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Propriedade
Prof. Filipe José Medon Affonso
Descrição
A análise da evolução histórica do direito real de propriedade, suas principais características e modos de aquisição e
perda.
Propósito
Compreender as principais noções e regras acerca do direito real de propriedade é extremamente importante para a
formação e, principalmente, a atuação profissional futura, uma vez que essa temática é central para a compreensão do
estudo não apenas do Direito Civil como de outros ramos do Direito, dada a importância da propriedade no
ordenamento.
Preparação
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos o Código Civil (Lei Nº. 10.406/2002), a Constituição da
República e o Código de Águas (Decreto Nº 24.643/1934).
Objetivos
Módulo 1
Direito de propriedade
Identificar as principais noções gerais que envolvem o direito real de propriedade.
Módulo 2
Modos de aquisição e perda da propriedade
Reconhecer os principais modos de aquisição e perda da propriedade.
Módulo 3
Instituto da desapropriação
Identificar aspectos gerais sobre o instituto da desapropriação.
Pode o proprietário fazer o que quiser dentro dos limites do seu direito? 
Neste conteúdo, vamos enfrentar um dos assuntos mais tradicionais e clássicos no estudo do Direito Civil: o
direito de propriedade. A origem da propriedade privada relaciona-se à própria origem das constituições sociais
e é um assunto central nas principais discussões políticas que marcaram o avanço das civilizações. No entanto,
precisamos conferir a este tema uma abordagem mais contemporânea e consentânea com os valores da
Constituição da República, que se irradia sobre todo o ordenamento, transformando, também, o direito à
propriedade. Como veremos em nosso estudo, hoje não tutelamos mais a propriedade por si mesma: ela precisa
cumprir uma função social dentro do ordenamento para receber a sua adequada proteção jurídica. 
É assim que vamos, em primeiro lugar, esmiuçar aspectos históricos, constitucionais e terminológicos do direito
de propriedade para, em seguida, aprofundarmo-nos nos seus modos de aquisição e perda. Por fim, vamos
analisar o assunto da desapropriação, que gera muitas controvérsias na jurisprudência. 
É importante ressaltarmos, desde já, que o estudo do direito de propriedade é bastante permeado por uma
interseção com outros ramos do Direito, especialmente os Direitos Constitucional, Urbanístico e
Administrativo. Quanto a este último, basta pensarmos nas desapropriações feitas pelo poder público, cujos
limites são cotidianamente definidos pela jurisprudência a partir da interpretação das normas constitucionais e
infralegais aplicáveis.
Introdução
1 - Direito de propriedade
Ao final deste módulo, esperamos que você identifique as principais noções gerais que
envolvem o direito real de propriedade.
O direito de propriedade
Antes de iniciarmos, vamos discorrer sobre o conceito de propriedade e seus principais aspectos constitucionais e
terminológicos no vídeo a seguir, apresentado pelo professor Filipe Medon.

Aspectos introdutórios
Iniciamos o estudo deste tema buscando, em primeiro lugar, definir o objeto da nossa análise: o direito real de
propriedade. Para isso, nada melhor que uma definição clássica, que colhemos de Clóvis Beviláqua, para quem a
propriedade é “o poder assegurado pelo grupo social à utilização dos bens da vida física e moral” (BEVILÁQUA, 2003,
p. 127). 
Como já esclarecia Orlando Gomes, podemos conceituar esse direito a partir de três critérios, de modo que cada um
trará elementos essenciais à sua compreensão.Os critérios, segundo (GOMES, 2012, p. 103), são:

Sintético
Sinteticamente, como já definia Windscheid, a propriedade é “a submissão de uma coisa, em todas as suas relações, a
uma pessoa”.

Analítico
“Analiticamente, o direito de usar, fruir e dispor de um bem, e de reavê-lo de quem injustamente o possua”.

Descritivo
É “o direito complexo, absoluto, perpétuo e exclusivo, pelo qual uma coisa fica submetida à vontade de uma pessoa,
com as limitações da lei”.
A propriedade é marcada, portanto, por dois aspectos principais:
Aspecto interno
O aspecto interno é a chamada senhoria, ou seja, a dominação da coisa pelo seu titular, que pode fazer com ela o que
lhe aprouver dentro dos limites da sua vontade (cf. DANTAS, 1979, p. 93) e dentro dos limites impostos pelo
ordenamento, como é o caso dos direitos de vizinhança e da função social.
Aspecto externo
O aspecto externo, por sua vez, considera, sobretudo, a relação havida entre o proprietário e os não proprietários, ou
seja, revela-se a propriedade como um direito de exclusão em relação a terceiros que, em princípio, não podem ter
ingerência sobre o exercício do seu titular, havendo, por isso, um dever geral de abstenção (cf. DANTAS, 1979, pp.
93-94).
De um modo geral, essas definições se relacionam de forma direta com o Art. 1.228 do Código Civil (CC), que assim
dispõe em seu caput: “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder
de quem quer que injustamente a possua ou detenha”. 
Diante disso, a doutrina costuma delimitar o direito de propriedade em quatro poderes/faculdades, que nada mais são do
que os aspectos das posições jurídicas de vantagem conferidas aos proprietários. São, portanto, os elementos da
propriedade enquanto um direito subjetivo, que são expressos em alguns verbos:
Usar (jus utendi)
Usar (jus utendi)
O uso representa a ideia de que o proprietário pode retirar da coisa os serviços e utilidades que ela pode oferecer.
Fruir/gozar (jus fruendi)
A fruição/gozo permite que o proprietário aufira da coisa principal os frutos que ela pode produzir, sejam eles naturais,
industriais ou civis.
Dispor (jus abutendi)
A disposição é o poder de alienar e transformar o bem, fazendo com que ele seja mais útil para o seu proprietário.
Reivindicar (rei vindicatio).
Finalmente, o poder de reivindicar, também conhecido como poder externo, garante que o titular do direito real de
propriedade reivindique a coisa de quem a injustamente a possua ou detenha.
Como características principais, tradicionalmente a doutrina costuma afirmar que a propriedade é um direito absoluto,
Como características principais, tradicionalmente a doutrina costuma afirmar que a propriedade é um direito absoluto,
exclusivo e irrevogável/perpétuo. Ainda que haja temperos a cada uma dessas noções em virtude da funcionalização
dos direitos, a ideia geral é que o direito de propriedade pode ser oponível contra todas as demais pessoas (absoluto).
Além disso, em princípio, salvo exceções pontuais como é o caso do condomínio, duas pessoas não poderiam ser
titulares da propriedade de um mesmo bem (exclusividade). Por fim, não haveria, em princípio, limitação no tempo
para a sua duração ( irrevogabilidade/caráter perpétuo/perpetuidade). 
Quanto ao seu objeto, há controvérsia na doutrina para saber se o direito de propriedade poderia incidir também sobre
bens incorpóreos, como é o caso das produções do espírito humano, tais como obras literárias, artísticas e científicas.
Apesar de não ser totalmente pacífico, parece haver um entendimento majoritário no sentido de que somente poderiam
ser objeto do direito de propriedade os bens corpóreos, como defendia Orlando Gomes (cf. GOMES, 2012, pp. 106-
107). 
Finalmente, o Art. 1.229 do CC dispõe o seguinte:
A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e
profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades
que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele
interesse legítimo em impedi-las.
( Art. 1.229 do CC).
Já o Art. 1.230 estabelece o seguinte:
“A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os
“A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os
monumentos arqueológicos eoutros bens referidos por leis especiais. O proprietário do solo tem o direito de explorar,
porém, os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, se não submetidos à transformação industrial,
obedecido o disposto em lei especial.”
Aspectos históricos
No que diz respeito aos aspectos históricos do direito de propriedade, não há dúvidas de que a evolução do tema se
confunde com o próprio percurso histórico e o desenvolvimento da disciplina do Direito das Coisas.
É difícil precisar a origem desse direito na sociedade, mas em termos de legislação escrita e codificada, Clóvis
Beviláqua identifica, por exemplo, registros da propriedade já desde o longínquo Código de Hammurabi, na
Mesopotâmia (cf. BEVILÁQUA, 2003, p. 117).
Não há dúvidas, no entanto, de que as noções desse direito, tal como o conhecemos hoje, remontam em larga medida ao
Direito Romano, tendo sido fortemente marcado por uma concepção altamente individualista. 
Vejamos:
Revolução Francesa
Com a Revolução Francesa e a ascensão da burguesia, a liberdade foi alçada a uma posição tão central,
que se chegou a considerar legítima até mesmo “a possibilidade de o proprietário abusar do seu direito
de propriedade, colocando, destarte, a propriedade num verdadeiro altar, cujo sacerdote era o
proprietário” (GONÇALVES, 2016, p. 22). A propriedade gozava, então, de ares de sacralidade.
Defesa da propriedade
Todavia, gradativamente, essa concepção egoística e individualista acabou sendo modificada, trazendo
ao centro do debate com mais frequência o aspecto da função social, sobretudo a partir da chamada
“Encíclica do Quadragésimo Ano”, por meio da qual o Papa Pio XI traz a necessidade de que o Estado
reconheça e defenda a propriedade, mas que o faça em função do bem comum.
Socialização
Socialização
E, de fato, “[o] sopro da socialização acabou impregnando o século XX, influenciando a concepção da
propriedade e o direito das coisas. Restrições foram impostas à onipotência do proprietário,
proclamando-se o predomínio do interesse público sobre o privado” (GONÇALVES, 2016, p. 22).
Leis restritivas
Com o passar do tempo, foram surgindo ao redor do mundo diversas leis que impunham algum tipo de
restrição aos poderes absolutos dos proprietários, especialmente em razão da necessidade de
eventualmente se atender a algum interesse público tido como predominante.
Art. 5º da Constituição da República
Nessa mesma direção, o Código Civil de 2002, no parágrafo primeiro do seu Art. 1.228, dispôs o seguinte:
O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades
econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico
e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
(CÓDIGO CIVIL, 2002).
Trata-se, portanto, de uma perspectiva funcionalizada: deixa-se de tutelar a propriedade por si mesma; é preciso, antes,
que ela concretize alguma função relevante para a sociedade.
O não cumprimento desse comando implica, então, uma série de consequências gravosas para os proprietários (previstas
Art. 5º da Constituição da República
O apogeu desse processo de abrandamento dos poderes dominiais se dá com o reconhecimento de que a
propriedade deverá atender a sua função social, o que, no Brasil, foi consagrado no inciso XXIII do Art.
5º da Constituição da República.
O não cumprimento desse comando implica, então, uma série de consequências gravosas para os proprietários (previstas
pelo ordenamento), culminando até mesmo na perda da propriedade em situações mais limítrofes.
Aspectos constitucionais
A Constituição da República de 1988, como vimos, protegeu a propriedade privada, mas também deixou claro que a sua
função social deve ser preservada. Ou seja: como fez em diversos outros aspectos, a Carta abraçou valores
aparentemente opostos e buscou equilibrá-los. Aqui, garante a propriedade, enquanto signo máximo do voluntarismo e
do liberalismo, mas impõe que sejam respeitados os valores sociais e existenciais, expressos na perspectiva funcional
que foi conferida a esse direito tão essencial à autonomia privada. 
A título de exemplo, no que diz respeito à propriedade urbana, o cumprimento de tal função social encontra-se
condicionado:
[...] à observância das exigências fundamentais de ordenação da cidade, expressas no
plano diretor. A regra corrobora os princípios gerais da tutela da pessoa, do trabalho e
da dignidade humana, a demonstrar a preocupação do legislador constituinte com os
dramáticos conflitos sociais.
(TEPEDINO; MONTEIRO FILHO; RENTERIA, 2020, p. 96).
Como esclarecem Gustavo Tepedino, Carlos Edison do Rêgo Monteiro Filho e Pablo Renteria, a Constituição de 1988,
em meio a importante evolução legislativa:
[…] atinge barreiras seculares erguidas pelo direito civil em torno do conceito de
propriedade, e consagra a função social não apenas como alicerce da ordem econômica
(CR, art. 170, II e III), a exemplo de sua predecessora, mas como direito fundamental,
nos termos do artigo 5º, inciso XXIII – ao lado, portanto, da cláusula pétrea relativa à
garantia fundamental de proteção da propriedade privada, prevista no inciso XXII.
Paralelamente, são inseridos, no texto constitucional, dispositivos que conferem
conteúdo específico à função social da propriedade.
(TEPEDINO; MONTEIRO FILHO; RENTERIA, 2020, p. 94).
E são diversos os dispositivos que cuidam, em alguma medida, da disciplina da propriedade na Constituição. Podemos
citar, por exemplo, os seguintes: 182, 183, 184, 185 e 186. E a presença de tantos dispositivos tem uma razão de ser: de
tão fundamentais ao desenvolvimento da pessoa humana, tais direitos precisariam gozar de hierarquia constitucional, a
fim de se assegurar ainda mais a sua proteção no ordenamento. Em última análise, o direito fundamental à propriedade
revela-se também como uma oportunidade de acesso ao mínimo existencial (cf. FARIAS; ROSENVALD; BRAGA
NETTO, 2021, p. 1025).
Aspectos terminológicos
Para finalizarmos este módulo, é importante tecer alguns breves comentários quanto à terminologia adequada, porque é
comum que haja confusão. Essa dúvida reside, sobretudo, quanto ao emprego dos vocábulos “domínio” e
“propriedade”. 
Vamos entender um pouco mais:
Em razão disso, é possível afirmarmos “que todo o domínio é propriedade, mas nem toda
Dominum x Dominus
A origem dessa controvérsia remonta ao Direito Romano, que empregava o termo dominum para se
referir à propriedade e dominus para designar o proprietário.
Proprietas
Mais tarde, passaram a empregar o termo proprietas, que tinha “o significado de referência à qualidade
de ser própria a coisa, de pertencer de modo exclusivo e absoluto ao proprietário.
Dominum
O termo dominium passou a exprimir o poder do proprietário sobre a coisa que lhe pertencia, ou a soma
dos poderes que lhe competia” (RIZZARDO, 2012, p. 181).
Dominus proprietatis
Com isso, passou-se a admitir ao lado da figura do dominus proprietatis, a figura do dominus
usufructus. De modo geral, no presente há sinonímia no emprego dos dois termos, embora,
tecnicamente, o vocábulo “propriedade” seja mais genérico e abrangente que o “domínio”. Basta pensar
que ele é aplicado a variados setores em que o termo “domínio” não é empregado, como é o caso da
propriedade industrial, artística, literária e científica (cf. RIZZARDO, 2012, p. 181).
Em razão disso, é possível afirmarmos “que todo o domínio é propriedade, mas nem toda
propriedade é domínio, já que o primeiro vocábulo encerra uma ideia de direito patrimonial,
enquanto o segundo abrange mais coisas móveis e imóveis” (RIZZARDO, 2012, p. 181).
Como arremata Arnaldo Rizzardo:
No Direito romano, os termos eram considerados como sinônimos. Nos códigos
vigentes, ‘propriedade’ compreende todo o gênero de direitos suscetíveis de apreciação
pecuniária; o termo ‘domínio’ restringe-se a coisas móveis e imóveis, ou seja, aos bens
corpóreos.Em suma, o vocábulo ‘domínio’ encerra um conteúdo que se encontra na
palavra ‘propriedade’; esta, porém, além de ser aplicável aos móveis e imóveis,
compreende também as coisas incorpóreas, desdobradas na propriedade intelectual, que
se subdivide em propriedade literária, artística, científica e industrial.
(RIZZARDO, 2012).
Concluído este módulo de teor mais introdutório, passaremos ao estudo das múltiplas formas de aquisição e perda da
propriedade.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Estudamos, neste módulo, noções introdutórias sobre o direito real de propriedade.
A esse respeito, é correto afirmar que:
Parabéns! A alternativa D está correta.
A propriedade é representada por dois aspectos fulcrais: interno e externo. O aspecto interno, designado de
senhoria, reporta à livre vontade do proprietário em relação ao seu bem, em relação à sua propriedade. Conquanto
haja esta livre dominação do bem, tal poder não é ilimitado, visto que a legislação traz como limite a função social
da propriedade e o respeito ao direito de vizinhança.
Questão 2
Sobre os poderes dominiais, é correto afirmar que:
A São poderes dominiais o abuso, o gozo e a reivindicação.
B Sua origem histórica remonta às codificações do século XIX.
C Pode ter como objeto tanto bens incorpóreos quanto corpóreos.
D Seu aspecto interno é designado senhoria.
E A nomenclatura “domínio” não está correta.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O direito de gozar ou usufruir (jus fruendi) consiste no poder de perceber os frutos naturais e civis da coisa e de
aproveitar economicamente os seus produtos.
A O uso permite que o proprietário aufira os frutos da coisa.
B O poder de fruição permite que o proprietário aliene a coisa.
C O poder de reivindicar permite que o proprietário retome a coisa do seu locatário.
D O poder de gozo permite que o proprietário retire frutos naturais da coisa.
E
O poder de disposição permite que o proprietário retire da coisa as utilidades que ela pode
oferecer.
2 - Modos de aquisição e perda da propriedade
Ao final deste módulo, esperamos que você reconheça os principais modos de aquisição e
perda da propriedade.
Primeiras palavras
Antes de entrarmos propriamente no estudo das diversas modalidades de aquisição e perda da propriedade, precisamos
fazer um alerta inicial: não há unanimidade na doutrina quanto a essas classificações. O que existe é um consenso
mínimo, que procuraremos reproduzir didaticamente neste módulo, apesar de a nomenclatura variar entre os autores,
que muitas vezes misturam os termos. 
A segunda observação é que há modos peculiares à propriedade imobiliária e à mobiliária. Dito diversamente: quando o
objeto do direito de propriedade for um bem imóvel haverá modos de aquisição distintos em relação à propriedade de
bens móveis.
Modos de aquisição da propriedade móvel
A doutrina costuma dividi-los em dois modos:
Comuns
De que é exemplo a usucapião.
Peculiares
Tradição, ocupação, achado do tesouro, especificação, comistão, confusão e adjunção.
Falaremos um pouco mais sobre esses itens:
Tradição
A tradição é o modo mais frequente. Isso porque, no Direito Brasileiro, a celebração do contrato de compra e venda
não tem o condão, por si mesma, de transferir a propriedade. O contrato só tem, portanto, efeitos meramente
obrigacionais, conferindo ao adquirente apenas o direito de exigir da contraparte o cumprimento da obrigação específica
que se qualifica como de “dar coisa certa”. Para que os efeitos sejam produzidos, é preciso que se confira publicidade
ao negócio translativo, porque é isso que vai garantir segurança jurídica à relação estabelecida entre as partes. 
De acordo com Tepedino, Monteiro Filho e Renteria (2020, pp. 167-168):
Exige-se, portanto, a prática de um ato jurídico solene posterior à celebração do negócio, que vai variar a depender
da natureza do bem jurídico objeto da avença. Assim, se estivermos diante de bens imóveis, exige o Código Civil
(nos seus Arts. 1.245 a 1.247) a transcrição do título aquisitivo no respectivo cartório do registro de imóveis.
Por outro lado, na hipótese de transferência de bens móveis, a lei dispensa maiores formalidades, sendo suficiente
a tradição, que consiste no efetivo ato de entrega da coisa pelo transmitente ou tradent ao adquirente ou
accipiens, que terá o condão de transformar a declaração translatícia de vontade num direito real de propriedade.
A tradição pode-se operar por três modalidades:
Real

Real
Entrega física/material do bem.
Ficta/jurídica
Ocorre pelo efeito previsto em lei, como é o caso do direito de saisine, que transmite aos herdeiros a propriedade do
de cujus automaticamente com a morte.
Consensual
Consiste em formas de entrega não física, que pode se manifestar por meio de comportamento simbólico, constituto
possessório, tradição brevi manu, dentre outras.
O Art. 1.267 prevê o seguinte:
A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição.
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir
pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa,
que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa,
por ocasião do negócio jurídico.
(CÓDIGO CIVIL, 2002).
Ocupação
A ocupação está prevista no artigo 1.263: “Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a
propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei”. A ideia aqui é que alguém encontra uma coisa sem dono e dela se
torna proprietário. Importante ressaltarmos que não é toda coisa sem um titular presente que permite a ocupação. 
Há, assim, três tipos de coisas:
Coisa de ninguém/res nullius
Não se sabe quem é o dono.
ex.: uma concha do mar.
Coisa abandonada/res derelictae
Alguém se desfez voluntariamente da coisa.
ex.: sofá deixado na lixeira da rua.
Coisa perdida
Alguém perdeu, então não houve intenção de se desfazer do bem.
Diante disso, apenas os dois primeiros tipos de coisas induzem ocupação. Na hipótese de coisa perdida, há um dever
Diante disso, apenas os dois primeiros tipos de coisas induzem ocupação. Na hipótese de coisa perdida, há um dever
jurídico de restituição por parte de quem a encontra.
Achado do tesouro
O achado do tesouro é, segundo a primeira parte do Art. 1.264, “o depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo
dono não haja memória”. De acordo com a parte final desse dispositivo, ele “será dividido por igual entre o proprietário
do prédio e o que achar o tesouro casualmente”. O Código Civil ainda traz dois outros artigos para disciplinar a matéria.
O Art. 1.265 dispõe o seguinte: “O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em
pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado”. Já no Art. 1.266 lê-se: “Achando-se em terreno aforado, o
tesouro será dividido por igual entre o descobridor e o enfiteuta, ou será deste por inteiro quando ele mesmo seja o
descobridor”.
Especificação
A especificação ocorre quando coisa móvel pertencente a alguém (matéria-prima) for transformada em espécie nova em
A especificação ocorre quando coisa móvel pertencente a alguém (matéria-prima) for transformada em espécie nova em
razão do trabalho de outrem. O exemplo clássico é o da tela nua que é transformada numa pintura.
São requisitos para a especificação:

Que a matéria-prima não pertença total ou parcialmente ao especificador.

Que a matéria-prima seja transformada em espécie nova com o esforço do especificador.
Os Arts. 1.269 a 1.271 disciplinam a matéria, assim dispondo:
Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se
não se puder restituir à forma anterior;
Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a
espécie nova;
§ 1º Sendo praticável a redução, ou quando impraticável, sea espécie nova se obteve de má-fé, pertencerá ao
dono da matéria-prima;
§ 2º Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho
gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder
consideravelmente o da matéria-prima;
Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que sofrerem, menos ao
especificador de má-fé, no caso do § 1 o do artigo antecedente, quando irredutível a especificação.
Confusão, comistão e adjunção
A confusão, a comistão e a adjunção são tratadas pelo Código Civil numa mesma seção. Apesar de serem muito
parecidas com a especificação, dela se diferenciam porque, aqui, não há espécie nova. Ocorre justaposição de coisas,
mas sem que isso gere coisa nova. O exemplo mais claro é o de barras de ouro que se fundem. 
A diferença entre essas três modalidades residirá:

No tipo de bem a ser misturado/reunido (líquido ou sólido).

Se há uma mistura ou, se ao revés, ocorre justaposição.
Diante disso podemos entender cada uma dessas três modalidades da seguinte forma:
A comistão é a mistura de coisas sólidas pertencentes a diferentes donos, sem que se possam separar e sem que
se produza coisa nova, porque se o fizesse, a hipótese seria de especificação. Ressalte-se que, apesar de o
Código ter escrito “comissão”, a doutrina entende ter havido aqui um equívoco, referindo-se à modalidade
como “comistão”.
A confusão, por seu turno, é a mistura de coisas líquidas nas mesmas condições da comistão.
Finalmente, a adjunção é a justaposição de uma coisa à outra, de tal modo que elas não possam ser separadas
sem que haja deterioração.
Os Arts. 1.272 a 1.274 trazem regras particulares para essas modalidades, a saber:
Comistão 
Confusão 
Adjunção 
Os Arts. 1.272 a 1.274 trazem regras particulares para essas modalidades, a saber:
Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos donos, confundidas, misturadas ou adjuntadas sem o consentimento deles,
continuam a pertencer-lhes, sendo possível separá-las sem deterioração;
§ 1º Não sendo possível a separação das coisas, ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo,
cabendo a cada um dos donos quinhão proporcional ao valor da coisa com que entrou para a mistura ou
agregado;
§ 2º Se uma das coisas puder considerar-se principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando os outros;
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção se operou de má-fé, à outra parte caberá escolher entre adquirir a
propriedade do todo, pagando o que não for seu, abatida a indenização que lhe for devida, ou renunciar ao que lhe
pertencer, caso em que será indenizado;
Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza diversa se formar espécie nova, à confusão, comissão ou adjunção
aplicam-se as normas dos arts. 1.272 e 1.273.
Usucapião
Finalmente, a usucapião, que veremos melhor ao tratarmos dos modos de aquisição da propriedade imóvel, pode ser de
duas modalidades distintas quando se referir a bens móveis:
Usucapião ordinária
Usucapião ordinária
Conforme o artigo 1.260 — “Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três
anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade”.
Usucapião extraordinária
Conforme o artigo 1.261 — “Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião,
independentemente de título ou boa-fé”.
A diferença entre as modalidades é a presença de justo título e boa-fé. O Art. 1.262 ainda
dispõe o seguinte: “Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos Arts. 1.243 e
1.244”.
Modos de aquisição da propriedade imóvel
Você conhece os modos de aquisição da propriedade imóvel? Neste vídeo, o professor Filipe Medon nos esclarece sobre
a temática, com exemplos para facilitar o entendimento.
Diferentemente do Código Civil de 1916, que enumerava taxativamente no Art. 530 os modos de aquisição da

Diferentemente do Código Civil de 1916, que enumerava taxativamente no Art. 530 os modos de aquisição da
propriedade imóvel (transcrição do título de transferência no Registro do Imóvel; acessão; usucapião; e direito
hereditário), o Código atual não os especificou, tendo se limitado a disciplinar em capítulo próprio (“Da aquisição da
propriedade imóvel”), do Art. 1.238 a ao 1.259, a usucapião, o registro do título e a acessão. Além disso, apesar de não
constar desse capítulo, entende-se que o direito hereditário também é um modo de aquisição da propriedade imóvel,
pois, como disposto no Art. 1.784 do Código atual, “aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários”. Trata-se do princípio da saisine (GONÇALVES, 2016, p. 249). 
Os modos de aquisição da propriedade imobiliária podem ser:
Originários
Nesse modo de aquisição da propriedade não há transmissão entre os sujeitos, como se opera na acessão natural e na
usucapião.
Derivados
Aqui, a aquisição é resultado de uma relação negocial entre o antigo e o novo proprietário, como se dá com o registro
do título translativo (cf. GONÇALVES, 2016, p. 249).
Comecemos, então, pela usucapião: 
Segundo ensina Orlando Gomes, trata-se, no clássico conceito de Modestino, do “modo de adquirir a propriedade pela
posse continuada durante certo lapso de tempo, com os requisitos estabelecidos na lei” (GOMES, 2012, p. 180). No
Direito Brasileiro, há diversas formas de usucapião, como, por exemplo: ordinária; extraordinária; especial; especial
rural; especial urbana; urbana individual do Estatuto da Cidade; urbana coletiva do Estatuto da Cidade; imobiliária
administrativa; familiar; indígena e extrajudicial. 
Cada uma delas traz requisitos particulares e, sobretudo, lapsos temporais distintos. 
Abordaremos, para os fins da nossa análise, a extraordinária e a ordinária:
No caso da extraordinária, o caput do Art. 1.238 dispõe o seguinte: 
“Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a
propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a
qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis." 
A principal característica dessa modalidade é a desnecessidade de o possuidor ter para si qualquer título
justificador, não sendo preciso tampouco que tenha boa-fé, isto é, que desconheça a existência de vícios à
aquisição da propriedade. O parágrafo único desse artigo permite uma redução do prazo para dez anos, “se o
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter
produtivo”.
Por outro lado, a usucapião ordinária encontra previsão no Art. 1.242, que assim dispõe no seu caput: “Adquire
também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir
por dez anos”. A principal diferença para as espécies anteriores é que o legislador exige a presença de justo
título e de boa-fé.
Quanto ao justo título, Orlando Gomes condena, inicialmente, essa expressão, por entender que ela enseja confusão, já
que o vocábulo “título” pode dar a impressão equivocada de que se trata de um instrumento, ou seja, de um escrito. E o
sentido não é esse: no caso, título é sinônimo de ato jurídico. 
Mas a confusão não para por aí, como o autor adverte, didaticamente:
Extraordinária 
Ordinária 
Ainda assim, teria compreensão muito ampla, porque nem todo ato jurídico serve de
causa à posse. O título, a que se referem os Códigos, corresponde aos atos jurídicos
cuja função econômica consiste em justificar a transferência do domínio. Numa palavra,
os atos translativos. Por outro lado, a qualificação do título é imprópria. O título deve
ser justo no sentido de idoneidade para transferir. Melhor fora, assim, dizer-se título
hábil, para significar o negócio jurídico que habilita qualquer pessoa a tomar-se
proprietária de um bem.
(GOMES, 2012, pp. 186-187).
Conclui o civilista que, em verdade,o que se quer dizer por justo título “é o ato jurídico cujo
fim, abstratamente considerado, é habilitar alguém a adquirir a propriedade de uma coisa.
Todo negócio jurídico apto a transferir o domínio considera-se justo título” (GOMES, 2012, p. 187). 
O parágrafo único do Art. 1.242 reduz o prazo para cinco anos se, na sua dicção literal, “o imóvel houver sido
adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os
possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico”. 
Outro modo de aquisição bastante interessante é a acessão, que, conforme dispõe o Art. 1.248, pode-se dar por:


Formação de ilhas

Aluvião

Avulsão

Abandono de álveo

Plantações ou construções
Atenção
Antes, um esclarecimento necessário: acessão é tudo aquilo que se incorpora permanentemente ao solo. Subdivide-se,
ainda, em acessões naturais (aluvião e avulsão) e acessões industriais, ou seja, nesse último caso há interferência
decisiva da atividade humana. Pensemos, por exemplo, em construções (como uma casa ou um edifício) e até mesmo
plantações. O Código Civil de 1916 tratava ainda das acessões intelectuais, mas elas foram convertidas no que hoje se
compreende como pertenças (Arts. 93 e 94 do Código Civil atual).
A disciplina da aluvião está prevista no Art. 1.250 do Código Civil, enquanto a disciplina da avulsão está no Art. 1.251.
Observe a seguir:
Art. 1.250
Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens
das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Art. 1.251
Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste
adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano,
ninguém houver reclamado.
A formação de ilhas foi regulada pelo Art. 1.249, que assim dispõe: 
Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos
fronteiros, observadas as regras seguintes:
I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de
ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos
fronteiros desse mesmo lado;
III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos
terrenos à custa dos quais se constituíram.
Por seu turno, o álveo abandonado é definido pelo artigo 9º do Código de Águas (Decreto nº 24.643/1934):
“Álveo é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto”. O Art. 10 do

“Álveo é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto”. O Art. 10 do
mesmo diploma estabelece que o álveo “será público de uso comum, ou dominical, conforme a propriedade das
respectivas águas; e será particular no caso das águas comuns ou das águas particulares”.
Buscando esmiuçar essa disciplina, o Art. 1.252 do Código Civil traz a seguinte regra sobre o álveo abandonado de
corrente: “pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos
por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo”. 
Finalmente, quanto às construções e plantações, merece destaque o Art. 1.253 do Código Civil, que dispõe que “toda
construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o
contrário”. Trata-se de presunção legal, que pode ser ilidida, por exemplo, diante da ocorrência das hipóteses previstas
pelo Art. 1.254 e pelos que se seguem. 
Vejamos, a título de curiosidade, os Arts. 1.254 e 1.255.
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes,
plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-
lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
(CÓDIGO CIVIL, 2002)
Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito
do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a
indenização. Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder
consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou,
adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada
judicialmente, se não houver acordo.
(CÓDIGO CIVIL, 2002)
Antes de passarmos aos modos de perda da propriedade, é necessário examinarmos o principal dos modos de aquisição
da propriedade imobiliária: o registro. 
Há no Direito Comparado três grandes sistemas para enfrentar essa questão:

Romano

Francês

Alemão
Como aponta a doutrina, o Direito Brasileiro teria se perfilhado ao sistema romano, segundo o qual o título ou causa,
Como aponta a doutrina, o Direito Brasileiro teria se perfilhado ao sistema romano, segundo o qual o título ou causa,
isto é, o ato jurídico por meio do qual alguém manifesta validamente a sua vontade de adquirir um bem, “não se mostra
suficiente para transferir a propriedade, devendo ser complementado pela observância de um modo (forma de
aquisição), que seria o registro” (FARIAS; ROSENVALD; BRAGA NETTO, 2021, p. 1037). 
Isso está previsto no Art. 1.245 do Código Civil, que assim dispõe em seu caput: “Transfere-se entre vivos a
propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis”. A consequência prática disso é que,
enquanto o título translativo não for registrado, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel, o que está
previsto no parágrafo primeiro desse artigo. Além disso, o parágrafo segundo dispõe o seguinte: “Enquanto não se
promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente
continua a ser havido como dono do imóvel”. 
O sistema registral é dotado de principiologia própria, prevista tanto no Código Civil como na Lei de Registros Públicos
(Lei nº. 6.015/73).
Merece nosso destaque, sobretudo, o princípio da prioridade ou preferência, contido no Art. 1.246 do Código Civil:
“O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no
protocolo”. Isso quer dizer: “em regra, a prioridade detém efeito excludente. Isto é, a prenotação exclui do exame de
legalidade do registrador os títulos que sejam posteriores e incompatíveis com o que foi protocolado inicialmente (art.
186 da LRP)” (FARIAS; ROSENVALD; BRAGA NETTO, 2021, p. 1039).
Para garantir a especialidade, isto é, que o imóvel objeto do título seja individuado no registro, estando “precisamente
descrito e caracterizado como corpo certo, individual e autônomo” (FARIAS; ROSENVALD; BRAGA NETTO, 2021,
p. 1043), é possível que seja feita a retificação desse registro, o que é assegurado pelo Art. 1.247 do Código Civil: “Se o
teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule. Parágrafo único.
Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro
adquirente”. 
Por derradeiro, são princípios relevantes:
Fé pública
Fé pública
Que atribui veracidade às informações apostas pelo oficial do registro, traduzindo o valor probante do registro, que gera
presunção relativa de veracidade até prova em contrário.
Continuidade registral
No entanto, a continuidade registral indica que deve haver uma sequência nos atos do registro para se observar a
“história” daquele imóvel.
Comentário
A continuidade registral se mostra extremamente útil na prática, sobretudo quando há disputasobre pessoas que alegam
ser proprietárias de determinado bem.
Modos de perda da propriedade
Traz o Art. 1.275 rol meramente exemplificativo de hipóteses que ensejam a perda da propriedade, seja ela móvel ou
imóvel: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação. Segundo o parágrafo único do
mesmo artigo, nas duas primeiras hipóteses: “os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro
do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis”. 
Vamos explorar cada uma dessas hipóteses, com exceção da desapropriação, que será analisada a seguir, no próximo
módulo:
Temos, em primeiro lugar, a alienação, que é a mais simples de se compreender: basta imaginar que, ao se
realizar uma compra e venda, o vendedor perde a propriedade do bem, que passa a ser de titularidade do
comprador.
Alienação 
Renúncia 
A renúncia, por seu turno, consiste numa manifestação formal de vontade por meio da qual o titular abre mão da
propriedade. Normalmente se dá em casos de sucessão hereditária, ocasião em que um herdeiro renuncia à parte
que lhe cabe na herança. De acordo com o Art. 1.806 do Código, a renúncia à sucessão aberta deve constar
expressamente de instrumento público ou ser tomada por termo judicial.
No abandono, há uma manifestação de vontade de que não se deseja mais prosseguir com a coisa, ainda que
isso não precise ser feito de modo formal. O artigo 1.276 traz da peculiar situação da arrecadação de bem
particular pelo poder público: 
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com a intenção de não mais o conservar em seu
patrimônio, e que se não encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado, como bem vago, e passar, três
anos depois, à propriedade do Município ou à do Distrito Federal, se se achar nas respectivas circunscrições. 
§ 1º - O imóvel situado na zona rural, abandonado nas mesmas circunstâncias, poderá ser arrecadado, como
bem vago, e passar, três anos depois, à propriedade da União, onde quer que ele se localize. 
§ 2 º - Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo, quando, cessados os atos de posse,
deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
O perecimento da coisa é, também, de simples apreensão: a coisa deixa de existir e, como não pode haver
direito sem objeto, extingue-se a propriedade. Bom exemplo é o incêndio que destrói uma edificação.
Além desses modos, a doutrina alude aos modos involuntários de perda da propriedade, isto é, que não dependem da
vontade do titular. São exemplos a adjudicação por parte de eventual credor; a arrematação em leilão; o implemento
de condição resolutiva nos casos de propriedade resolúvel; e, finalmente, a desapropriação, que - como já dito
anteriormente - será analisada no próximo módulo.
Abandono 
Perecimento da coisa 
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
É modo de aquisição comum à propriedade imobiliária e mobiliária apenas a:
Parabéns! A alternativa E está correta.
A usucapião é um modo de aquisição da propriedade, conforme disposto no Art. 1.238 do CC.
Questão 2
Define-se acessão como:
A Aluvião.
B Avulsão.
C Comistão.
D Especificação.
E Usucapião.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Trata-se da definição clássica de acessão aquilo que se incorpora permanentemente ao solo.
3 - Instituto da desapropriação
A Tudo aquilo que se retira com habitualidade do solo.
B Tudo aquilo que se incorpora permanentemente ao solo.
C Tudo aquilo que se incorpora provisoriamente ao solo.
D Apenas os acréscimos naturais que se incorporam ao solo.
E Apenas os acréscimos industriais que se incorporam ao solo.
3 - Instituto da desapropriação
Ao final deste módulo, esperamos que você identifique aspectos gerais sobre o instituto da
desapropriação.
Desapropriação
Anteriormente, tratamos da parte introdutória do estudo do direito de propriedade, compreendendo aspectos históricos,
terminológicos e constitucionais. No segundo módulo, analisamos os principais modos de aquisição da propriedade,
tanto mobiliária quanto imobiliária, além dos modos de perda da propriedade. E, finalmente, neste módulo, vamos
aprofundar uma das formas de perda da propriedade mais relevantes: a desapropriação.
Desapropriação
Neste vídeo, o professor Filipe Medon irá nos explicar sobre o que é a desapropriação, suas principais características e
modalidades, trazendo exemplos para reforçar nosso entendimento.

Conceito
Nas palavras da administrativista Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a desapropriação pode ser compreendida como “o
procedimento administrativo pelo qual o poder público ou seus delegados, mediante prévia declaração de necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu
patrimônio por justa indenização” (DI PIETRO, 1999, p. 151). As normas básicas de regulação desse modo de perda da
propriedade estão, sobretudo, no Decreto-Lei nº. 3.365/1941, com as modificações posteriores. 
Entre os civilistas, há quem defenda que a desapropriação é, a um só tempo, modo de perda da propriedade para um
sujeito e modo originário para outro, na medida em que a passagem do bem objeto de propriedade “não se vincula ao
título do anterior proprietário, que se vê compelido a transmiti-la ao Poder Público expropriante, em face de ato
administrativo formal resultante da intervenção estatal na propriedade privada” (FARIAS; ROSENVALD; BRAGA
NETTO, 2021, p. 1073). 
Seja por iniciativa do poder público em suas três esferas ou ainda de delegatários, todo bem pode ser desapropriado, até
mesmo os bens públicos – com exceção dos federais –, desde que, nesse caso, seja promulgada por entidade estatal de
superior hierarquia. Além disso, é passível de desapropriação não apenas o solo, mas também “o subsolo e o espaço
aéreo, além de bens incorpóreos, sempre que tal limitação acarretar prejuízo ao proprietário” (FARIAS; ROSENVALD;
BRAGA NETTO, 2021, p. 1074).
Modalidades
São inúmeras as modalidades de desapropriação elencadas pela doutrina, a saber:
(a) por razões de utilidade pública para satisfazer interesses coletivos (art. 5º, Decreto-
Lei nº 3.365/41); (b) necessidade pública, por questões urgentes de segurança e
salubridade pública; (c) interesse social para fins de reforma agrária (art. 184, CF). Se a
desapropriação se dá pela forma regular ou direta, surge um ato administrativo de
desapropriação, contemplada no art. 5º, inciso XXIV, da Constituição Federal, em regra
mediante o pagamento prévio de justa indenização em dinheiro. Cogita-se ainda da
modalidade de desapropriação-sanção (art. 182, §4º, da CF, e art. 8º da Lei nº.
10.257/01) como pena ao proprietário inadimplente na função social imposta pelo
município. Por último, temos o confisco como espécie de desapropriação por requisição
em que não incide qualquer indenização, sendo a perda derivada da destinação ao bem
como área de cultivo de psicotrópicos, destinando-se a área expropriada a assentamento
de colonos (art. 243 da CF e Lei º 8.257/91).
(FARIAS; ROSENVALD; BRAGA NETTO, 2021, p. 1074).
Como podemos notar, a desapropriação pode ser motivada por razões públicas (de necessidade, utilidade pública ou
interesse social) e também como forma de sanção ao descumprimento da função social. 
Ela constitui, no entanto, forma muito grave de intervenção estatal na esfera privada das pessoas, já que o Estado coloca
em marcha toda a sua força e poder para retirar a propriedade do seu patrimônio, colocando os particulares em estado de
sujeição. Por isso, os seus requisitos legais devem ser corretamente preenchidos, sob pena de se sacrificar injustamente
a propriedade privada. O instituto é, ainda, uma concretização daquilo que enunciamos nas linhas introdutórias deste
tema: um tempero feito pela Constituição da República à autonomia liberal do sujeito proprietário, que tem a sua
propriedade condicionada a uma função social e a eventuais interessescoletivos que justifiquem a sua perda em favor
do Estado.
Vejamos, por exemplo, o Art. 1.228, que traz no seu parágrafo terceiro norma geral sobre a desapropriação: “O
Vejamos, por exemplo, o Art. 1.228, que traz no seu parágrafo terceiro norma geral sobre a desapropriação: “O
proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse
social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente”. Os parágrafos seguintes do mesmo artigo
disciplinam outra modalidade de desapropriação, chamada por muitos na doutrina de desapropriação privada, eis que
promovida pelos possuidores:
§ 4º - O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado
consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de
considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou
separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico
relevante. 
§ 5º - No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao
proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em
nome dos possuidores.
Retrocessão
Merece destaque, por derradeiro, o Art. 519 do Código Civil, que prevê a chamada retrocessão:
“Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para
“Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para
que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência,
pelo preço atual da coisa”.
Trata-se, na prática, de um direito de preferência ou preempção legal conferido aos ex-proprietários de bens que tenham
sido objeto de desapropriação. Discute-se em doutrina e na jurisprudência a respeito da natureza da retrocessão (se teria
caráter pessoal ou real). 
Observe o que Gustavo Tepedino, Carlos Edison do Rêgo Monteiro Filho e Pablo Renteria esclarecem a esse respeito:
Os Tribunais brasileiros tampouco se mostram uniformes quanto ao tema. O Supremo
Tribunal Federal já adotou ambas as orientações, posicionando-se inicialmente a favor
da natureza pessoal e, mais recentemente, a favor da natureza real da retrocessão. Oscila
igualmente o Superior Tribunal de Justiça, ora acolhendo a tese da pessoalidade, ora
sustentando – em posição que aos poucos se consolida na Corte –, a realidade do
instituto, mas preferindo, sempre que possível, a resolução em perdas e danos à
retomada do bem. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por sua vez, tem
reconhecido a natureza real do instituto em sua jurisprudência mais recente. A rigor, a
natureza pessoal da retrocessão parece, de fato, a melhor orientação à luz do
ordenamento jurídico brasileiro, por todas as razões já aventadas. Além disso, o próprio
Código Civil, nos arts. 519 e 520, prevê o direito de preferência do expropriado, a
indicar tratar-se a retrocessão de direito pessoal, e não real. Aliás, antes mesmo da
entrada em vigor do Código Civil de 2002, o artigo 35 do Dec.-Lei 3.365/1941 já
determinava não caber reivindicação dos bens que haviam sido adquiridos pela Fazenda
Pública, mas apenas ação indenizatória, a corroborar, desde então, tal entendimento.
(TEPEDINO; MONTEIRO FILHO; RENTERIA, 2020, pp. 201-202).
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Acerca da desapropriação, é correto afirmar que ela pode ser motivada por:
Parabéns! A alternativa D está correta.
Trata-se, precisamente, da dicção do Art. 1.228, §3°, ou seja: “O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos
A Utilidade e discricionariedade coletiva.
B Arbitrariedade estatal.
C Utilidade particular ou coletiva.
D Necessidade ou utilidade pública ou interesse social.
E Interesse particular de grupo de pessoas desabastadas.
Trata-se, precisamente, da dicção do Art. 1.228, §3°, ou seja: “O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos
de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso
de perigo público iminente”.
Questão 2
O direito de preferência ou preempção legal conferido aos ex-proprietários de bens que tenham sido objeto de
desapropriação é chamado de:
Parabéns! A alternativa E está correta.
O Art. 519 do Código Civil prevê a chamada retrocessão: “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou
utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em
obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa”.
A Recuperação administrativa.
B Reversão proprietária.
C Reivindicação possessória.
D Expropriação.
E Retrocessão.
Considerações finais
Como vimos, o estudo do direito de propriedade nos acompanha dogmaticamente desde o Direito Romano. No entanto,
ele vem atravessando significativas mudanças, que acabam impondo um olhar mais consentâneo com os valores da
Constituição da República. Observamos isso, por exemplo, quando falamos sobre as limitações ao direito de
propriedade, que não pode mais ser exercitado de modo abusivo: deve, antes, cumprir uma função social desenhada
pelo constituinte. 
Exploramos, também, as diversas características distintivas desse direito, além dos principais modos de aquisição e
perda da propriedade, com especial destaque para a desapropriação.
Podcast
Neste podcast, o professor Felipe Medon conceituará propriedade e apresentará as principais hipóteses de sua aquisição
e perda.

Referências
BEVILÁQUA, Clóvis. Direito das coisas. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2003.
DANTAS, San Tiago. Programa de Direito Civil III: direito das coisas. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1979.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo brasileiro. 11. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson; BRAGA NETTO, Felipe. Manual de Direito Civil: volume
único. 6. ed. Salvador: Juspodivm, 2021.
GOMES, Orlando. Direitos Reais. 21. ed. Atualizado por Luiz Edson Fachin. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: direito das coisas. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das coisas. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
TEPEDINO, Gustavo; MONTEIRO FILHO, Carlos Edison do Rêgo; RENTERIA, Pablo. Fundamentos do Direito
Civil. vol. 5. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
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Conceitos Fundamentais Direito Civil, com Nelson Rosenvald;
Multipropriedade imobiliária, uma palestra de Gustavo Tepedino.

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