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ESTATÍSTICA Juliane Silveira Freire da Silva Tipos de amostragem Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Diferenciar amostra qualitativa de amostra quantitativa. � Comparar amostras representativas. � Identificar as diferentes formas de se obter amostras qualitativas. Introdução Neste capítulo, você vai compreender o que são amostras qualitativas e quantitativas e o que as difere em alguns aspectos. Você também vai veri- ficar as diferenças entre amostragens probabilísticas e não probabilísticas; dentro das probabilísticas, veremos alguns tipos de amostragem. Por fim, você vai explorar um pouco mais as amostras qualitativas e verificar qual tipo de amostragem pode ser representativa da população. Amostras qualitativas e quantitativas Para que você possa compreender a distinção entre amostras qualitativas e quantitativas, primeiramente, precisa conhecer as definições de população e amostra. População é um grupo de pessoas, seres ou objetos que tem pelo menos uma característica em comum entre seus elementos; já a amostra é um subgrupo dessa população, conforme mostra a Figura 1. Assim, a característica comum (que pode ser mais de uma) presente na população estará presente também na amostra. Figura 1. Representação de população e amostra. Fonte: Ramos ([2018?], documento on-line). Amostra População Quando selecionamos todos os elementos de uma população para uma pesquisa, fazendo um levantamento de dados, estamos realizando um censo, e as medidas numéricas oriundas desse censo são chamadas de parâmetros. Quando selecionamos os elementos de uma amostra para uma pesquisa, es- tamos realizando uma amostragem, e as medidas numéricas oriundas dessa amostragem são chamadas de estatísticas ou estimadores. Existem várias maneiras de se selecionar uma amostra, assim como existem usos diferentes para as informações coletadas. Podemos ter uma maior profundi- dade nas informações, dependendo do tipo de amostragem utilizada. As amostra- gens podem ser classificadas em amostras qualitativas e quantitativas, que diferem quanto à metodologia de coleta dos dados e à profundidade dos levantamentos. As amostras qualitativas costumam ter uma profundidade maior das in- formações; os questionamentos ou observações são realizados mais deta- lhadamente, e, normalmente, são poucas as unidades amostrais analisadas. Justamente por esse motivo, a amostra qualitativa não nos permite fazer generalizações para toda a população, isto é, inferir a população. Segundo Gibbs (2009), esse tipo de pesquisa visa a abordar o mundo “lá fora” — e não contextos especializados de pesquisa, como laboratórios — e entender, descrever e, às vezes, explicar os fenômenos sociais “de dentro”, de diversas Tipos de amostragem2 maneiras diferentes. Ela é realizada analisando-se experiências, examinando interações e comunicações e investigando documentos. Por exemplo, queremos saber sobre hábitos de consumo dos consumidores de chantilly industrializado em uma grande capital brasileira. As características da nossa população são: residir na grande capital brasileira escolhida e ter o hábito de adquirir chantilly industrializado. Primeiramente, quantas pessoas que você conhece têm o hábito de comprar chantilly industrializado? Percebe-se que é difícil ter acesso e saber onde encontrar esses consumidores, bem como conhecer o perfil e o comportamento deles. Nesse caso, uma pesquisa quantitativa seria muito difícil e onerosa de ser delineada; o mais apropriado é partir para uma pesquisa qualitativa. Poderíamos, de repente, pedir indicações em redes sociais de pessoas que se disponibilizassem a responder um questionário com perguntas dissertativas sobre o assunto ou, até mesmo, participar de entrevistas pessoais em profundidade. Essa pesquisa de forma alguma permitiria afirmar que toda a população de consumidores da capital tem o perfil encontrado; ou seja, não poderíamos generalizar os resultados. Mas, para a tomada de decisão de uma empresa de chantilly, as informações poderiam ajudar a nortear a escolha de novas estratégias. Já as amostras quantitativas generalizam as informações obtidas das amos- tras; as informações são mais resumidas, pode-se realizar resumos numéricos mais confiáveis, e, por esse motivo, é possível generalizar para toda a população, desde que essa amostra seja probabilística. Pense em uma pesquisa de marketing com os consumidores de uma loja de departa- mentos específica, sendo essa pesquisa relacionada à disposição dos setores de moda. A característica comum aos elementos da população é frequentar a determinada loja na primeira quinzena do mês de janeiro. Sabemos quem são esses clientes e temos, de certa forma, fácil acesso a eles. Podemos aqui fazer uma pesquisa quantitativa, selecionando de forma aleatória cada um dos elementos da amostra. Nesse caso, poderemos generalizar para todos os frequentadores da loja no período especificado. 3Tipos de amostragem Nesse sentido, a tomada de decisão quanto à escolha entre amostras qua- litativas e quantitativas dependerá de fatores como: � tempo disponível; � objetivos da pesquisa; � resultado esperado; � análises finais que se deseja realizar; � população escolhida; � hipóteses de pesquisa; � disponibilidade das unidades amostrais; � valor monetário disponível. Esses fatores devem ser definidos pelo pesquisador. A escolha do me- lhor processo de amostragem deve estar estreitamente ligada à definição da população-alvo e do problema de pesquisa (hipótese de pesquisa). É a partir daí que todas as escolhas devem ser feitas. A definição do local, da população a ser avaliada e do período de coleta é fundamental. A partir desses objetivos, as características comuns da po- pulação e o delineamento amostral começam a ser definidos. Porém, nem sempre temos uma listagem das nossas unidades amostrais; esse fator delimita algumas técnicas, pois muitas vezes não sabemos o tamanho exato da nossa população ou como identificar ou localizar os elementos que a compõem. O resultado esperado — as análises e as extrapolações que queremos obter com a amostragem — é também muito relevante, pois determina como se deve coletar a amostra, as variáveis a serem estudadas e a análise de dados a ser feita após a coleta. Todos os fatores a serem analisados após a escolha da população-alvo e do problema de pesquisa devem ser pesados para a escolha do tipo de amostragem a ser realizado. Tipos de amostragem4 A escolha do tipo de amostragem, qualitativa ou quantitativa, depende muito desses e de outros fatores. Muitas vezes, podemos fazer uso de ambos os tipos de amostragem. Por exemplo, podemos ter um problema de pesquisa em que não sabemos muito sobre um assunto. Pode ser que, nesse Amostragem é uma técnica de seleção de uma amostra que possibilita o estudo das características de uma população caso, seja preciso fazer uma pesquisa qualitativa para conhecermos melhor o perfil da nossa população e, a partir daí, montar a nossa pesquisa quantitativa, obtendo os dados necessários para extrapolar para toda a população. Em resumo, as pesquisas qualitativas terão perguntas, questionamentos e observações, em sua maioria com respostas discursivas. Já as pesquisas quantitativas terão questões estruturadas e fechadas que, em sua maioria, serão objetivas. Lembrando que cada questionamento ou observação feita em uma pesquisa nada mais é do que uma variável de pesquisa; assim, elas devem ser muito bem pensadas para que se atinja os objetivos definidos no início da pesquisa. Para fins de análise, normalmente, as pesquisas qualitativas nos fornecem um aprofundamento maior da questão da pesquisa, e o resultado será uma análise mais descritiva das variáveis estudadas. As pesquisas quantitativas nos fornecem resumos numéricos, gráficos e estatísticas; se as respostas forem coletadas de forma aleatória, a pesquisa quantitativa pode nos fornecer inferências para todaa população. É muito importante termos em mente que só podemos extrapolar, ou seja, inferir para toda a população, quando tivermos uma pesquisa quantitativa e probabilística. É apenas nesse caso que podemos afirmar o erro e a confiabilidade dos resultados obtidos. Amostras representativas A premissa de uma amostra é que ela deve ter as mesmas características presentes na população. Por exemplo, no caso de termos determinado uma po- pulação como sendo os brasileiros que estejam morando em território nacional atualmente, não podemos simplesmente, por comodidade ou conveniência, entrevistar um amigo que é brasileiro, mas não mora mais no país. Como as características da população são ser brasileiro e residir no Brasil, podemos entrevistar apenas pessoas que tenham nacionalidade brasileira e estejam morando atualmente em território nacional. Essa é a primeira observação que precisamos fazer. 5Tipos de amostragem É preciso prestar muita atenção ao coletar uma amostra para que ela possa ser representativa de toda a população. Para tanto, ela precisa ter as mesmas características que foram definidas para delimitar a população-alvo da pesquisa. A escolha entre uma amostragem qualitativa ou quantitativa também pode determinar se a amostra será representativa ou não. A amostragem qualitativa não vai gerar uma amostra representativa, por dois motivos principais: 1. na amostragem qualitativa, a amostra coletada não costuma ser muito numerosa e, sendo assim, não terá tamanho suficiente para alcançar qualquer representatividade; 2. nesse tipo de amostragem, os questionamentos são realizados de forma mais profunda e descritiva, não permitindo uma generalização — na grande maioria das vezes, as informações coletadas são válidas para um pequeno número de observações. Já as amostras quantitativas podem ou não ser representativas da população em estudo. Isso dependerá da maneira como a amostra quantitativa foi coletada, isto é, qual foi o seu delineamento amostral. Somente as amostras quantitativas probabilísticas poderão ser consideradas representativas da população. Uma amostra não pode ser tendenciosa e precisa ter imparcialidade. Mas, o que significa amostragem probabilística? Significa que cada um dos elementos da população deve ter uma probabilidade diferente de zero de compor a amostra. Quando temos uma amostragem não probabilística, a escolha das unidades amostrais pode depender, pelo menos em parte, do julgamento do pesquisador. Já em uma amostragem probabilística, as unidades amostrais são selecionadas de forma aleatória, por sorteio, independentemente do julgamento de escolha do pesquisador. Com isso, de maneira geral Método (Amostragem) Probabilístico: cada elemento da população tem a mesma chance de ser selecionado e é o método que podemos aplicar as técnicas estatísticas, assim é possível interferir ou induzir algo sobre a população, de acordo com os resultados da amostra. Método (Amostragem) Não Probabilística: nestas amostragens a escolha é deliberada dos elementos da amostra e também não é possível generalizar o resultado da pesquisa para a população. Então, quando coletamos uma amostra quantitativa probabilística, temos uma amostra representativa de toda a população, o que nos permite fazer inferências, ou seja, extrapolar para a população inteira com base na amostra. Somente com amostras probabilísticas podemos fixar a probabilidade de erro que aquela amostra pode nos gerar e a margem de erro percentual ou de erro média que estamos cometendo ao coletar uma amostra em vez dos dados de toda a população. Tipos de amostragem6 A probabilidade de erro é o nível de confiança dos dados. Por exemplo, ao dizermos que a pesquisa tem uma confiança de 95% — os níveis de confiança mais utilizados são 90%, 95% e 99% —, isso indica que a probabilidade de estarmos coletando dados que refletem realmente o resultado da população, considerando a margem de erro, é de 95%. Então, se somente as amostras quantitativas probabilísticas nos permitem realizar inferências para toda a população e garantem uma margem de erro e uma boa probabilidade de estarmos acertando o verdadeiro valor da população, porque temos outros tipos de amostragem? Acontece que nem sempre con- seguimos realizar uma amostragem quantitativa probabilística, pelos fatores já citados nesse texto. E, muitas vezes, o objetivo do resultado coletado não é o de fazer extrapolações. A amostra qualitativa pode nos dar um panorama do comportamento das populações quando não temos informações suficientes para qualquer tomada de decisão ou formulação de hipótese de pesquisa. A amostra quantitativa não probabilística, às vezes, é a única alternativa para uma pesquisa quanti- tativa, quando não temos meios de tornar a pesquisa aleatória, por dificuldade de acesso às unidades amostrais ou devido a outras limitações que possam aparecer. Isso não significa que o resultado dessa pesquisa estará incorreto — de forma alguma podemos dizer isso. Porém, o resultado dessa pesquisa quantitativa não probabilística trará o resultado apenas da amostra pesquisada, e qualquer extrapolação (inferência) fica inválida, afinal, essa amostra pode não ser representativa da população, pois não sabemos o erro que estamos cometendo com os dados coletados. Temos como exemplos de amostragem não probabilística a amostragem por quotas, na qual o entrevistador precisa preencher quotas, por exemplo, de sexo, escolaridade e renda. O entrevistador não pode escolher de forma aleatória os elementos da amostra, já que precisa escolher as unidades amostrais que se adequem às quotas que precisam ser preenchidas. Dentre as técnicas não probabilísticas, esse método é o que tem resultados mais satisfatórios. Outro exemplo é a amostragem bola de neve, na qual as unidades amostrais são escolhidas por indicação: cada um dos entrevistados indica um amigo para responder à pesquisa, e, assim, a rede de respostas toma forma. Temos também a escolha racional, em que, de certa forma, induz-se a escolha de unidades amostrais que tenham alguma característica que seja importante para a hipó- tese de pesquisa. Semelhante a esta, temos a amostragem não probabilística geográfica, na qual se escolhem os elementos por proximidade geográfica. Hoje em dia, a amostragem por voluntários, que também não será probabi- lística, é uma maneira de coleta de dados muito fácil e rápida. Podemos enviar e-mails ou publicar em redes sociais e solicitar respostas aos questionários. Assim, os respondentes são voluntários da pesquisa, mas não foram selecio- nados de forma aleatória. 7Tipos de amostragem Em pesquisas qualitativas, realizamos observações ou entrevistas com um número pequeno de unidades amostrais. Nessas entrevistas, podemos ter um roteiro para nortear os pontos a serem investigados, com as questões que devem ser investigadas ao longo da observação ou entrevista. Por exemplo, em uma pesquisa com consumidores de chantilly industrializado, podemos ter um roteiro com questões que nos levem ao resultado do comportamento desse consumidor, como a frequência de uso, o tipo de utilização que o consumidor faz do produto, o que mais agrada no sabor, o que chama a atenção na embalagem, etc. Esses questionamentos são feitos ao consumidor, e ele será instigado a dar detalhes das suas escolhas. Em pesquisas quantitativas temos um questionário estruturado, na maioria das vezes com perguntas fechadas (que tenham as opções de resposta) e algumas vezes até perguntas abertas. Para as perguntas fechadas, é muito importante que as opções de resposta sejam exaustivas, ou seja, que o entrevistado tenha todas as opções de resposta e não seja obrigado a escolher outra opção devido a sua resposta não estar disponível. Essas opções também precisam ser exclusivas; ou seja, é necessário que as opções de resposta não sejam duplicadas ou deem a impressão de significar a mesma coisa em opções diferentes de resposta. Tipos de amostragem qualitativaComo já vimos, a amostragem qualitativa pode ser muito útil quando queremos conhecer com mais profundidade um grupo de pessoas, seres ou objetos, ou desejamos coletar informações mais detalhadas sobre um assunto, de acordo com nossos objetivos. Segundo Flick (2009), de modo diferente da pesquisa quantitativa, os métodos qualitativos consideram a comunicação do pesquisador em campo como parte explícita da produção de conhecimento, em vez de simplesmente encará-la como uma variável a inferir no processo. A subjetividade do pes- quisador, bem como daqueles que estão sendo estudados, tornam-se parte do processo de pesquisa. Tipos de amostragem8 Antes de trabalharmos com os tipos de amostragem qualitativa que é o foco do nosso, vamos citar os diferentes tipos de amostragem de acordo o método, para conhecimento da existência e diferença entre eles. Começando com os métodos probabilísticos, alguns deles são: o Aleatório Simples, Sistemático, Estratificado e por Conglomerado. Já entre os métodos não probabilísticos, podemos citar o Acidental, Intencional e por Quotas. Existem alguns tipos de amostragem qualitativa bastante utilizados. Dentre eles podemos citar os grupos focalizados, a pesquisa de cliente oculto e a pesquisa por observação. Nos grupos focalizados, procura-se um determi- nado perfil que possa responder algumas perguntas e dar o maior número de informações a respeito. Segundo Barbour (2009), o método se baseia em gerar e analisar a interação entre os participantes, em vez de perguntar a mesma questão (ou lista de questões) para cada integrante do grupo por vez, o que é mais usualmente referido como “entrevista de grupo”. Os grupos focalizados são pequenos grupos nos quais existe um mediador que segue um roteiro e instiga que o grupo responda às perguntas com riqueza de detalhes. Por exemplo, queremos lançar uma nova água mineral saborizada inédita no mercado e direcionada ao público fitness. Então, podemos inicialmente fazer um teste cego com alguns sabores experimentais e, assim, descobrir as percepções do grupo. Na sequência, podemos mostrar diversas embalagens e questionar qual a mais atrativa e por quais motivos, dentre outras questões que poderíamos investigar. Os resultados do grupo focalizado fornecem uma grande riqueza de detalhes que pode, inclusive, servir para a tomada de decisão e, a partir daí, gerar uma pesquisa quantitativa já com um número mais assertivo de opções para teste. Na pesquisa de cliente oculto, utilizam-se pesquisadores que se passam por clientes para avaliar o próprio atendimento ou até mesmo comparar lojas quanto à sua concorrência. Por exemplo, estamos querendo verificar, dentro de uma rede de lojas, porque algumas delas têm um faturamento superior às demais. Um entrevistador se passa por cliente e verifica alguns pontos que podem influenciar na escolha de uma loja, como limpeza do ambiente, atendimento dos vendedores, aspecto físico dos vendedores, acessibilidade à loja, dentre outras informações. O pesquisador precisa ser bastante atento aos detalhes, bem como ser apto a relatar todos os detalhes do roteiro após a visita, para que, assim, seja possível traçar um relatório comparativo entre as lojas pesquisadas dessa rede. No caso da pesquisa por observação, o próprio nome já a define. Por exemplo, se desejarmos investigar os hábitos alimentares de um bairro pobre, podemos pedir permissão e observar dados dos próprios residentes, como peso e altura, requisitar exames mais específicos e fazer uma observação visual de armários e geladeira. Assim como na amostragem quantitativa, a escolha do tipo de técnica a ser utilizada dependerá dos objetivos da pesquisa. O Quadro 1 apresenta um resumo comparativo dos tipos de amostragem. 9Tipos de amostragem Amostragem Tamanho da amostra Forma de coleta Tipos de resultados Quantitativa probabilística Depende do erro e da confiança a serem aceitos. Um número representativo da população. Escolha feita de forma aleatória (sorteio). Dados quantitativos, estatísticas, resumos numéricos, tabelas, gráficos. Pode-se fazer inferência para a população. Erro e confiança fixados. Quantitativa não probabilística Um número representativo da população. Escolha feita de forma não aleatória, de acordo com o julgamento do pesquisador (quotas, conveniência, proximidade, etc.). Dados quantitativos, resumos numéricos, tabelas, gráficos. Não se pode fazer inferência para a população. Qualitativa Um pequeno grupo de unidades amostrais. Escolha feita de forma não aleatória, de acordo com o julgamento do pesquisador. Dados qualitativos, maior profundidade na análise. Não permite generalizações. Quadro 1. Comparação entre amostra qualitativa e quantitativa Acesse o link ou código a seguir e assista a um vídeo explicativo sobre as pesquisas qualitativa e quantitativa. https://goo.gl/mZQaRh Tipos de amostragem10 Suponhamos as seguintes situações. Situação 1: Um gerente deseja pesquisar sobre o clima do setor entre seus 15 ven- dedores. Para isso, pegou a lista dos nomes de todos eles e fez um sorteio aleatório de 10 vendedores, que responderam à pesquisa. Situação 2: Um corretor de imóveis está divulgando um novo empreendimento; ele deseja pesquisar sobre a satisfação com o projeto apresentado. Para isso, ele convidou três pessoas que passavam pela rua e pediu a cada uma delas que, além de responder às questões, indicassem mais pessoas que pudessem fazer o mesmo. Na situação 1 temos uma amostra quantitativa representativa dos vendedores, ou seja, um número de amostra representativo da população. Essa amostra é probabi- lística, pois cada um dos vendedores tinha uma probabilidade diferente de zero de compor a amostra, e a forma de coleta dos dados foi feita por sorteio, sendo assim, os respondentes foram escolhidos de forma aleatória. Na situação 2 temos também uma amostra quantitativa, porém ela não é probabilís- tica, pois não foi realizada de forma aleatória, já que as pessoas acabaram respondendo ao questionário por indicação. BARBOUR, R. Grupos focais. Porto Alegre: Artmed, 2009. FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; Bookman, 2009. GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Bookman, 2009. (Coleção pesquisa qualitativa). RAMOS, R. População-amostra. [2018?]. Disponível em: <https://oestatistico.com.br/ estatistica-basica/populacao-amostra/>. Acesso em: 29 set. 2018. Leitura recomendada DRESCH, A.; LACERDA, D. P.; ANTUNES JUNIOR, J. A. V. Design science research: método de pesquisa para avanço da ciência e tecnologia. Porto Alegre: Bookman, 2015. (Série Métodos de pesquisa). 11Tipos de amostragem Conteúdo:
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