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Gestão de Finanças Públicas - Aula 5 - impressao

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GESTÃO DE FINANÇAS PÚBLICAS
AULA 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Fabrício Neves
CONVERSA INICIAL
Ao longo das aulas, discutimos sobre a formação da Administração Pública, as funções de governo, os
princípios orçamentários e conhecemos a Lei de Responsabilidade Fiscal. Vimos a importância que cada um
desses aspectos possui para a gestão de finanças públicas e como acabam dando forma a como os gestores
governamentais devem se comportar.
A forma de organização de um governo está relacionada à maneira como se dá a instituição e transferência
de poder na sociedade, bem como a relação entre essa sociedade e os seus governantes. No caso brasileiro, a
forma vigente é a república, que se caracteriza pela escolha através de um pleito (eleição) e por um prazo
determinado de alternância dos mandatos dos chefes dos poderes executivos dos três níveis (presidente,
governadores e prefeitos), estando esses submetidos à responsabilização e dever de prestar contas
(accountability) (Paulo; Alexandrino, 2011b).
Nesta aula, traremos inicialmente do entendimento do que sejam crimes de responsabilidade e crimes
contra as finanças públicas. Em seguida, veremos que, para fins de controle, é necessária a implementação de
mecanismos de governança no setor público. Falaremos ainda acerca de mecanismos de avaliação de riscos
para fins de controle e, por fim, abordaremos algumas perspectivas na área de controle e serviços públicos com
o apoio de tecnologias.
CONTEXTUALIZANDO
Apesar de todo o exposto acima, isso não quer dizer que os gestores dos órgãos públicos se distanciem do
fenômeno de compliance, que veremos a seguir. Ao contrário, a questão da legitimidade da atuação na gestão
pública aponta, cada vez mais, para a necessidade da busca de conformidade com os procedimentos internos
de governança e integridade e mecanismos legais de controle, que devem ser direcionados à detecção
antecipada de possíveis desvios e atos ilícitos, bem como à construção de controles e um ambiente cada vez
mais ético em toda a estrutura da Administração Pública.
Nesse ponto, é fundamental que seja dada atenção para as diversas maneiras de interação entre o setor
público e privado. O potencial efeito é transformar a gestão pública para que seja mais eficiente, responsável e
transparente, de forma a assegurar sua finalidades, preservando o interesse coletivo dos cidadãos.
TEMA 1 – CRIMES DE RESPONSABILIDADE E CRIMES CONTRA AS
FINANÇAS PÚBLICAS
Aprendemos que o Estado é uma parte importante na resolução de conflitos, controlando o mercado
quando necessário, na prestação de serviços públicos ou na ajuda aos menos favorecidos. Porém, temos que
manter o Estado sob controle, e vimos algumas formas como isso acontece (controle social ou controle entre os
poderes). Quando há um desvirtuamento de conduta por parte dos chefes dos poderes executivos e daqueles
que têm o dever de prestar contas à sociedade, alguns mecanismos são colocados em prática. Deve-se atentar
que esses mecanismos são conhecidos e postos ex-ante àqueles eleitos para gerir a coisa pública.
O estudo em questão não vem analisar a prática, tampouco firmar qualquer juízo de valor sobre os atos
que motivaram o processo contra uma determinada autoridade pública, mas tem por objetivo apresentar os
aspectos conceituais quando da ocorrência da violação das determinações regulamentares, que sujeitam quem
as cometem a penalidades específicas, bem como diferenciar os crimes de responsabilidade dos crimes contra
as finanças públicas — os chamados crimes de responsabilidade fiscal. A importância do conhecimento de tais
situações busca elevar o conhecimento de qualquer cidadão, quando diante de quaisquer das situações que
veremos aqui, possa, legitimamente, agir em prol do bem comum.
1.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Os crimes de responsabilidade, diferente dos crimes comuns, são infrações de natureza político-
administrativas definidas em lei específica que, se praticadas por determinados agentes públicos, poderão
acarretar o impedimento do exercício da função pública (impeachment). Já os crimes comuns não exigem
nenhuma qualidade específica do sujeito ativo para a realização da sua prática (Paulo; Alexandrino, 2011a).
A rigor, a literatura não tem considerado os crimes de responsabilidade como um crime, mas como
comportamentos ou condutas do agente político, que são tipificados e nomeados como sendo um crime, sem
que tenham por essência essa natureza. A punição acaba sendo a perda do cargo ou exoneração do cargo
público e a inelegibilidade para o exercício de cargo político.
Figura 1 – Crimes de responsabilidade e crimes comum
A Lei n. 1.079/1950, que foi recepcionada pela Constituição de 1988, descreve os crimes de
responsabilidade quando são cometidos pelos ministros de Estado, do Supremo Tribunal Federal, presidente da
República, governadores e secretários de Estado. Quando se trata dos prefeitos e vereadores, deve-se observar
o descrito no Decreto-Lei n. 201/1967. De forma abrangente, a Constituição também elenca algumas condutas
consideradas como crimes de responsabilidade de prefeitos e vereadores (art. 29-A da CF/1988) e os atos
inerentes ao presidente da República que sejam contrários: (i) à existência da Constituição e a da União; (ii) ao
livre exercício dos demais Poderes (Legislativo e Judiciário), do Ministério Público e dos Estados; (iii) ao exercício
dos direitos individuais, políticos e sociais; (iv) à probidade administrativa; à lei orçamentária e à segurança
interna do país; (v) ao cumprimento das decisões judiciais e das leis.
Figura 2 – Crimes de Responsabilidade
1.2 CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS
A legislação que trata dos crimes contra as finanças públicas surgiu para dar efetividade à Lei de
Responsabilidade Fiscal e cumprir com o que dispõe o art. 37 da CF/1988. Os crimes contra as finanças públicas
foram inseridos pela Lei n. 10.028/2000 no Título XI do Código Penal (Decreto-Lei n. 2.848/1940), de onde é
possível concluir que o sujeito passivo (aquele que sofre a ação do crime) é sempre a Administração Pública e
que contraria o princípio da moralidade (vide conteúdo apresentado anteriormente).
Devemos diferenciar os crimes ditos contra as finanças públicas daqueles crimes relacionados com a
responsabilidade fiscal. Esses últimos dizem respeito às ações ou omissões dos agentes públicos que vão de
encontro às regras aplicadas às finanças públicas. Assim, as penalidades surgem quando ocorrem infrações ou
inobservância às determinações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/2000).
A Lei de Responsabilidade Fiscal, que trata do assunto em seu art. 73, que fundamenta a conduta, não
permite ao gestor público assumir obrigações financeiras sem que haja recursos disponíveis para pagamento
posterior. Os crimes descritos contra as finanças públicas são crimes próprios, isto é, só podem ser cometidos
por agentes públicos e a ação penal pública é incondicionada, isto é, se inicia através de denúncia do Ministério
Público nas infrações que possuem relação direta com o interesse público, portanto, não dependem de uma
representação ou requisição por parte de terceiros.
Art. 73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei n. 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal); a Lei n. 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei n. 201, de 27 de
fevereiro de 1967; a Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992; e demais normas da legislação pertinente. (Brasil, 2000)
Quadro 1 – Exemplos de crimes contra as Finanças Públicas (Lei n. 10.028/2000)
Conduta tipificada Penalidade
Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo, sem prévia autorização legislativa Detenção de 1 a 2 anos
Ordenar ou autorizar inscrições em restos a pagar de despesas não empenhadas ou que excedam limites
Detenção de 6 meses a 2
anos
Autorizar ou ordenar despesas sem cobertura de caixa nos dois últimos quadrimestres (8 meses) do último
anodo mandato
Reclusão de 1 a 4 anos
Ordenar despesa não autorizada pela lei Reclusão de 1 a 4 anos
Autorizar ou executar despesas com pessoal nos 180 dias anteriores ao final do mandato Reclusão de 1 a 4 anos
Fonte: Brasil, 2000.
TEMA 2 – GOVERNANÇA NO SETOR PÚBLICO
Durante a década de 1980, os Estados Unidos iniciaram um processo de reformas administrativas que
levaram em consideração os modelos gerenciais da iniciativa privada. Esse foi um movimento que aconteceu em
todo o mundo, com alguns países ganhando notoriedade nesse movimento, como a Nova Zelândia (Osborne;
Gaebler, 1997). Concomitantemente, no início da década de 1990, um comitê foi formado no Reino Unido para
criar diretrizes sobre os aspectos financeiros de governança corporativa no setor privado. O relatório desse
comitê ficou conhecido como Cadbury Report , que identificou três princípios basilares da governança
corporativa: (i) transparência; (ii) integridade; (iii) responsabilidade em prestar contas.
Esse documento foi adaptado pelo Instituto Britânico de Finanças e Contabilidade Pública (CIPFA) para o
desenvolvimento da primeira estrutura de governança corporativa para o setor público em 1995. Uma outra
contribuição para o desenvolvimento da governança no setor público veio através da publicação do “Estudo
13”, em 2001, pela Federação Internacional de Contadores (IFAC ). Esse estudo define princípios comuns e
algumas recomendações sobre a governança das diversas entidades que compõe o setor público, no sentido de
orientação de suas práticas para operarem de forma mais efetiva, eficiente e transparente. Depois disso, outras
iniciativas foram realizadas ao redor do mundo no direcionamento de ações em relação à construção de
mecanismos de governança no setor público.
Já no Brasil, poucos estudos são focados em adaptar os princípios da governança do setor privado para o
setor público. Uma das iniciativas de maior repercussão é o “Referencial Básico de Governança Aplicável a
Órgãos e Entidades da Administração Pública”, do Tribunal de Contas da União , que define alguns
mecanismos para a implantação de uma política de governança e da coordenação de políticas focadas no
cidadão. Essa obra acabou servindo de base para a construção do Decreto n. 9.203, de 22 de novembro de
2017, que acabou definindo a governança pública como um “conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e
controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas
públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade”.
Embora não sejam previstas penalidades jurídicas para a condução da política de governança pública, o seu
conceito orientou a criação do Decreto n. 9.203/2017 e serviu como início para a formação de um pensamento
sobre o sentido do que é governança, direcionando um conjunto de referências de boas práticas. Assim,
podemos pensar na governança como um mecanismo direcionador de uma organização, de supervisão e
controle de ações. No entanto, o setor público é diferente do setor privado, assim, a governança no setor
público é mais complexa, pois suas atividades envolvem a inter-relação de complexas redes entre os setores
políticos e diversos atores da sociedade. Na concepção de Pereira (2001), a governança “é um processo
dinâmico pelo qual se dá o desenvolvimento político”, em que a sociedade, o Estado e o governo se organizam
e fazem a gestão da coisa pública.
[1]
[2]
[3]
Enquanto podemos imaginar que a gestão pública é uma função que busca realizar ações, o sentido de
governança no setor público é a função que traz as diretrizes. A figura abaixo busca resumir essa relação: a
governança é responsável pelo estabelecimento das direções a serem tomadas, fundamentando evidências e
levando em conta os interesses das partes interessadas (sociedade); a gestão pública busca planejar de forma
adequada a implementação das diretrizes dadas, executar os planos, controlando os indicadores e riscos.
Figura 3 –Gestão Pública versus Governança Pública
Saiba mais
Guia da política de governança pública/Casa Civil da Presidência da República – Brasília: Casa Civil da
Presidência da República, 2018. Disponível em: <https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/d
ownloads/guia-da-politica-de-governanca-publica>. Acesso em: 23 ago. 2021.
TEMA 3 – GESTÃO DE RISCOS
Antes de discutirmos sobre a gestão de riscos no setor público, precisamos entender o conceito da palavra
risco. De maneira geral, a ideia de risco reflete os possíveis efeitos futuros com as quais estamos preocupados,
como, por exemplo, a nossa situação financeira, nossa saúde, emprego, familiares ou mesmo o meio ambiente.
Risco, portanto, é a probabilidade de que um evento, bom ou mau, ocorra no futuro (Ávila, 2014).
Quando tratamos do setor público, o conceito de risco vem assumindo uma importância cada vez maior,
pois reflete o desejo da sociedade em consumir alimentos seguros e medicamentos mais eficazes, de ter o meio
ambiente preservado, produtos seguros, oferta de serviços básicos que garantam padrões de vida cada vez mais
altos. As responsabilidades dos governos em relação aos bens públicos exigem a adoção de práticas e
estratégias eficazes de gestão. A gestão de riscos, então, reflete o desejo de que a gestão pública possa realizar
https://www.gov.br/casacivil/pt-br/centrais-de-conteudo/downloads/guia-da-politica-de-governanca-publica
as melhores decisões em ambientes de incerteza, que visam aumentar os benefícios da comunidade e minimizar
custos das ofertas.
No contexto do setor público, os riscos podem gerar impactos em grande escala. A rapidez com que se é
capaz de identificá-los, antevê-los, de analisá-los e planejar respostas depende da forma como as pessoas
percebem os riscos. No setor privado, a redução da diferença entre as informações das partes que transacionam
no mercado (chamada de assimetria da informação) é um importante aspecto que impacta no risco das
transações, pois está relacionada à imprevisibilidade do acontecimento de determinado evento. Da mesma
forma, a percepção de menor risco decorre de uma maior transparência e de compromissos seguidos pelas
empresas que adotam níveis de governança corporativa, como os definidos pela B3 (bolsa de valores oficial do
Brasil).
Segundo Ávila (2014), a imprevisibilidade existe em todos os lugares onde o processo de decisão é
realizado, quer seja de caráter administrativo, operacional, legal, científico ou mesmo de natureza política.
Assim, abordar gestão de riscos no contexto do setor púbico se torna uma ferramenta para responder a esse
contínuo desafio.
Embora existam estruturas diversas de gestão de riscos conhecidas ao redor do mundo, como a ISO 31000,
o Orange Book do Tesouro Britânico, dentre outras, no Brasil diversos regulamentos são baseados na estrutura
do Comitê das Organizações Patrocinadoras da Comissão Nacional sobre Fraudes em Relatórios Financeiros
(COSO ERM), como a principal metodologia adotada pelo Ministério do Planejamento. Adicionalmente, o texto
do Decreto n. 9.203, de 22 de novembro de 2017, acabou definindo gestão de riscos como um “processo de
natureza permanente, estabelecido, direcionado e monitorado pela alta administração, que contempla as
atividades de identificar, avaliar e gerenciar potenciais eventos que possam afetar a organização, destinado a
fornecer segurança razoável quanto à realização de seus objetivos”. A gestão de riscos é um dos mecanismos
para uma boa governança no setor público.
3.1 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE RISCOS
Conforme disposto no Decreto n. 9.203/2017, são princípios da gestão de riscos:
I. implementação e aplicação de forma sistemática, estruturada, oportuna e documentada,
subordinada ao interesse público;
II. integração da gestão de riscos ao processo de planejamento estratégico e aos seus
desdobramentos, às atividades, aos processos de trabalho e aos projetos em todos os níveis da
organização, relevantes para a execução da estratégia e o alcancedos objetivos institucionais;
III. estabelecimento de controles internos proporcionais aos riscos, de maneira a considerar suas
causas, fontes, consequências e impactos, observada a relação custo-benefício;
IV. utilização dos resultados da gestão de riscos para apoio à melhoria contínua do desempenho e
dos processos de gerenciamento de risco, controle e governança.
3.1 IDENTIFICANDO RISCOS
Os riscos podem ser identificados e classificados por meio de setores estratégicos para os governos
(energia, combustíveis, minérios, biodiversidade, tecnologia da informação e inovação) ou em relação à sua área
de risco (economia, política externa, saúde, educação, segurança, meio ambiente, tecnologia). Uma vez que os
riscos são identificados, deve-se estimá-los e mensurá-los.
Após a identificação dos riscos, a mensuração das probabilidades de ocorrência e impacto são
determinadas, de maneira geral, por meio dos registros de eventos passados (Quadro 2), que podem oferecer
um meio mais objetivo do que buscar estimativas subjetivas. A avaliação de riscos pode acontecer tanto através
de dados quantitativos como por informações qualitativas.
De forma resumida, para uma avaliação dos riscos, deve-se determinar as respostas aos riscos identificados.
Conforme detalha o COSO, as respostas devem incluir: “evitar”, “reduzir” ou “aceitar” os riscos.
Quadro 2 – Registros de eventos passados
Avaliação Descrição Indicadores
Baixa
Remota
A possibilidade de ocorrência, em um período de dez anos, é menor do que
2%.
Nunca aconteceu, ou o registro de
ocorrências é raro.
Uma ocorrência poderia surpreender.
Moderada
Possível
A possibilidade de ocorrer ou uma chance de acontecer, em um período de
dez anos, é menor do que 25% e maior do que 2%.
Pode acontecer mais de uma vez nos
próximos dez anos.
Pode ser difícil de controlar em razão de
algumas influências externas.
Existe um certo histórico de ocorrências
registradas.
Alta
Provável
Possibilidade de ocorrência, por
exemplo, mais de uma vez por ano, ou uma chance de acontecer de 25%.
Existe um potencial para ocorrer várias
vezes nos próximos dez anos.
Já houve registro de ocorrência nos últimos
dois anos.
Operações dessa natureza são típicas por
causa de influências externas.
Fonte: Baseado em IFAC, 2002.
O principal propósito da gestão de risco na Administração Pública é sempre voltado ao interesse público
(coletivo) e deve buscar resultados na melhoria na qualidade dos serviços ofertados pelos governos e de suas
políticas públicas.
Na busca pela melhoria contínua, é necessário que os órgãos públicos desenvolvam estratégias para
melhoria interna na gestão de riscos em conjunto com os outros aspectos e setores da sua organização. Como
resultado, segundo dispõe a ISO 31000, é necessário todo um arcabouço para que a gestão de riscos seja parte
integrante do próprio processo de gestão, incorporada na cultura e nas práticas internas. A Figura 4 resume o
processo de gestão de riscos.
Figura 4 – Processo de gestão de riscos
Fonte: ISO 31000.
Saiba mais
Com vacinação e retomada da economia, qual é o risco de faltar energia elétrica em 2021? Disponível
em: <https://www.gazetadopovo.com.br/economia/risco-apagao-energial-eletrica-2021>. Acesso em: 23
ago. 2021.
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/risco-apagao-energial-eletrica-2021
TEMA 4 – COMPLIANCE (PROGRAMA DE INTEGRIDADE DO GOVERNO
FEDERAL)
Nos últimos anos, a aplicação do termo compliance tem ganhado cada vez mais ressonância nas empresas,
sobretudo para aquelas que se relacionam com a Administração Pública. Mas o que significa compliance?
Vamos ver!
O termo compliance é um estrangeirismo que vem do verbo em inglês to comply, que, em tradução livre,
significa estar em conformidade com (normas, regulamentos, leis, políticas e diretrizes internas ou externas). Seu
papel é garantir relações éticas em negócios e instituições. Então, quando se diz que uma organização está em
compliance, significa dizer que aquela organização observa rigorosamente a legislação à qual está submetida (a
depender da sua área de atuação) e que aplica princípios éticos nas suas tomadas de decisões. Essas práticas
devem ser orientadas por um código ou políticas internas de boas práticas da organização, em geral, voltadas
para o combate à corrupção. Os programas de compliance visam minimizar riscos (como vistos acima) e buscam
cumprir determinados regramentos e evitar desvios ou inconformidades.
No contexto da Administração Pública, o objetivo de programas de compliance (também chamado de
programas de integridade) é garantir que todas as normas sejam devidamente cumpridas e que haja uma
conduta ética por parte daqueles envolvidos em contratos com os governos. Em janeiro de 2019, a
Controladoria Geral da União (CGU) publicou a Portaria n. 57/2019 que regulamentou o Decreto n. 9.203/2017 e
estabeleceu procedimentos para estruturar, executar e monitorar os programas de integridade (compliance) em
órgãos e entidades do Governo Federal (Ministérios, Autarquias e Fundações Públicas).
Os programas de integridade pública, de acordo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), devem buscar alinhamento aos valores, princípios e normas éticas que priorizem o interesse
público sobre os interesses individuais e privados no setor público (como visto anteriormente). Os programas de
integridade têm foco preventivo, pois buscam principalmente a redução dos riscos de ocorrência de fraudes e
corrupção em dada organização. Caso surja o início de algum desvio, o desenho do programa deve prever a sua
atuação, de forma a identificar, responsabilizar e corrigir tal falha de maneira rápida e eficaz. Tais programas são
previstos na Lei n. 12.846/2013 (conhecida como Lei de Conflito de Interesses), que tem como foco, além de
evitar a ocorrência de suborno, atuar sobre as ocorrências de potenciais atos ilícitos nos processos de licitações
e execução de contratos no setor público.
Saiba mais
A Controladoria Geral da União possui um “Painel de Integridade Pública”, onde alguns
órgãos/entidades estão submetidos ao monitoramento obrigatório e devem enviar informações sobre a
implantação do programa de integridade. Disponível em: <http://paineis.cgu.gov.br/integridadepublica/ind
ex.htm>. Acesso em: 23 ago. 2021.
Aproveite para se juntar com os seus colegas para ver, comparar e discutir instituições que
submeteram os Planos de Integridade à Controladoria-Geral da União. Disponível em: <https://www.gov.br/
cgu/pt-br/assuntos/etica-e-integridade/programa-de-integridade/planos-de-integridade>. Acesso em: 23
ago. 2021.
TEMA 5 – PERSPECTIVAS FUTURAS NA ÁREA DE CONTROLE
(INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, BIG DATA, INTERNET DAS COISAS ETC.)
Quando pensamos no ambiente da Administração Pública, a disponibilidade de grandes conjuntos de
dados (Big Data) aliada ao uso tecnologias baseadas em Inteligência Artificial e Big Data Analytics, possuem um
potencial para contribuir para a melhoria da eficiência da gestão e a qualidade na construção e avaliação de
políticas públicas, não apenas no atendimento ao cidadãos e promoção serviços públicos, como também
promovendo a disponibilização de dados, com projetos de Open Data, que podem fomentar a inovação e
promover o crescimento econômico por meio da criação de novos negócios e desenvolvimento dos atuais.
O desafio da gestão pública é capturar e analisar dados para estruturar um planejamento mais efetivo que
resulte em melhor atendimento ao cidadão ao processar megabytes de dados e transformá-los em iniciativas
que auxiliem desburocratização, reduzam custos e melhorem a produtividade, tudo a partir de melhores
processos de melhor governança. Um estudo do Ash Center for Democratic Governance, da Harvard Kennedy
School indica que os benefícios mais óbvios do uso da Inteligência Artificial na área de controle são aqueles
que podem reduzir as tarefas administrativos, auxiliar na alocação de recursos e realizar tarefas complexas.
Aoredor do mundo, os governos estão adotando cada vez mais ferramentas baseadas em Inteligência
Artificial, desde serviços com o uso de chatbots que auxiliam no atendimento e a esclarecer dúvidas mais
frequentes dos cidadãos, redirecionando os servidores para atender a demandas mais complexas, até iniciativas
mais profundas, como evitar fraudes na concessão de benefícios e obras públicas (como a Ferramenta de
Análise de Risco de Obras do Tribunal de Conta do Estado de São Paulo), na identificação de riscos de
segurança, tráfego de veículos etc. Muitos não conhecem, mas o Tribunal de Contas da União já tem uma
grande experiência no uso de ferramentas baseadas em Inteligência Artificial. O Robô Alice (Análise de
Licitações e Editais), realizado em parceria com a CGU, trabalha analisando editais de licitações feitos por todos
os órgãos federais, sendo uma ferramenta poderosa de auxílio à fiscalização.
[4]
http://paineis.cgu.gov.br/integridadepublica/index.htm
https://www.gov.br/cgu/pt-br/assuntos/etica-e-integridade/programa-de-integridade/planos-de-integridade
Outro termo que vem ganhando popularidade nos últimos anos é o da Internet das Coisas. O termo IoT (do
inglês, Internet of Things) tem como conceito a interconectividade dos itens usados no dia a dia à rede mundial
de computadores. A conexão vai além de tablets, computadores, televisores ou smartphones que podem se
conectar à internet. Diversos outros dispositivos como geladeiras, luminárias, câmeras de segurança e veículos
também se inserem no mundo digital.
Com o advento de novas possibilidades de conexão, a exemplo da introdução da tecnologia 5G, os países
poderão receber uma infinidade de soluções baseadas em IoT, seja no setor público ou privado. Por exemplo,
no caso da iluminação pública, as soluções baseadas em IoT se tornam cada vez mais visíveis fora do âmbito das
residências. Esse é um dos primeiros passos para a construção de cidades mais inteligentes (Smart Cities).
O conceito de cidades inteligentes busca alinhar a ideia da rede baseada em IoT para otimizar a eficiência
das operações e serviços ofertados nas cidades e conectar-se aos cidadãos. Pegando o nosso exemplo de
iluminação, no Brasil, existem cerca de 16 milhões de pontos de iluminação, conforme a Associação Brasileira
das Concessionárias de Iluminação Pública (2019), localizados nos mais diversos locais. Por isso, esses pontos de
iluminação poderão ser utilizados na conexão de dispositivos e na implantação da Internet das Coisas. Em Israel,
a segurança pública funciona por meio de câmeras inteligentes para melhorar o tempo de resposta a
ocorrências de assaltos. Em Barcelona, o sistema de coleta de lixo foi totalmente automatizado, e as lixeiras
estão interligadas por uma rede subterrânea e a coleta funciona a vácuo. Pelo mundo, existem diversos outros
exemplos de cidades inteligentes com uso de tecnologia para servir os cidadãos.
Como melhorar a governança pública por meio da tecnologia? A seguir, acompanhe algumas
funcionalidades em que a aplicação de tecnologias pode auxiliar nos serviços públicos.
5.1 AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS
A ideia da automatização é permitir que os processos internos dos órgãos púbicos possam ter maior fluidez
e que a população não tenha que esperar um bom tempo até que uma decisão seja tomada. Dessa forma,
sempre que uma informação for atualizada, o sistema colocará à disposição da população os dados para a
conferência e o controle.
5.2 CONTROLE DE GASTOS PÚBLICOS
Um dos principais desafios da gestão pública é a correta alocação dos recursos. Por meio de novas
funcionalidades, é possível controlá-los, de maneira automatizada, fazendo com que desvios sejam identificadas
mais rapidamente. Dessa forma, fica mais fácil o acompanhamento da alocação de recursos e a avaliação de
falhas.
5.3 CENTRALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Para uma boa resposta à população e uma governança de qualidade, as informações precisam estar
centralizadas. Imagine que um cidadão solicite um serviço de reparo da iluminação da rua onde more. Com uma
base centralizada e tecnologias de Business Intelligence, é possível cruzar dados sobre solicitações similares que
já ocorreram. Assim, o departamento responsável pelo atendimento terá informações sobre a quantidade de
solicitações, média de custos envolvidos, soluções viáveis, tempo gasto na resolução. Um exemplo dessa
iniciativa é o uso de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial para analisar do risco, como o projeto FARO
(Ferramenta de Análise de Risco de Ouvidoria), desenvolvido pela Controladoria Geral da União.
O governo federal lançou a Estratégia de Governança Digital. Um conjunto de definições ligados à Política
de Governança Digital, instituída por meio do Decreto n. 8.638/2016, alterado pelo Decreto n. 10.332/2020. As
definições da governança digital são a base para trazer mais transparência aos processos e estabelecer uma
linguagem e melhor atendimento à população.
Saiba mais
O governo possui uma página que reúne legislação sobre governança digital que vale a pena o
conhecimento e a leitura. Disponível em: <https://www.gov.br/governodigital/pt-br/legislacao/legislacao-g
overnanca-digital>.
TROCANDO IDEIAS
Como observamos nesta aula e anteriormente, o controle é um aspecto fundamental para a gestão das
finanças públicas. Diversos mecanismos legais e institucionais foram construídos ao longo do tempo para que
em conjunto possam auxiliar o Estado na melhor forma de gerir os gastos públicos. Dessa forma, esperamos
que você, entendendo melhor esses mecanismos, participe do controle de forma consciente. Tendo isso em
vista, participe do fórum de discussões, debatendo com os seus colegas sobre o impacto que esses mecanismos
têm sobre os governantes e órgãos de controle e sobre como essas formas de controle podem ser aprimoradas
para maior efetividade.
Para apoiar essa discussão, faça a leitura dos artigos abaixo:
NEVES, F. R.; DA SILVA, P. B.; CARVALHO, H. L. M. de. Mulheres artificiais contra a corrupção: em busca de
legitimidade no Tribunal de Contas da União. Revista de Contabilidade e Organizações, [S. l.], v. 13, p.
31-50, 2019. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/158530>. Acesso em: 23 ago.
2021.
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/legislacao/legislacao-governanca-digital
https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/158530
NUNES, N. T. S. A produção científica brasileira sobre gestão de riscos no setor público: uma análise
bibliométrica. Revista do Serviço Público, [S. l.], v. 71, n. 4, p. 887-920, 2020. Disponível em: <https://revis
ta.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/4292>. Acesso em: 23 ago. 2021.
TEIXEIRA, A. F.; GOMES, R. C. Governança pública: uma revisão conceitual. Revista do Serviço Público, [S.
l.], v. 70, n. 4, p. 519-550, 2019. Disponível em: <https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/308
9>. Acesso em: 23 ago. 2021.
NA PRÁTICA
1. Após leitura cuidadosa sobre o caso, responda a questão abaixo. O prefeito de uma determinada
prefeitura municipal, agindo por vontade própria, autorizou, por meio de decreto, o pagamento de gratificações
e horas extras a servidores da referida prefeitura, faltando sete meses para o término do seu mandato, o que
resultou em aumento da despesa total com pessoal. Nessa situação, não fica claro o cometimento de crime por
pagamento de gratificações com pessoal, pois o prefeito ainda estava em exercício de sua função pública
dentro do último ano de mandato.
a. Certo;
b. Errado.
2. Em relação à gestão de riscos no setor público, é correto afirmar que:
a. um dos principais benefícios da gestão de riscos é a melhoria do controle realizado posteriormente,
que resulta em melhor qualidade de avaliação dos gastos públicos.
b. é instrumento de pouca relevância, pois a gestão pública não é sujeita a riscos.
c. se aplica de maneira não apropriada; a gestão de riscos pode trazer efeitos reversos, expondo a
organização a riscos que acaba passando uma falsa impressãode controle.
d. a gestão de riscos não alcança os programas finalísticos na sua execução, como aquele que fazem
parte da LOA e do PPA.
e. independentemente de o contexto ser público ou privado, quanto maior é o controle dos riscos,
menor é a inovação por parte dos gestores.
As respostas estão na seção Gabarito, após as referências.
https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/4292
https://revista.enap.gov.br/index.php/RSP/article/view/3089
FINALIZANDO
Chegamos ao final de mais uma aula. Nesta etapa, você aprendeu muitas informações importantes sobre a
necessidade de programas que orientem a Administração Pública na consecução de seus objetivos finais, sendo
necessários aspectos legais, programas de compliance, governança e de gestão de riscos. Sugerimos que as
revise com atenção todos os tópicos. Tanto a regulação legal quanto os mecanismos construídos devem ser
direcionadores da gestão. Alguns objetivos da gestão de riscos estão em identificar antecipadamente os
possíveis eventos que possam ameaçar os seus resultados, o cumprimento de leis, regulamentos, prazos etc.,
implementar uma estratégia para evitar o gasto desenfreado de recursos para melhorar continuamente os
processos organizacionais. Esses mecanismos internos são complementados por uma atuação constante dos
órgãos externos de controle, como os diversos Tribunais de Contas espalhados pelos país. Para isso, é
necessário conhecer a finalidade, os objetivos e a abrangência da auditoria governamental – assuntos que
veremos posteriormente. Até lá!
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS CONCESSIONÁRIAS PRIVADAS DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. Panorama da
Participação Privada na Iluminação Pública 2019. Brasil, 2021. 40 p. Disponível em: <https://27afa77e-bbcd-
4496-9eb7-ddd8afaeb4cc.filesusr.com/ugd/07f39f_73dd4bf1254a44afb1626a473d4076a2.pdf>. Acesso em: 23
ago. 2021.
ÁVILA, M. D. G. Gestão de riscos no setor público. Revista Controle-Doutrina E Artigos, v. 12, n. 2, p. 179-
198, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.32586/rcda.v12i2.110>. Acesso em: 23 ago. 2021.
BATISTA, D. G.; SILVA, M. F. da; SILVA, R. G. da. Leis dos crimes contra finanças públicas – a auditoria como
ferramenta de controle e avaliação para aprimorar a gestão pública. Revista Mineira de Contabilidade, [S. l.], v.
4, n. 32, p. 6-10, 2016. Disponível em: <https://revista.crcmg.org.br/rmc/article/view/381>. Acesso em: 23 ago.
2021.
BRASIL. Decreto n. 9.203, de 22 de novembro de 2017. Dispõe sobre a política de governança da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, seção 1, p.
3, 23 nov. 2017. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/decreto/D9203.htm>. Acesso em: 23 ago. 2021.
_____. Lei n. 1.079, de 10 de abril de 1950. Define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo
processo de julgamento. Diário Oficial da União, Brasília, 12 de abril de 1950. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1079.htm>. Acesso em: 23 ago. 2021.
_____. Lei n. 12.846, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de
pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 1º de agosto de 2013. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm>. Acesso em: 23 ago. 2021.
_____. Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Guia prático de implementação de
programa de Integridade Pública: Orientações para a administração pública federal: direta, autárquica e
fundacional, Brasília: 2018. Disponível em: <https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-
integridade/arquivos/integridade-2018.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2021.
_____. Tribunal de Contas da União. Referencial de combate à fraude e corrupção: aplicável a órgãos e
entidades da Administração Pública. 2. ed. 2018. Disponível em: <https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-
digital/referencial-de-combate-a-fraude-e-corrupcao.htm>. Acesso em: 23 ago. 2021.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Do Estado patrimonial ao gerencial. Letras, v. 222, p. 259, 2001.
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<https://ash.harvard.edu/publications/2020-state-digital-transformation>. Acesso em: 23 ago. 2021.
FERREIRA, G. J. B. de C. Governança Corporativa aplicada ao Setor Público: o controle interno como um dos
núcleos de implementação. Revista Controle-Doutrina e Artigos, v. 14, n. 1, p. 39-73, 2016. Disponível em:
<https://doi.org/10.32586/rcda.v14i1.315>. Acesso em: 23 ago. 2021.
INTOSAI GOV 9100. Guidelines for Internal Controls Standards for the Public Sector. 2004. Disponível
em: <http://www.intosai.org/en/issai-executive-summaries/intosai- guidance-forgood-governance-intosai-
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ISSO – International Organization for Standardization. Risk Management System – Principles and
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MIRANDA, R. F. A. Implementando a Gestão de Riscos no Setor Público. Belo Horizonte: Fórum, 2017.
PAULO, V.; ALEXANDRINO, M. Direito Administrativo Descomplicado. 19. ed. rev. e atual. São Paulo:
Método, 2011.
_____. Direito Constitucional Descomplicado. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Método, 2011.
SANTANA, J. E. Os crimes de responsabilidade fiscal tipificados pela Lei 10.028/00 e responsabilidade
pessoal do administrador público. São Paulo: Ndj, 2001.
SLOMSKI, V.; MELLO, G. R. Governança corporativa e governança na gestão pública. Atlas, 2000.
GABARITO
1. Errado. A Legislação (Lei n. 10.028/2000) proíbe aumento de despesas com pessoal nos últimos oito
meses do fim do mandato.
2. Vimos que uma boa gestão de riscos busca melhorar o controle preventivo, e não fazer um controle
posterior. Dessa forma, a alternativa A está errada. A gestão de riscos é importante em qualquer órgão, entidade
ou poder, pois todos estão sujeitos a eventos negativos que poderão impactar seus objetivos institucionais.
Portanto, a alternativa B também está incorreta. A gestão de riscos deve alcançar todos os programas, sejam
finalísticos ou administrativos. Um controle eficiente dos riscos de um determinado órgão ou entidade não
pode desestimular a inovação e a postura empreendera do gestor, razão pela qual as alternativas D e E estão
erradas. Gabarito final: C.
 Disponível: <http://cadbury.cjbs.archios.info/report>. Acesso em: 23 ago. 2021.
 Disponível: <https://www.ipsasb.org/publications/study-13-governance-public-sector-0>. Acesso em: 23
ago. 2021.
 Disponível: <https://portal.tcu.gov.br/imprensa/noticias/tcu-publica-a-3-edicao-do-referencial-basico-
de-governanca-organizacional.htm>. Acesso em: 23 ago. 2021.
 Disponível em: <https://ash.harvard.edu/files/ash/files/2020-state-digital-transformation.pdf?
m=1613751911>. Acesso em: 23 ago. 2021.
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