Plano de ação escolar

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS (UNIGOIÁS)
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Geovanna Ferreira de Melo
Plano de ação escolar 
GOIÂNIA/GO
10 DE DEZEMBRO DE 2022
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho é sobre planos de ação no âmbito da escola como um todo e na sala de aula, o plano de ação segundo Affonso (2016) é um documento que descreve um planejamento necessário para atingir o resultado esperado ou a solução de problemas.
 Sendo assim apresentaremos a escola Estadual Ana Maria que possui vários alunos surdos matriculados, segundo o Decreto nº5.626, de 22 de dezembro de 2005 é considerado com ´pessoa surda aquela que, tem perda auditiva, compreende e interagem por meio de experiências visuais e/ou utilizando a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Os mesmos necessitam de ensino adaptado e inclusivo de acordo com a Lei Brasileira Inclusão (LBI). 
Com o passar dos anos na devida escola foram aparecendo algumas situações adversas referente ao desenvolvimento dos devidos estudantes, essas situações problemas serão apresentadas e solucionadas.
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PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
· APRESENTAÇÃO
	A escola Estadual Ana Maria inaugurada em 2010, oferta ensino fundamental e médio, nos turnos vespertino e matutino, onde contém mais de 600 alunos, no decorrer dos anos ouve uma grande procura em matricular alunos surdos, atualmente a escola contém 07 alunos com deficiência auditiva, sendo assim a mesma adaptou-se para incluir esses estudantes, visto que na lei nº 7.853/89 discorre é crime recursar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência a LBI complementa que é de direito o ensino inclusivo em todos níveis de aprendizados.
	Para suprir essa demanda a escola dispõem de 36 professores, diretor, vice-diretor, coordenador pedagógico, coordenador de turno, 3 secretarias, 4 cozinheiras, 4 profissionais de limpeza, 2 na portaria.
· PROBLEMAS E DESAFIOS
	A equipe gestora percebeu um alto número de reprovação entre os alunos surdos, além de evasões. Consultando relatos compartilhados pelos docentes nos conselhos de classe a respeito do desenvolvimento educacional do aluno surdo, bem como do relacionamento interpessoal, perceberam que as descrições eram negativas. Apresentaremos alguns desses relatos, sendo de diferentes profissionais, alunos de diversas séries, todos com intérpretes.
Situação 1 professora A – “Minha aluna surda, não consegue acompanhar o conteúdo, percebo que mesmo com o intérprete de Libras, ela tem dificuldade de entender, não sei por que isso acontece. Por exemplo, ela tem muita dificuldade com atividades de interpretação de texto, e quando ela me entrega atividade escrita não consigo entender o que ela me entregou, dessa forma não sei como avaliá-la. Às vezes ela só cópia o que eu passo no quadro, mas não participa das atividades, ela tenta, mas, não consegue.” Teve um dia que o intérprete a tirou da sala para ajudá-la em uma atividade, neste dia ela ficou muito tempo fora da sala de aula, mas ao retornar conseguiu entregar a atividade respondida corretamente, isso foi uma exceção. 
Situação 2 professor B – “Tenho um aluno surdo que tem dificuldades de se relacionar com o restante da turma, ele é muito inteligente, dedicado e não tem muita dificuldade com a escrita da Língua Portuguesa, porém ele não tem nenhuma relação interpessoal com a turma, tem apenas um aluno que às vezes ele senta perto, e às vezes até o vejo escrevendo algo para este aluno, porém apenas este aluno. Eu percebo que a turma, não tem muito interesse em se relacionar com ele, e semana passada, inclusive, eu chamei atenção de três alunos que estavam rindo dele, por que ele estava se comunicando com a intérprete de Libras e fazendo barulhos com a boca. Infelizmente, os coleguinhas são muito imaturos”.
Situação 3 professor C – “Minha aluna surda reclama muito, ela diz que não entende os conteúdos, que eu falo muito rápido, que a intérprete também faz a interpretação muito rápido, e que por ela ser surda nós precisamos ir com calma. Mas, na verdade eu acho que ela é um pouco preguiçosa, e usa da sua deficiência para justificar a falta de participação nas atividades. Esta aluna é oralizada, ou seja, consegue fazer leitura labial, usa aparelho, e também consegue falar algumas coisas, pois faz tratamento com fonoaudiólogo. Ela sempre está brincando em sala de aula, e quando chamamos a mãe, o discurso é o mesmo, que precisamos ter paciência com a filha, pois ela é surda”. “Não sei o que fazer, se ela continuar dessa forma, vai reprovar”. 
Podemos detectar alguns problemas em cada situação;
Situação 1 – Aluna surda não é fluente em libras sequer oralizada, professora não tem preparo nem instrução para trabalhar um aluno surdo.
Situação 2 – O aluno surdo tem pouca ou nenhuma tem interação com outras pessoas ouvintes, falta trabalho de conscientização sobre a cultura surda.
Situação 3 - Desinteresse do aluno surdo ao aprender, não a preparo dos profissionais na Língua de Sinais, conteúdos não são pensados para inclusão do aluno.
· AÇÕES
	Ao identificar as respectivas adversidades, propomos algumas ações para solucioná-las de acordos com as situações propostas.
Situação 1 Curso básico de libras para os profissionais, encaminha a aluna surda a uma unidade do caps onde possa realizar o curso de libras para surdos de forma gratuita, ter formações para os profissionais com um professor de libras para orientar como proceder no ensino de um estudante com deficiência auditiva.
Situação 2 Palestras para toda a escola sobre a comunidade surda; falando sobre: o que a deficiência auditiva, mitos e verdades, sobre a cultura surda dentre outros, incluir no currículo escolar a disciplina libras. 
Situação 3 Curso básico de libras para os profissionais da educação, maior interação entre o intérprete e o professor (caso a aluna não se identificou com o intérprete é sugerido a troca o profissional), materiais de ensino e visual na língua materna do aluno surdo, formações para a didática com alunos surdos (com um professor de libras e a equipe pedagógica).
· RECURSOS 
	Os recursos utilizados para cumprir as ações sugeridas são:
Situação 1 Recurso financeiro, contratação de um instrutor de Libras.
Situação 2 Recurso financeiro, profissionais da área de libras para as palestras, didática e infraestrutura.
Situação 3 Recursos financeiros, contratação de um instrutor de Libras, profissional, didático e infraestrutura. 
· CRONOGRAMA
		Cronograma recomendado
	Ação
	Data da ação
	Curso básico de Libras para os profissionais da educação
	 1ª semana de janeiro
	Compra/implementação do material e visual na língua surda
	Após o planejamento anual
	Formação para didática para ensinar alunos surdos
	1ª vez por mês
	Palestras sobre conscientização da cultura surda
	1ª vez por semestre
	Inclusão da disciplina libras no currículo escolar
	Inicio do ano letivo 
· ENVOLVIDOS
	Para as determinadas ações serem realizadas serão necessários os seguintes envolvidos.
Situação 1 Professores, intérpretes e coordenação pedagógica.
Situação 2 Professores, alunos, palestrantes e coordenação pedagógica. 
Situação 3 Professores, intérprete, secretaria, coordenação pedagógica, coordenação de turno.
· METAS ESTABELECIDAS
Situação 1 Fluência dos alunos surdos na língua materna, preparação dos profissionais para ensinar de forma efetiva a alunos surdos.
Situação 2 Conscientização sobre a cultura surda, quebra do preconceito sobre os deficientes auditivos.
Situação 3 Profissionais capacitados há dialogar (o básico) com o aluno surdo, e não com o intérprete, trazer maior interesse e facilidade no ensino utilizando materiais e visuais com a língua materna (Libras), demostrar a inclusão tanto no ensino com adequações no currículo escolar, quanto no acolhimento e empatia com esse aluno com deficiência auditiva.
· RESULTADOS ESPERADOS
 
Situação 1 A aluna estar fluente em libras para acompanhar os conteúdos passados a turma, ter conhecimento suficiente para usar o material em libras (sua línguamaterna) e ter como segunda língua o Português. Que os profissionais estejam capacitados e seguros para aplicar o ensino.
Situação 2 Aceitação, interação e troca de experiências entre estudantes ouvintes e surdos.
Situação 3 Que a escola esteja preparada com um ambiente educacional para receber, acolher e garantir a permanecia do aluno surdo, onde crie o vínculo de pertencimento a sala de aula e a escola como todo, estimulado a aprender com atividades que inclua tanto os alunos ouvintes quanto os alunos surdos, promovendo o aprendizado com a matérias em libras e em português (ensino bilingue).
PLANO DE AÇÃO DA SALA DE AULA 
· APRESENTAÇÃO
	A escola Estadual Ana Maria inaugurada em 2010, oferta ensino fundamental e médio, nos turnos vespertino e matutino, onde contém mais de 600 alunos, no decorrer dos anos ouve uma grande procura em matricular alunos surdos, atualmente a escola contém 07 alunos com deficiência auditiva, sendo assim a mesma adaptou-se para incluir esses estudantes, visto que na lei nº 7.853/89 discorre é crime recursar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência a LBI complementa que é de direito o ensino inclusivo em todos níveis de aprendizados.
	Para suprir essa demanda a escola dispõem de 36 professores, diretor, vice-diretor, coordenador pedagógico, coordenador de turno, 3 secretarias, 4 cozinheiras, 4 profissionais de limpeza, 2 na portaria.
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· PROBLEMAS E DESAFIOS
A equipe gestora percebeu um alto número de reprovação entre os alunos surdos, além de evasões. Consultando relatos compartilhados pelos docentes nos conselhos de classe a respeito do desenvolvimento educacional do aluno surdo, bem como do relacionamento interpessoal, perceberam que as descrições eram negativas.
Apresentaremos um dos relatos dos profissionais da educação
Professor B – “Tenho um aluno surdo que tem dificuldades de se relacionar com o restante da turma, ele é muito inteligente, dedicado e não tem muita dificuldade com a escrita da Língua Portuguesa, porém ele não tem nenhuma relação interpessoal com a turma, tem apenas um aluno que às vezes ele senta perto, e às vezes até o vejo escrevendo algo para este aluno, porém apenas este aluno. Eu percebo que a turma, não tem muito interesse em se relacionar com ele, e semana passada, inclusive, eu chamei atenção de três alunos que estavam rindo dele, por que ele estava se comunicando com a intérprete de Libras e fazendo barulhos com a boca. Infelizmente, os coleguinhas são muito imaturos”.
Podemos detectar os devidos problemas nessa situação; o aluno surdo tem pouca ou nenhuma tem interação com outras pessoas ouvintes, não há estimulo para essa interação na sala de aula, falta trabalho de conscientização sobre a cultura surda.
· AÇÕES
Ao identificar os problemas, propomos algumas ações para solucioná-los aplicando na sala de aula, com; mudança do layout para uma forma circular em determinados momentos, onde há uma melhor visualização do todo e facilidade na interação, acrescentar como forma de avaliação o seminário em grupo (pois esse modelo de avaliação tem como vantagem o desenvolvimento de habilidades interpessoais), realizar um projeto voltado a conscientização sobre a cultura surda possibilitando a participação de todos, com o estudo do tema e a construção de conhecimento a partir de questões reais.
· RECURSOS 
Os recursos utilizados para cumprir as ações sugeridas são a didática e infraestrutura.
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· CRONOGRAMA
Cronograma recomendado
	Ação
	Data da ação
	Layout circular
	1ª vez por semana
	Seminário 
	1ª vez por mês
	Projeto 
	1 no ano letivo 
· ENVOLVIDOS
Para as determinadas ações é necessário o envolvimento dos alunos, professores e famílias.
· METAS ESTABELECIDAS
Como metas estabelecidas temos interação entre os alunos surdos e ouvintes e conscientização da cultura surda.
· RESULTADOS ESPERADOS
Quebra do preconceito referente ao aluno com deficiência auditiva e a sua cultura, maior interação do mesmo durante as aulas, criação de vínculo entre ouvintes e surdos.
RESULTADO E DISCURSÃO DOS RESULTADOS DOS PLANOS DE AÇÃO EXECUTADOS
	A escola Estadual Ana Maria após as ações realizadas se tornou referência entre as escolas estaduais no ensino de alunos surdos, onde contém profissionais educacionais e ambiente escolar preparados para atender as necessidades dos mesmos, com; formação em libras no nível básico para toda equipe pedagógica, a aplicação de libras com a língua materna com materiais adaptados.
Foi implementado a disciplina de libra como obrigatória, o resultado dessa ação foi primordial para o desenvolvimento de toda a escola, visto que proporcionou diálogos entre ouvintes e surdos, criação de vínculos e interação. Além das palestras, projetos e seminários voltados para a cultura surda que favoreceu para a quebra do preconceito e desmitificação da pessoa com deficiência auditiva.
CONCLUSÃO
	Nesse trabalho vimos a importância de um bom plano de ação, Chiavenato (2014) já dizia que a primeira coisa a ser feito é planejar para que os objetivos sejam alcançados, utilizados os recursos necessários, assim atingindo um resultado eficaz. Para se ter um bom planejamento no ambiente escolar é necessário conhecer o cenário (apresentação), situação problema ou a ser melhorada (problemas e desafios), determinar as ações, quais recursos serão utilizados, cronograma, envolvidos na ação, metas estabelecidas e por último quais os resultados esperados. E dessa forma foi estruturado o nosso trabalho que teve ótimos resultados finais.
REFERÊNCIAS
· https://uni-anhanguera.blackboard.com/ultra/courses/_34092_1/outline/file/_738383_1
· http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2016/2016_artigo_edespecial_unicentro_marilenedomanovski.pdf
· (CASTOLDI; POLINARSKI, 2009; ESCOLANO et al., 2010; MARASINI, 2010; SILVA et al., 2012).
· https://www.ines.gov.br/curso-libras
· https://proceedings.science/cied/papers/professor-de-libras-e-instrutor-de-libras--reflexoes-sobre-formacao-e-atuacao-no-contexto-educacional-
· http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm 
· https://www.deg.unb.br/images/legislacao/decreto_5626_2005.pdfv
· https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm
· https://uni-anhanguera.blackboard.com/ultra/courses/_34092_1/outline/file/_738359_1
· https://uni-anhanguera.blackboard.com/ultra/courses/_34092_1/outline/file/_738362_1
· https://uni-anhanguera.blackboard.com/ultra/courses/_34092_1/outline/file/_738369_1
· https://uni-anhanguera.blackboard.com/ultra/courses/_34206_1/outline/edit/document/_753094_1?courseId=_34206_1&view=content
· https://uni-anhanguera.blackboard.com/ultra/courses/_34206_1/outline/edit/document/_753092_1?courseId=_34206_1&view=content
· AFFONSO, Annibal. Artigo: Que informações deveconter um plano de ação bem elaborado? Disponível em:<https://professorannibal.com.br/2016/12/13/que-informa-coes-deve-conter-um-plano-de-acao-bem-elaborado>. Acessoem 15 fev. 2021
· CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.610p