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Questão 01 (valor: 0,4) 
Em nossas aulas, estudamos Literatura e 
aprendemos diversos conceitos que a ela se 
relacionam. Assim, defina Literatura e comente a 
seguinte afirmação, de Mahatma Gandhi: "A arte na 
vida consiste em fazer da vida uma obra de arte." 
A literatura é a arte da palavra; a afirmação de 
Mahatma Gandhi confirma a Arte Literária 
como a recriação da realidade, a transformação 
da realidade em obra de arte. 
 
Questão 02 (valor: 0,6) 
Você já deve ter tido contato com muitos tipos de 
texto literário: poemas, contos, romances, peças de 
teatro, novelas, crônicas, etc. E também com textos 
não literários, como notícias, cartas comerciais, 
receitas culinárias, manuais de instrução. Mas, 
afinal, o que é um texto literário? O que distingue 
um texto literário de um texto não literário? 
Responda com base em nossos estudos e explique 
da forma mais detalhada possível. 
O texto literário é o texto que altera, recria, 
modifica a realidade; sua principal função é a 
função estética e nele predominam a conotação 
e a subjetividade. 
Já o texto não literário é o que copia, imita, 
reproduz a realidade; sua principal função é a 
função utilitária e nele predominam a 
denotação e a objetividade. 
 
Questão 03 (valor: 0,75) 
Dentre os vários conceitos literários que estudamos, 
explique de forma clara e objetiva o que significa: 
 Conotação; 
 Denotação; 
 Plurissignificação da linguagem literária. 
Conotação – ocorre quando as palavras ou 
enunciados apresentam sentido figurado, 
determinado pela situação e pelo contexto 
histórico-cultural. 
Denotação – ocorre quando as palavras ou 
enunciados apresentam o sentido literal, 
comum, encontrado no dicionário. 
Plurissignificação da linguagem literária – é a 
característica do texto literário de apresentar 
mais de um significado e vários sentidos 
interpretativos. 
 
Questão 04 (valor: 0,25) 
Qual é a principal função do texto literário? E a 
principal função do texto não literário? 
A principal função do texto literário é a função 
estética e a principal função do texto não 
literário é a função utilitária. 
 
Questão 05 (valor: 0,5) 
Em nosso Material Complementar de Estudos 01, 
você leu um belíssimo poema de um autor 
moçambicano chamado Rui Knopfli, que também 
escreve em nossa língua. Leia agora o poema 
abaixo, de outro autor moçambicano, José 
Craveirinha (1922-2002), considerado o principal 
escritor africano de língua portuguesa e que 
participou ativamente do processo de libertação de 
seu país e responda as questões 05 e 06. 
 
Grito negro 
 
Eu sou carvão! 
E tu arrancas-me brutalmente do chão 
e fazes-me tua mina, patrão. 
 
Literatura – 1º Bimestre 
Prof: Marcelo Henrique 
[Avaliação Subjetiva] 
3,0 
1ºano Ensino MédioEnsino MédioEnsino MédioEnsino Médio 
 
04 de março de 2010 
PROVA GABARITADA 
Eu sou carvão! 
E tu acendes-me, patrão, 
para te servir eternamente como força motriz 
mas eternamente não, patrão. 
Eu sou carvão 
e tenho que arder, sim 
e queimar tudo com a força da minha 
combustão. 
Eu sou carvão 
tenho que arder na exploração 
arder até às cinzas da maldição 
arder vivo como alcatrão, meu irmão, 
até não ser mais a tua mina, patrão. 
Eu sou carvão 
tenho que arder 
queimar tudo com o fogo da minha combustão. 
Sim! 
Eu sou o teu carvão, patrão. 
 
José Craveirinha. In: Mário de Andrade (org.). Antologia 
temática de poesia africana. 3. ed. Lisboa: Instituto 
Cabo-verdeano do Livro, 1980. v. 1, p. 180. 
 
alcatrão: um dos componentes do carvão 
motriz: que se move ou faz mover alguma coisa 
 
Os poemas geralmente utilizam uma linguagem 
plurissignificativa. O eu lírico do poema lido chama 
a si mesmo de carvão denotativamente ou 
conotativamente? Que sentido têm as palavras 
carvão e mina no contexto? 
O eu lírico chama a si mesmo de carvão 
conotativamente. 
A palavra carvão representa a força de trabalho 
do negro (“a força motriz”) e a mina representa 
o próprio negro, ou seja, o lugar de onde o 
patrão extrai sua riqueza. Logo, carvão e mina 
representam a exploração do homem negro 
pelo homem branco. 
 
Questão 06 (valor: 0,5) 
A literatura, partindo da imaginação e das 
experiências pessoais e sociais do artista, é uma 
recriação da realidade concreta. O poema de 
Craveirinha, por exemplo, além de expressar os 
sentimentos e as ideias do eu lírico, é também uma 
denúncia das condições de vida dos negros em 
Moçambique antes do processo de independência. 
Com base na leitura do poema, responda: 
 
a) A literatura, além de ser a arte da palavra, é 
também uma forma de comunicação e interação 
social? Por quê? 
Sim, pois como é construída com a linguagem, 
é capaz de comunicar ideias e sentimentos, 
além de promover a interação entre as pessoas 
 
b) Recriando a realidade, a literatura pode 
contribuir para transformar a realidade concreta? 
Se sim, como? 
Sim; denunciando os problemas da realidade, a 
literatura sensibiliza e conscientiza as pessoas, 
preparando-as e estimulando-as para as 
mudanças sociais. 
 
Questão desafio (valor: 1,0) Esta questão é uma questão 
adicional, de bonificação, portanto só será concedido 
um ponto a quem acertá-la integralmente. 
Para o patrão, o eu lírico é carvão, pois é a força 
motriz do trabalho e da produção. O eu lírico aceita 
sua condição de “carvão”, mas com um sentido 
diferente do que tem para o patrão. Releia os versos 
finais do poema e interprete o último verso: 
 
Eu sou carvão 
tenho que arder 
queimar tudo com o fogo da minha combustão. 
Sim! 
Eu sou o teu carvão, patrão. 
Embora o eu lírico afirme que é carvão, ele não 
pretende continuar sendo o combustível da 
exploração do patrão, e sim “queimar tudo”, 
isto é, destruir a própria figura do patrão, que 
representa a exploração. 
 
"Querer ser bem sucedido sem trabalhar duro é como querer 
colher sem plantar." David Bly

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