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Fundamentos de Saneamento do meio

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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO DE GWAZA MUTHINI.
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DE NUTRIÇÃO.
II Ano Pós-laboral.
 
Impacto da falta ou deficiência de saneamento e Riscos associados.
Xai-Xai.
2022
Bregilda Nelsa Lourenço.
Código: 20210095.
Impacto da falta ou deficiência de saneamento e Riscos associados.
 Trabalho de Fundamentos de saneamento do meio
 apresentado no Instituto Superior de Empreendendo
 rismo de Gwaza Muthini, com objectivo de avaliação 
 sob orientação de dra. Silvina Bila.
Xai-Xai
2022
Índice
1	Introdução.	1
1.1	Objectivos.	1
1.1.1	Objectivo geral.	1
1.1.2	Objectivos específicos.	1
1.2	Metodologias.	1
2	Desenvolvimento.	2
2.1	Conceitos de Saneamento.	2
2.2	Impactos da deficiência ou falta de saneamento.	3
2.3	Conceitos de Risco.	5
2.3.1	Risco Social.	6
2.3.2	Risco Ambiental.	7
3	Conclusão	10
4	Referencias Bibliográficas.	11
Introdução. 
No contexto histórico a sociedade grandes transformações: o crescimento populacional acelerado pelo processo de industrialização, aumentando a demanda por recursos naturais, causando sérios riscos ao meio ambiente, já nos centros urbanos acentuou-se as condições precárias de saneamento. No trabalho em apreço, debruça-se em torno dos impactos da falta ou deficiência do saneamento do meio, bem como dos diferentes tipos de riscos: Sociais e Ambientais. O trabalho é dividido em três partes principais: a primeira parte trata-se de introdução, de seguida vem o desenvolvimento, onde são abordados os assuntos propostos para este trabalho e finalmente as conclusões, onde se apresentam as principais constatações da pesquisa.
Objectivos.
Objectivo geral.
· Descrever os impactos da deficiência ou falta de saneamento do meio e os principais riscos associados.
Objectivos específicos.
· Apresentar os conceitos de saneamento e riscos na visão de diferentes autores;
· Explicar os diferentes riscos ambientais e sociais;
· Ilustrar os impactos da falta de saneamento para a saúde.
Metodologias.
Este estudo seguiu as orientações da pesquisa bibliográfica, buscando uma revisão na literatura existente e na legislação vigente, acerca dos temas abordados no conteúdo do trabalho científico. O recorte da pesquisa bibliográfica foi feito com as palavras saneamento, meio ambiente e riscos. A pesquisa feita de forma aleatória em sites de internet, buscando artigos relacionados com o saneamento básico, envolvendo os problemas que a urbanização causa ao meio ambiente.
Desenvolvimento.
Conceitos de Saneamento.
O saneamento ambiental é o conjunto de acções que visam à melhoria da qualidade de vida das populações através do controle do meio físico para evitar doenças e propiciar uma maior higiene social. Ele se estabelece a partir de acções como o fornecimento de água potável de qualidade, colecta de lixo, tratamento de esgoto, limpeza das vias públicas, contenção de enchentes, entre outros. A relevância encontra-se na preservação tanto do meio de vida dos habitantes quanto do meio ambiente.(Recuperado de: https://ambscience.com/falta-de-saneamento-basico-e-vulnerabilidade-a-infeccoes/ ).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controlo de todos os factores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem-estar físico, mental e social. Portanto, o saneamento não se restringe ao abastecimento de água limpa e a colecta e tratamento do esgoto sanitário, sendo um conjunto de acções que também inclui a colecta de lixo e a limpeza das vias públicas, proporcionando, assim, um ambiente saudável para os habitantes. (Francisco, S. d.).
Segundo Melo (S. d.), saneamento é o conjunto de medidas que visa a preservação ou modificação das condições do meio ambiente, com o intuito de prevenir doenças e promover a saúde, melhorando a qualidade de vida da população e a produtividade, facilitando a actividade económica. 
Para Oliveira (2021), saneamento é o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e a produtividade do indivíduo e facilitar a actividade económica.
Image 1: Ilustração de processo de Saneamento.
Cooperativa amigos do ambiente numa acção de Saneamento do meio na Praia de Vilankulo.
Impactos da deficiência ou falta de saneamento.
A falta de saneamento básico pode ter consequências muito negativas para a saúde dos habitantes de uma cidade. O contacto de uma pessoa com rejeito e água contaminados causa uma série de doenças em função dos contaminantes ali presentes. Algumas das doenças mais comuns em razão da falta de saneamento básico são: cólera, leptospirose, giardíase, amebíase, diarreia, dengue, zika, hepatite A, chikungunya, febre-amarela, entre muitas outras. Elas são causadas por agentes diversos como bactérias, vírus e protozoários. (Recuperado de: https://ambscience.com/falta-de-saneamento-basico-e-vulnerabilidade-a-infeccoes/ ).
De acordo com Francisco (S. d.), a falta de saneamento pode provocar a transmissão de doenças, contaminação de alimentos e de água, sendo que as crianças são as principais vítimas. Segundo Motta (2018, citado por Oliveira,2021), a falta de saneamento básico precariza as condições de saúde de uma parcela significativa da população brasileira, “com incidência de doenças, principalmente, de veiculação hídrica, como diarreia, hepatite, cólera, amebíase, febre tifoide e esquistossomose, entre outras. Ainda de acordo com o autor, a precariedade no acesso ao esgotamento sanitário é um dos mais graves problemas ambientais. Ela afecta negativamente as condições de vida da população, que se torna mais vulneráveis a doenças de veiculação hídrica relacionadas ao contacto com águas contaminadas e os corpos hídricos. 
De acordo com Melo (S. d), a falta de saneamento do meio tem impactos nocivos para a sociedade e para o meio ambiente a saber: 
· Propagação de doenças: Um dos mais relevantes impactos da falta de saneamento básico no meio ambiente e, por consequência, para a população, é a propagação de doenças, que poderiam ser evitadas com o oferecimento de melhores condições para a população;
· Enchentes e aquecimento global: Bons investimentos em saneamento básico também ajudam a evitar enchentes, especialmente em cidades que investem na manutenção preventiva dos sistemas e orientam a população sobre a correta utilização das galerias pluviais e das redes de esgoto. A expansão do acesso ao saneamento básico efectivamente contribui para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera, como o gás carbónico (CO₂).
· Prejuízos para a economia: Existe uma relação directa do ponto de vista económico com o saneamento básico. Isso se reflecte também no impacto financeiro que as doenças causam na administração pública, visto que diversas internações, tratamentos e compra de medicamentos poderiam ser evitadas. Esse cenário também torna mais difícil reduzir a pobreza e a desigualdade, uma vez que as pessoas sem acesso ao saneamento são as mais pobres. São elas que acabam ficando mais doentes e precisam faltar mais ao trabalho, o que impacta directamente na renda familiar.
· Poluição do meio ambiente: A degradação ambiental é um dos impactos mais visíveis que a falta de saneamento básico pode proporcionar. A poluição urbana continua em franco crescimento e a falta de destinação adequada para os resíduos segue gerando uma série de prejuízos aos grandes centros urbanos e para a natureza. Um rio, córrego ou bacia que sofre alguma contaminação pode acabar matando várias espécies de uma cadeia alimentar, por exemplo, e afectar um ecossistema inteiro. Para as cidades, isso pode representar um surto de doenças ou uma infestação de insectos ou pragas, por exemplo.
Image2: Ilustração de um dos impactos de falta de saneamento do meio.
Fonte: https://public-rf-upload.minhawebradio.net/2448/news/5b92f7c57a871b1c929a5250877d96b3.jpg 
Como se pode notar na imagem, a falta ou deficiência de saneamento do meio, propicia enchentes, por sua vez muitos micróbios e diversas baterias se concentram nas águas estagnadas e por sua vez geram doenças para as populações que vivem nestas zonas. Por tanto, gera graves problemas para a saúde humana.
Conceitos de Risco.
De acordo com Briguenti, et al. (2007), o termo riscos, aplica-se com maior frequência como substituído ou associa-se a potencial, susceptibilidade, vulnerabilidade, sensibilidade ou danos potenciais. Por tanto, pode se considerar que, o risco como a probabilidade de que um evento esperado ou não esperado se torne realidade.
Para Moraes (S. d.), risco é toda e qualquer possibilidade de que algum elemento ou circunstância existente num dado processo ou ambiente de trabalho possa causar dano à saúde, seja por meio de acidentes, doenças ou do sofrimento dos trabalhadores, ou ainda por poluição ambiental. Ou seja, risco representa um possível efeito adverso ou dano. Por tanto, uma condição ou conjunto de circunstâncias podem ameaçar a saúde ou a integridade física, o meio ambiente ou a propriedade. 
Risco é qualquer situação que pode afectar a capacidade de atingir objectivos. Condição inerente a qualquer actividade, decisão e até à própria vida pessoal, profissional e de qualquer entidade viva. É o resultado da possibilidade de uma ameaça explorar uma vulnerabilidade existente e causar danos ou perdas para um activo da organização. (Marcondes, 2020). De acordo com Cocurullo (2003, citado por Marcondes, 2020), risco é qualquer situação que pode afectar a capacidade de atingir objectivos.
Risco Social.
O risco social, é a maior parte dos riscos. São riscos causados pela sociedade ou riscos com consequências para as sociedades humanas. Geralmente subdivide-se em dois tipos: riscos exógenos (relacionados aos elementos naturais e as ameaças externas, por exemplo: terramotos, epidemias, secas e inundações); riscos endógenos (relacionados aos produtos das sociedades e às formas de política e administração. Por exemplo: crescimento urbano e industrialização, formação de povoamentos e densidade excessiva de alguns bairros). (Briguenti, et al.,2007). 
De acordo com Marcondes (2020), riscos sociais são as ameaças expostas constantemente às variações interna e externa da organização, que podem provocar a interdição das actividades e resultar em prejuízos financeiros. Neste tipo de riscos podemos incluir: Greve Interna; Greve de Clientes e Fornecedores e Tumultos. 
De acordo com Moraes (S. d.), os riscos sociais podem ser analisados por três diferentes maneiras: 
i. A capacidade de uma sociedade causar dano a outra, como em casos de conflitos armados, ou onde um grupo de indivíduos ataque outro;
ii. Analisar a relação de vulnerabilidade, marginalidade e desastres naturais, visto que grupos marginalizados possuem menores condições favoráveis de moradia e condições de ascensão social o que faz com que esses ficam mais expostos ao desastres naturais por ocuparem áreas territoriais mais instáveis e por isso menos seguras, como por exemplo aqueles que moram em favelas sem infra-estrutura adequada acabam ficando mais vulneráveis aos riscos de desabamentos de terras decorrentes das chuvas e ;
iii. Considerar as carências sociais e como estas contribuem para que pessoas nessas condições sofram com exclusão social e falta de acesso aos serviços básicos e que acabam por afectar nas condições de emprego e renda.
Risco Ambiental. 
Segundo Briguenti, et al. (2007) os riscos ambientais resultam da associação entre os riscos naturais e os riscos decorrentes de processos naturais agravados pela actividade humana e pela ocupação do território. Para Moraes (S. d.), o risco ambiental é a possibilidade de ocorrência de danos, seja dentro de um período pequeno ou grande de tempo, ou seja, é tudo que colabora ou pode vir a colaborar para colocar em risco e causar prejuízos materiais ou imateriais na sociedade, um grupo, o individuo e ao meio ambiente, sendo esses prejuízos causados por factores de ordem natural, social ou tecnológica.  
Segundo Marcondes (2020) risco ambiental é aquela relacionada à gestão inadequada dos processos internos, que directas ou indirectamente acarretam acções que agridem o meio ambiente, ocasionando danos à sociedade, a interrupção da actividade da organização, na perda de vidas e bens e prejuízos financeiros. Como ameaças ambientais podem-se destacar: Poluição do ar; contaminação de Água Potável; Lixo e Resíduos; Ruído; Iluminação, etc.
Os riscos ambientais ou agentes ambientais são todas as substâncias ou elementos existentes nos ambientes de trabalho, que acima dos limites de tolerância, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição. Podem ser classificados como físicos, químicos, biológicos, ergonómicos e mecânicos (acidentes). (Moraes, S. d.). 
Segundo Marcondes (S. d.), riscos ambientais são aqueles causados por agentes físicos, químicos ou biológicos que, presentes nos ambientes de trabalho, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração, intensidade ou tempo de exposição.
Tipos de riscos ambientais.
De acordo com Marcondes (S. d.), os riscos são classificados por grupos, de acordo com sua natureza e padronizados por cores, a fim de facilitar sua identificação visual. De acordo com o autor, os riscos são classificados em: 
· Riscos acidentais: são situações de perigo que podem ameaçar a integridade, o bem-estar físico e moral do profissional. São riscos encontrados em máquinas e equipamentos sem protecção, que podem causar explosões e incêndios. 
· Riscos biológicos: Ele se relaciona ao manuseio ou contacto com materiais biológicos e animais infectados com agentes biológicos nocivos (vírus, bactérias, fungos e outros). Esses riscos são responsáveis por doenças provenientes da contaminação.
· Riscos ergonómicos: Os riscos ergonómicos são aqueles que podem ser atribuídos a postura inadequada, movimentos repetitivos, transporte manual e levantamento de peso. São lesões que podem interferir nas características psicofisiológicas do profissional, prejudicando a execução de suas actividades. O trabalho em turnos muito longos também é um exemplo de prática que causa riscos ergonómicos.
· Riscos físicos: Riscos físicos são aqueles gerados por máquinas e condições físicas inadequadas, que podem causar danos à saúde do trabalhador. São exemplos: pressões anormais, ruídos, temperaturas extremas de frio e calor, radiações ionizantes e não-ionizantes, vibrações e humidade.
Representação dos Riscos ambientais.
11
Conclusão
Com a pesquisa sobre o tema: impactos da deficiência e falta de saneamento do meio e riscos associados, constatou-se que, chama-se riscos a probabilidade de ocorrência de alguma eventualidade que resulte em danos ou impeça o alcance-os objectivos. Em relação aos impactos da falta de saneamento do meio para a saúde, pode-se apontar a título de exemplo: enchentes, que podem promover a propagação de varias doenças, resultando em fraca qualidade de saúde para a sociedade envolvida. Também pode ser um factor causador de aquecimento global, resultante de efeito estufa que por sua vez gera catástrofes ambientais. Por tanto, são diversos problemas gerado pela falta de saneamento do meio, resultando assim em riscos para a saúde. 
Referencias Bibliográficas.
Briguenti, C.E; Scaleante, F.O; Dagnino, S.R & Junior, C.S (2007). Módulo de Riscos e Unidades Ambientais. Risco: o conceito e sua aplicação. Campinas: UNICAMP. https://professor.ufrgs.br/sites/default/files/dagnino/files/risco-o-conceito-e-sua-aplicao-apresenta.pdf 
Francisco, C.W (S. d.). Saneamento. Recuperado de: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/saneamento.htm
Marcondes, S.J (2020). Risco: Classificaçãoe Tipos de Riscos. Recuperado de: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/risco-o-que-e-definicoes-e-conceitos/ 
Marcondes, S.J (S. d.). O que é Mapa de Riscos Ambientais?: Conceito e Finalidade. Recuperado de: https://gestaodesegurancaprivada.com.br/o-que-e-mapa-de-riscos-ambientais-conceito/ 
Melo, M.A.C (S. d.). Saneamento básico e meio ambiente: quais os impactos no dia a dia das cidades? Recuperado de: https://blog.brkambiental.com.br/saneamento-basico-e-meio-ambiente/ 
Moraes, M.V de (S. d.). Um breve resumo sobre risco ambiental. Recuperado de: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/um-breve-estudo-sobre-risco-ambiental.htm 
Oliveira, C.J.A de (2021). Urbanização e os Problemas Relacionados com o Saneamento Básico e Meio Ambiente nas Cidades. V Simpósio Brasileiro Online de gestão Urbana. Recuperado de: https://www.eventoanap.org.br/data/inscricoes/9189/form3527261985.pdf

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