Buscar

Teste rapido, Raiva e Notificação compulsoria

Prévia do material em texto

TESTE RÁPIDO SÍFILIS, RAIVA E NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
Eliara Orlando
Fisioterapeuta E Estudante De Medicina
TESTES RÁPIDOS SIFILIS
Bacteriana - Treponema Pallidum
Transmissão vertical - sífilis congênita;
Adquirida - transmissão sexual;
trata na atenção básica
● sífilis recente - até 1 ano
■ primária: cancro duro
■ secundária: lesões sifilíticas mãos, pés e tronco
■ latente recente: sem sintomas
● sífilis tardia - mais de 1 ano
■ latente tardia: sem sintomas
■ terciária: órgãos alvos como coração, neurosífilis
TESTES
● Teste Treponêmico: qualitativo; Elisa, teste rápido e FTABs; permanece positivo toda
doença; identifica o anticorpo específico da sífilis
● Não treponêmico: VDRL utilizado para acompanhamento, é qualitativo e quantitativa
(quantidade de antígeno = ¼;⅛..quanto maior o denominador maior a contaminação); ¼
(cicatriz sorológica); deve ser feito a cada 3 meses, e gestantes a cada 30 dias; Pacientes
com VDRL baixo que não fizeram tratamento, deve-se fazer o tratamento
TRATAMENTO
● Ciclo de penicilina e mantém o controle com o exame VDRL (vigilância a cada 3
meses no primeiro ano e gestante a cada 30 dias); 1milhão e 200 de penicilina em cada
nádega para formar 2,4 milhões
● Gestante o exame é mensal;
● sempre tratar o parceiro;
Critérios de retratamento da sífilis:
● Ausência de redução da titulação do VDRL: O exame do paciente que no início tem
uma alta titulação como 1/64 no início do tratamento, é para cair para até 1 ⁄ 4 no final do
tratamento. Caso não ocorra essa queda, ou se cair e voltar a aumentar deve-se fazer o
tratamento novamente.O paciente pode ter se re-infectado ou o tratamento pode não ter
surtido efeito.
● intervalo da titulação: após a finalização do tratamento refazer o exame a cada 3
meses até completar 12 meses;
RAIVA
Doença viral; obrigado notificação independente do grau da lesão/acidente; o paciente tem
que ficar em vigilância; 5 doses de vacina intramuscular ou intradérmica - hoje, 3, 7, 14 e 28
dias;
➔ Transmissibilidade: A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais
infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela
arranhadura e/ou lambedura desses animais.
➔ Classificação do acidente:
◆ Acidente leve: ferimentos superficiais, poucos extensos, únicos, tronco ou
membros, arranhadura, mordedura ou lambedura de pele não íntegra;
● não faz esquema vacinal, só se o animal morrer, desaparecer ou se
tornar raivoso (no período de 10 dias);
● se o animal já for clinicamente suspeito de raiva: faz o esquema
vacinal (0 e 3) se no décimo dia for descartado a suspeita, encerra-se
o caso; se o animal se tornar raivoso, sumir ou morrer continuar o
esquema até o final;
➔ Acidente grave: ferimentos cabeça, pescoço, mãos, plantas do pé; ferimento
profundo, múltiplo ou extenso;
◆ iniciar o esquema vacinal (o e 3) e observar o animal até o décimo dia, se
descartar a suspeita encerrar o esquema; se acontecer algo com o animal
continuar a vacina(deltoide) e fazer o soro(gluteo) (em locais diferentes)
★ Esquema vacinal: com 5 doses - 0, 3, 7, 14, 28
★ Local de aplicação: infiltrar na lesão a maior dose possível e o que não for possível
aplicar IM região glútea;
★ Quem notifica e através de qual sistema: deve ser notificado pelos serviços de
saúde, por meio da Ficha de Investigação de Atendimento Antirrábico do Sinan;
★ Manejo pós acidente:lavar a região com água e sabão, iniciar o esquema profilático,
observar o animal por 10 dias;
★ letal; mordedura, arranhadura; transmissor gato/cachorro/morcego; período de
incubação +/- 45 dias; tem a ver com a localização e extensão da lesão;
★ Observar se após a mordida o animal vai apresentar alguma reação;
★ Sintomas: 2 a 10 dias; vírus dentro do SNC, paralisa parte de deglutição então tem
dificuldade de engolir saliva e começa a babar; mal estar, febre, cefaléia, náuseas, dor na
garganta, linfoadenopatia, parestesia próximo ao local da mordida
★ Profilaxia: contato indireto, lavar com agua e sabao; acidentes leve, lavar com água
e sabão e observar o animal por 10 dias, caso o animal estiver bem não fazer tratamento,
se o animal tiver reação ou morrer aplicar vacina; se o animal suspeito já iniciar o
tratamento, se a hipótese de raiva for descartada suspender o tto, se confirmar a raiva
continuar o tto; cão raivoso
★ não é indicado suturar a lesão, apenas inibir sangramento sutura interna mas sem
aproximação de bordas
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
ACIDENTE MATERIAL BIOLÓGICO
❖ FLUIDOS: que tenham sangue e fluidos orgânicos como semem e secreção vaginal;
ou não-infectantes quando contaminados com sangue como suor, lágrima, fezes, urina,
saliva.
❖ Perfuro cortantes e agulhas são os mais perigosos e capazes de transmitir doenças;
❖ em casos de acidente com material biológico têm risco a saúde física (a doença em
si) e mental ( o medo, ansiedade sobre a possibilidade de se contaminar)
❖ o risco vai depender do tipo de acidente, gravidade, tamanho da lesão e volume de
sangue envolvido
➢ risco doenças: HIV, Hepatite B e C
❖ Tipos de exposição:
➢ cutânea: contato com pele não íntegra, como dermatites ou feridas abertas;
➢ percutânea: lesão provocada por instrumentos perfurantes, cortantes
(agulha, bisturis);
➢ mucosas: quando há respingos envolvendo olho, nariz, boca ou genitália;
❖ PREVENÇÃO: boas práticas trabalho, uso EPI adequado, educação em saúde, lavar
as mãos frequentemente, esquema vacinal completo;
❖ fluxograma de manejo
➢ pare a ação e lave o local com água e sabão ou soro fisiológico
➢ comunique a pessoa responsável pela notificação e início do protocolo de
profilaxia
■ Hepatite B e HIV (PEP para inibir a soroconversão) tem protocolo
para profilaxia pós exposição, Hepatite C não tem
➢ avaliar se o material exposto tem risco de contaminação para HIV,
Hepatite B e C - se possível verificar o status sorológico da pessoa-fonte
➢ verificar se o tipo de exposição é de risco;
➢ avaliar o tempo entre exposição e atendimento; 72h
➢ fazer testes rápidos disponíveis
➢ aplicar protocolo
➢ notificar
■ HIV - fluidos de risco: sangue, sémen, fluidos vaginais, líquor, líquido
amniótico; tipo de exposição de risco: percutânea, mucosas, cutânea
com pele não íntegra; se o teste rápido para HIV der negativo, fazer
profilaxia até 72h após o acidente; PEP por 28 dias (Tenofovir (TDF),
Lamivudina (3TC) e Dolutegravir (DTG)); teste HIV após 30 e 90 dias
pós acidente;
■ Hepatites virais: acompanhamento e tratamento

Continue navegando