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PREPARATÓRIA PARA O EXAME DE ARRAIS AMADOR NOÇÕES DE CONDUÇÃO E SEGURANÇA DE NAVEGAÇÃO FLUVIAL AULA 1 AMADORES Os Amadores são aqueles que optam por conduzir embarcações de esporte e recreio em caráter NÃO-PROFISSIONAL e NÃO COMERCIAL (não se enquadra nessa categoria um marinheiro de lancha contratado por seu proprietário, nem o utilizador de embarcação de esporte e recreio que transporte passageiros em turismo, diversão, pesca profissional ou quaisquer outras atividades comerciais). CONVERSÕES NÓS - 1 nó equivale a 1,852 quilômetro (ou 1 milha náutica) por hora, ou seja 1 nó ≈ 2 km/h Exemplo: velocidade de uma embarcação 28 nós ≈ 56 k/h MILHA NÁUTICA - 1 milha náutica MN equivale a 1852 metros, ou seja 1 MN ≈ 2 km Exemplo: distância Tabatinga x Jutaí 312 milhas náuticas (MN)≈ 624 kilômetros ARQUEAÇÃO BRUTA (AB) - é um valor adimensional relacionado com o volumeinterno total de um navio. A AB é calculada com base no volume moldado de todos os espaços fechados da embarcação. AMADORES ESTÃO DIVIDIDOS EM CINCO (5) CATEGORIAS: 1. Veleiro – pode conduzir pequenas embarcações a vela (que pode ter motor, contudo não pe utilizado), nos limites da navegação interior 2. Motonauta – pode conduzir somente motoaquática (Jet-ski), nos limites da navegação interior. 3. Arrais-Amador – pode conduzir qualquer embarcação, nos limites da navegação interior. 4. Mestre-Amador – pode conduzir qualquer embarcação entre portos nacionais e estrangeiros nos limites da navegação costeira até 20 milhas náuticas. 5. Capitão-Amador – pode conduzir qualquer embarcação entre portos nacionais e estrangeiros, em alto mar em qualquer área, ou seja, sem limitações geográficas. 5. Capitão-Amador – pode conduzir qualquer embarcação entre portos nacionais e estrangeiros, em alto mar em qualquer área, ou seja, sem limitações geográficas. AUTORIDADES MARÍTIMAS IMO - Organização Marítima Internacional – Agência especializada da ONU, que trata de assuntos relativos à navegação, orientando os países membros. MB - Marinha do Brasil – É a Autoridade Marítima Brasileira. DPC - Diretoria de Portos e Costas - Estabelece as normas de tráfego e permanência nas águas nacionais para as embarcações de esporte e/ou recreio. CP/DL/AG - Capitanias (CP), Delegacias (DL) e Agências (AG), são as Autoridades Marítimas Locais nas suas respectivas áreas de jurisdição. ÓRGÃOS EXECUTIVOS DA SEGURANÇA DO TRÁFEGO AQUAVIÁRIO É atribuição das Capitanias dos Portos (CP), suas Delegacias (DL) e Agências (AG) A FISCALIZAÇÃO do tráfego aquaviário, nos aspectos relativos: · à segurança da navegação; · à salvaguarda da vida humana; e · à prevenção da poluição ambiental. LEI 9.537/97 – LEI DE SEGURANÇA DO TRÁFEGO AQUAVIÁRIO – LESTA I - AMADOR - todo aquele com habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações de esporte e recreio, em caráter não profissional. II - AQUAVIÁRIO - todo aquele com habilitação certificada pela autoridade marítima para operar embarcações em caráter profissional. III - ARMADOR - pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua responsabilidade, apresta a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a navegar por sua conta. Para efeito deste Regulamento o AUTOR material da infração poderá ser: I - o tripulante; II - o proprietário, armador (gerente) da embarcação; PASSAGEIRO - todo aquele que, não fazendo parte da tripulação nem sendo profissional não-tripulante prestando serviço profissional a bordo, é transportado pela embarcação (NÃO PODE SER AUTOR DE INFRAÇÃO) Art. 9º Todas as pessoas a bordo estão sujeitas à autoridade do Comandante. Art. 23. Constatada infração, será lavrado Auto de Infração pela autoridade competente designada pela autoridade marítima. § 1º Cópia do Auto de Infração será entregue ao infrator, que disporá de 15 (QUINZE) DIAS ÚTEIS, contados da data de recebimento do Auto, para apresentar sua defesa. Art. 25. As infrações são passíveis das seguintes penalidades: I - multa; II - suspensão do certificado de habilitação; III - cancelamento do certificado de habilitação; IV - demolição de obras e benfeitorias. Art. 27. A pena de SUSPENSÃO não poderá ser superior a doze meses. Comandante (também denominado Mestre, Arrais ou Patrão) - tripulante responsável pela operação e manutenção da embarcação, em condições de segurança, extensivas à carga, aos tripulantes e às demais pessoas a bordo. Embarcação - qualquer construção, inclusive as plataformas flutuantes e, quando rebocadas, as fixas, sujeita à inscrição na autoridade marítima e suscetível de se locomover na água, por meios próprios ou não, transportando pessoas ou cargas. Inscrição da embarcação - cadastramento na autoridade marítima, com atribuição do nome e do número de inscrição e expedição do respectivo documento de inscrição. (legalização da embarcação) Inspeção Naval - atividade de cunho administrativo que consiste na fiscalização do cumprimento desta lei, das normas e regulamentos dela decorrentes, e dos atos e resoluções internacionais ratificados pelo Brasil. DOS DEVERES E DIREITOS DO COMANDANTE: I - cumprir e fazer cumprir a bordo, a legislação, as normas e os regulamentos, bem como os atos e as resoluções internacionais ratificadas pelo Brasil. II - cumprir e fazer cumprir a bordo, os procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida humana, para a preservação do meio ambiente e para a segurança da navegação, da própria embarcação e da carga. III - manter a disciplina a bordo. I - cumprir e fazer cumprir a bordo, a legislação, as normas e os regulamentos, bem como os atos e as resoluções internacionais ratificadas pelo Brasil. II - cumprir e fazer cumprir a bordo, os procedimentos estabelecidos para a salvaguarda da vida humana, para a preservação do meio ambiente e para a segurança da navegação, da própria embarcação e da carga. III - manter a disciplina a bordo. V – comunicar à autoridade marítima: a) qualquer alteração dos sinais náuticos de auxílio à navegação e qualquer obstáculo ou estorvo à navegação que encontrar; b) acidentes e fatos da navegação ocorridos com sua embarcação; e c) infração a esta lei ou das normas e dos regulamentos dela decorrentes, cometida por outra embarcação. PREPARATÓRIA PARA O EXAME DE ARRAIS AMADOR NOÇÕES DE NAVEGAÇÃO AULA 2 Áreas seletivas para navegação - com propulsão a motor ou à vela poderão se aproximar da linha base para fundear, caso não haja nenhum dispositivo contrário estabelecido pela autoridade competente. Toda aproximação deverá ser feita perpendicular à linha base e com velocidade não superior a 3 nós, preservando a segurança dos banhistas. SUSPENSÃO E APREENSÃO DA HABILITAÇÃO · A Carteira de Habilitação do Amador (CHA) poderá ser suspensa ou apreendida: · - Entregar a condução da embarcação à pessoa NÃO HABILITADA; · - Conduzir a embarcação em estado de EMBRIAGUEZ ALCOÓLICA ou sob efeito de substância tóxica de qualquer natureza; · - Utilizar a embarcação de esporte e/ou recreio, EM ATIVIDADES COMERCIAIS, para transporte de passageiros ou carga; e · - Utilizar a embarcação para PRÁTICA DE CRIME. CANCELAMENTO DA HABILITAÇÃO · O amador terá sua Carteira cancelada, quando: - Conduzir embarcação com Carteira de Habilitação suspensa; e - Reincidir em faltas discriminadas no item anterior. CLASSIFICAÇÃO DA NAVEGAÇÃO A navegação de esporte e recreio é classificada como: INTERIOR, COSTEIRA E MAR ABERTO I - Navegação Interior - realizada em águas abrigadas ou parcialmente abrigadas como rios, baias, enseadas, angras e canais cujos limites são estabelecidos pela Capitania local. II - Navegação Costeira - realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do limite de visibilidade da costa, não excedendo a 20 milhas da costa. III - Navegação Oceânica ou Alto mar - também definida como sem restrições (SR), isto é, aquela realizada entre portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos. Além de 20 milhas da costa. INSCRIÇÃO E REGISTRO DE EMBARCAÇÃO Paraembarcações miúdas a inscrição será simplificada, o documento expedido pela Capitania será o Título de Inscrição de Embarcação Miúda (TIEM) - (5 metros) Para embarcações de médio e grande porte, o documento expedido será o Titulo de Inscrição de Embarcação (TIE) – (acima de 5 metros) ESTÃO OBRIGADAS A INSCRIÇÃO: Todas as embarcações com propulsão a motor, independente do seu comprimento; Todas as embarcações de médio e grande porte, exceto os dispositivos flutuantes destinados a serem rebocados, do tipo “banana-boat”, com até 10 metros de comprimento. ESTÃO DISPENSADAS DE INSCRIÇÃO: Além dos dispositivos flutuantes citados acima, as embarcações miúdas, desde que não possuam motor. · Registro da embarcação - É o seu cadastramento no TRIBUNAL MARÍTIMO com atribuições do número de registro e a expedição da Provisão de Registro de Propriedade Marítima (PRPM). · Para grandes embarcações, ou seja, embarcações com comprimento maior ou igual a 24 metros, bem como embarcações menores, porém com arqueação bruta (AB) maior que 100, é obrigatório o seu Registro no Tribunal Marítimo. A inscrição ou o registro da embarcação deverá ser requerido na Capitania, Delegacia ou Agência, no PRAZO DE 15 DIAS, contados a partir da data de emissão do documento de aquisição. No caso de embarcação adquirida no estrangeiro, a contagem se inicia na chegada ao porto onde será inscrita ou registrada. VALIDADE DA DOCUMENTAÇÃO · Carteira de Habilitação de Amador – 10 anos; · Título de Inscrição de Embarcações – 5 anos; · Bilhete de Seguro Obrigatório – 12 meses. MANOBRA DE EMBARCAÇÃO LEME E SEUS EFEITOS – o tem por finalidade dar direção a uma embarcação e mantê-la a caminho, no rumo determinado. È por meio do leme que se faz o navio guinar. Ele é disposto na popa e só tem ação quando a embarcação está em movimento (ressalvados os casos de correnteza), uma vez que o seu efeito é resultante da força das águas, em movimento, sobre sua porta. ATRACAR E DESATRAR As possibilidades de manobrar uma embarcação em um cais, que para atracá-la quer para desatracá-la, ou simplesmente movimentá-la, são quase infinitas. As características da embarcação, o vento, a corrente, o tipo o leme, o número de propulsores são consequencias fundamentais. ÂNCORA A âncora mais eficiente é a Danforth. O que prende a âncora a embarcação é a Amarra que pode ser de vários materias. RIPEAM Regulamento Internacional pra Evitar abalroamento no Mar conhecida no Brasil como RIPEAM, foi adotada pela Organização Marítima Internacional (IMO), no ano de 1972 e entrou em vigor, internacionalmente, em 1977. Regras para conduzir embarcações em canais estreitos: » Uma embarcação deverá manter-se tão próxima e segura do limite exterior do canal, que estiver ao seu boreste. » Uma embarcação deve evitar o máximo possível fundear em um canal estreito. » Uma embarcação não deve cruzar um canal estreito se esta manobra vier atrapalhar a passagem de outra que só pode navegar no canal. » Embarcações com menos de 20 metros de comprimento, embarcações a vela ou engajadas na pesca não devem atrapalhar a passagem de outra embarcação que só possa navegar com segurança dentro do canal. SITUAÇÃO DE RODA A RODA Quando duas embarcações, a propulsão mecânica, estiverem se aproximando em rumos diretamente opostos, ou quase diretamente opostos, em condições que envolvam risco de colisão, cada embarcação deve guinar para boreste, passando bombordo com bombordo. A situação de roda a roda é caracterizada quando os rumos são diretamente ou quase diretamente opostos. SITUAÇÃO DE ULTRAPASSAGEM Quaisquer que sejam as condições, toda embarcação que esteja ultrapassando outra deverá manter-se fora do caminho dessa outra. Uma embarcação está ultrapassando outra quando se aproxima vindo de uma direção de mais de 22,5° para ré do través dessa última. SITUAÇÃO DE RUMOS CRUZADOS Quando duas embarcações, a propulsão mecânica, navegam em rumos que se cruzam, podendo colidir, a embarcação que avista a outra por boreste (direita) deverá manter-se fora do caminho daquela e deverá evitar cruzar a sua proa (frente), manobrando antecipada e substancialmente. A embarcação que tem preferência deve manter seu rumo e velocidade ou manobrar apenas quando verificar que a colisão parece inevitável por omissão da responsável pela manobra. Situação de ALCANÇADOR Quem alcança mudará o rumo As PROAS NUNCA DEVEM SE CRUZAR, a embarcação que avista a outra por boreste (lado direito) é que tem a iniciativa da manobra Uma embarcação à propulsão mecânica (com motor) em movimento deverão manter-se fora do caminho de embarcações: 1º Sem governo 2º Com capacidade de manobra restrita 3º Engajada na pesca 4º A vela Luz de mastro é uma luz branca visível em um setor horizontal de 225° desde a proa até 22,5° por ante-a-ré do través de ambos os bordos. Se houver duas exibidas, a do mastro de ré da embarcação terá que ser sempre a mais alta. » Luz de bordo é uma luz verde a boreste e encarnada a bombordo, visível em setores de 112,5° e 112,5 desde a proa até 22,5° por ante-a-ré do través do seu respectivo bordo. » Luz de alcançado é uma luz branca situada tão próximo possível da popa, visível em um setor horizontal de 135°. » Luz de reboque é uma luz posicionada para projetar sua luz sobre um setor de 67,5° de cada bordo a partir da popa. amarela com as mesmas características da luz de alcançado quanto ao seu posicionamento e visibilidade. Conjunto de regras aplicadas a todos os sinais fixos e flutuantes (com exceção de farois, sinais de alinhamento, boias gigantes: PROPÓSITO DE INDICAR: 1) Os limites laterais dos dosi canais navegáveis; 2) Os perigos naturais e outras obstruções, entre as quais os cascos soçobrados; e 3) Outras zonas ou acidentes marítimos importantes para o navegante; 4) Os novos perigos. De acordo com o constante na Convenção de Paris de 1982, o Brasil implentou o sistema IALA e a REGIÃO B de balizamento EMBARCAÇÕES COM COMPRIMENTO ENTRE 12 E 50 METROS devem exibir: · luz de mastro de vante branca · luz de mastro de ré (facultativa) · luzes de bordos · luz de alcançado Embarcações menores que 7 metros, independentemente do tipo de propulsão, devem apresentar uma luz branca; se tiver velocidade maior que 7 nós, deve apresentar também luzes de bordos. BALIZAMENTO QUE SINAIS SONOROS DEVERÃO SOAR? PREPARATÓRIA PARA O EXAME DE ARRAIS AMADOR NOÇÕES DE COMBATE A INCÊNDIO AULA 3 FOGO é um processo químico de transformação. Podemos também defini-lo como o resultado de uma reação química que desprende luz e calor devido à combustão de materiais diversos. ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO · Combustível · Comburente (oxigênio) · Calor · Reação em cadeia COMBUSTÍVEL É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam. SÓLIDOS Madeira, papel, tecido, algodão, etc. LÍQUIDOS: Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperatura ambiente. Ex.:álcool, éter, benzina, etc. Não Voláteis – são os que desprendem gases inflamáveis à temperaturas maiores do que a do ambiente. Ex.: óleo, graxa, etc GASOSOS Butano, propano, etano, etc. COMBURENTE (OXIGÊNIO) · É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida às chamas e possibilitando a expansão do fogo. · Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para sustentar a combustão é de 16%. CALOR · É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar. · Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em máquinas e aparelhos energizados. PROPAGAÇÃO DO FOGO O fogo pode se propagar: Pelo contato da chama em outros combustíveis; Através do deslocamento de partículas incandescentes; Pela ação do calor. O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão: Em caso de incêndio não esqueça coloqueas pessoas a barlavento (é o lado de onde sopra o vento) das chamas e as faça vestirem os coletes salva-vidas imediatamente. Nunca deve-se ficar a Sotavento que é o lado oposto ao lado do qual sopra o vento. CONDUÇÃO É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula ou de corpo a corpo. CONVECÇÃO É quando o calor se transmite através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo. IRRADIAÇÃO · É quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio material. PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO PONTO DE FULGOR - É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis, os quais, combinados com o oxigênio do ar em contato com uma chama, começam a se queimar, mas a chama não se mantém porque os gases produzidos são ainda insuficientes. PONTO DE COMBUSTÃO - É a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se apaga, pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia. PONTOS E TEMPERATURAS IMPORTANTES DO FOGO TEMPERATURA DE IGNIÇÃO - É aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independente de qualquer fonte de calor. CLASSES DE INCÊNDIO · Classe A · Caracteriza-se por fogo em materiais sólidos; · Queimam em superfície e profundidade; · Após a queima deixam resíduos, brasas e cinzas; · Esse tipo de incêndio é extinto principalmente pelo método de resfriamento, e as vezes por abafamento através de jato pulverizado. · Classe B · Caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis; · Queimam em superfície; · Após a queima, não deixam resíduos; · Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento. · Classe C · Caracteriza–se por fogo em materiais/equipamentos energizados (geralmente equipamentos elétricos); · A extinção só pode ser realizada com agente extintor não-condutor de eletricidade, nunca com extintores de água ou espuma; · O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força, pois assim ele se tornará um incêndio de classe A ou B. · Classe D · Caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.) · São difíceis de serem apagados; · Esse tipo de incêndio é extinto pelo método de abafamento; · Nunca utilizar extintores de água ou espuma para extinção do fogo. MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO EXTINÇÃO POR RETIRADA DO MATERIAL (ISOLAMENTO) Esse método consiste em duas técnicas: Retirada do material que está queimando; Retirada do material que está próximo ao fogo. EXTINÇÃO POR RETIRADA DO COMBURENTE (ABAFAMENTO) Este método consiste na diminuição ou impedimento do contato de oxigênio com o combustível. EXTINÇÃO POR RETIRADA DO CALOR (RESFRIAMENTO) Este método consiste na diminuição da temperatura e eliminação do calor, até que o combustível não gere mais gases ou vapores e se apague. EXTINÇÃO QUÍMICA Ocorre quando interrompemos a reação em cadeia. Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não–inflamável. ÁGUA PRESSURIZADA É o agente extintor indicado para incêndios de classe A; Age por resfriamento e/ou abafamento; Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a ação é por resfriamento. Na forma de neblina, sua ação é de resfriamento e abafamento. ATENÇÃO: Nunca use água em fogo das classes C e D. Nunca use jato direto na classe B. GÁS CARBÔNICO (CO2) É o agente extintor indicado para incêndios da classe C, por não ser condutor de eletricidade; Age por abafamento, podendo ser também utilizado nas classes A, somente em seu início e na classe B em ambientes fechados. PÓ QUÍMICO É o agente extintor indicado para combater incêndios da classe B; Age por abafamento, podendo ser também utilizados nas classes A e C, podendo nesta última danificar o equipamento. ESPUMA É um agente extintor indicado para incêndios das classe A e B. Age por abafamento e secundariamente por resfriamento. Por ter água na sua composição, não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois conduz corrente elétrica. PREPARATÓRIA PARA O EXAME DE ARRAIS AMADOR NOÇÕES DE HIGIENE E PRIMEIROS SOCORROS AULA 4 INTRODUÇÃO A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada; porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas. Os primeiros socorros são procedimentos que na maioria das vezes salvam e/ou diminuem o sofrimento do acidentado. TRANSPORTE DE UM ACIDENTADO A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de cuidado, a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, deve-se tomar as seguintes providências: se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa; para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor; para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós; apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás; · na presença de HEMORRAGIA abundante, a movimentação da vítima pode levar rapidamente ao estado de choque; · se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e faça massagem cardíaca; · imobilize todos os pontos suspeitos de fratura; · se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como um só bloco, levando-o até a maca; · no caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o levantamento e o transporte; e · lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos. · Nunca líquidos a vítima que se encontra inconsciente · ATENÇÃO: movimente o acidentado o menos possível; · evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte; · o transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima; e · não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte. AFOGAMENTO · PROCEDIMENTOS EM CASO DE AFOGAMENTO · No caso de afogamento: · não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima; · checar imediatamente os SINAIS VITAIS (análise primária); · não havendo respiração ou pulso, iniciar as técnicas de ressuscitação imediatamente; · mantenha a vítima aquecida; · informar ao médico se o afogamento ocorreu em água doce, salgada ou piscina; e · não tente resgatar ninguém da água, se você não for treinado para isso. Apenas jogue algum material flutuante para a vítima agarrar e chame por socorro especializado (salva-vidas). Insolação, intermação e hipotermia · Insolação – Consequência da exposição direta aos raios solares; · Intermação – consequência da ação do calor sobre o corpo; · Hipotermia – ocorre quando a temperatura corporal do organismo cai abaixo do normal (35°C), de modo não intencional, sendo seu metabolismo prejudicado. Se a temperatura ficar abaixo de 32°C, a condição pode ficar crítica ou até fatal. O cuidado deve ser aquecer o corpo lentamente. NAUFÁGIOA quantidade de água estipulada, na Marinha Brasileira é de 500 litros por dia por homem (1/2 garrafa) CHOQUE ELÉTRICO A passagem de corrente elétrica pelo corpo pode produzir um formigamento ou uma leve contração dos músculos, ou ainda uma sensação dolorosa. Choques mais intensos podem lesar músculos ou paralisar o coração. Podem paralisar também a respiração e, nesse caso, se o acidentado não for socorrido dentro de poucos minutos, a morte sobrevém. A intensidade do choque depende dos seguintes fatores: 1. valor da tensão; 2. área de contato do corpo com o componente eletrificado; 3. pressão com que é feito o contato; e 4. umidade existente na superfície do contato. PROCEDIMENTOS EM CASO DE CHOQUE ELÉTRICO Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral; Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel; e Empurre ou puxe a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha. O QUE FAZER Se houver parada cardiorrespiratória, aplique a ressuscitação; Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo; Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. Se estiver inconsciente, deite-a de lado; Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma; e Procure ajuda médica imediatamente. PROCEDIMENTOS DE MASSAGEM CARDÍACA E RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL (BOCA A BOCA) Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (o chamado osso esterno). Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca a boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço. Nos casos em que houver dois socorristas, fazer 5 compressões cardíacas, e uma insuflação de ar boca a boca, alternadamente até que seja providenciada assistência médica ou até que a vítima se reanime. 15 x 2 Não dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la. FRATURAS, LUXAÇÕES E ENTORSES Fratura - É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento. Há dois tipos de fraturas: as FECHADAS, e as EXPOSTAS, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure socorro imediato. ATENÇÃO - Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido. • Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água • Solicite assistência médica; enquanto isso, mantenha a pessoa calma e aquecida. • Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea. • Imobilize o osso ou articulação atingida com uma tala. • Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma. • Só use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado. ENTORSE É a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta as articulações). Os cuidados ao imobilizar são semelhantes aos de uma fratura. LUXAÇÃO É o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na articulação. Os primeiros socorros na imobilização são também semelhantes aos da fratura fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na região, nem tentar recolocar o osso no lugar. CONTUSÃO É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos indicadores de uma fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma). OBJETOS OBSTRUINDO PASSAGEM DE AR Procedimentos Aplique a chamada “manobra de Heimlich”. Fique de pé ao lado e ligeiramente atrás da vítima. A cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito. Em seguida, dê 4 pancadas fortes no meio das costas, rapidamente, com a mão fechada. A sua outra mão deve apoiar o peito do paciente. Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, com seus braços ao redor da cintura da pessoa. Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro contra o abdômen da vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite das costelas. Agarre firmemente o pulso com a outra mão e exerça um rápido puxão para cima. Repita, se necessário, 4 vezes numa seqüência rápida. HEMORRAGIA A HEMORRAGIA EXTERNA é a perda de grande quantidade de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria) para fora do corpo. Quando uma artéria é atingida, o perigo é maior. Nesse caso, o sangue é vermelho vivo e sai em jatos rápidos e fortes. Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro, e sai de forma lenta e contínua. A hemorragia interna é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos. A quantidade de SANGUE no organismo humano é de aproximadamente de 6 litros. As principais complicações de uma ferida são HEMORRAGIA e INFECÇÃO PROCEDIMENTOS DE PRIMEIROS SOCORROS EM CASO DE HEMORRAGIA Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração; Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha-as unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos; Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação do sangue; e Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos. OBSERVAÇÃO Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada O QUE NÃO SE DEVE FAZER Não se deve tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos; Não se deve aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto. SANGRAMENTOS INTERNOS COMO VERIFICAR E O QUE FAZER Acidentes graves, sobretudo com a presença de fraturas, podem causar sangramentos internos. A HEMORRAGIA INTERNA pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para os sinais externos: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência. Não dê alimentos à vítima nem a aqueça demais com cobertores. Peça auxílio médico imediato. HEMORRAGIA EXTERNA Ocorre quando parte do nosso corpo se fere, rompendo vasos que perdem sangue geralmente através de cortes profundo, fraturas expostas e amputações. TORNIQUETES - O QUE FAZER O torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como: amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples; Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido; marque o horário em que foi aplicado o torniquete; procure socorro médico imediato; e desaperte-o gradualmente a cada 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado. QUEIMADURAS CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS As queimaduras podem ser classificadas quanto ao seu grau e sua extensão. 1º grau: pele vermelha na área queimada – vermelhidão, dor intensa e inchaço. 2º grau: formação de bolhas – dor mais intensa – áreas de tecido exposto, exudação (bolhas que se rompem) – queimaduras de 1º grau ao redor. 3º grau: necrose de tecidos com áreas que variam do branco pálido ao marrom escuro – perda da sensibilidade nas áreas necrosadas, há pouca ou nenhuma dor – expo sição de camadas mais profundas do tecido – queimaduras de 1º e 2º grausao redor. ATENÇÃO: Se as roupas também estiverem em chamas, não deixe a pessoa correr. Nas grandes queimaduras nunca se deve dar líquido como chá, água ou suco para beber. Se necessário, derrube-a no chão e cubra-a com um tecido como cobertor, tapete ou casaco, ou faça-a rolar no chão. Em seguida, procure auxílio médico imediatamente.