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Introdução à Economia: Microeconomia e Macroeconomia

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AULA 2: INTRODUÇÃO À ECONOMIA
Profa. Msc Salma Said Rezek Mendoza
Salma.rezek@ufrr.br
salmarezek@hotmail.com
Contato: (95) 98113-3203
mailto:Salma.rezek@ufrr.br
mailto:salmarezek@hotmail.com
DIVISÃO DA ECONOMIA
O campo da economia pode ser dividido em dois principais ramos de atividade: a
microeconomia e a macroeconomia.
Microeconomia: estuda as unidades (consumidores, firmas, trabalhadores,
proprietários dos recursos, etc) componentes da economia e o modo como suas
decisões e ações se inter-relacionam. Dito de outro modo, ela cuida,
individualmente, do comportamento de consumidores e produtores, com vistas à
compreensão do funcionamento geral do sistema econômico, ou seja, a
microeconomia está ligada ao exame das ações dos agentes econômicos privados em
suas atividades de produção e de consumo e, assim, procura investigar as
possibilidades de eficiência e equilíbrio do sistema econômico como um todo.
A microeconomia está centrada nos seguintes aspectos:
a) Unidades individuais da economia (consumidor e empresa);
b) Comportamento do consumidor (que objetiva maximizar sua satisfação) e da empresa
(que busca maximizar o lucro);
c) Formação dos preços de bens e serviços, com base nas forças de oferta e demanda,
considerando-se as várias estruturas de mercado.
Macroeconomia: tenta explicar as relações entre os grandes agregados (ou variáveis)
econômicos, como: consumo, poupança, investimento, produto e renda nacionais, níveis
de emprego nacional, nível geral de preços, controle da inflação, oferta e demanda
monetárias e desequilíbrio externo (balança comercial, de serviços e de capital).
Por exemplo, se estivermos estudando as variações na oferta de dinheiro, suas causas e
seus efeitos no fluxo de bens e serviços, emprego e desemprego ou renda nacional,
estamos utilizando o instrumento analítico da macroeconomia. Portanto, a macroeconomia
está centrada nos seguintes aspectos:
a) Comportamento da economia em seu conjunto, ou seja, no seu agregado ou no seu todo;
b) Desempenho dos agregados econômicos, como o PIB, a renda nacional, o emprego, a
inflação;
c) Inter-relações entre os agregados, como o efeito do nível de investimentos sobre o nível
de empregos (é de se esperar que o baixo nível de investimentos esteja diretamente
relacionado ao nível elevado de desemprego) ou o déficit público e as taxas de juros no
mercado (é provável que, quanto maior for o déficit público, maiores sejam as taxas de
juros no mercado);
d) Contas do setor público e suas relações com o restante da economia;
e) Desenvolvimento socioeconômico do país;
f) Balanço de pagamentos, que mede as trocas internacionais de bens e serviços.
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENTAIS
Todas as sociedades, sejam economias de mercado ou centralizadas, são obrigadas a
fazer opções, escolhas entre alternativas, uma vez que os recursos não são abundantes.
Desta forma é levantado os seguintes questionamentos, que constituem as funções de um
sistema econômico:
• O que e quanto produzir: a sociedade deve decidir se produz mais bens de
consumo ou bens de capital e em que quantidade. Em economias de mercado, o
que e quanto produzir é sinalizado pelos consumidores. Em economias planificadas
ou centralizadas, tipo chinesa, cubana, a decisão é tomada por um órgão central de
planejamento
• Como produzir: trata-se de uma questão de eficiência produtiva. Serão utilizados
métodos de produção como capital, mão-de-obra, terra intensivos e tecnologia. Isso
vai depender da disponibilidade de recursos de cada país.
• Para quem produzir: a sociedade deve decidir quais setores que serão beneficiados na
distribuição do produto. Trabalhadores, capitalistas ou proprietários de terra, a agricultura
ou indústria, mercado interno ou externo, região Sul ou Norte. Ou seja, trata-se de decidir
como será distribuída a renda gerada pela atividade econômica.
Uma das áreas da economia que busca analisar as melhores formas de responder a essas
perguntas é a teoria macroeconômica. A macroeconomia trata da evolução da economia
como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados, como
renda nacional, produto nacional, investimento, poupança e consumo, emprego,
desemprego.
Para responder a primeira questão (que bens e serviços devem ser produzidos), uma
sociedade deve utilizar os recursos econômicos, também conhecidos como fatores ou
meios de produção. Os recursos econômicos, que constituem a base de qualquer
economia, são os meios utilizados pela sociedade para a produção de bens e serviços que
satisfarão as necessidades humanas.
São três as características dos recursos econômicos:
a) Escassos em sua quantidade, ou seja, limitados, representados por uma situação em
que os recursos podem ser utilizados na produção de diferentes bens e serviços, de tal
modo que é preciso sacrificar um bem ou serviço por outro.
b) Versáteis, isto é, podem ser aproveitados em diversos usos. Em outras palavras, um
determinado recurso pode ser utilizado na produção de diferentes produtos. Por
exemplo, a farinha de trigo pode produzir pão, mas também pode ser utilizada na
produção de macarrão.
c) Podem ser combinados em proporções variáveis na produção de bens e serviços. Por
exemplo, se um insumo importado (que nada mais é do que um recurso ou fator de
produção) ficar muito caro (por causa da desvalorização do real, por exemplo), o
empresário pode substituí-lo por um insumo nacional.
Quanto à classificação, os recursos podem ser agrupados em:
a) Recursos naturais: consistem em todos os bens econômicos utilizados na produção
obtidos diretamente da natureza, como os solos (urbanos e agrícolas), os minerais, as
águas (dos rios, dos lagos, dos mares, dos oceanos e do subsolo), a fauna, a flora, o
sol e o vento (como fontes de energia), entre outros.
b) Recursos humanos: incluem toda atividade humana (esforço físico e/ou mental)
utilizada na produção de bens e serviços, como os serviços técnicos do advogado, do
médico, do economista, do engenheiro, ou a mão-de-obra do eletricista, do encanador
e de outros profissionais.
c) Capital: abrange todos os bens materiais produzidos pelo homem e que são utilizados na
produção. O fator capital inclui o conjunto de riquezas acumuladas por uma sociedade,
riquezas com as quais um país desenvolve suas atividades de produção. Para haver capital, é
fundamental a participação do ser humano, ou seja, não existe o fator capital sem o fator
trabalho. Entre os principais grupos de riquezas acumuladas por uma sociedade estão os
seguintes:
• Infra-estrutura econômica, como transportes (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e
aeroportos), telecomunicações (equipamentos e satélites) e energia (hidrelétricas e
termelétricas, linhas de transmissão e sistemas de distribuição).
• Infra-estrutura social, como sistemas de água e saneamento, educação, cultura,
segurança, saúde, lazer e esportes.
• Equipamentos de transporte, como caminhões, ônibus, utilitários, locomotivas,
vagões, embarcações e aeronaves.
• Máquinas e equipamentos, que são utilizados nas atividades de extração,
transformação e prestação de serviços, na indústria de construção e nas atividades
agrícolas.
• Matérias-primas ou insumos, como energia elétrica, óleo diesel, gás, corantes e
matérias químicas para a indústria, ou sementes, fertilizantes, inseticidas, herbicidas,
fungicidas, vacinas, rações e combustíveis para a agricultura, entre outros.
MÉTODO DA CIÊNCIA ECONÔMICA
Quanto ao método em economia são levados em consideração 3 aspectos:
• A economia utiliza hipóteses simplificadoras para explicar os fenômenos que estuda, porque o
comportamento humano é complexo.
• A ciência econômica relaciona 2 variáveis para explicar um fato econômico. Exemplo: a relação
existente entre o preço (variável independente) e o consumo (variável dependente) de um
bem.
• Análise marginal: está relacionado a um aumento de outra variável. Exemplo: o custo marginal é
igual à diferença noaumento do custo total em decorrência do aumento da produção.
Exemplo: CT=CF+CV CT=500+1200=1.700
CT=500+1000=1.500 Cmg=200
Os métodos de investigação da economia são divididos em 2 compartimentos:
• A economia positiva (descritiva): formula os princípios gerais, as leis da economia, as
teorias e os modelos econômicos.
• A economia normativa (prescritiva): se ocupa de utilizar princípios, leis e teorias para
produzir modificações e propor um direcionamento para a economia.
Exemplos:
• Economia positiva: os tributos inibem o consumo das famílias e oneram a produção das
empresas
• Economia normativa: o governo deveria adotar uma política fiscal expansionista.
• Economia positiva: o excesso de moeda gera inflação de demanda.
• Economia normativa: o governo deveria retirar uma parte de moeda de circulação
ou diminuir a sua própria demanda gastando menos.
• Economia positiva: o aumento nos custos de produção dá origem à inflação de
custos.
• Economia normativa: o governo deveria aumentar a fiscalização dos lucros dos
produtores de insumo.

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