
· Contribuições Parafiscais:  são tributos instituídos para promover o financiamento de atividades públicas. São, portanto, tributos finalísticos, ou seja, a sua essência pode ser encontrada no destino dado, pela lei, ao que foi arrecadado. 
TEORIA BIPARTITE
· Imposto: a regra jurídica tributária que tiver escolhido para base de cálculo do tributo um fato lícito qualquer (não consistente em serviço estatal ou coisa estatal), terá criado um imposto. 
· Taxa: a regra jurídica tributária que tiver escolhido para base de cálculo do tributo o serviço estatal ou coisa estatal terá criado uma taxa. 
TRIPARTITE
Utiliza como critério o tributo ser vinculado ou não vinculado a uma atividade do Estado em conformidade com o fato descrito na hipótese de incidência. No mais, a vinculação à atividade estatal pode se referir ao contribuinte diretamente, quando a atividade realizada pelo Estado é diretamente aproveitada pelo contribuinte; ou indiretamente, quando a atividade do Estado é indiretamente relacionada ao contribuinte. 
Para os doutrinadores as espécies de tributos são: impostos, taxas e contribuições de melhoria, conforme previu o Constituinte no artigo 145. 
Entendem que as contribuições sociais, as contribuições de intervenção no domínio econômico, e as contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas, bem como os empréstimos compulsórios, são subespécies de tributos, que a depender dos fatos eleitos pelo legislador na instituição ter vinculação ou não com uma atividade do Estado, podendo ser: ou imposto ou taxa ou contribuição de melhoria. 
QUADRIPARTIDA
Contribuição é tributo devido pela realização de serviço ou obra pública indivisível em favor de determinado grupo social, de que decorra benefício especial para o cidadão que dele participa. Na contribuição, por conseguinte, se apresentam dois elementos, em permanente interação: 
· a atividade estatal praticada no interesse de determinado grupo 
· a vontade individual auferida. 
PENTAPARTITE
A doutrina e a jurisprudência assumem a teoria pentapartide (também conhecida como quinquepartite, quinquepartida ou pentapartite) que incluem ao rol, elencado pelos artigos supracitados, o empréstimo compulsório e as contribuições especiais, respectivamente citadas nos art. 148 e 149 e 149-A da Carta Magna. 
	POLÍTICA TRIBUTÁRIA
· Tributos incidentes sobre comércio exterior (arts. 19 a 28 do CTN). Exemplos: Imposto de Importação e Imposto de Exportação; 
· Tributos incidentes sobre produção e circulação (arts. 46 a 73 do CTN). Exemplos: IPI, ICMS, IOF e ISS; 
IMPOSTOS FEDERAIS
· IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
· IR – IMPOSTO SOBRE A RENDA
· IOF – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
· II – IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO
· IE – IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO
· ITR – IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE RURAL
· CONTRIBUIÇÕES: PIS-CONFINS-CSSL-CIDE 
IMPOSTOS ESTADUAIS
· ICMS – IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
· IPVA – IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES 
· ITCMD – IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÕES 
IMPOSTOS MUNICIPAIS
· IPTU – PROPRIEDADE OU POSSE DE IMÓVEIS URBANOS
· ISSQN – SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZEA
· ITBI – TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS INTER VIVOS 
	SELETIVIDADE TRIBUTÁRIA
a) tributos seletivos: têm sua força econômica graduada conforme a relevância social do produto ou do serviço. Exemplos: IPI (art. 153, § 3º, I, da CF) e ICMS (art. 155, § 2º, III, da CF); 
b) tributos não seletivos: cobrados sem levar em consideração a importância social do objeto tributado. Exemplo: ITBI. 
	PROGRESSIVIDADE TRIBUTÁRIA
a) tributos progressivos: têm alíquotas graduadas conforme a capacidade econômica do contribuinte. A Constituição Federal de 1988 admite utilização de alíquotas progressivas somente em três impostos: IR, ITR e IPTU; 
 b) tributos não progressivos: cobrados de modo uniforme em relação a todos os contribuintes, sem levar em consideração a capacidade econômica 
	IMPOSTOS RESIDUAIS
Conforme dispõe o art. 154, I, da Constituição Federal: A União poderá instituir: 
 I – mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição. 
Trata-se da chamada competência impositiva residual, isto é, da competência para instituir impostos novos ainda não previstos entre os atualmente atribuídos pela Constituição às entidades federativas. 
CONDICIONANTES DO IMPOSTO RESIDUAL
1) instituição pela União; 
2) por meio de lei complementar (sendo vedada edição de medida provisória com esse fim); 
3) devem ser não cumulativos; 
4) não podem bitributar (é vedado que tenham base de cálculo ou fato gerador de impostos já existentes). 
	IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA
Estabelece o art. 154, II, da Constituição Federal: A União poderá instituir: II – na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Os impostos extraordinários de guerra (IEGs) podem ser criados pela União, por meio de lei ordinária (admitida sua instituição também por medida provisória), em caso de guerra externa ou sua iminência. 
Trata-se de tributo de emergência, razão pela qual a Constitucional autoriza sua cobrança incidindo em bitributação, isto é, recaindo sobre base de cálculo ou fato gerador de imposto já existente (ainda que estadual ou municipal). 
SIMULTANEIDADE ENTRE E.C /I.E.G
O Texto Constitucional prevê dois instrumentos tributários distintos para captação de recursos pela União na hipótese de guerra externa ou sua iminência. Além do imposto extraordinário (art. 154, II), é autorizada também a cobrança de empréstimo compulsório. 
IEG X EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
· Imposto residual 
· IEG 
BASE CONSTITUCIONAL
· art. 154, I – IMP. RESIDUAL 
· art. 154, II - IEG 
CIRCUNSTÂNCIA LEGITIMADORA
· Não tem – IMP. RESIDUAL 
· GUerra externa ou sua iminência - IEG 
COMPETÊNCIA
· União 
VEÍCULO NORMATIVO
· Lei complementar – IMP. RESIDUAL 
· Lei ordinária ou medida provisória - IEG 
BITRIBUTAÇÃO
· Não pode bitributar – IMP. RESIDUAL 
· Pode bitributar - IEG 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS
· 20% para Estados e Distrito Federal – IMP. RESIDUAL 
· não tem - IEG 
CUMULATIVIDADE
· Deve ser não cumulativo – IMP. RESIDUAL 
· Pode ser cumulativo ou não cumulativo - IEG 
APLICAÇÃO DOS RECURSOS
· Livre, observado o repasse dos 20% a Estados e DF – IMP. RESIDUAL 
· Vinculada à circunstância que ensejou sua criação - IEG 
NATUREZA
· Tende a ser permanente arrecadação – IMP. RESIDUAL 
· Temporária - IEG 
	CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Designa-se "Crédito Tributário" a prestação em moeda ou outro valor nela se possa exprimir, que o sujeito ativo da obrigação tributária (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) tem o direito de exigir do sujeito passivo direto ou indireto (contribuinte, responsávelou terceiro).
Dispõe o artigo 139 do nosso Código Tributário Nacional que o crédito tributário decorre da obrigação principal (pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária) e tem a mesma natureza desta.
O crédito tributário é a própria obrigação tributária já lançada, titulada, individualizada é o reflexo desta. O crédito tributário nasce da obrigação e é conseqüência desta, dentro de uma única relação jurídica. 
A obrigação tributária quantifica-se, valoriza-se e materializa-se pelo crédito tributário que lhe corresponde, ou seja, pelo quantum devido pelo sujeito passivo. O crédito tributário é a determinação quantitativa do tributo. 
	LANÇAMENTO
O lançamento é o ato que constitui o crédito tributário, praticado, privativamente pela respectiva Autoridade Administrativa.
O artigo 142 do CTN define o lançamento como sendo o procedimento administrativo tendente a: 
		a)  verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;
		b)  determinar a matéria tributável;
		c)  calcular o montante do tributo devido, ou seja, o débito a pagar;
		d)  identificar o sujeito passivo; e
		e)   propor a aplicação da penalidade cabível, quando for o caso.
Lançamento é o ato administrativo que torna líquido o crédito tributário. É o ato que consubstancia o crédito tributário, declarando formal e solenemente quem é o contribuinte e quanto ele deve a Fazenda Pública. 
O lançamento é um mecanismo jurídico que dá liquidez, certeza e exigibilidade ao tributo que lhe é lógica e cronologicamente anterior, assim não é o lançamento que dá nascimento ao tributo, mas sim a ocorrência do fato imponível.
1- CARACTERÍSTICAS DO LANÇAMENTO
O lançamento tem que trazer respostas em caráter oficial à cinco indagações com base na lei: 
· Quem é o contribuinte?
· Quanto ele deve ao fisco?
· Onde ele deve efetuar o pagamento do tributo? 
· Como ele deve efetuar o pagamento do tributo?  
· Prazo em que deve efetuar o pagamento?
Quando a lei não fixar prazo para o pagamento do tributo, será de 30 dias após a notificação do lançamento ao sujeito passivo (art. 160 do CTN). A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça (art. 160, parágrafo único do CTN).
O lançamento é um ato administrativo declaratório. Produz efeitos “ex tunc”, isto é, retroage seus efeitos à data da ocorrência do fato imponível e rege-se pela lei vigente na época do fato imponível, mesmo que a lei tenha sido modificada, revogada ou que a nova seja mais benéfica (art. 144 do CTN). A lei tributária também goza de ultratividade para que seja prevalecido o “tempus regit actum”.
Relevante lembrar que a lei mais benéfica em regra não retroage, salvo se trouxer disposição expressa de retroação.
“O lançamento é procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador, a obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e sendo o caso, propor aplicação de penalidade cabível”. Mas, na verdade, não se trata de procedimento administrativo e sim de ato administrativo, que dele pode resultar, mas que com ele não se confunde (art. 142 do CTN).
O lançamento não é constitutivo, pois não faz nascer a obrigação jurídica tributária. Ao dizer que ele é declaratório não significa que não produz efeitos, produz, apenas não o faz em relação à constituição do tributo.
Aplica-se ao lançamento a legislação posterior a ocorrência do fato gerador, que tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliando a investigação ou outorgando ao crédito maiores garantias, exceto neste último caso se for para atribuir responsabilidade à terceiros (art. 144, §1º do CTN).
O lançamento goza das presunções de legitimidade e de veracidade até prova em contrario. 
O lançamento é um ato administrativo vinculado (praticado nos estritos limites da lei sem margem de escolhas, pois estas já foram feitas pelo legislador) e obrigatório (agente fiscal não é livre para lançar, deve obedecer à lei tributária), sob pena de responsabilidade funcional (art. 142, parágrafo único do CTN).
O lançamento é passível apenas de anulação (em razão de ilegalidade: lançamento nulo), mas nunca de revogação (se dá por razões de conveniência e oportunidade). Assim, o lançamento é válido ou nulo. A anulação pode ser feita na esfera administrativa ou na esfera judicial.
· Esfera administrativa: A anulação pode ser feita de ofício ou a requerimento da parte interessada (contribuinte ou terceiro a quem aproveite a anulação do lançamento)
· Esfera jurídica: A anulação só pode ser feita mediante provocação da parte interessada (contribuinte ou terceiro) através de ação anulatória do débito fiscal (rito ordinário).
JULGAMENTO DO RECURSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
· NOTIFICADO DO LANÇAMENTO
· 1 – PAGAR O TRIBUTO
· 2 – RECORRER
· 2.1 – RECURSO SERÁ APRECIDADO PELA 1ª INSTÂNCIA JULGADORA ( MONOCRÁTICA OU COLEGIADA)
· 2.2 – 2ª INSTÂNCIA JULGADORA ( COLEGIADA – CONSELHO DE CONTRIBUINTES) 
2- ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
· LANÇAMENTO MISTO OU POR DECLARAÇÃO: É aquele realizado pelo fisco em concurso com o contribuinte. Ex: IR; II; IE; ITCMD; ITBI.
“O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matérias de fato, indispensáveis a sua efetivação” (art. 147 do CTN).
“A retificação da declaração por iniciativa do próprio declarante, quando vise a reduzir ou excluir tributo, só é admissível mediante comprovação de erro em que se funde e antes de notificado o lançamento do mesmo” (art. 147, §1º do CTN).  “Os erros contidos na declaração e apuráveis pelo seu exame serão retificadas de ofício pela autoridade administrativa a que competir a revisão daquela” (art. 147, §2º do CTN).
· LANÇAMENTO DIRETO OU DE OFÍCIO: É aquele feito exclusivamente pelo Fisco, sendo o contribuinte apenas notificado do crédito tributário a saldar. Ex: IPTU.
O lançamento é feito dessa forma quando a lei determinar; quando o tributo não tenha sido lançado de outra forma; quando haja alguma irregularidade na declaração e etc. (art. 149 do CTN).
· LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO OU AUTOLANÇAMENTO: É aquele realizado pelo contribuinte “ad referendum” da Fazenda Pública (sob fiscalização da Fazenda Pública). Ex: ICMS; IPI; ISS; IOF;
O pagamento antecipado pelo obrigado extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento (art. 150, §1º do CTN). Se a lei não fixar prazo à homologação, será de 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador. Expirado esse prazo considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação (art. 150, §4º CTN).
	PAGAMENTO
O pagamento antecipado pelo obrigado extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação do lançamento (art. 150, §1º do CTN). Se a lei não fixar prazo à homologação, será de 5 anos a contar da ocorrência do fato gerador. Expirado esse prazo considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação (art. 150, §4º CTN).
ALTERAÇÃO DO LANÇAMENTO
· Impugnação do sujeito passivo (art. 145, I do CTN).
· Recurso de ofício (art. 145, II do CTN).
· Iniciativa de ofício da autoridade administrativa nos casos previstos no art. 149 (art. 145, III do CTN).
NOTIFICAÇÃO DO LANÇAMENTO
O lançamento só produzirá seus efeitos junto ao contribuinte se este for notificado. Notificação do lançamento é o ato administrativo que confere eficácia ao lançamento. 
A notificação do lançamento deve operar-se na pessoa do contribuinte. Admite-se que seja feita por carta com aviso de recebimento
Notificação é uma realidade acessória em relação ao lançamento que é a realidade principal. Se o lançamento for válido e a notificação nula, basta que se produza uma notificação válida, não precisando de outro lançamento. Entretanto, se este fornulo a notificação válida também é nula, precisa fazer tudo de novo. 
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Depois que o contribuinte é notificado do lançamento, o tributo está em condições de ser recolhido pelo contribuinte e recebido pela Fazenda Pública, mas nada impede que ocorra um evento novo, previsto em lei, adie a exigibilidade do tributo. Estes eventos que adiam a exigibilidade do crédito tributário são as causas suspensivas do crédito tributário.
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI o parcelamento.
Uma vez constituído o crédito, a autoridade não pode dispensá-lo sem expressa autorização legal, sob pena de responsabilidade funcional. “O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos em lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias” (art. 141 do CTN).
O artigo 151 parágrafo único do Código Tributário Nacional estabelece que embora suspensa a exigibilidade do tributo, não ficará suspenso o dever de cumprir as obrigações acessórias. Ex: Dever de preencher livros fiscais, emitir notas fiscais, dever de emitir faturas.
I. Moratória
Moratória é uma medida de política fiscal, concedida por meio de lei, que prorroga o prazo normal do recolhimento do tributo
Medida de política fiscal: A moratória é concedida após um episódio que diminui a capacidade econômica do contribuinte. Ex: calamidade publica
Por meio de lei: A moratória só pode ser concedida por meio de lei da pessoa política competente para instituí-lo (princípio da legalidade e da indisponibilidade do interesse público).
Adia o prazo normal de recolhimento: Normalmente a lei fixa o prazo normal de recolhimento do tributo, sendo indicado no lançamento, mas se assim não o fizer, será de 30 dias a contar da notificação do lançamento (art. 160 do CTN).
Moratória pode ser concedida em caráter geral ou individual:
1. Moratória em caráter geral pode ser concedida:
· Pela pessoa política competente para instituir o tributo a que a moratória se refira (art. 152, I, “a” do CTN).
· Pela União, em relação a tributos de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios, quando simultaneamente também conceder aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado (art. 152, I, “b” do CTN). Roque Antonio Carrazza afirma que a concessão pela União a tributos dos outros entes da federação é inconstitucional, pois ofende ao princípio federativo e princípio da autonomia estadual, distrital e municipal.
2. Moratória em caráter individual: 
· concedida por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei (art. 152, II do CTN). 
“A lei concessiva de moratória pode circunscrever a sua aplicabilidade a determinada região do território da pessoa política competente, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos” (art. 152,  parágrafo único do CTN)
A concessão da moratória individual não gera direito adquirido, podendo ser revogada de oficio quando apurado que o beneficiário: Não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições; não cumpriu ou deixou de cumprir os requisitos.  Nestes casos, será cobrado o crédito e mais juros de mora, e a revogação só pode ocorrer antes da prescrição. Se for caso de dolo ou simulação ainda haverá penalidade e não será computada a prescrição se a revogação não ocorrer até esse prazo (art. 155, I, II e parágrafo único do CTN).
II. Depósito integral do montante tributário
O contribuinte que entende que o tributo não é devido e pretende litigar com a Fazenda Pública pode fazer o depósito integral do montante tributário, na esfera administrativa ou judicial, para se precaver, caso ocorra um revés na ação promovida. 
Se efetuar o depósito para ingressar com ação anulatória (antes do lançamento) ou declaratória de nulidade (após o lançamento) fica suspensa a exigibilidade do crédito. Se não efetuar, poderá sofrer inscrição da divida ativa, execução fiscal e penhora dos seus bens.
Se o contribuinte ganhar: levanta o depósito com atualização monetária. 
Se o contribuinte perder: O depósito vai servir de pagamento. Daí a denominação de conversão de deposito em renda. Os juros e correção serão cobertos pelos rendimentos do depósito.
III. Recurso administrativo com efeito suspensivo
O contribuinte pode enveredar pelo contencioso administrativo, mas não é obrigado percorrer as vias administrativas para ir ao Judiciário, podendo ir neste diretamente. Não há trânsito em julgado administrativo, por força do princípio da universalidade de jurisdição.
Se a decisão administrativa for favorável ao contribuinte, segundo a posição mais aceita, a Fazenda Pública poderia ingressar nas vias judiciais em razão do princípio da universalidade de jurisdição. Entretanto, há quem entenda que faltaria interesse de agir à Fazenda Pública, já que ela decidiu que o contribuinte tem razão.
IV. Liminar em mandado de segurança
A liminar não vincula o Juiz, podendo ser cassada a qualquer tempo e até mesmo ser denegado o mandado de segurança. 
V. Parcelamento
De acordo com o artigo 155-A, o parcelamento será concedido na forma e condição estabelecida em lei específica, que somente por ser editada por cada ente competente, referente aos seus respectivos tributos
	EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
O artigo 156 do Código Tributário Nacional arrola doze formas de extinção do crédito tributário, a saber: 
a) o pagamento; 
b) a compensação; 
c) a transação; 
d) remissão; 
e) a decadência;
f) a prescrição; 
g) a conversão do depósito em renda;
h) o pagamento antecipado e a homologação do lançamento; 
i) a consignação em pagamento; 
k) a decisão administrativa irreformável; 
l) a decisão judicial passada em julgado; 
m) a dação em pagamento de bens móveis. 
a) Pagamento: É a forma ordinária, usual, de extinção do crédito tributário. O pagamento corresponde à entrega, pelo sujeito passivo ou qualquer outra pessoa em seu nome, ao sujeito ativo, de quantia referente ao objeto do crédito tributário 
b) Compensação: Compensação é o encontro de débitos e créditos. Ela é conceituada no Código Civil de 2002. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credora e devedora uma da outra, as duas obrigações se extinguem, até onde se compensarem. 
No direito tributário, também tem aplicação, mas será restrita aos casos em que a lei expressamente preveja. Assim, se o sujeito passivo é credor da Fazenda Pública, poderá ocorrer uma compensação pela qual será extinta sua obrigação, isto é, o crédito tributário.
c) Transação: Transação é sinônimo de acordo. Esse instituto também tem previsão no Código Civil, que afirma que é lícito aos interessados prevenirem ou terminarem litígio mediante concessões mútuas. Assim, cada parte irá ceder o que entende ser o seu direito para conseguirem alcançar um acordo, podendo assim, evitar um conflito ou pondo fim se já um iniciado. 
De acordo com o CTN, em seu artigo 171, a lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mutuas, importe em terminação de litígio e consequente extinção do crédito tributário.
d) Remissão: Remissão é perdão, dispensa de débito. Deve ser concedida pela autoridade administrativa que a lei expressamente prevê. Pode também ser concedida pela lei. Assim, só é possível remissão mediante autorização legal expressa e específica.
A prescrição e a decadência buscam realizar o princípio da segurança jurídica, pois não é razoável a permanência das relações jurídicas por tempo indeterminado. Em razão disso, a lei prevê a extinção das relações jurídicas pelo decurso do tempo. 
A distinção existente entre a decadênciae a prescrição é que na primeira a extinção da relação jurídica tributária ocorre antes do lançamento, já a prescrição extingue a relação jurídica tributária após a formalização do lançamento.
e) Decadência: A decadência, prevista no artigo 173 do CTN, representa a perda do direito da Fazenda Pública Federal, Estadual ou Municipal, constituir, através do lançamento, o crédito tributário, em razão do decurso do prazo de 5 anos, contado:
· do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; 
· da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vicio formal, o lançamento anteriormente efetuado.
f) Prescrição: Prescrição é o fato jurídico que determina a perda do direito subjetivo de ajuizamento da ação de execução fiscal do valor do tributo. Vale dizer que a prescrição, veiculando a perda do direito à ação, atribuída a proteção de um direito subjetivo e, por isso mesmo, desfazendo a força executória do credor em razão de sua inoperância, apresenta-se como figura de direito processual.
g) Conversão de depósito em renda: Quando o contribuinte quiser discutir em juízo a exigência de um tributo, ele pode efetuar o depósito do valor correspondente. Nesse caso, ocorrerá a suspensão da exigibilidade do crédito tributário. E ao final da ação, ocorrendo o trânsito em julgado, caso a decisão seja favorável à Fazenda Pública, o juiz mandará converter o depósito em renda. Consequentemente, ocasionará a extinção do crédito tributário.
h) Pagamento antecipado e homologação do lançamento: Ocorre um tipo de lançamento que é conhecido por lançamento por homologação. Nesse caso, o sujeito passivo efetua o pagamento do tributo com base na apuração que ele próprio faz. Diz-se, portanto, que o pagamento foi antecipado, porque ele ocorre antes do lançamento ser feito.
No referido tipo de lançamento, a extinção do crédito do tributário não ocorre apenas com o pagamento, pois é necessário que haja a homologação do pagamento, que pode ser expressa ou tácita. 
i) Consignação em pagamento julgada procedente: Com base no artigo 164 do Código Tributário Nacional, a ação de consignação em pagamento pode ser proposta nos casos de: 
a) recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; 
b) subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamente legal; 
c) exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre o mesmo fato gerador.
j) Decisão administrativa irreformável: Trata-se da decisão em que a própria Administração confirma que, em última instância, a exigência feita ao contribuinte não é juridicamente procedente, pois aquele crédito tributário não tem fundamento jurídico para ser questionado. 
A decisão deve ser irreformável, ou seja, será definitiva na esfera administrativa. Assim, a decisão está impossibilitada de ser reexaminada pela Administração e que não pode ser mais objeto de ação anulatória.
k) Decisão judicial passada em julgado: A decisão judicial que disponha que o lançamento é inválido extingue o crédito tributário, necessitando do seu trânsito em julgado. O trânsito em julgado ocorre quando aquela decisão não é mais passível de recurso.
l) Dação em pagamento: A dação em pagamento ocorre, quando o credor, no caso o Estado, aceitar receber algo distinto de dinheiro, para solver a dívida que lhe é devida. É o pagamento que é feito através da entrega de algum bem ou direito, que não seja dinheiro em espécie.
De acordo com Leandro Paulsen, “A dação em pagamento implica a entrega de bens pelo contribuinte para a quitação dos débitos tributários. Tendo em conta que a obrigação tributária é sempre em dinheiro, faz-se a avaliação do bem para fins de imputação na dívida do contribuinte.”
	EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1- ISENÇÃO
 Geral: é aquela que decorre diretamente da lei, não dependendo de qualquer requerimento da parte interessada, nem de posterior ato administrativo. Ex.: isenção de IR sobre rendimentos de caderneta de poupança.
Específica: é aquela que se efetiva mediante despacho da autoridade administrativa. Ou seja: uma vez editada a lei, a parte interessada deve requerer junto à Administração Pública a concessão do benefício mediante a comprovação do preenchimento dos requisitos necessários. Ex.: isenção de IPVA para deficientes físicos que adquirirem veículos adaptados
.
2- ANISTIA
A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
· Geral;
· Limitadamente: às infrações da legislação relativa a determinado tributo; às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade Administrativa.

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