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ABATE DE AVES DISCENTES: AMANDA QUELY FREITAS DA COSTA ANA LAURA MELO DA SILVA BRUNO DA SILVA FERNANDES MIZIA GILVANEIDE REBOUÇAS NASCIMENTO ROSE HELLEN FERREIRA DE OLIVEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS CLASSIFICAÇÃO E TIPIFICAÇÃO DE CARCAÇA PROF. DRA. RAQUEL LIMA SALGADO SUMÁRIO INTRODUÇÃO2 MERCADO DE AVES NO BRASIL3 MANEJO PRÉ - ABATE 4 1 OBJETIVO 5 TRANSPORTE EXPORTAÇÃO DE AVES NO BRASIL 6 7 ABATE DE AVES 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS9 OBJETIVOS OBJETIVO Demonstrar as variadas etapas do processo de pré-abate e abate de frangos de corte, bem como a influência destas etapas na qualidade e rendimento final da carcaça. INTRODUÇÃO SURGIMENTO DA AVICULTURA A avicultura é a criação de aves para produção de alimentos, como carne e ovos. Entre as espécies criadas na avicultura destaca-se o frango. O início da avicultura brasileira foi na década de 30 quando pequenos produtores criavam galinhas caipiras. Entretanto, foi na década de 70 que a avicultura se profissionalizou, com avançadas técnicas de produção de frangos de corte. MERCADO DE AVES NO BRASIL A produção de aves é uma das mais importantes dentro do agronegócio brasileiro. Com o aumento do uso de tecnologias e o excelente status sanitário o Brasil se tornou um dos principais fornecedores desta carne no mundo. EXPORTAÇÃO DE AVES NO BRASIL A Carne de Frango aparece como o 7º produto mais exportado pelo Brasil em 2021. Se comparado ao ano de 2020, teve um aumento na quantidade em toneladas exportadas de mais ou menos 25%. AVANÇOS A partir do século XX, a agricultura passou a ser praticada em escala industrial de forma intensiva, aumentando em poucos anos a produção de alimentos para níveis nunca antes imaginados. Aumentar a produção e diminuir custos. Animal não é uma máquina. Possui necessidades e comportamentais específicas de sua espécie. O bem-estar e o abate humanitário ante- morten estão inteiramente relacionados a qualidade do produto final. Quanto menor estresse nos animais maior será o ganho de qualidade da carcaça, atendendo assim os quesitos de bem-estar animal. Promovendo melhoria na qualidade do produto fornecido aos consumidores. MANEJO PRÉ - ABATE GARANTIA DO BEM-ESTAR MANEJO PRÉ - ABATE CONSEQUÊNCIAS MEDO OU DOR ANIMAL NÃO CONSEGUE MANTER A HOMEOSTASE O ESTRESSE CAUSA ALTERAÇÃO DO PH PERDAS POR LESÃO CARNE PSE (PÁLIDA, FLÁCIDA E EXSUDATIVA) DIMINUIÇÃO DA VALIDADE Í MANEJO PRÉ-ABATE PROGAMAÇÃO DE RETIRADA Corte de ração de 6h a 8h Organização das gaiolas Revisão dos granjeiros com 24h de antecedência Í MANEJO PRÉ-ABATE JEJUM Reduzir o risco de contaminação Água à vontade Esvaziar o sistema gastrointestinal Í Apitdão dos animais para a viagem PLANEJAMENTO DA VIAGEM TRANSPORTE O planejamento da viagem deve ser feito considerando quatro etapas principais. Preparação das caixas transportadoras Preparação dos contêineres Preparação dos veículos Í TRANSPORTE QUEM SÃO AS AVES APTAS PARA O TRANSPORTE? PLANEJAMENTO DA VIAGEM A condição física da ave é um dos fatores decisivos na avaliação da sua aptidão para o transporte Í PLANEJAMENTO DAS ROTAS PLANEJAMENTO DA VIAGEM A duração da viagem deve ser a menor possível e, para isso, é fundamental que: Motorista conheça a rota a ser percorrida Alcançar esse objetivo com baixo risco de acidentes Aplique o conceito de direção defensiva Respeitando a legislação de trânsito Í TODOS ESTES DOCUMENTOS SÃO OBRIGATÓRIOS PLANEJAMENTO DA VIAGEM DOCUMENTOS NECESSÁRIOS Há uma série de documentos que são necessários para o transporte de aves. Alguns deles são de responsabilidade da granja, enquanto outros são de responsabilidade das empresas e dos motoristas. CNH Certificado de Registro e o Licenciamento do Veículo - CRLV Guia de Transporte Animal - GTA Atestados veterinários e certificado de vacinaçôes Í PLANEJAMENTO DA VIAGEM As aves devem estar em jejum Ideal que a apanha seja realizada no escuro CARREGAMENTO As boas práticas de manejo são essenciais para garantir um nível adequado de bem-estar dos animais e dos trabalhadores durante o transporte das aves. O veículo deve está bem estacionado A equipe deve descarregar as caixas de forma suave e silenciosa Í CARREGAMENTO ETAPAS DO CARREGAMENTO Í CARREGAMENTO Í CARREGAMENTO CAIXAS E CONTÊINERES Devem estar limpos e em bom estado de conservação, a fim de prevenir ferimentos que resultarão em sofrimento para as aves, perdas produtivas e aumento no risco de contaminação das carcaças. Í CARREGAMENTO VEÍCULOS Os veículos de transporte devem proporcionar uma proteção adequada contra o clima, boa ventilação e cumprir com a legislação local vigente. Nenhuma avaria no veículo Verifique o estado dos pneus O estado do óleo no motor A validade e condição dos filtros de água Í CARREGAMENTO Í TRANSPORTE EM TRÂNSITO A viagem é uma importante etapa no processo de transporte. Uma vez que já estão acomodadas no compartimento de carga do veículo, devemos estar preparados para minimizar o risco de acidentes e de atrasos durante o percurso entre o local de origem até o destino. Minizar atrasos Consultar a previsão do tempo Condições da estrada Trânsito congestionado Í TRANSPORTE EM TRÂNSITO Todos os motoristas devem estar capacitados para monitorar o bem-estar dos animais e para lidar com as situações que poderão acontecer durante o transporte de animais vivos. VERIFICAÇÕES E PARADAS A 1° verificação deve ser feita logo após o final do carregamento Í TRANSPORTE Í RECEPÇÃO Recomenda-se período de 1 hora, não mais que 2 horas de espera. Encaminhadas a locais frescos e bem ventilados Baixa Iluminação, deve ser um ambiente confortável, e tranquilo TEMPO DE ESPERA Í RECEPÇÃO CONDIÇÕES NA ÁREA DE ESPERA Em galpões de espera, sejam eles abertos ou fechados, e difícil controlar totalmente o ambiente próximo as aves, mas pode-se limitar o ganho de calor vindo do ambiente ou remover o calor e vapor gerado pelas aves Í RECEPÇÃO NEBULIZAÇÃO Os sistemas de nebulização, quando acionados em ambiente com baixa umidade relativa do ar são uma ótima solução para reduzir o estresse térmico das aves. Quando esses sistemas são instalados em uma área fechada ou semifechada, podem reduzir a temperatura interna das caixas em torno de 2 a 3°C. Í DESCARREGAMENTO As operações de desembarque e pendura consistem no estágio inicial preparatório para o restante da operação no abatedouro. Estas operações não somente determinam a eficiência do abate, mas, se feitas de forma incorreta, resultam na perda de rendimento de carcaça ao longo de toda a operação. Í DESCARREGAMENTO Descarregadas manualmente ou de forma automatizada dos caminhões com cuidado, evitando movimentos bruscos, e conduzidas em esteiras para a área de pendura, onde funcionários posicionados ao longo da nória, fazem a pendura manual. Í PENDURA Considerada uma fase dolorosa, ocasionada por vários fatores: A dor que uma ave pode sentir durante a pendura pode aumentar quando há um dano físico causado anteriormente a essa etapa. Estímulo dos receptores locais da dor (nociceptores) Í PENDURA A posição de ponta-cabeça (inversão) pode provocar batimento de asas, o que é um reflexo do comportamento de fuga e tentativa da ave do endireitar-se. Essa reação poderá ser causada por medo, desconforto ou dor e proporcionará diestresse, sofrimento e lesões. Deve-se manter as aves de ponta cabeça durante o menor tempo possível (entre 12 e 60 segundos). Í PRINCIPAIS FATORES QUE DEVEM SER AVALIADOS NA ÁREA DE PENDURA Iluminação Perturbações causadas por pessoas ao redor da linha Prática do operador Parapeito PENDURA Í ILUMINAÇÃO Níveis baixos de iluminação têm o efeito calmante a geralmente reduzem a frequência de batimento das aves. Ao longo de toda a linha, enquanto as aves encontram-sependuradas viras, é importante manter a uniformidade dos níveis de luminosidade no ambiente. PENDURA Í PERTUBAÇÕES CAUSADAS POR PESSOAS AO REDOR O ideal é que é que não haja trânsito de pessoas e que só se permita o acesso de pessoas em caso de emergência ou para fins de inspeção no local. PENDURA Í PRÁTICA DO OPERADOR A habilidade dos operadores pode reduzir o bater de asas quando as aves são penduradas. Se forem manuseadas gentilmente após a perdura, as aves podem se acalmar e o bater de asas diminui. PENDURA Í PARAPEITO O apoio para o peito, reduz significantemente o número de aves com batimento das asas devido à segurança causada pelo contato, o que acalma as aves e diminui a sensação de medo causada pela posição invertida enquanto são levadas para a cuba de insensibilização. PENDURA Í O tempo entre a pendura e a insensibilização deve ser o menor possível. PENDURA Recomenda-se o tempo mínimo de 12 segundos e no máximo 1 minuto. Curvas acentuadas (angulação fechada) e desníveis na linha podem causar perda temporária do contato físico com o parapeito ou perda do contato visual entre as aves vizinhas e com isso, as aves podem ficar mais agitadas O percurso deve ser largo o suficiente para impedir dano físico nas superfícies, no caso de baterem as asas. Í LINHA DE RECEPÇÃO Í INSENSIBILIZAÇÃO Imobilização da ave para a correta execução da sangria Insensensível a dor e estresse Não deve promover a morte Í INSENSIBILIZAÇÃO ELETRONARCOSE Corrente elétrica Aves são submetidas a um banho em água salina As aves estão presas em uma nória de condução. Í INSENSIBILIZAÇÃO ELETRONARCOSE Submersa no mínimo por 3seg. Determinam a profundiade, duração e inconsiência A quantidade, frequência e forma da onda Í INSENSIBILIZAÇÃO ELETRONARCOSE Frequência é o n° de vezes que a a onda é repetida. Medida em HZ. Corrente é a responsável pela interrupção da atividade normal do cérebro (volts) A resistência irá dificultar o fluxo da corrente elétrica. (ohms) Deve existir voltagem suficiente para conduzir a corrente e superar a resistência Í INSENSIBILIZAÇÃO ELETRONARCOSE Intensidade será medida em Amper A resistência de aves irão variarconforme peso e tamanho. Com isso, o ideal é manter o padrão do lote Para obter insensibilização efetiva deve ser no mínimo de 120mA. Í Perigo ao operador Aumento de incidência de PSE Pode causar a morte do animal Coloração de pele roxa, fratura óssea, salpicamento INSENSIBILIZAÇÃO VOLTAGENS MUITO ALTAS Í INSENSIBILIZAÇÃO FATORES QUE AFETAM Ave Molhada Reduz efiácia do atordoamento resistência Desuniformidades Dentro do lote e entre lotes Peso, idade, sexo Í INSENSIBILIZAÇÃO PRÁTICA INCORRETA Ossos quebrados Acúmulo de sangue nas veias Coágulo de sangue e hemorragias nas veias Endurecimento Í INSENSIBILIZAÇÃO FASES Fase Tônica: Asas junto ao corpo, tremor muscular, pescoço levemente aequeado Fase Clônica: movimento involúntário das asas, Pescoço relaxado. Í INSENSIBILIZAÇÃO Í SANGRIA O comprimento do túnel de sangria correponderá ao espaço percorrido pela ave de no mínimo 3 minutos para cada ave, no qual não será permitido nenhuma outra operação. A ave retorna da insensibilização 45” Aperda de consciência pela sangria é de 25” 10” é o tempo entre a insensibilização/sang ria 10 + 25 = 35” (não retorna a consciência) Í SANGRIA Vasoconstrição e contração cardíaca Aumento da pressão sanguínea Ocorrer hemorragias musculares O abate rápido, antes da fase clônica O abate rápido, antes da fase clônica, diminui a pressão sanguínea e evita o bater das asas e consequente quebra de ossos Corte da artéria carótida e da veia jugu lar Í SANGRIA Í Escaldadas por pulverização de água quente ou vapor Por imersão em água aquecida ESCALDAGEM Í 55 0C carcaças com pele amarela > 55 0C carcaças brancas > 60 0C peito perde a cor ESCALDAGEM Í ESCALDA Í As aves devem estar penduradas pelos pés e processadas logo após a escaldagem DEPENAGEM Í DEPENAGEM Í Deve ser realizada em área separada da escaldagem e da depenagem Antes da evisceração as carcaças devem ser lavadas EVISCERAÇÃO Í Corte da pele do pescoço e da traquéia 1. 2. Extração da cloaca, Abertura do abdômen e Inspeção sanitária 4. Toalete (retirada do papo, esôfago, etc) 3. Retirada das vísceras e Extração dos pulmões 5. Lavagem final (externa e interna) EVISCERAÇÃO Í EVISCERAÇÃO Í Inibir o desenvolvimento microbiano Reduzir a temperatura da carcaça RESFRIAMENTO Í Pré-resfriamento: redução da temperatura da carcaça de 39ºC para cerca de 16ºC Resfriamento: de 16ºC para em torno de 4ºC RESFRIAMENTO Í Pré - Resfriamento: Carcaça com 37 - 40°C Pré- chiller 10 a 16°/20 - 30min (1,5 L de água por carcaça) Resfriamento: Temperatura de saída de no max. 4°C Chiller 0,5 °C/20-30min (1L de água por carcaça) RESFRIAMENTO Í Função de escorrer a água da carcaça decorrente da operação de pré- resfriamento Ao final desta operação, a absorção de água não deve ser superior a 8% de seu peso GOTEJAMENTO Í PREPARO DAS CARCAÇAS Í Í CONCLUSÃO “Eu acho que usar animais para comida é uma coisa ética a fazer, mas temos que fazer certo. Temos que dar a esses animais uma vida decente, e temos que dar-lhes uma morte indolor. Devemos o respeito ao animal.” - TEMPLE GRANDIN Portanto, Seguindo as orientações descritas, será obtido um produto final de qualidade e as empresas, bem como o produtor, desfrutarão de um maior lucro, com pequenas perdas econômicas. REFERÊNCIAS <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/03/07/caminhao-com- galinhas-tomba-na-zona-oeste-do-rio.ghtml> Acessado em: 07/03/23 <http://eu.aviagen.com/tech-center/download/747/Manejo-de-pr-abate-em- frangos-de-corte.pdf> Acessado em: 07/03/23 <https://pt.engormix.com/avicultura/artigos/operacoes-pre-abate-frangos-de- corte-t37440.htm> Acessado em: 07/03/23 <https://carroceriaspaludo.com.br/product/11> Acessado em: 07/03/23 <https://elearning.iica.int/?redirect=0> Acessado em: 07/03/23 <https://bdm.unb.br/bitstream/10483/8740/1/2014_ThaisUchoadeAssuncaoSchillin g.pdf https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2023/03/07/caminhao-com-galinhas-tomba-na-zona-oeste-do-rio.ghtml http://eu.aviagen.com/tech-center/download/747/Manejo-de-pr-abate-em-frangos-de-corte.pdf https://pt.engormix.com/avicultura/artigos/operacoes-pre-abate-frangos-de-corte-t37440.htm https://carroceriaspaludo.com.br/product/11
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