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LOGISTICA EMPRESARIAL

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1 – INTRODUÇÃO
A logística teve sua interpretação inicial ligada a estratégia militar, quase equivalente a filosofia de guerra, quando estava relacionada a movimentação e coordenação de tropas, armamentos e munições para os locais necessários.
Desta forma, o sistema logístico foi desenvolvido com o intuito de abastecer, transportar e alojar tropas – propiciando que os recursos certos estivessem no local certo e na hora certa.
Este sistema operacional permitia que as campanhas militares fossem realizadas e contribuía para a vitória das tropas nos combates.Atualmente temos o conceito expandido, aplicado a gestão empresarial, conforme autores abaixo:
Segundo Ballou (1998), a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivo para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Para Pires (1998), a logística engloba o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, custos efetivos de fluxos e estoque de matéria-prima, estoque circulante, mercadorias acabadas e informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo com a finalidade de atender aos requisitos do cliente.
Novaes (2003) comenta que a Logística moderna procura coligar todos os elementos do processo – prazos, integração de setores da empresa e formação de parcerias com fornecedores e clientes – para satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais.
A Logística empresarial nasceu da importância da redução de custos nas empresas e na maior importância que se dá hoje em atendimento das necessidades dos clientes. Quando todos os produtos se tornam iguais, a empresa mais competitiva será aquela que conseguir ser mais eficiente e eficaz, se antecipando a prováveis problemas que possa vir a enfrentar.
Some-se a isso, que o mundo está se tornando cada vez mais um mercado global, as fronteiras geográficas estão desaparecendo e a expectativa é que as empresas estejam preparadas para enfrentar as realidades desse novo desafio.
2 – PLANEJAMENTO LOGÍSTICO
Conforme Bowersox (2001), é de competência da logística a coordenação de áreas funcionais da empresa, desde a avaliação de um projeto de rede, englobando localização das instalações(inclusive estrutura interna, quantidade ), sistema de informação, transporte, estoque, armazenagem, manuseio de materiais até se atingir um processo de criação de valor para o cliente.
A partir da definição dos objetivos é definido como serão gerenciadas as ações de planejamento, organização e controle. Um planejamento bem feito, terá como resultado organização e controles mais eficazes. O planejamento logístico leva em conta decisões de localização das instalações, decisões de transportes, decisões de.estoques. Esta trilogia está intimamente ligada entre si e qualquer alteração em uma delas influi fortemente na outra.
As instalações devem ser localizadas onde possam maximizar o lucro da empresa, atendendo seus clientes eficazmente. Em uma economia globalizada, não existe limite para onde as instalações podem estar localizadas. Existem técnicas que podem ser utilizadas para melhor determinar a localização das instalações.
A decisão de transporte, sem dúvida é uma das principais funções logísticas, além de representar a maior parte dos custos logísticos na maioria das organizações, desempenhando também importante serviço ao cliente. A sua definição está basicamente ligada às dimensões de tempo e utilidade do lugar. Desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo ideal.
Mesmo com o avanço atual da tecnologia, da troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto certo, na hora, no lugar certo, ao menor custo possível. Poderão ser adotadas diversas estratégias de transporte: entrega direta, milk run, consolidação, cross-docking, OTM (operação de transporte multimodal), intermodal, janela de entrega, observando ainda a melhor matriz de transporte (rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário, aeroviário, dutos), e sua adequação aos objetivos propostos em cada etapa do processo de transporte.
Sobre a decisão do modelo de gestão de estoques mais adequado, dependerá da identificação das principais características das operações de produto e/ou distribuição. De maneira geral, as decisões de estoque devem estabelecer os reabastecimentos, constituindo-se sempre em decisões de alto risco, pois itens mantidos em estoque podem deteriorar, tornar-se obsoletos e até se perderem na produção, além de ocuparem espaço que poderia estar sendo utilizado para outros fins, sem contar o custo do capital investido.
Em contra-partida, a manutenção de estoque proporciona segurança em ambiente incerto e complexo. Desta forma, haverá sempre o trade-off: custo versus disponibilidade, que definirá quanto pedir, quando pedir e como controlar o sistema (tecnologias adotadas).
3 – SISTEMAS LOGÍSTICOS
As pressões competitivas do ambiente de negócios forçaram as empresas a olharem para toda cadeia de suprimentos de forma integrada. Não é mais suficiente otimizar a função de manufatura sem ligá-la a função de distribuição, ou vice-versa. Os consumidores são mais informados, mais demandantes e menos fiéis. Os conceitos de modularização e postergação são à base de um modelo de rede logística em quatro categorias: flexível, rígido, modularizada e postergada.
Cada um destes projetos de redes logísticas pode ter uma orientação diferente orientada por fatores tais como o ambiente competitivo, as capacidades de manufatura existentes e os objetivos estratégicos. A complexidade da manufatura e as necessidades de marketing são a base de um modelo que aborda os possíveis focos de uma rede logística; as opções incluem o foco no mercado, foco na família de produtos ou foco no processo.
4 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Um sistema de informação bem feito é o fator crítico de sucesso para um sistema logístico. Ele nos permite toda a visão do processo logístico da empresa, desde estoques, emissão de notas fiscais, entregas de mercadorias. As informações nos permitem fazer previsões e dar respostas aos consumidores em tempo real.
O sistema de informação é uma peça critica do canal logístico total, desempenhando um conjunto de funções vitais, incluindo:
- Ajuda as empresas a otimizarem seus ciclos de fluxos de materiais, uma vez que haveria gerenciamento de todos os processamentos requeridos para a circulação eficaz de produtos dentro das restrições definidas pelos níveis de serviços e custos;
- Otimiza a utilização dos recursos físicos, colocando todos em seus lugares ao longo da cadeia logística;
- Constrói o banco de dados necessário e coloca à disposição ferramentas de suporte à decisões para alocar recursos e usá-los com a máxima eficiência;
- Fornece um meio de monitorar o desempenho operacional;
- Permite o retorno de informações úteis para o controle de desempenho operacional e para os indicadores logísticos.
- Fornece informações valiosas de suporte à decisão para que os gerentes dirijam a cadeia de suprimentos global.
Em suma, o propósito de um sistema de informação logística é coletar, manter e manipular os dados dentro da empresa para tomada de decisões, abrangendo desde o nível estratégico até o operacional.
5 – CONCLUSÃO
O tema logística estará sempre sob objeto de interesse dos empresários. A redução dos custos aliados ao aumento de produtividade nesse setor nunca deixará de ser perseguido pelos gestores. Diante do mercado globalizado em que vivemos e com constantes mudanças, qualquer alteração pode provocar incertezas para o planejamento e operação das atividades da logística. Isto exigirá habilidade e constante atualização por parte da administração das empresas.
Para se atingir a excelência logística, torna-se necessárioconseguir ao mesmo tempo redução de custos e melhoria do nível de serviço ao cliente. A busca simultânea desses dois objetivos quebra um antigo paradigma, segundo o qual existe um trade-off quase intransponível entre custos e qualidade de serviços. As empresas que conseguem alcançar a excelência logística quebram esse paradigma.
Para o sucesso na implementação de estratégias de operações de logística deve-se sempre adotar a administração de um sistema de medida e avaliação de desempenho, além do desenvolvimento de uma estrutura organizacional apropriada para se atingir a excelência nas operações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BALLOU, Ronald. Business Logistics Management. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1998
BOWERSOX, Donald. Logística Empresarial : o processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo : Atlas, 2003
DORNIER, P.P; ERNST, R; FENDER,M; KOUVELIS,P. Logística e Operações Globais : Texto e Casos. São Paulo: Atlas, 2000.
FLEURY, Paulo Fernando; WANKE, Peter; FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística Empresarial: A Perspectiva Brasileira. São Paulo : Atlas, 2000. – (Coleção Coppead de Administração)
FLEURY, Paulo Fernando, WANKE, Peter, FIGUEIREDO, Kleber Fossati. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Planejamento do Fluxo de Produtos e dos Recursos. São Paulo :Atlas, 2003
NOVAES, A. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de janeiro : Campus, 2001, 409 p.
PIRES, S. O modelo de consórcio Modular. São Paulo : Universidade de São Paulo, 1999.
SLACK, N. Administração da Produção. São Paulo : Atlas, 1996
WANKE, Peter. Gestão de Estoques na Cadeia de Suprimento: Decisões e Modelos Quantitativos. São Paulo : Atlas, 2003. – (Coleção Coppead de Administração)

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