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Logística empresarial
1- Introdução à Logística Empresarial
1.1- Abordagem Logística da Gestão de Suprimentos
A principal função da logística está relacionada à gestão estratégica de todos os processos relacionados à movimentação de materiais, desde a aquisição de insumos, passando pela movimentação e a armazenagem de todos os itens que a empresa possui, até os fluxos de informações que passam pela organização e todos os seus canais.
Tanto a logística, quanto a gestão de materiais, desempenham um papel importantíssimo para maximização da lucratividade da empresa. E, para isso, a gestão dessas áreas deve buscar sempre o atendimento dos pedidos ao menor custo possível e máxima qualidade para o consumidor.
Somente assim, a empresa poderá obter uma vantagem competitiva que seja sustentável e defensável no longo prazo. No entanto, nem sempre foi assim: a logística era encarada pelas empresas, sobretudo até os anos de 1950, como uma simples atividade de transporte.
Porém, com a competitividade acirrada e a necessidade de gerar valor agregado para uma demanda cada vez mais exigente, a atividade logística e de gestão de estoques passou a ser vista como um elemento de competitividade para as empresas.
Isso se deu porque a população daquela época começou a migrar das áreas rurais para os centros urbanos, aumentando a demanda e a necessidade de mais postos de vendas. Além disso, a nova situação econômica pós Segunda Guerra, aumentou a importância de um processo logístico eficaz. 
Com o passar do tempo, com a evolução tecnológica e dos modos de gestão, tivemos um aumento considerável da variedade de produtos, fazendo com que a gestão eficaz dos estoques e da demanda buscasse constante melhoria nos níveis de serviços, aumentando a quantidade de elos dentro de um sistema logístico.
Dessa forma, a função administrativa de materiais e logística passou a estar inter-relacionada com várias atividades. A relação com o processo de compra de insumos é a mais visível, com a necessidade de desenvolvimento de fornecedores parceiros e atividades de follow-up, bem como outras rotinas operacionais.
Também temos a relação com a armazenagem de materiais, desde o recebimento e controle de qualidade desses itens, passando pela estocagem e análise de embalagens. Por fim, temos uma relação estreita com a movimentação de materiais, desde a gestão de equipamentos e movimentação até a saída do produto para o cliente.
Nesse sentido, temos que a atividade logística e de gestão de materiais da empresa são essenciais para as organizações. Além disso, ao atuarmos em uma economia globalizada, esses processos se tornam em fatores críticos de sucesso para qualquer tipo de negócio, pois são essas atividades que irão possibilitar o atendimento das demandas de nossos clientes.
1.2- Origens da Logística Empresarial
	A logística é um conceito conhecido e empregado pelos militares desde tempos remotos. Nas empresas a utilização das ferramentas logísticas e o reconhecimento do seu potencial em criar vantagens competitivas sobre os concorrentes é bem mais recente.
	O desconhecimento, o baixo nível de entendimento de seus princípios, a maior atenção com outras áreas funcionais consideradas mais importantes, e a falta de pessoal qualificado podem explicar esse fato. Desse modo, poderíamos entender que as definições são várias, mas todas têm um ponto em comum, que é a importância da sua aplicação de forma a integrar todos os componentes de um sistema logístico.
	A logística vai tratar de todo o processo de gerenciar estrategicamente toda a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento de pedidos a baixo custo (CHRISTOPHER, 1997).
	Reforçando sua importância e missão, a logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final.
	Assim, o objetivo final da logística é tratar também dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável (BALLOU,1993).
	Existem diversas teorias sobre como obter vantagem competitiva, uma delas é de que esta deva ser a mais duradoura possível e que seja muito perceptível pelo mercado para colocar a organização numa posição de supremacia diante de seus concorrentes.
	A convergência de todas estas abordagens repousa no fato em que o caminho para este fim exige que produzam a um custo menor, que se agregue mais valor, ou que se possa atender de maneira mais efetiva as necessidades de uma determinada parcela do mercado.
1.3- A Evolução do Conceito de Logística
	Os últimos anos mostraram profundas mudanças na maneira como as organizações têm se adaptado às exigências do mercado. Os antigos paradigmas não são mais suficientes para garantir vantagens competitivas.
	Dentre outras áreas, houve um redescobrimento da logística e de sua importância para a redução de custos e melhoria do nível de serviço aos clientes. 
Com o passar do tempo e com as empresas utilizando cada vez mais os processos logísticos em suas atividades, foi sendo alterada a forma como a logística é definida e, consequentemente, ampliando o seu escopo e isto levou à evolução do seu conceito que deixou de ser puramente técnico e tratada em nível operacional e ganhava espaço em meio as atividades estratégicas das organizações.
A logística passou por diversas fases no seu desenvolvimento até atingir o nível em que se encontra, onde tem por objetivo a integração dos componentes do sistema e é percebida como de importância estratégica.
1.3.1- Primeira fase: A fragmentação total
	A primeira fase é marcada pela execução desconexa das atividades nas áreas funcionais. Ou seja, o setor de compras só se preocupava com a aquisição de materiais, o de Produção com o processo de transformação, o de Vendas em vender e o de Distribuição em entregar os produtos acabados ao mercado consumidor. 
Sem ter a percepção de que estas atividades são componentes de um único sistema, o que se buscava era o alcance e a maximização de resultados individuais e não os da empresa, acabando por prejudicar a competitividade e diminuindo a eficiência.
Ou seja, na busca de um objetivo individual, sem considerar as consequências em outras áreas, toda a empresa tem o seu desempenho prejudicado. Essa situação levou as empresas a reconhecer que um grau mínimo de integração entre estas atividades era necessário para melhorar os resultados e aumentar a competitividade.
1.3.2- Segunda fase: a integração de compras com a distribuição
A segunda fase, é caracterizada por um aumento do nível de integração interno e pela criação de um conceito de gerenciamento em grandes blocos, o de materiais, o de produção e o de distribuição. Ou seja, através do agrupamento de atividades, são criadas grandes áreas por especialidade, mas não existe o gerenciamento do processo como um todo dentro da empresa.
Esse é um arranjo que propicia ganho, melhora o desempenho e corrige algumas falhas do modelo anterior. Acontece uma otimização do sistema de transporte pela integração da administração de materiais e da distribuição.
A experiência mostra que as atividades de suprimento e de distribuição tratadas de forma conjunta podem criar e explorar oportunidades de economias de escala que não são possíveis numa visão dissociada.
1.3.3- Terceira fase: a Logística Integrada
A terceira fase que é conhecida como Logística Integrada, quando se exige o estabelecimento e implementação de uma estrutura de planejamento de ponta a ponta. Ou seja, o processo é tratado de forma sistêmica e a empresa passa a ser vista como um todo. Torna-se evidente nesta integração, que somente é interessante a escolha de alternativas que maximizem e melhorem o resultado do todo.
Processos fundamentais para a competitividade são englobados pela logística e esta passa a serresponsável pelo abastecimento de materiais, produção até a distribuição aos consumidores finais. A partir daí surge a necessidade da integração com os sistemas de informação.
Na mesma proporção que as chances de melhoria aumentaram, a complexidade cresce e a troca que se faz necessária é a dos estoques pela informação.
A nova realidade é que impulsiona a melhoria e consolida a necessidade de uma integração que leve ao controle e coordenação de todas as atividades para que se possa agregar o maior valor e incorrer nos menores custos possíveis.
A organização deve funcionar como um todo, realizando uma variedade de processos que consomem esforços de seus diferentes departamentos e o seu desempenho global será proporcional a sinergia das áreas funcionais da empresa.
É necessário mudar de uma orientação funcional para uma orientação voltada ao cliente. É importante notar que deve haver excelência nos processos e que os departamentos são, na verdade, os meios a serem utilizados. Portanto, devem ser abolidas as barreiras e os interesses individuais não são prioritários, mas sim as decisões que busquem otimizar o todo.
O estabelecimento de um novo paradigma produtivo se dá quando as empresas ocidentais, que utilizavam o conceito de produção em massa, são expostas à competição com as japonesas e seu modelo de produção enxuta que se mostra mais adequado a um mercado que exige uma grande variedade de produtos e custos cada vez mais baixos. Isto força o abandono do modelo anterior e a migração para este novo contexto.
1.3.4- Quarta fase: O Gerenciamento da Cadeia de Suprimento
Essa constatação expandiu as fronteiras da empresa e levou a integração com fornecedores e clientes. Assim, marcou o início de uma nova fase que ficou conhecida como Gerenciamento da Cadeia de Suprimento ou Supply Chain Management.
A definição, de forma simplista, é o gerenciamento de todas as atividades envolvidas na aquisição, produção e distribuição, através da completa integração de fornecedores, fabricantes e clientes, com o objetivo de agregar valor e reduzir custos para o consumidor final.
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, que é marcado pela virtualização, representa a possibilidade de se alcançar um novo patamar de competitividade. Mas, ao mesmo tempo, oferece uma série de oportunidades e desafios e se tornam necessárias a integração e a construção de parceiras.
Assim, a transparência e o total compartilhamento de informações são indispensáveis. Ou seja, sair de uma relação conflitante e evoluir para um perfeito entrosamento é um caminho árduo e que exige uma profunda mudança na estrutura organizacional.
Como decorrência do aumento do seu escopo, abrangência e relevância, essa fase dá a logística um caráter estratégico o que acaba forçando as empresas a voltarem seus olhos para a importância de seu gerenciamento.
Uma vez que os desafios e a complexidade estão maiores, são criadas áreas especializadas para esta atividade e a integração das atividades se mostra imperativa e não mais uma questão de escolha, mas sim uma necessidade para a sobrevivência no cenário globalizado.
1.3.5- Quinta fase: O Gerenciamento da Cadeia de Suprimento e a Resposta Eficiente ao Consumidor
Na busca pelo aumento da eficiência e melhor utilização dos recursos e, principalmente, reduzir a distância existente entre a produção e a demanda, possibilitando que o consumidor tenha seus bens e serviços quando e onde quiserem, a logística precisava evoluir e incorporar ao Gerenciamento da Cadeia de Suprimento novos conceitos para responder as demandas do mercado. O efeito acontece pela criação e incorporação do conceito de Resposta Eficiente ao Consumidor.
Resposta Eficiente ao Consumidor ou em inglês Efficient Consumer Response (ECR), se trata de uma estratégia utilizada, principalmente na indústria de supermercados, na qual distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para poderem gerar maior valor agregado ao consumidor final (LAVRATTI, 2002, p.1).
Através da disponibilização, em tempo real, de informações sobre a demanda, busca-se sincronizar as atividades de todos os elos de uma cadeia. Desse modo, é possível agregar maior valor, reduzir os custos e utilizar, de forma mais racional, todos os recursos.
Portanto, consegue-se perceber mais cedo a demanda e sincronizar as ações de todos os elos, bem como, a velocidade e a quantidade de informações disponíveis permitem uma maior visibilidade dos fluxos e, assim, servem de suporte às decisões que são tomadas com maior possibilidade de acerto e propiciam um incremento no nível de serviço.
Em suma, esta é a fase mais avançada da logística, a qual facilita a troca de estoques por informações e permite encurtar o fluxo logístico. O segmento de bens de consumo também utilizava disso, e ainda hoje muitas empresas empregam o conceito de empurrar os estoques. Ou seja, alocar estoques aos armazéns conforme a necessidade esperada dos mesmos.
Este sistema obriga a começar o abastecimento pela previsão de vendas e faz com que, antecipadamente, sejam produzidas e movimentadas grandes quantidades de produtos. É possível ver isso se repetindo em cada um dos elos da cadeia, o que acaba por gerar ineficiência, por motivos já levantados, e os custos são aumentados.
Como os clientes vão optar pela cadeia mais eficiente e que consiga fornecer o melhor nível de serviço, a Resposta Eficiente ao Consumidor faz com que o ciclo seja gerenciado a partir das informações da demanda no ponto de venda e que os estoques sejam puxados.
O repasse das informações em tempo real, a todos os componentes da cadeia, possibilita que as atividades sejam realizadas com elevado grau de acerto, otimizando a utilização dos recursos, o que permite que a demanda seja atendida de modo mais eficiente, no momento exato e com um menor nível de inventário no sistema.
O repasse das informações em tempo real, a todos os componentes da cadeia, possibilita que as atividades sejam realizadas com elevado grau de acerto, otimizando a utilização dos recursos, o que permite que a demanda seja atendida de modo mais eficiente, no momento exato e com um menor nível de inventário no sistema.
A utilização de modelos mais evoluídos de sistemas logísticos, sem dúvida, suporta o alcance dos objetivos de redução de estoques, aumento do valor agregado e melhoria da lucratividade que são indispensáveis para se manter competitivo.
2- Logística e Vantagem Competitiva
Não é de hoje que o ambiente das empresas é algo complexo e com níveis de competição elevados. É devido a essa competitividade que cada vez mais as empresas buscam por fatores que possam diferenciá-las e estabelecer suas vantagens competitivas. Para alcançar seus objetivos, muitas delas adotam uma estratégia em comum: a busca pela excelência em logística que propicie o gerenciamento dos fluxos de materiais e das informações.
Pires (2011) coloca que a globalização, a mudança no comportamento dos consumidores, a redução do ciclo de vida dos produtos e o enfraquecimento das marcas exigem que as organizações adquiram e desenvolvam novas competências para conquistar e manter clientes.
Ampliam-se as dimensões da competitividade, a qual deixa de ser regional para ser global. A concorrência passa a acontecer entre cadeias produtivas e não mais entre empresas isoladas.
Empresas estão se adaptando ao modelo de produção enxuta que requer a excelência em logística como forma de gestão da cadeia produtiva, para que se consiga a coordenação e o alinhamento estratégico dos componentes da cadeia.
O foco é o cliente e a inovação é constante. Nesse contexto, para Ballou (2012), as vantagens e diferenciais competitivos são cada vez mais efêmeros e a velocidade e flexibilidade deixam de ser apenas um discurso e tornam-se obrigatórias.
Chopra e Meindl (2011) colocam que a pergunta que muitos se fazem é: quais as razões para a logística mostrar-se como uma escolha lógica e oportuna para fazer frente a essas exigências?
Mas o que deve ser analisado na logística empresarial? O primeiro fator está relacionado à evolução de seu conceito.Ao incorporar e utilizar preceitos de marketing, qualidade, finanças e planejamento, a logística tornou-se uma disciplina multifuncional e, assim, aumentou sua contribuição para a eficiência e a eficácia da gestão.

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