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Alfabetização em Libras para crianças surdas

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ALFABETIZAÇÃO EM LIBRAS
BRANDALISE, Carmelinda Message[footnoteRef:1] [1: Aluno do Centro Universitário Internacional UNINTER. Artigo apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso. __ - 20__. (semestre e ano). ] 
RU 1346076 
SILVA, Caroline Vaz[footnoteRef:2] [2: Professor Orientador no Centro Universitário Internacional UNINTER. 
] 
RESUMO 
 A inclusão da criança surda nas escolas vem sendo um desafio para os professores ao longo do tempo. De acordo com a necessidade de se atender a diversidade humana na realidade escolar mais especificamente no que está relacionado ao atendimento da criança surda, o presente trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar o contexto escolar e social e suas influências no processo de alfabetização de crianças surdas ou com perdas auditivas tanto na aquisição da Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS como na Língua Portuguesa. São analisados dados coletados em pesquisa de campo e observação. A pesquisa investigou a influência da família e acompanhamento necessário para a efetivação do aprendizado, o papel da escola em promover os recursos e acessibilidade necessários, capacitação especifica para o desempenho de profissionais da Educação Especial com o objetivo de propiciar conhecimento em língua acessível no campo escolar, metodologias de ensino aprendizagem que beneficiem não somente alunos surdos, mas a comunidade escolar como um todo. Qual a importância de se ter um profissional bem qualificado para atender crianças com algum tipo de deficiência, especificamente ao atendimento da criança surda. A pesquisa foi realizada por meio de materiais bibliográficos, conversas com professores e pais tanto de aluno surdo como ouvinte e se propõe a apresentar decretos e leis de inclusão do aluno surdo nas escolas públicas. Dessa forma, este artigo será de caráter exploratório, uma vez que explica os conceitos e características sobre o tema abordado. A abordagem utilizada na pesquisa será qualitativa, pressupondo a importância da formação profissional na área da educação da criança com problemas auditivos, onde ela enfrenta várias barreiras de comunicação. E para que essas barreiras sejam sanadas é necessário que o aluno com necessidade auditiva seja primeiro alfabetizado em LIBRAS, a Língua de Sinais Brasileira.
Palavras-chave: Alfabetização. Libras. Inclusão. Professores. 
INTRODUÇÃO 
 A verdadeira inclusão ocorre quando todos os alunos em sala de aula produzem o mesmo conhecimento utilizando as mesmas ferramentas. A alfabetização como um processo de aquisição de linguagem e grafia exige tempo e dedicação, tanto a alunos ouvintes como a alunos surdos ou deficientes auditivos. Sabendo-se que não há tempo hábil para dar atenção a cada aluno visando a dificuldade específica dele se faz necessário repensar a alfabetização como um todo. 
A formação inicial do educador voltada para o ensino da Língua Portuguesa ao ouvinte deverá ser reformulada para que o aprendizado atinja a todas as crianças da classe incluindo alunos com necessidades auditivas. Para que isso ocorra o profissional deve questionar e capacitar-se para isso. Mas como é possível alfabetizar em salas mistas favorecendo o aprendizado de todos os alunos envolvidos? 
A capacitação e aperfeiçoamento dos professores vai fazer a diferença junto com a dedicação que ele tiver. Porque infelizmente ainda se encontra muitos educadores desinteressados e sem capacitação. O trabalho em conjunto com demais profissionais da educação especial é necessário, para tal trabalho ser significativo e ver resultados. O planejamento se torna eficaz quando elaborado em conjunto e pensado de acordo com todas as especificidades da classe para que é voltado. Mesmo com um bom planejamento e propostas educacionais inovadoras o docente responsável pela regência da sala deve refletir sobre como a inclusão desse aluno pode ser feita de uma forma prazerosa e que outros alunos também consigam se comunicar com esse aluno surdo.
No âmbito da medicina, o termo surdo é utilizado para caracterizar uma pessoa que possui surdez profunda. Já quando essa surdez é leve ou moderada, o tremo usado é deficiente auditivo. A pessoa com deficiência auditiva leve ou moderado pode usar próteses auditivas, fazer a leitura labial, implantes cocleares, dispositivos auxiliares e outras tecnologias. Já o grau de surdez, em qualquer nível, significa que a pessoa não consegue entender a fala através da audição, em qualquer nível de amplificação. 
Diante do exposto, vemos o quão necessário se faz um trabalho individualizado que busque incluir esses alunos na rede comum de ensino para que eles possam desenvolver suas aprendizagens. Portanto, a escolha desse tema destacou-se pela necessidade de possibilitar conhecimento e informação sobre a criança surda. O presente trabalho tem como objetivo compreender a inclusão escolar do aluno surdo na visão de educadores; identificar os modos pedagógicos que facilitam a inclusão escolar de crianças surdas e assegurar se os professores estão recebendo formação adequada para atuar na área da educação inclusiva. 
A inclusão ainda não se caracteriza de forma desejada, as dificuldades encontradas pelas instituições e professores, os desafios que os educadores encontram para incluir o aluno surdo em sala de aula, como o aluno é tratado ao ser inserido no contexto escolar e por fim obter dados a respeito do conhecimento dos educadores com relação ao surdo, verificando se há de fato a inclusão desses alunos por parte dos professores.
Ao realizar esta pesquisa sobre a alfabetização em libras percebeu-se que existem muitas dificuldades enfrentadas não só por alunos surdos mudos, mas dos professores e das escolas .Considerando que o aluno surde tem previsto no decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que sejam ofertados recursos para que o mesmo tenha acesso a educação, desta forma foram inclusos cursos de Libras nas graduações de licenciatura e fonoaudiologia para que profissionais da educação sejam capacitados para o ensino da Língua de Sinais . 
A Comunidade Surda tem vivido momentos de grandes conquistas, onde grupos socialmente excluídos até pouco tempo, estão ganhando mais força e espaço. Muitas leis foram criadas para que possam ser incluídos na sociedade de forma digna e que seus direitos como qualquer outro possa ser respeitado.
2 A RELAÇÃO PROFESSOR, ALUNO E FAMÍLIA NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
 O professor é o mediador entre o conhecimento e os seus alunos. É ele que organiza e propicia espaços, formas de passar esse conhecimento. Precisa levar em conta cada aluno, incluindo aluno portadores de alguma deficiência, como por exemplo o aluno surdo. 
O professor precisa criar situações de ensino para esse aluno surdo, repensando como esse aluno pode ser alfabetizado assim como os outros, mas na Língua de Sinais. Nem sempre esse professor vai ter domínio, mas faz se necessário que tenha uma familiaridade com a Língua de Sinais e trabalhe junto com os professores de Língua de Sinais. Nos casos em que as oportunidades de aprendizado foram menores e tardias, pode-se observar capacidade reduzida de escrita e comunicação em ambas as línguas, resultando na falta de autonomia e dependência parcial ou total de outros. Em todos os casos observados os métodos de ensino foram semelhantes como uso de imagens, filmes, gestos e legendas. Porém somente os entrevistados que foram acompanhados por profissionais da Língua de Sinais e concluíram os estudos desenvolveram fluência na língua materna e compreensão da escrita e leitura da Língua Portuguesa sendo classificados como alfabetizados e bilíngues. 
Isso fica bem evidente como é importante o papel do professor nesse aprendizado. Sua dedicação e uma relação próxima com esses alunos surdos e sua família fará diferença. Observa e afirma-se a importância do apoio familiar na construção da linguagem, visto que os estudantes em sua maioria passam maior parte do tempo fora das instituições de ensino e sem o acesso aos recursos didáticos necessários para interação comas línguas em aquisição. Entretanto destaca-se que não somente o aluno beneficia-se desse apoio, mas o familiar em questão envolvido também desenvolve e facilita a comunicação e o auxílio nas atividades educacionais da criança. O aluno tem por base para sua formação educacional e pessoal a família ou meio em que socializa e se inseri. Na educação de crianças ouvintes é comum atividades que devam ser confeccionadas em casa no período da pré-escola e nos anos seguintes. O auxílio dos pais e responsáveis por este aluno tem um grande impacto e influencia em sua formação, pois são nestes momentos que o aluno se sente acolhido e seguro em aprender, bem como são nestes momentos que os pais percebem como se dá o aprendizado do filho, sendo este positivo ou negativo, e contribuem para que se efetive, não sendo diferente no caso do aluno surdo.
Os pais também têm papel fundamental nesse processo e precisam pelo menos saber o básico para facilitar a comunicação e a introdução dessa criança na sociedade.
 Para QUADROS: 
 
 Quando a criança surda tiver a chance de, no início do seu desenvolvimento, contar com os pais dispostos a aprender a língua de sinais, com adultos surdos, colegas surdos quando ela narrar em sinais e tiver escuta em sinais, a dimensão do seu processo educacional será outra. (QUADROS, 2005)
2.1 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DO ALUNO SURDO
 A alfabetização dos alunos surdos passa pelo mesmo processo dos alunos ouvintes. Eles também precisam memorizar as letras do alfabeto em Libras de forma que vão aprendendo a formar palavras e com isso aprendem a ler.
O professor é o agente/responsável por ter o papel fundamental nesse processo de alfabetização do aluno surdo. Dessa forma Stainback (1999, p.9) afirma:
 
 Para dirigirem-se às necessidades dinâmicas dos alunos, em número crescente de salas de aula, os professores estão assumindo o papel de organizadores de condições dos procedimentos e das práticas para o ensino aprendizagem. A participação do aluno, a interação e a aprendizagem interdependente são o foco principal. Os recursos e as técnicas para fornecer informações e dirigir o currículo de uma maneira que os alunos tenham não somente habilidades e as oportunidades, mas também a motivação e o foco para dirigirem as suas necessidades de aprendizagem, são os desafios do professor.
Nessa perspectiva de inclusão, Magda Soares vê o letramento como mudança na maneira do surdo ver o mundo, de interagir com outras pessoas surdas e ouvintes, sua capacidade de transformar sua realidade, proporcionando uma vida melhor.
A alfabetização do surdo tanto na sua língua materna, Libras, como no Português, devem ser respeitadas como um indivíduo diferente apenas, não como inferior aos ouvintes.
 ´´O letramento não pode ser considerado um ´´instrumento`` neutro a ser usado nas práticas sociais quando exigido, mas é essencialmente um conjunto de práticas socialmente construídas que envolvem a leitura e a escrita, geradas por processos sociais mais amplos, e responsáveis por reforçar ou questionar valores, tradições e formas de distribuição de poder presentes nos contextos sociais.``( SOARES, 1998, p.75 )
 
Já para Magda Soares (1998, p.86) letramento pode ser estado ou condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais da leitura e escrita, que circulam na sociedade em que vivem, conjugando-as como práticas sociais. 
A alfabetização não deve ser vista como apenas uma habilidade para decodificar e compreender a escrita, mas como uma mudança positiva na vida desses alunos, para que através da leitura e escrita criem sua própria cultura, sua própria história.
Magda Soares ressalta que a alfabetização ocorre quando se desenvolve a habilidade de ler e escrever, ou seja por meio de atividades de letramento, por meio da aprendizagem das relações fonema/grafema. Com isso a importância da capacitação dos professores envolvidos.
Primeiro passo na alfabetização do aluno surdo assim como o ouvinte é o alfabeto. Esse aluno precisa conhecer e memorizar as letras, com isso vai se formando as primeiras palavras em Libras.
O papel do professor é criar condições que facilitem o aprendizado desse aluno surdo. 
 Nesse sentido, é necessário criar condições para a aprendizagem, já que a falta de linguagem comum é o que dificulta esse processo. Para isso, é garantido a você, educador, o apoio das Salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), onde o plano de ação conjunta entre escola, família, estudantes e parceiros deve buscar estratégias validas para os casos que apresentam, partindo da avaliação das condições concretas dos indivíduos. (PACTO NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA, 2012. P.28)
Junto com as Salas de Atendimento Educacional Especializado, o professor regente pode e deve buscar alternativas de incluir esse aluno de uma forma que ele possa aprender como os ouvintes.
2.2 A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS
Quando a LIBRAS foi regulamentada pelo Decreto nº 526/2005, as instituições de ensino se depararam com a falta de professores formados e qualificados nessa área. 
 A necessidade de professores capacitados para ensinar Libras nas escolas de surdos e escolas inclusivas trouxe medidas paliativas, pela falta de profissionais capacitados e treinados.
 Hoje podemos afirmar que já progrediu muito nesse sentido, embora ainda haja muito o que melhorar. Nas cidades grandes há mais concentração de professores habilitados em Libras.
 Libras é uma língua das comunidades surdas brasileiras reconhecidas desde 2002. Mesmo antes da oficialização, a Libras já era falada no Brasil, desde o século 19. Hoje há curso superior para formação de professor de Libras, ou para professores já formados em pedagogia, cursos de capacitação.
Os professores devem estar capacitados e interessados no desenvolvimento e aprendizado desses alunos, precisam também aprender a Língua de Sinais, para que a criança surda não só consiga aprender, mas que possa se comunicar com os professores.
Aprender libras é muito mais que aprender uma língua; é um ato de amor a pessoa surda, é um ato de inclusão. A prática educativa acadêmica visa a uma formação constituída de valores, de conceitos e de declarações operacionais intencionais, sendo que, o que de fato se espera de um formando, é um indivíduo competente, reflexivo e inquestionável na sua escolha como educador. Nesta mesma direção Fumegalli afirma que: 
A formação continuada deve ser objetivo de aprimoramento de todo professor, porque o educador deve acompanhar o processo de evolução global, colocando a educação passo a passo no contexto de modernidade, tornando-a cada vez mais interessante para o aluno, a fim de que ele possa compreender que, na escola, ele aperfeiçoa sua bagagem. É nesse processo que o professor pode ver e rever sua prática pedagógica, as estratégias aplicadas na aprendizagem dos alunos, os erros e acertos desse processo para melhor definir, retomar e modificar o seu fazer de acordo com as necessidades dos alunos. (FUMEGALLI, 2012, p.40)
. O professor deve refletir sobre como está sendo desenvolvida a sua pratica frente a educação da criança surda, se de fato o que ele aprendeu durante sua formação acadêmica é o suficiente para atuar com esses alunos, pois o profissional que recebe um aluno surdo precisa estar preparado para o atendimento dessa criança ou adolescente visto que, muitas vezes este profissional ficou aprisionado aos modos restritos do saber acadêmico. 
 (....) o ensino da língua portuguesa para crianças surdas, principalmente em escolas regulares, não tem considerado este fato e as crianças surdas, inseridas em classes de crianças ouvintes recebem o mesmo tipo de atividade como se já tivessem adquirido esta linguagem naturalmente tivessem o mesmo desempenho das ouvintes. (FELIPE, 1997, P.41)
Cabe ao professor ter essa sensibilidade e adaptar e levar em conta o aprendizado desse aluno surdo. Usar recursos para ajudar esse aluno,lembrando que é um processo mais demorado do que alfabetizar um aluno ouvinte.
 A metodologia apropriada para o aluno com surdez no seu processo educacional é a criação de um ambiente bilingue realizado por um profissional formado em Libras, além do professor para atender esse aluno. O decreto Nº 5.626 de 22 dezembro de 2005 regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais:
 Art. 14. As instituições federais de ensino devem garantir, obrigatoriamente, às pessoas surdas acesso á comunicação, a informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até a superior.
V- Garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos, desde a educação infantil, nas salas de aula e, também, em salas de recursos, em turno contrário ao da escolarização. 
 
2.3 SALAS DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)
 Salas multimeios são espaços organizados em escolas-polo da Rede Municipal de Ensino da cidade de Florianópolis com objetivo de promover apoio, instrumentos e complementos aos educandos cegos, de baixa visão, surdos, autistas, transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação.
O papel das salas de atendimento especializado é muito importante no aprendizado e socialização do aluno portador de deficiência, seja ela física, motoro ou cognitiva. O papel das Salas Multimeios é oferecer procedimentos educacionais específicos de acordo com cada aluno e suas necessidades.
Cada sala conta com dois profissionais formados na área da Educação Especial. Há 31 salas Multimeios nas escolas de Florianópolis, onde essas 19 salas dão apoio as outras escolas onde a alunos com qualquer tipo de deficiência, como por exemplo o aluno surdo. Umas dessas salas Multimeios fica na Escola Básica Aricomedes, situada no bairro Cachoeira do Bom Jesus. Além dos alunos da própria escola, atende outros de 03 anos a 17 anos. Atualmente há 1.100 alunos com algum tipo de deficiência na rede de ensino.
Há professores e intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), além de professores que atuam nos Centros de Atendimento Pedagógico para Alunos com Deficiência visual- CAP.
 As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas em sala de aula comum, não sendo substitutivas a escolarização, com foco pedagógico e não clínico. É importante lembrar que não deve ser confundido com sala de reforço, e sim como um ensino complementar. (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2012, P. 36).
Os professores das salas de atendimento especializado ou sala multimeios devem ter formação em educação especial e trabalhar junto com o professor de sala e a família. Essas salas de atendimento devem propiciar um ambiente aconchegante e adaptado para esses alunos. Também devem ser atendidos individualmente com horários no contra turno.
2.4 METODOLOGIA
Com o intuito de atender os objetivos do trabalho, a metodologia utilizada na pesquisa foram livros, artigos acadêmicos, conversas com professores e pais e a observação.
Gil (2008, p.44) aponta que “(...) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. Para o autor, a principal vantagem da Pesquisa bibliográfica estuda o fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente (p 45). 
O artigo será de caráter exploratório, pois explica os desafios não só do aluno surdo, mas de todos os envolvidos no processo de alfabetização e letramento, conceitos e características do assunto abordado com base em leis e decretos. A abordagem será qualitativa, pressupondo a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados, na qual há relação direta do pesquisador com o ambiente.
2.5 INCLUSÃO 
Com isso o profissional responsável por esses alunos deve usar a Língua de Sinais para se comunicar durante as aulas e o período que esse aluno surdo ficar na escola. Atividades lúdicas favorece a comunicação da criança surda com o meio e com ela mesma, pois assim ela descobrira novas formas de se comunicar. Dessa forma é possível colocar na pratica a inclusão dessa criança. Pode ser usados jogos, brincadeiras, alfabeto em Língua de Sinais e alfabeto português para que não só a criança surda aprenda, mas a ouvinte também possa se comunicar e ajudar essas crianças surdas se sentirem incluídas e aceitas e com capacidades iguais aos dos alunos ouvintes.
O professor junto com a equipe pedagógica e sala multimeios pode planejar atividades complementares para que sejam realizadas também em casa, onde a família também será incluída nesse processo de alfabetização e inclusão.
Na escola Aricomedes os profissionais envolvidos na alfabetização e inclusão de alunos surdos trabalham juntos. Uma vez na semana sentam e discutem o caso de cada aluno e de que forma pode ser melhorado, quais são os resultados e o que está dando certo.
 Alfabeto em Libras e português.
 
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A Língua Brasileira de Sinais é a única forma de incluir pessoas com surdez na sociedade. Diante dessa afirmação pode concluir a importância da alfabetização em LIBRAS enquanto criança e a sua inclusão desde pequena. Para Dorziat, 2006; Lacerda, 2006; Pedroso, 2001:
 A educação dos alunos surdos no Brasil, ao longo da sua história, tem sido marcada por muitas controvérsias e poucos resultados positivos, independentemente da modalidade de ensino frequentada, seja classe comum, sala de recursos ou escolas de surdos oralistas.
Através de conversas com professores ficou bem evidente os desafios e as dificuldades na inclusão desses alunos surdos no ambiente escolar. Por mais que tenha avançado a inclusão de crianças com deficiências nas escolas, ainda há muito o que se fazer, falta educadores capacitados e treinados para atender alunos surdos. Muitas vezes o desinteresse da própria família também prejudica o aprendizado desses alunos. A demora da família em aceitar que seu filho é surdo e precisa ser alfabetizado em LIBRAS também é outro problema. Neste trabalho busquei por meio da pesquisa bibliográfica, observação e entrevistas com professores e alguns pais de alunos surdos destacar a importância de cada profissional envolvido na alfabetização e inclusão de alunos surdos. A importância da participação efetiva dos pais nesse processo de aprendizado. Um trabalho que deve ser feito junto com a família. Pesquisas mostram que ainda são poucos os estudos relacionados a estratégias eficazes para a efetivação do aprendizado desses alunos surdos. 
Diante do exposto destaca- se a importância de um número maior de estudos que possam subsidiar orientações ao professor, principalmente no que se refere à inclusão da criança surda no ambiente escolar. As abordagens educacionais realizadas atualmente têm como objetivo melhorar o desempenho, as capacidades individuais e desenvolver a adaptação desses alunos ao ambiente e a sociedade. 
A alfabetização e o letramento são muito importantes para alunos ouvintes e surdos, por isso não podemos cruzar os braços e esperar que uma minoria de educadores sejam capacitados para trabalhar com esses alunos .´É necessário que se pense diferente, onde todos os educadores deveriam ao menos saber o básico da Língua de Sinais, porque esses alunos se tornaram adultos, e precisam já estarem inseridos na sociedade. Isso seria a verdadeira inclusão.
A alfabetização em LIBRAS abre um leque de oportunidades para esses alunos surdos. A comunicação com alunos ouvintes quebra barreiras impostas não só pela deficiência, mas pelo preconceito que vem de décadas.
Nos como futuros educadores não devemos desistir de melhorar esse quadro, devemos nos capacitar, nos aperfeiçoar e ter em mente que cada um de nós pode fazer a diferença nesse processo de inclusãoe alfabetização.
 REFERÊNCIAS 
INES - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, Portal do MEC. 2012, P.36
 
FUMEGALLI, Rita de Cássia de Ávila - Inclusão escolar: O desafio de uma educação para todos? - Ijuí – RS, 2012 – Disponível em: http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/716/rita
monografia.pdf? sequence=1 acessado em 04 de dezembro de 2019
STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre, Artmed, 1999.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte, Autêntica,1998, p.75
QUADROS, Ronice Muller; SCHMIEDT, Magali L. P. Ideias para ensinar português para alunos surdos. Brasília: MEC, SEESP, 2006.
FELIPE, T. A. Escola Inclusiva e os direitos linguísticos dos surdos. Rio de Janeiro, REVISTA ESPAÇO – INES, 1997. P.41-46, VOL. 7.
PACTO NACIONAL de Alfabetização Na Idade Certa – PNAIC, 22 de junho, 2012. P.28 
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