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DIREITOS REAIS 
– PROPRIEDADE – 
 
 
 
 Trabalho da disciplina Direito das coisas; do curso de Direito, 5º período, 
 polo Serra Talhada. 
 Docente: Hélio Júnior 
 Discentes: 
 Ana Cláudia Alves de Barros - MATRÍCULA 01477778; 
 Gabriela Cláudia de Moura Lima – MATRÍCULA 01495383; 
 Ially keyla de Souza Carvalho - MATRÍCULA 01471464; 
 Ilka Gieselle Pereira Gonçalves de Lima - MATRÍCULA 01432361; 
 Ivanessa Jakeliny Cordeiro - MATRÍCULA 01477422; 
 Jamily Kawany Alves Beserra, - MATRÍCULA 01512743; 
 Kivia Kawanny da Silva Souza - MATRÍCULA 01431838; 
 Maria Gizelma Silva Pereira Magalhães - MATRÍCULA 01486786; 
 Vitória Régia dos Santos Franklin - MATRÍCULA 01471145. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Serra Talhada - PE 
Maio – 2023
1 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
PROPRIEDADE 
 
▪ Conceito ------------------------------------------------------2 
▪ Fundamentos Jurídicos -----------------------------------3 
▪ Elementos Constitutivos ---------------------------------11 
▪ Características ----------------------------------------------16 
▪ Evolução do direito de propriedade -------------------19 
▪ Função Social ------------------------------------------------23 
▪ Limitação ao exercício do direito de propriedade --25 
▪ Referências ---------------------------------------------------32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
DIREITOS REAIS 
DA PROPRIEDADE EM GERAL 
 
 
CONCEITO DE PROPRIEDADE: 
 
A propriedade é um direito real, sendo o mais completo dos direitos das 
coisas. Trata-se de um direito fundamental, protegido no Art. 5º inc. XXII da 
Constituição Federal de 1988. Esse direito é um bem resguardado pela 
Constituição em que a intervenção estatal deverá ser mínima, contundo, existe 
casos em que o poder público se utilizará do seu poder de comando, 
principalmente em casos em que a sociedade não cumprir com sua função social. 
Definido pela maior editora de dicionários do mundo, a Oxford Languages 
designa a propriedade como substantivo feminino, qualidade inerente aos seres, 
atributo especial; faculdade, caráter, característica, pertença ou direito, legal de 
possuir (algo), porção considerável de terra com tudo que existe nela, pertencente 
a um dono; fazenda, herdade, quinta, imóvel pertencente a alguém, coisa 
possuída com exclusividade, direito de usar, gozar e dispor de um bem, e de 
reavê-lo do poder de quem ilegalmente o possua. 
Seguindo o mesmo raciocínio, o conceito de propriedade sempre foi objeto 
de estudo dos civilistas das diversas gerações, abaixo temos alguns trechos de 
doutrinadores civilistas: 
Segundo Maria Helena Diniz define a propriedade como sendo o direito 
que a pessoa física ou jurídica tem dentro dos limites normativos, de usar, gozar e 
dispor de um bem corpóreo ou incorpóreo, bem como de reivindica-lo de quem 
injustamente o detenha. 
Segundo Clóvis Beviláqua conceitua a propriedade como sendo o poder 
assegurado pelo grupo social à utilização dos bens da vida física e moral. 
Dando sentindo amplo ao conceito, Álvaro Vilaça Azevedo afirma que: “A 
propriedade, é, assim, o estado da coisa, que pertence, em caráter próprio e 
exclusivo, a determinada pessoa, encontrando-se em seu patrimônio e à sua 
3 
 
disposição”. O direito de Propriedade é a sujeição do bem à vontade do 
proprietário, seu titular. 
 
Mas, o que de fato é uma Propriedade? 
 
Propriedade é o direito real que dá a uma pessoa o domínio de um bem, 
em todas as suas relações, expandido também ao direito de usar, gozar e 
dispor. Ao proprietário também é dado o direito de reaver a coisa caso alguém 
venha a tomar posse de forma injusta. Função social da propriedade e direito a 
cidadania. 
Atualmente o código civil brasileiro, define Propriedade conforme o art. 
1.228: “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, 
e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou 
detenha. ” 
 
 
FUNDAMENTOS JURI'DICOS DA PROPRIEDADE: 
 
Ao estabelecer o constituinte (art. 5º, caput) que a propriedade constitui 
uma garantia inviolável do indivíduo, elevou-se a instituição da propriedade à 
condição de garantia fundamental. O inciso XXII do mesmo artigo, por seu turno, 
preceitua: é garantido o direito de propriedade. O art. 170, ainda, insere a 
propriedade privada entre os princípios da ordem econômica.
4 
 
Leal (2012) pontua que, mesmo assim, a exemplo de diversos direitos 
fundamentais, o direito de propriedade comporta limitações e abrandamentos em 
sua aplicação em nome de outros valores também tutelados pelo texto 
constitucional. Desse modo, eventual abrandamento, restrição ou privação da 
propriedade somente é admissível se houver inequívoco fundamento na 
Constituição. 
No direito positivo brasileiro, a propriedade possui um regime jurídico 
constitucional e infraconstitucional integrado por institutos de direito material e 
processual para a propriedade e todas as suas manifestações. Destaca França 
(2001) que: 
 
O regime jurídico da propriedade não se restringe às normas 
de direito civil, compreendendo sim todo um complexo de 
normas administrativas, ambientais, urbanísticas, 
empresariais, e, evidentemente, civis, fundamentado nas 
normas constitucionais. 
A literatura brasileira moderna, com base na doutrina alemã, defende que o 
conceito de propriedade não deve ser visto de forma estrita, ou seja, abrangendo 
apenas a propriedade móvel e imóvel, mas também a abranger as relações 
patrimoniais como um todo, incluindo, assim, hipotecas, penhores, direitos 
autorais, de marcas e patentes, previdenciários, sejam relações fruto do direito 
privado, ou mesmo, do direito público. Para Gilmar Mendes (2008), o direito de 
propriedade, ao contrário do direito à vida ou à liberdade de ir e vir, por 
exemplo, não pertence à natureza do ser humano, tendo na ordem jurídica a 
instituição direta e expressa do seu âmbito de proteção. É a Constituição Federal 
que dá a tal direito o status de garantia institucional, sendo uma norma auto 
executável, mas cujo conteúdo está definido em lei. 
5 
 
Com o passar dos anos, diante de todos os anseios sociais por uma justa 
distribuição de riquezas e, ainda, pela necessidade social de que o Estado 
interviesse nessas questões, norteando toda a legislação infraconstitucional, o 
direito de propriedade deixou de ser absoluto para se tornar relativo, foi o que 
demonstrou o Código de 2002, que trouxe ao direito de propriedade conotações 
diferentes, impregnadas de noções de sociabilidade e solidariedade. Além de 
fenômeno natural e social a propriedade apresenta fundamentação legal como 
explanado anteriormente, a priori na Constituição Federal de 1988, e 
posteriormente no Código Civil e Código Penal. 
Uma das mais significativas alterações promovidas pelo novo Código Civil, 
no âmbito do direito da propriedade, refere-se à forma de aquisição estabelecida 
nos §§ 4° e 5° do art. 1.228, que não encontra paradigma na legislação pátria 
anterior. Cuida-se de modalidade aquisitiva absolutamente sui generis, pela qual 
certo número de pessoas (possuidores), preenchendo os requisitos da lei, passa a 
ter “direito de adquirir” imóvel alheio mediante pagamento de justa indenização, 
sempre sob a necessária e imprescindível intervenção judicial. 
 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, 
e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua 
ou detenha. 
 
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel 
reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa- fé, 
por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas,e estas nela 
houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços 
considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante. 
 
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização 
devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o 
registro do imóvel em nome dos possuidores. 
6 
 
Dessa forma, toda a legislação também fora adaptada à nova realidade, de 
forma que o direito de propriedade ficasse sempre delimitado pelo cumprimento da 
função social, conforme se depreende da leitura do art. 1.228, §§1º e 2º do CC: 
 
Art. 1.228. (...) 
 
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com 
as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam 
preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a 
flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o 
patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e 
das águas. 
§ 2º São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer 
comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de 
prejudicar outrem. 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e 
subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu 
exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que 
sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, 
que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las. 
 
 
Este novo tipo de direito real, que recebeu a denominação de Direito de 
Laje, está relacionado a um bem imóvel e ao uso do espaço aéreo sobre ele, mas 
não se limita apenas a esta característica básica, pois é obrigatório para sua 
configuração que possua acesso independente para a via pública. 
De fato, este novo direito sobre imóvel, de modo algum se confunde com 
qualquer outro tipo, principalmente com o maior de todos, a propriedade plena. 
O artigo 1229 do Código Civil, ao definir com absoluta precisão o alcance e 
os limites do direito de propriedade é especialmente esclarecedor sobre o tema 
em análise. A propriedade imóvel corresponde a uma garantia jurídica sobre uma 
7 
 
fração específica da superfície do planeta, um espaço físico delimitado no solo, 
mas que a ele não se limita. O proprietário do imóvel também possui direitos 
garantidos sobre o subsolo e o espaço aéreo, mas com as limitações impostas 
pelo referido dispositivo legal. 
 
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e 
demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os 
monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis 
especiais. 
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os 
recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde 
que não submetidos a transformação industrial, obedecido o 
disposto em lei especial. 
 
 
Art. 1.231. A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova 
em contrário. 
 
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda 
quando separados, ao seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico 
especial, couberem a outrem. 
 
8 
 
Os artigos a seguir nos falam do fenômeno da descoberta e, por 
consequência, da recompensa, prevista em Seção específica do Código Civil 
dentro do Livro III, o qual trata do “direito das coisas”, compreendendo os artigos 
1.233 a 1.237 do aludido ato codificado. 
 
Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao 
dono ou legítimo possuidor. 
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, 
se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente. 
 
 
O artigo 1.233 do Código Civil de 2002 é bem explícito em seu caput quando 
expõe que “quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou 
legítimo possuidor”, lembrando, em seu parágrafo único, que o descobridor, para 
assim ser reconhecido, deve procurar o dono ou possuidor da coisa; não o 
encontrando, deve entregá-la à autoridade competente. Tartuce, lembra que o 
descobridor é guiado pela boa-fé para realizar estes passos em busca do real 
dono ou possuidor do bem. 
A presente legislação civil, entretanto, realizou uma alteração e retirou deste 
instituto o caráter de aquisição de propriedade da coisa, visto que, “descoberta 
não é modo de adquirir a propriedade, uma vez que o descobridor não pode 
conservar para si o objeto extraviado, tendo a obrigação de restituí-lo”. 
 
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada, nos termos do artigo 
antecedente, terá direito a uma recompensa não inferior a cinco 
por cento do seu valor, e à indenização pelas despesas que houver 
feito com a conservação e transporte da coisa, se o dono não preferir 
abandoná-la. 
9 
 
Parágrafo único. Na determinação do montante da recompensa, 
considerar-se-á o esforço desenvolvido pelo descobridor para 
encontrar o dono, ou o legítimo possuidor, as possibilidades que teria 
este de encontrar a coisa e a situação econômica de ambos. 
A todo aquele que, nos moldes do já citado artigo 1.233 do Código Civil, for 
descobridor de coisa alheia, restituindo-a a seu dono ou possuidor ou entregando-
a à autoridade competente para restituir, faz jus, caso o possuidor ou dono não 
opte por abandoná-la, a uma recompensa no valor mínimo de 5% (cinco por 
cento) do valor total da coisa restituída, bem como imbui-se no direito de cobrar 
os valores gastos com a conservação e transporte do bem achado, conforme 
dispõe o caput do artigo 1.234 do Código Civil de 2002. Tartuce, inclusive, lembra 
que “a recompensa deve ser fixada com equidade, cabendo análise caso a caso 
pelo juiz da causa onde ela será fixada”. 
 
 
Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuízos causados ao 
proprietário ou possuidor legítimo, quando tiver procedido com dolo. 
 
 
Conforme disposição normativa do artigo 1.235 do Código Civil, o 
descobridor da coisa perdida será responsabilizado pelos prejuízos gerados ao 
proprietário ou possuidor legítimo do bem, desde que tenha agido com dolo. A 
configuração deste elemento é indispensável para que a culpa possa ser atribuída 
ao descobridor, sendo a imprudência, negligência ou imperícia insuficientes para 
responsabilizar o restituidor da coisa. 
 
 
Art. 1.236. A autoridade competente dará conhecimento da 
descoberta através da imprensa e outros meios de informação, 
somente expedindo editais se o seu valor os comportar. 
 
10 
 
 
Art. 1.237. Decorridos sessenta dias da divulgação da notícia pela 
imprensa, ou do edital, não se apresentando quem comprove a 
propriedade sobre a coisa, será esta vendida em hasta pública e, 
deduzidas do preço as despesas, mais a recompensa do 
descobridor, pertencerá o remanescente ao Município em cuja 
circunscrição se deparou o objeto perdido. 
Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, poderá o Município 
abandonar a coisa em favor de quem a achou. 
 
O Código penal também trouxe considerações resguardando a propriedade 
mediante responsabilização criminal de quem atenta contra a titularidade dos 
bens imóveis. O Código Penal destina espaço próprio, justamente no Título Dos 
Crimes Contra o Patrimônio, dentro deste, há destaque à defesa da propriedade 
imobiliária no artigo 161 do Código Penal, que inaugura o Capitulo Da Usurpação 
ao estabelecer criminosa a conduta de “suprimir ou deslocar”, total ou 
parcialmente, tapumes, marcos ou sinais indicativos de linhas divisórias de coisa 
imóvel alheia. O ato de suprimir se materializa com a conduta de retirar, de 
apagar, de eliminar, sendo o de deslocar a ação de mover, levar a outro local, 
mudar demover. 
 
São considerados tapumes as sebes vivas, cercas aramadas ou de madeira, 
enquanto o marco pode ser considerado um objeto ou um acidente geográfico 
empregado na identificação dos limites de um território, de uma propriedade 
imobiliária. Ao final o legislador também trata de admitir o indevido manejo de 
qualquer outrosinal indicativo da extensão ou limites da propriedade, como 
suficiente para a configuração do crime. 
11 
 
 
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro 
sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em 
parte, de coisa imóvel alheia: 
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. 
 
 
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS: 
 
 
Os elementos constitutivos da propriedade correspondem aos direitos 
essenciais que integram a relação jurídica que se estabelece entre o proprietário 
e a coisa, quais sejam usar, gozar, dispor e reivindicar, conforme dispõe o art. 
1.228, caput, do Código Civil de 2002. 
 
• DIREITO DE USO DA COISA (jus utendi): 
Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o 
exigirem as necessidades suas e de sua família. 
§ 1 o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua 
condição social e o lugar onde viver. 
§ 2º As necessidades da família do usuário compreendem as de seu 
cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico. 
 
Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as 
disposições relativas ao usufruto. 
 
12 
 
Faculdade de usar: Esta faculdade de usar da coisa é atrelada ao efetivo proveito 
que o proprietário tem em relação a coisa, ou seja, o usuário usará da coisa e 
perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família. 
Tal poder concerne ao proprietário a faculdade de servir-se da coisa e utilizar da 
maneira que entender mais conveniente, sem, no entanto, alterar a substância. 
O direito de uso pode constituir-se sobre qualquer tipo de bem suscetível de 
uso, seja móvel, imóvel, material ou imaterial. Podem ser titulares do direito de uso 
tanto pessoas físicas como jurídicas. É um direito personalíssimo, que não pode 
ser alienado nem arrendado, nem pode ser objeto de hipoteca. 
Nisso, o direito de uso é mais limitado que o usufruto, pois o usuário pode 
servir-se dos frutos (tudo aquilo que pode ser produzido a partir de uma coisa, 
sem alterar nem diminuir-lhe a substância) no limite das suas necessidades e de 
sua família e somente de maneira direta. Um usufrutuário pode ceder, alugar ou 
arrendar a coisa, enquanto que o usuário não pode fazê- lo. 
 
• DIREITO DE GOZAR OU USUFRUIR (jus fruendi): 
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o 
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as 
suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de 
conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas 
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como 
evitada a poluição do ar e das águas. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aliena%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrendamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipoteca
https://pt.wikipedia.org/wiki/Usufruto
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cess%C3%A3o&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Loca%C3%A7%C3%A3o
13 
 
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer 
comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem. 
§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de 
desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem 
como no de requisição, em caso de perigo público iminente. 
§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel 
reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais 
de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem 
realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo 
juiz de interesse social e econômico relevante. 
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização 
devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro 
do imóvel em nome dos possuidores. 
Faculdade de gozar: Esta faculdade significa que o proprietário tem o direito de 
fruir da coisa para o seu divertimento econômico. 
Importante ressaltar que o direito de propriedade não exige o uso. O uso é 
uma faculdade. Mesmo que o proprietário não use, não se perde a 
propriedade. Gozar: significa que o proprietário pode retirar da coisa as suas 
utilidades econômicas, como, por exemplo, os frutos naturais, industriais e civis, 
além dos produtos. 
Os direitos reais de gozo ou fruição são situações reais em que há a 
divisão dos atributos relativos à propriedade ou domínio (propriedade restrita ou 
limitada). Como o próprio nome indica, transmite-se a outrem o atributo de gozar 
ou fruir a coisa, com maior ou menor amplitude. Vale ainda dizer que os direitos 
de usar, fruir e dispor integram o domínio e se transmitem a terceiros, apesar da 
propriedade remanescer com o seu titular. 
 
 
 
14 
 
• DIREITO DE DISPOR DA COISA (IUS DISPONENDI): 
Trata-se da faculdade que abrange os atos de vender, doar, testar, hipotecar, 
alienar fiduciariamente, até jogar fora ou picar em pedacinhos, enfim. Ressalte- se 
que nem sempre é possível ao proprietário abandonar o bem ou destruí-lo, uma 
vez que estas condutas podem caracterizar atos antissociais. Em suma, dispor da 
coisa é a faculdade de transferir a coisa, gravá-la de ônus e aliená- la a outrem 
a qualquer título. 
 
• DIREITO DE REIVIDICAR A COISA (ius vindicandi): 
Direito de reivindicar a coisa contra quem injustamente a possua ou a detenha. 
Esse direito será exercido por meio de ação petitória, fundada na propriedade, 
sendo a mais comum a ação reivindicatória, principal ação real fundada no 
domínio (rei vindicatio). Nessa demanda, o autor deve provar o seu domínio, 
oferecendo prova da propriedade, com o respectivo registro e descrevendo o 
imóvel com suas confrontações. A ação petitória não se confunde comas ações 
possessórias, sendo certo que nestas últimas não se discute a propriedade do 
bem, mas a sua posse. Prevalece o entendimento de imprescritibilidade dessa 
ação (por todos: STJ, REsp216.117/RN, 3.ª Turma, Rel. Min. Carlos Alberto 
Menezes Direito, j. 03.12.1999, DJ 28.02.2000, p.78). O caput do art. 1.228 do CC 
possibilita expressamente que a ação reivindicatória seja proposta contra quem 
injustamente possua ou detenha a coisa. O exemplo típico envolve a ação 
proposta contra um caseiro, que ocupa o imóvel em nome de um invasor (injusto 
possuidor). 
Pois bem, levando-se em conta os seus atributos, didaticamente, a 
propriedade pode ser entendida como um recipiente cilíndrico, ou como uma 
garrafa, a ser preenchido por quatro camadas, que são os atributos de Gozar, 
Reaver, Usar, Dispor. São quatro atributos que estão presos ou aderidos à 
propriedade, o que justifica a utilização do acróstico GRUD. 
15 
 
O desenho a seguir demonstra bem essa simbologia: 
 
 
 
 
 
 
Nota-se pela simbologia que se determinada pessoa tiver todos os atributos 
relativos à propriedade, terá a propriedade plena (G + R+ U + D). Se tiver pelo 
menos um dos atributos, haverá posse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
CARACTERISTICAS DA PROPRIEDADE: 
 
 
 
A propriedade apresenta algumas características que são enumeradas de 
forma uniforme pela doutrina, ou seja, trata-se de um direito: 
a) absoluto; 
 
b) exclusivo; 
 
c) perpétuo; 
 
d) ilimitado. 
 
 
a) Caráter absoluto: 
 
A propriedade é um direito absoluto na medida em que o proprietário tem o 
mais amplo poder jurídico sobre aquilo que é seu. Nela estão insertos todos os 
atributos dos direitos reais. Se assim o é, a partir dela surgem todos os demais 
direitos reais, conforme dito alhures. Como a propriedade é o direito real de usar, 
gozar, dispor e reivindicar a coisa, todos os outros direitos podem ser extraídos do 
direito de propriedade,onde se concentram os atributos. De fato, destacados, 
passam a configurar outro direito real, como, por exemplo, o usufruto, que é o 
direito de uso e gozo extraído do direito de propriedade, despido, entretanto, dos 
atributos da disposição e da reivindicação. 
 
b) Caráter exclusivo: 
 
A propriedade possui, também, a característica de ser um direito real exclusivo 
já que a propriedade de um afasta a propriedade do outro, sendo que uma coisa 
não comporta dois proprietários por inteiro. O condomínio não elide a 
exclusividade. Essa característica significa que não são admitidas duas pessoas 
17 
 
proprietárias, autonomamente e ao mesmo tempo, da inteireza da coisa. Todavia, 
o direito de propriedade pode ser exercido em relação a partes ideais – em 
condomínio – e o direito que recai sobre a coisa é apenas um, não maculando a 
característica sub exame. 
 
 
c) Caráter perpétuo: 
 
A propriedade é considerada, também, um direito perpétuo, o que se afirma 
em razão de só se extinguir pela vontade do dono ou de disposição legal. De fato, 
a propriedade existirá independentemente do seu exercício por quem de direito. 
Tornando-se proprietário, o direito do titular só deixará de existir no caso de 
constituição de uma situação geradora de um benefício a outrem, benefício esse 
que deve ser entendido como um ato de aquisição. Por exemplo: se houver uma 
invasão, e o invasor possuir o imóvel pelo prazo suficiente para usucapi-lo (que 
varia de acordo com a modalidade), haverá uma situação nova, geradora de um 
direito que concorre em benefício de outrem, sendo este um ato de aquisição 
(prescrição aquisitiva). 
Não é a inércia do titular, por si só, que leva à perda da propriedade, mas, sim, 
a inércia associada à ação de um terceiro. Nem sempre a propriedade é perpétua, 
o que se afirma na medida da existência da propriedade perpétua e da 
propriedade resolúvel. A propriedade perpétua é aquela que não possui termo 
final e só se extingue caso ocorra uma situação geradora de um benefício a 
outrem, benefício este que deve ser entendido como um ato aquisitivo, ou então 
em face da lei. A propriedade resolúvel, por outro lado, é aquela que se resolve, 
ou seja, tem um dia certo de término por exemplo, essa data pode ser 
estabelecida pelas partes no caso da retrovenda, cláusula inserta nos contratos 
mediante a qual defere-se ao vendedor, em prazo não superior a três anos, direito 
de readquirir a coisa; entretanto, após o termo a quo sem o exercício da opção, a 
propriedade passa a ser perpétua. 
18 
 
É o caso também da alienação fiduciária de bem imóvel, regulada pela Lei 
9.514/1997, que torna a propriedade do credor resolúvel, ou seja, o credor é 
proprietário até que o devedor pague a dívida. Com o pagamento, a propriedade do 
credor se resolve. A alienação fiduciária vem tratada em capítulo específico ao qual 
remetemos o leitor. 
 
 
d) Caráter ilimitado: 
 
Mas também se diz que a propriedade é um direito real ilimitado porquanto 
permitiria ao proprietário fazer com a coisa que lhe pertence o que bem entender 
e o que melhor lhe aprouver. É que a propriedade pode ser plena ou limitada e, 
demais disso, está pautada pela função social. Diz-se que é plena quando 
estiverem concentrados todos os atributos da propriedade (uso, gozo, disposição 
e reivindicação), ou seja, quando o proprietário enfeixa em suas mãos todas as 
prerrogativas que constituem o conteúdo do direito. Será limitada aquela despida 
de algum ou alguns dos seus atributos ou que sofra limitações a esses atributos. 
Supondo, para ilustrar, que o proprietário retire o uso e o gozo (fruição) e 
transfira-os ao seu filho. Embora continue sendo proprietário, o será de forma 
limitada (nu-proprietário). Manterá o direito de alienar a coisa e de reivindicá-la de 
terceiros, e o seu filho terá o usufruto (uso e fruição), que não se extinguirá com a 
eventual alienação. 
 
O nu-proprietário tem a posse indireta e o usufrutuário, a posse direta. Sendo 
assim, ao nu-proprietário tanto se admite o interdito possessório em face da posse 
indireta, quanto a ação reivindicatória em razão de sua propriedade, embora 
limitada. 
19 
 
Por outro lado, o usufrutuário somente poderá invocar os interditos 
possessórios além da legítima defesa da posse (com os requisitos do desforço 
imediato e meios necessários). Todavia, se decorrer ano e dia, o eventual 
esbulhador adquire a posse, que passa a ser justa e, nesse caso, só o 
proprietário poderá ingressar com o interdito (no exemplo, reintegração de posse), 
sem possibilidade de reintegração liminar, ou então optar pela ação reivindicatória 
fundamentada na propriedade que mantém, embora limitada. 
O caráter ilimitado ou pleno da propriedade decorre, portanto, de suas 
características, posto que, se o direito é ilimitado, o é porquanto exclusivo 
perpétuo e principalmente absoluto. Ocorre que hoje a lei restringe este direito, 
em tese ilimitada, seja em razão de limitações específicas, seja através da função 
social da propriedade. 
 
 
EVOLUÇÃ O DO DIREITO DE PROPRIEDADE: 
 
Dentre os direitos reais, o direito de propriedade é o mais completo e 
importante, visto que o proprietário possui a faculdade de usar, gozar, dispor e 
ainda reivindicar a coisa de quem injustamente a detenha. A raiz histórica da 
propriedade encontra-se no direito romano, segundo o qual a propriedade estava 
ligada a três instituições: a família, a religião doméstica e o direito de propriedade. 
Acerca do tema, Nader (2016, p. 127), aborda que: cada família possuía o seu 
próprio deus, instalado em altar para ser adorado em caráter permanente. Havia 
uma relação muito forte entre a família, o seu deus e o solo ocupado, não se 
cogitando de mudança de lugar, salvo por motivos excepcionais. O imóvel era 
considerado propriedade da família e não de qualquer um de seus membros. O 
culto aos deuses se fazia no recesso dos lares e apenas pelos membros das 
famílias. Como nenhum estranho podia presenciar a adoração, as casas eram 
separadas por muros de pedras, paliçadas ou sebes. Quanto aos túmulos, igual 
cuidado era dispensado. Os membros de uma família deviam ser enterrados no 
mesmo local, enquanto que a área ocupada se tornava inalienável e imprescritível.
20 
 
➢ CURIOSIDADES 
 
A propriedade do solo só podia ser adquirida por cidadão romano, em razão 
dos rituais religiosos e dos cultos aos mortos, uma vez que as famílias cultuavam 
seus antepassados (FIUZA, 2016, p. 562). 
Com a Revolução Francesa, em 1798, o direito à propriedade passou a ser 
natural, ilimitado e individualista. Entretanto, no século XX, com o avanço do 
socialismo, o exercício ao direito à propriedade passou a se subordinar ao 
atendimento da função social, deixando de ser um direito individual e egoísta para 
se adequar ao interesse público. 
No ordenamento jurídico brasileiro, a propriedade é protegida como direito 
fundamental desde a Constituição do Império até a Carta Magna de 1937. Foi a 
partir da Constituição Federal de 1946 que a propriedade foi condicionada ao 
bem-estar social. Nas Constituições Federais de 1967, 1969 e na atual, de 1988, 
a propriedade tem o cunho social, e o exercício do direito à propriedade é 
limitado, ou seja, ao mesmo tempo em que a Constituição protege a propriedade, 
determina que seu uso atenda à função social. 
A lei das Sesmarias vingou no Brasil no século XVI após a ocupação 
territorial por meio das Capitanias Hereditárias. Trata-se de um documento no qual 
determinava quais eram os critérios para a divisão dessas terras e como iriam ser 
os impostos cobrados a partir dela. Toda essa distribuição de terras passava pela 
legitimação da Igreja, que por ventura também era responsável por registrar 
certidões de nascimentos, casamentos e registros de compra e venda de qualquer 
propriedade. Essa foi uma forma de assegurar que os territórios que foram 
concedidos eram em nome deDeus e se acaso não quisessem mais permanecer 
neles, seriam entregues novamente à Igreja, que nessa época era vinculada à 
politica e à coroa portuguesa. Normalmente essas terras eram oferecidas a 
pessoas ligadas à alta burguesia, nobreza, funcionários administrativos 
portugueses, militares ou banqueiros. O intuito era proteger o país de invasões 
externas (franceses no Sul e holandeses no Norte) estabelecer o poder militar e 
estimular a exportação dos produtos agrícolas que eram produzidos. 
https://www.infoescola.com/historia/capitanias-hereditarias/
https://www.infoescola.com/sociologia/burguesia/
21 
 
A Lei das Sesmarias foi elaborada em 28 de maio de 1375, mas foi mais 
aplicada no século XVI na América portuguesa para complementar alvarás e 
aperfeiçoar regulamentações. A divisão desses espaços era a partir de medições 
por léguas de comprimentos e larguras. Assim que repartidas, os meios se 
comprometiam a cumprir todas as exigências vigorantes. Esse regulamento das 
Sesmarias era muito rigoroso, havendo quase vinte artigos. A maior exigência era 
que os colonizadores deveriam plantar nas terras a todo custo e não podiam 
ficar sem mão-de-obra. Para manter esse sistema escravizaram várias pessoas, 
sendo essas maioritariamente importadas da África. 
 
• Extinção das Sesmarias 
 
Entre os principais problemas enfrentados pela Coroa para regulamentar as 
sesmarias estava a obrigatoriedade do cultivo e o estabelecimento de limites 
territoriais, muitas vezes desobedecidos pelos posseiros. 
Considera-se, por certo, que a Constituição Imperial Brasileira de 1824 
disciplinava, de forma liberal, a propriedade, muito mais como um meio de reduzir 
os ânimos do povo brasileiro, insuflados pelas ideias liberais difundidas, do que, 
realmente, prestigiar a plenitude do Direito de Propriedade. 
Em 18 de setembro de 1850, o imperador dom Pedro II assinou a Lei de 
Terras, por meio da qual o país oficialmente optou por ter a zona rural dividida em 
latifúndios, e não em pequenas propriedades. 
22 
 
• Objetivos da Lei de Terras 
 
O governo imperial pretendia arrecadar mais impostos e taxas com a 
criação da necessidade de registro e demarcação de terras. Esses recursos 
tinham como destino o financiamento da imigração estrangeira, voltada para a 
geração de mão-de-obra, principalmente, para as lavouras de café. 
No Brasil, o Código de Bevilaqua de 1916 atribuiu à propriedade um caráter 
absoluto, ou seja, inatingível, sem limitações ou quaisquer restrições ao seu 
exercício, pois o proprietário era considerado senhor da coisa e dela poderia 
implementar o tratamento que bem entendesse. 
A Constituição Federal de 1988 instituiu um direito de propriedade que 
efetiva os interesses da sociedade de forma expressa, através de princípios e 
regras. Insta salientar que a propriedade foi regida pelo texto constitucional no art. 
5º, XXII a XXXI, que aborda os direitos e garantias individuais, bem como no art. 
Para todos os efeitos, esta Lei, denominada Estatuto da Cidade, estabelece 
normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade 
urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem- estar dos cidadãos, bem 
como do equilíbrio ambiental. 
Em linhas gerais, o Estatuto da Cidade trouxe para o ordenamento jurídico 
nacional a democratização do acesso à terra urbanizada. A legislação dispõe 
sobre a ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar distorções que 
possam influenciar a retenção especulativa e a gestão inadequada do solo 
urbano. 
23 
 
FUNÇÃ O SOCIAL DA PROPRIEDADE: 
 
 
No Brasil, a função social da propriedade foi mencionada pela primeira 
vez na Constituição de 1934, esta se apresenta como uma condição ao direito de 
propriedade. A acima referida determina que a propriedade urbana ou rural 
deverá, além de servir aos interesses do proprietário, atender às necessidades 
e interesses da sociedade. 
 
A Constituição Federal de 1988 dispôs no artigo 5º, inciso XXIII, que a 
propriedade atenderá a sua função social, traz também em seu artigo 186, 
encontrado no Título VII, Da Ordem Econômica e Financeira, Capítulo III, Da 
Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, que essa função social se dá 
com o aproveitamento racional e a utilização adequada dos recursos naturais 
disponíveis e preservação do meio ambiente, segundo critérios e graus de 
exigência estabelecidos em lei. Salienta-se ainda que embora o inciso XXIII 
estabeleça que a propriedade deve atender a sua função social, este não 
descreve os critérios para que isto ocorra. Os critérios para o cumprimento da 
função social são apresentados em outros trechos da Constituição, e diferem para 
cada tipo de propriedade. 
No Artigo 184 da mesma Constituição Federal encontramos que compete à 
União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel 
rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa 
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor 
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua 
emissão, e cuja utilização será definida em lei. 
 
Já o Código Civil de 2002, expressa em seu artigo 1.228, inciso 1º, que o 
direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades 
econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o 
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio 
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e 
das águas. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653373/artigo-1228-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10653343/par%C3%A1grafo-1-artigo-1228-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
24 
 
A Lei Nº 4.504, de 30 de Novembro de 1964, em seu artigo 13, que dispõe 
sobre o Estatuto da Terra, e dá outras providências, expressa que o Poder 
Público promoverá a gradativa extinção das formas de ocupação e de exploração 
da terra que contrariem sua função social. 
 
A função social consiste na utilização da propriedade, seja esta urbana ou 
rural, em consonância com os objetivos sociais de uma determinada cidade. A 
função social impõe limites ao direito de propriedade, para garantir que o exercício 
deste direito não seja prejudicial ao bem coletivo. Ela é uma condição ao direito de 
propriedade no Brasil. Ela está presente na Constituição Federal de 1988 como 
um princípio da ordem econômica, com o objetivo de assegurar a justiça social e 
uma existência digna a todos. Ela é um instrumento que visa evitar as 
desigualdades sociais provocadas pela desigual distribuição das terras rurais e 
urbanas. A Constituição demonstra um entendimento de que a justiça social deve 
reger a ordem econômica do país. Entretanto, o exercício do direito de propriedade 
está condicionado à observância dos interesses sociais; qualquer ação ou 
omissão contrária aos interesses sociais e ambientais é considerada abuso do 
direito de propriedade, já que viola o princípio da função social desta. Diante da 
abusividade do exercício do direito de propriedade, torna-se necessária a 
intervenção do Poder Público com vistas à adequação do referido imóvel no que 
diz respeito ao cumprimento legítimo de seus fins sociais, sejam estes fins 
sanitários, urbanísticos ou ambientais. 
 
Os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal a respeito do 
direito à Propriedade têm como objetivo assegurar uma vida digna, livre e 
igualitária a todos os cidadãos do país. O princípio da função social parte do 
entendimento de que não é benéfico para a sociedade ter propriedades de terra 
sem utilidade alguma. E adesapropriação funciona como uma sanção 
constitucional imposta ao descumprimento da função social da propriedade, que 
objetiva dar consequência aos compromissos assumidos pelo Estado na ordem 
econômica e social. O direito de propriedade deve estar condicionado ao respeito 
pelo bem coletivo. 
http://hebiamachado.jusbrasil.com.br/artigos/111895858/a-funcao-ambiental-da-propriedade
25 
 
LIMITAÇÕ ES AO EXERCI'CIO DO DIREITO DE PROPRIEDADE: 
 
As limitações ao direito de propriedade privada são restrições impostas ao 
seu exercício e a sua extensão, contudo, não acarretam diminuição do patrimônio 
de quem às suporta ou enriquecimento daquele que delas aproveite. De acordo 
com Cunha Gonçalves, podem ser classificadas em: limitações de interesse 
público, que visam beneficiar a coletividade em detrimento de eventual abuso por 
parte do proprietário, e limitações de interesse privado, que tem por escopo 
conciliar interesses entre particulares. Por sua vez, as limitações de interesse 
privado são divididas em limitações de mero interesse privado e limitações de 
interesse semi-público. Nas limitações de mero interesse privado, estão 
envolvidas questões de caráter, eminentemente particular. Por outro lado, pelas 
limitações de interesse semi-público, visa-se atenuar os conflitos entre vizinhos, 
bem como proteger o interesse comum dos prédios contíguos. 
 
 
• LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE NA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL 
O direito de propriedade é garantido como direito fundamental desde a 
Constituição de 1.824, flagrantemente influenciada pela doutrina liberal, sendo 
assegurado em todas as Constituições vigentes no Brasil até os dias de hoje. 
Afinal, trata-se de um direito basilar da ordem econômica, uma vez que constitui 
um dos elementos que garante a circulação de riquezas. Portanto, atualmente, é, 
ainda, um direito individual e inviolável, conforme estabelecido no artigo 5º, caput 
e inciso XXII, da Constituição de 1.988. Constitui, ainda, princípio geral da 
atividade econômica de acordo com o artigo 170, inciso III, da Constituição da 
República. Entretanto, apesar de preservado o direito de propriedade do 
indivíduo, reconheceu-se o interesse público em sua utilização. 
26 
 
Afinal, a partir do século XIX a doutrina do individualismo perde força, tendo 
em vista a revolução industrial e as doutrinas socializantes. Mais recentemente, em 
face do empobrecimento geral das nações e do aumento populacional, a utilização 
da propriedade de maneira a atender as demandas da coletividade tornou-se um 
desafio para o Estado. Neste contexto, determina o artigo 5º, inciso XXIII, da 
Constituição da República que “A propriedade atenderá a sua função social”, 
constituindo esta, portanto, uma grande limitadora do direito de propriedade. 
Contudo, não há uma definição precisa do conceito de função social, salvo em 
relação a determinadas matérias. Por exemplo, a própria Constituição da 
República, em seu artigo 186 e respectivos incisos, estabelece, expressamente, as 
hipóteses nas quais a função social da propriedade imóvel rural é cumprida, ou 
seja, quando existe: 
I - aproveitamento racional e adequado; 
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio 
ambiente; 
 III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; 
 
 IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e trabalhadores. 
 
 
De acordo com Stefano Rodotà, é possível a limitação interna do direito de 
propriedade mediante: 
 
1) subtração de certas faculdades ao proprietário pela lei; 
 
2) estabelecimento legal de um complexo de condições para o exercício das 
faculdades atribuídas; tais condições são pressupostos da validade dos atos 
do proprietário; 
3) deveres jurídicos de exercitar determinadas faculdades. 
27 
 
• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE NO CÓDIGO CIVIL 
 
De acordo com o artigo 1.228, parágrafo primeiro, do Código Civil vigente, o 
direito de propriedade deve ser exercido “em consonância com a sua finalidade 
econômica e social e de modo que sejam preservados, de conformidade com o 
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio 
ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar 
e das águas.” 
 
 
• LIMITAÇÕES À PROPRIEDADE NO DIREITO DE VIZINHANÇA 
 
As limitações do direito de propriedade na esfera da vizinhança possuem 
razões de ordem pública e particular. Nesse sentido, os direitos da vizinhança 
decorrem são direitos decorrentes da convivência próxima ou da interferência 
entre prédios, contíguos ou não. Sendo assim, o as limitações da propriedade 
derivadas do direito de vizinhança visam a harmonização social, respeitando-se as 
finalidades do direito de propriedade. Contudo, deve-se ressaltar que as ações 
que tutelam o direito do vizinho cabem a este, nesta qualidade. Portanto, podem 
ser intentadas pelo proprietário, mas também pelo detentor ou possuidor do bem. 
E da mesma forma ocorre em relação ao molestador. 
 
 
• LIMITAÇÃO DA PROPRIEDADE E A SUA EXTENSÃO VERTICAL. 
LIMITAÇÕES DO ESPAÇO AÉREO E DO SUBSOLO 
 
Dispõe o artigo 1.229 do Código Civil de 2002: 
 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e a do subsolo 
correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o 
proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura 
ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-los. Nesse 
28 
 
sentido, existe uma limitação ao direito de propriedade, uma vez que não é 
permitido ao proprietário opor-se a intromissões de terceiros em altura ou 
profundidades tais que não poderia delas tirar qualquer proveito e, por isso não 
tem interesse em proibir. 
 
• LIMITAÇÕES URBANAS 
As limitações urbanas estão, intimamente, ligadas a planos urbanísticos 
traçados pelo Estado que regulamentam, principalmente, o chamado “direito de 
construir”, limitando, sobremaneira, o direito de propriedade em prol do 
cumprimento de sua função social. 
Nesse sentido, estabelece o artigo 1.299 do Código Civil: 
 
Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que 
lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos. 
 
 
• LIMITAÇÕES DO DIREITO DE PROPRIEDADE NO CONDOMÍNIO 
Relevante limitação ao direito de propriedade refere-se ao direito de 
preferência do condômino de coisa indivisível na aquisição da coisa comum, 
estabelecido nos artigos 1.322 e 504 do Código Civil. De acordo com o artigo 
1.322, caso os consortes não queiram adjudicar a coisa a um só condômino, 
mediante indenização, a coisa deve ser vendida, repartindo-se o produto da 
alienação. Entretanto, ressalta o artigo que o condômino tem preferência na 
aquisição em caso de concorrer em condições iguais de oferta com terceiro. Entre 
os condôminos, prevalecerá aquele que tiver benfeitorias mais valiosas no bem. 
Caso nenhum condômino seja responsável por benfeitorias, adquirirá o bem 
aquele que possuir maior quinhão da coisa. 
 
29 
 
• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE NA DOAÇÃO 
Reza o artigo 548 do Código Civil que é vedada a doação da totalidade dos 
bens sem que sejam reservados bens ou renda suficientes para a subsistência do 
doador. Em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana, não se admite 
que, pela doação, o doador seja reduzido à situação de penúria. Portanto, esta 
liberalidade é nula mesmo que, na doação, haja sido imposto encargo ao donatário 
correspondente ao dever de subsistência do doador. Entretanto, encontra-se, em 
julgados, exceção ao regramento estabelecido pelo artigo 548 quando o doador 
estabelece a seu próprio favor usufruto de bens dos quais possa auferir meios para 
seu sustento. 
Pelo artigo 549 veda-se, ainda, a doação inoficiosa, sob pena de nulidade, 
compreendida como aquela que supera a metade dosbens do doador, no 
momento da disposição, caso haja herdeiros necessários. Busca-se, dessa forma, 
resguardar a legítima. Por fim, artigo 550 determina, também, a anulabilidade de 
doações efetuadas por doador casado pelo seu cônjuge ou herdeiros até dois anos 
após a dissolução da sociedade conjugal. 
 
• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE E O TESTAMENTO 
Relevante limitação imposta ao testador, estabelecida pelo artigo 1.846 do 
Código Civil, refere- se à legítima. Trata-se de porção da herança que será 
destinada, obrigatoriamente, aos herdeiros necessários. Há, ainda, limitação 
estabelecida em face da parcela disponível por testamento, ou seja, que não 
integra a legítima, segundo o artigo 1.801, inciso III. De acordo com referido 
dispositivo legal, o testador casado é vedado de deixar bens para sua concubina, 
salvo se estiver, sem sua culpa, separado do cônjuge, de fato, há mais de 5 anos. 
 
 
30 
 
• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE E AS SERVIDÕES 
PREDIAIS 
As servidões são direitos reais de gozo, estabelecidos pela vontade das 
partes ou pela Lei, que se impõem sobre bem imóvel alheio serviente em 
benefício de bem dominante. Para que se configure a servidão, é necessário o 
preenchimento de determinados requisitos. Primeiramente, é necessário que 
exista um ônus a ser suportado pelo proprietário, como a obrigação de tolerar 
ato por parte do possuidor do prédio dominante ou não praticar determinada 
conduta. Deve-se ressaltar, contudo, que o encargo serve à coisa e não ao 
dono. 
Em segundo lugar, exige-se que haja uma relação entre prédios, em que um 
tenha uma relação de serviência em relação ao outro. Por fim, é preciso que os 
prédios sejam de propriedade de pessoas distintas. 
 
 
• LIMITAÇÕES À PROPRIEDADE E O CONDOMÍNIO EDILÍCIO 
De acordo com o Código Civil, artigo 1.335, III, os condôminos devem usar 
as partes comuns em conformidade com a sua destinação e de modo a não 
excluir a utilização pelos demais possuidores. Além disso, são impostos deveres 
legais ao condômino que, claramente, limitam o exercício do direito de 
propriedade. Entre eles, pode-se citar o dever de não alterar a cor das fachadas, 
partes e esquadrias externas, bem como o de abster-se de realizar obras que 
comprometam a segurança da edificação, bem como a obrigação de não utilizar o 
bem de modo a prejudicar o sossego, a salubridade e segurança dos possuidores, 
ou aos bons costumes. Além dos deveres legalmente impostos, proprietários e 
possuidores, pelo bem da convivência harmoniosa, devem respeitar as cláusulas 
estipuladas pela convenção condominial e regulamento interno. 
31 
 
Atualmente, destacam-se, ainda, novas modalidades de condomínios, não 
previstos, especificamente, em Lei, como é o caso do time-sharing. Nessa forma 
de condomínio, existe um único bem, todavia, uma pluralidade de condôminos 
que se revezam, em períodos, para usufruir do imóvel. 
 
• LIMITAÇÕES VOLUNTÁRIAS 
A limitação ao direito de propriedade pode dar-se por ato de vontade de seu 
próprio titular e, geralmente, ocorre pela constituição de outro direito real sobre o 
bem. Pode ocorrer, portanto, pela instituição de um direito de superfície. Trata-se 
de direito real pelo qual o proprietário concede a outrem o direito de plantar em sua 
propriedade, por prazo certo, mediante escritura pública registrada em Cartório de 
Registro de Imóveis. Também pode haver limitação voluntária pelo usufruto, direito 
real transitório que concede ao seu titular o poder de usar e gozar por determinado 
tempo, sob determinada condição ou vitaliciamente de bem pertencente à outra 
pessoa. Modalidade mais simples de usufruto é o uso, também direito real sobre 
coisa alheia, mas que concede ao titular apenas o direito de usar a coisa e 
perceber seus frutos conforme sua necessidade e de sua família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
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• Teresina, ano 18, n. 3784, 10 nov. 2013. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/25762. Acesso em:27 abr. 2023. 
 
 
 
 
 
https://penalemresumo.blogspot.com/2010/06/art-161-alteracao-de-limintes.html
https://penalemresumo.blogspot.com/2010/06/art-161-alteracao-de-limintes.html
http://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados
	FUNDAMENTOS JURI'DICOS DA PROPRIEDADE:
	• DIREITO DE DISPOR DA COISA (IUS DISPONENDI):
	• DIREITO DE REIVIDICAR A COISA (ius vindicandi):
	CARACTERISTICAS DA PROPRIEDADE:
	EVOLUÇA˜ O DO DIREITO DE PROPRIEDADE:
	➢ CURIOSIDADES
	• Objetivos da Lei de Terras
	FUNÇA˜ O SOCIAL DA PROPRIEDADE:
	LIMITAÇO˜ ES AO EXERCI'CIO DO DIREITO DE PROPRIEDADE:
	• LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
	• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE NO CÓDIGO CIVIL
	• LIMITAÇÕES À PROPRIEDADE NO DIREITO DE VIZINHANÇA
	• LIMITAÇÃO DA PROPRIEDADE E A SUA EXTENSÃO VERTICAL. LIMITAÇÕES DO ESPAÇO AÉREO E DO SUBSOLO
	• LIMITAÇÕES URBANAS
	• LIMITAÇÕES DO DIREITO DE PROPRIEDADE NO CONDOMÍNIO
	• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE NA DOAÇÃO
	• LIMITAÇÃO AO DIREITO DE PROPRIEDADE E O TESTAMENTO
	• LIMITAÇÕES À PROPRIEDADE E O CONDOMÍNIO EDILÍCIO
	• LIMITAÇÕES VOLUNTÁRIAS

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