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História da Antiguidade desafios exercícios e avaliação FCE

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História Antiga
Desafio
Leia o trecho a seguir, escrito pelo historiador José Bonifácio Alves da Silva:
"A tradicional seleção quadripartite da história, somada a uma temporalidade linear, nos leva a crer que a origem de quase todos os processos históricos está no ocidente branco e cristão. É essa noção particular de temporalidade pautada na ideia de linearidade com direção preestabelecida que ocupa o lugar do universal, permitindo a fixação hegemônica de um sentido de processo histórico (GABRIEL, 2015, p. 40), o qual, supostamente, deveria nos guiar no desenvolvimento da sociedade. Porém, outras articulações entre passado, presente e futuro são possíveis. Diferentes contatos culturais na história provocaram misturas, mas também alterações nas formas de conceber o tempo e os processos históricos que nos orientam."
Você é professor do primeiro ano do Ensino Médio com a temática de História Antiga.
a) Quais atividades você poderia desenvolver para promover uma história mais diversa e inclusiva?
b) De que forma você trabalharia, em sala de aula, uma narrativa histórica que não partisse da história europeia, mas da África ou da América?
Resposta
a) Um exemplo de atividade é a divisão quadripartite da história e sua temporalidade linear, que foram desenvolvidas no contexto europeu do século XIX e atenderam a determinados objetivos daquela conjuntura. Entretanto, foram naturalizadas e estão presentes nos currículos, nos livros didáticos e nas aulas de história.
A partir das críticas a essa concepção eurocentrista da história, foram surgindo outros marcos temporais, outras referências espaciais, permitindo que os professores explorassem outras realidades que não corresponderiam a essa cronologia e a essa concepção temporal.
b) É possível trabalhar de forma sincrônica as sociedades africanas e americanas, suas concepções de história e de tempo, bem como pensar juntamente com os alunos que tipo de história haveria se, ao invés de centrar na Europa, considerassem os continentes africano ou americano como referenciais.
Exercícios
1. 
A periodização na História é estabelecida a partir de recortes temporais ou temáticos, que levam em consideração fatores culturais, econômicos e políticos. Em relação à divisão quadripartite da História, estabelecida na Europa no século XIX, a partir de versões prévias existentes desde o Renascimento, são feitas as seguintes afirmações:
I) A periodização quadripartite da História é uma divisão universal, que pode ser utilizada para qualquer sociedade no planeta.
II) A periodização quadripartite da História foi desenvolvida em um contexto europeu, e os marcos que dividem os períodos históricos são eventos ocorridos naquele continente.
III) A periodização quadripartite da História já era utilizada pelos povos grego, romano e egípcio, o que facilitava as trocas culturais e comerciais entre essas sociedades.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A. Apenas I.
B. Apenas II.
C. Apenas III.
D. Apenas I e II.
E. Apenas I e III.
2. A ideia de História Antiga surge em um contexto cultural específico, de recuperação da cultura greco-romana e de contraposição à hegemonia cultural cristã. Esse período da história europeia, em que se forjou a ideia de antigo ficou conhecido como:​​​​​​​
E. Renascimento, em contraposição às práticas culturais da chamada Idade Média.
3. A periodização quadripartite da História tem recebido muitas críticas nas últimas décadas, a partir do questionamento de sua matriz europeia e universalizante que ignoraria as especificidades de outras regiões do planeta que fosse não a Europa. Sobre essas críticas e a História Antiga são feitas as seguintes afirmações:
I) A História Antiga era vista como uma disciplina eurocêntrica e imperialista, mas transformações no campo tem permitido o abandono de concepções generalistas e universalistas, bem como as noções de clássico e de civilização.
II) Não existem motivos para o ensino da História Antiga europeia no Brasil, já que sua realidade é muito distante da realidade brasileira.
III) A sociedade ocidental é herdeira direta do legado das sociedades greco-romanas, o que torna seu estudo obrigatório para compreendermos nossas origens.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
A. Apenas I.
4. Uma fonte histórica é um documento (escrito, material, oral ou visual) que possibilita ao historiador elaborar suas narrativas históricas, fornecendo evidências, indícios, rastros sobre um determinado passado. Por meio dela, temos evidências, indícios e rastros de sociedades distantes cronológica e culturalmente. Assinale a alternativa correta sobre as fontes e a História Antiga. ​​​​​
B. As fontes filosóficas e literárias nos fornecem indícios da cultura, da religiosidade e das relações sociais das sociedades antigas.
5. Existem muitas possibilidades de pesquisa em História Antiga, e certas mudanças culturais e no campo da historiografia têm possibilitado aos historiadores repensarem antigos temas e proporem novas abordagens. Assim, é possível incorporar àquele período recortes de gênero, história de sensibilidades, etc. Assinale a alternativa que apresenta corretamente algumas dessas mudanças.
D. Avanços tecnológicos e mudanças conceituais, teórico e metodológicas.
Debates e tendências na historiografia da História Antiga
Desafio
Um debate importante na historiografia da História Antiga é a questão da mulher e suas representações sociais ou políticas. Quando se procura entender o papel da mulher na sociedade, há de se voltar o olhar para os primórdios da existência de nossa sociedade, dando ênfase à formação do sujeito, seus grupos e classes sociais. Nesse sentido, a importância do papel da mulher no desenvolvimento das sociedades antigas até os dias atuais é um debate relevante na perspectiva das representações atribuídas às mulheres, algumas vezes como submissas e outras como figuras de comando. 
Nesse contexto de diversidade histórica quanto ao papel da mulher nas sociedades, você, como professor do terceiro ano do ensino médio na área de História, está explorando com os estudantes a temática referente à história da mulher, por meio de leituras, vídeos e discussões. Veja mais:
1. Exemplifique fatores e acontecimentos que apresentam outra perspectiva sobre a mulher na antiguidade.
2. Relacione esses fatos e acontecimentos com os respectivos povos da antiguidade.
3. Relacione esses fatos e acontecimentos com os dias atuais.
Resposta
1. Na sociedade antiga, é possível observar alguns fatores que acabam por atribuir maior valor para as mulheres diante do contexto social, tais como:
- Na sociedade egípcia, elas tinham sua representação na política por seu papel importante de carregar no ventre o filho do faraó, que algumas vezes poderia ser um Deus. Sabe-se que o Egito era uma sociedade regida pelos homens, só que a mulher também exercia um papel importante colaborando com a manutenção da ordem social, política e religiosa. Juridicamente, os direitos e deveres da mulher eram parecidos aos do homem, porém a sua imagem na sociedade dependia diretamente da figura de um homem, tanto representada pela figura do pai, quando solteira, como a do marido, quando casada. 
- Na Grécia, pode-se perceber que a mulher não tinha nenhum direito político, sendo totalmente dependente de uma figura masculina (pai, marido ou irmão). No entanto, algumas mulheres se destacaram, como Hipácia, que era filósofa e matemática, tão inteligente e dedicada como qualquer outro filósofo homem da sua época.
- A sociedade romana, extremamente constituída pelo poder da figura masculina, é surpreendida pelo enfrentamento da Boudicca, rainha bretã, da tribo dos Iceni, casada como o rei Prasutago.
2. Esses fatos e acontecimentos demonstram que as mulheres não eram todas submissas aos homens, algumas destacaram-se em seus contextos e lutaram para melhorar a realidade dos seus pares e da sociedade como um todo. 
3. Atualmente essa situação, de certa forma, repete-se, quando percebem-se mulheres que ainda precisam lutar pela igualdade e o respeito como ser humano, como profissionais,e por suas contribuições para a sociedade.
Exercícios
1. Conforme Pierre Cabanes, “[...] é preciso aceitar que a Antiguidade constitui, para nós, um mundo novo, uma civilização exótica e abolida, a qual não se aplicam necessariamente nosso modo de pensar” (2009, p. 11).
Diante do exposto, escolha a afirmativa que está de acordo com essa citação. 
B. A história do passado não pode ser analisada com as perspectivas dos tempos atuais, assim como não se pode analisar o passado comparando aos fatos históricos construídos pelos povos do Ocidente com o Oriente, pois são povos com culturas completamente diferentes.
2. O homem sempre esteve no controle das relações familiares e sociais, inclusive no contexto sóciojurídico nos tempos primórdios. No decorrer dos períodos, porém, o papel feminino foi desempenhado com muita importância, desde um modo indireito até um mais direto e intenso, como ocorrido em uma das civilizações da História Antiga. Qual era essa civilização e que situações poderiam ter motivado esse fato?​​​​​​​ 
D. No Egito, apesar de a sociedade ser regida pelos homens, as mulheres também exerciam um papel importante, colaborando com a manutenção da ordem social, política e religiosa.
3. Em todas as ‘histórias’, as mulheres de diferentes locais e tempos sofreram com o preconceito de diversos modos, suas figuras foram prejudicadas e, na maioria das vezes, colocadas de forma submissa aos homens. Na invasão do Império Romano, em Britannia, no século I d.C., algumas mulheres mudaram essa imagem feminina de submissão e inferioridade em relação aos homens. Diante do exposto, por que essas mulheres de Britannia contrariaram as formas de submissão impostas historicamente?​​​​​​​ 
C. A tribo dos Iceni foi liderada por uma mulher que viu seu esposo ser morto e suas filhas violentadas, na tentativa de tomada das suas terras. Ela liderou um exército contra o Império Romano.
4. Para Momiglino (2004), a historiografia ocidental era utilizada como representação da origem da historiografia contemporânea, porque apresentava a escrita da história como fonte de documento científico, a qual possibilita a sistematização de uma análise crítica das fontes históricas. Diante do exposto, por que a historiografia da História Antiga Ocidental foi colocada em supremacia por alguns pesquisadores em relação à historiografia da História Antiga Oriental?
A. Alguns pesquisadores julgam que, enquanto a historiografia da História Antiga Ocidental é documentada com registros de dados políticos, econômicos e sociais, a historiografia da História Antiga é vista, principalmente, por suas caraterísticas fortemente mitológicas, ou ainda, biográficas.
5. Afirma Carreira (1982, p. 358) que a melhor maneira de julgar a historiografia e a ideia de história da Antiguidade Oriental não é comparando-as com as clássicas ou as modernas, mas enquandrando-as no seu ambiente cultural e nos pressupostos essenciais de qualquer atividade historiográfica. Diante disso, escolha a afirmação que se relaciona com a citação apresentada. 
E. A historiografia da Historia Antiga do mundo oriental deve ser analisada na perspectiva da própria história dos povos que a constituíram, tomando por base a sua própria cultura, fatos e acontecimentos, sem tentar parametrizar por nosso contexto ocidental.
A transição para o medievo e o conceito de Antiguidade Tardia
Desafio
Romanos eram conhecidos por serem religiosamente tolerantes e agregadores, tendendo antes a conquistarem os deuses dos inimigos para o lado de Roma com promessas de culto e construção de templos para que ficassem ao seu lado contra seus povos. Porém, em dois casos isso não deu certo: com os judeus e com os cristãos. Os primeiros tiveram seu templo e sua cidade sagrada aniquilados em 70 d.C., o que ocasionou sua diáspora. Os segundos espalharam-se pelo mundo, pelo Império, mas vivenciaram conflitos com Roma antes de se tornarem sua religião oficial. O maior deles, “A Grande Perseguição”, ocorreu durante o governo de Diocleciano (285 -305 d.C.).
Diocleciano acreditava que o Império Romano e seu destino estão vinculados aos seus deuses, portanto, se os deuses não estivessem satisfeitos, não estariam ao lado de Roma. Assim sendo, a piedade (cumprimento dos deveres religiosos) para com os deuses romanos  deveria ser cumprida por todos, independentemente de suas crenças      e religiões.
Você é um professor de História e em uma de suas aulas foi interpelado por um aluno quanto às questões de intolerância religiosa na Antiguidade Romana. Para responder ao questionamento do aluno, você pensou em abordar o tema partindo do relacionamento entre cristãos e a Roma Imperial no período de Diocleciano e Constantino. 
Para isso, você deverá descrever para seu aluno: 
a) Que motivações e legislações foram mais marcantes nos conflitos e para as relações entre cristãos e  governos  do Império no período entre 285 e 313 d.C.?
Resposta
Como fatores marcantes nos conflitos, eu destacaria:
Conflitos durante o governo do Imperador Diocleciano:
Diocleciano, imperador romano que  assumiu em 285 d.C. organizando o Império e dividindo-o em um tetrarcado para melhor governar,  foi um governante para quem a piedade para com os deuses romanos era fundamental para a existência e a manutenção do Império.  Em princípio era tolerante, mas percebeu o crescimento da Igreja e a resistência de cristãos em cumprir os ritos determinados para com os deuses do Império. O imperador, também um deus, proclamou um édito exigindo o cumprimento da norma básica da religião romana: era necessário  sacrificar aos deuses romanos e quem não o fizesse seria punido. 
Desobediência ao Édito Imperial pelos cristãos: 
Os cristãos, em razão de sua doutrina que considerava todos os outros deuses falsos ídolos e o sacrifício de Jesus como o último necessário à salvação, negavam-se a prestar culto e sacrificar aos deuses de Roma, criando com isso problemas de ordem religiosa e política para o Império. Cabe aqui notar que, ao desobedecer ao Édito Imperial, os cristãos tornavam o problema que inicialmente poderia ser visto como de ordem religiosa, também em problema  político e militar, visto que havia cristãos no exército se negando ao cumprimento do sacrifício, importando esse ato em desobediência militar. Desobediência é algo que jamais seria admitido em um exército, menos ainda no romano.
Grande perseguição:
Por isso, em 303 a.C., Diocleciano libera um édito cujo período de vigência ficou conhecido com “A Grande Perseguição”. Por ele era ordenado perseguir, prender e até mesmo levar à pena de morte aqueles que se negassem ao sacrifício, considerando-os inimigos do Estado Romano. O édito também permitia que textos e objetos sacros fossem estruídos e bens fossem tomados aos cristãos,  o que por essa época incluía muitos cidadãos romanos e alguns patrícios e equestres de grande poder,  causando conflitos imensos e mortes em todo o Império, embora o édito tenha se cumprido de forma diferente conforme o local,  já que nem todos os coimperadores pensavam como Diocleciano.
Disputas políticas pelo Império Romano: 
Com a abdicação de Dioclecinano em 305 d.C. por motivos e doença, o Império mais uma vez ameaçou ruir e os conflitos se alastraram também rumo às disputas políticas. Essas disputas são vencidas por Constantino, que reunificou o Império. Por meio do Édito de Milão (313 d.C.), o já Imperador Constantino criou uma lei de tolerância religiosa no Império. A História contada é que Constantino teve uma visão ou sonho com um símbolo que era usado pelos cristãos, e os colocou na bandeira e nos escudos antes da batalha, vencendo-a. Por isso, ele acaba liberando todas as religiões, para exercerem suas práticas no Império, inclusive o Cristianismo. 
Exercícios
1. Ainda se tem poucas informações sobre as formas sócio-políticas dos povos chamados “bárbaros”, aguardando-se, pois, que a arqueologia e outras ciências afins possam esclarecer mais pontos sobre essas sociedades. A autora Maria Sonsoles Guerra, na bibliografia Os povos bárbaros, aponta algumascaracterísticas desses povos, dentre elas:​
A. a presença de uma Corte com rígida hierarquia e gestão absolutista de um imperador que tinha direito de vida e morte sobre seus súditos e a quem se devia todo o butim obtido em guerras e saques.
B. entre as tribos bárbaras existiam diversas tribos comandadas por mulheres, pois a linha de sucessão era por primogenitura, independentemente de gênero.
C. o mando se dava por meio de Comitatus composto por chefes hereditários que se tornaram proprietários e se dividia entre um grupo de homens livres para serviços, armas e guerra e outro composto por dependentes.
D. um processo de eleição democrática no qual concorriam ao posto de rei dos clás os chefes de clãs e tribos e no qual todos os membros das tribos tinham direito a voto.
E. imitando as instituições romanas que admiravam os bárbaros, criaram um posto de imperador e um senado que comandavam em conjunto as decisões de âmbito econômico, administrativo, jurídico e militar.
2. Os cristãos sofreram diversas perseguições ao longo do período imperial. O Império Romano era um Estado conquistador, mas, em geral, não impunha suas crenças e seus deuses aos povos vencidos. Pelo contrário, costumavam agradar aos deuses dos povos contra quem iriam guerrear de forma a torná-los favoráveis à Roma, por vezes, incluindo-os posteriormente em seu panteão. Nesse contexto, três grupos de fiéis em momentos distintos ou concomitantes, provocaram reações extremas ou perseguição por parte dos romanos. Por quem eram formados esses grupos?
A. Pelos cristãos que se recusavam a sacrificar aos deuses romanos, pelos praticantes e devotos do culto dos mistérios de Eleusis que, dedicados as deusas gregas Deméter e Perséfone, desprezavam os deuses romanos e pelos  que cultuavam a deusa egípcia Isis, para quem os deuses romanos eram inferiores aos egípcios, merecendo respeito, mas não sacrifícios.
B. Judeus rebeldes de Jerusalém que provocaram a ira romana e a destruição do segundo templo e da cidade. Pelos cristãos que não aceitavam se curvar ante o imperador nem considerá-lo um deus e pelos membros do primitivo islamismo que já eram fanáticos desde tempos antigos.
C. Grupos de religiões monoteístas que se rebelaram contra o Império, como os judeus, ou de alguma forma foram considerados uma ameaça por criarem tumulto como os judeus-cristãos (tidos como uma seita do judaísmo) e acusados de incendiar Roma no tempo de Nero, ou a Igreja Cristã era vista por Diocleciano como uma ameaça ao próprio Império a partir da recusa dos cristãos em sacrificar aos deuses romanos e curvar-se ao imperador.
D.  Grupos que, migrados de Cartago, cultuavam  Baal e Tanit e recusavam-se a prestar culto aos deuses romanos a quem acusavam de ter vencido seus deuses nas Guerras Púnicas. E, também, pelos cristãos e judeus para os quais só se deveria prestar culto a um único deus e nenhum outro existiria.
E.  Pelos ateus que não acreditavam nessa baboseira de religião e pensavam que esta servisse apenas como ópio para o povo, de forma que não se dessem conta de seus problemas e se conformassem com a vida que levavam. Ainda, pelos cristãos que obtiveram ao longo dos séculos muitos adeptos, dinheiro e poder, tornando-se rivais dos imperadores e sendo vistos como inimigos internos de Roma.
3. Muitos são os fatores capazes de levar populações inteiras a migrar. Vemos isso cotidianamente nos jornais e todo o drama e o sofrimento dos migrantes. Entre os fatores elencados como motivadores das migrações e invasões germânicas e dos povos “bárbaros", estão: ​​​​​​​
A. o único motivo era a diversão guerreira, pois a guerra fazia parte de seu ethos e de seus costumes tribais, considerando que os romanos eram mais fortes e bem treinados e atavam o Império apenas para provocar conflitos para que seus jovens pudessem praticar a arte da guerra e partilhar o butim.
B.  ​​​​​desejo de provar que eram tão poderosos quanto os romanos, fazendo guerra a eles e aos hunos ao mesmo tempo, nesse processo espalhado-se tanto por terras pertencentes ao Império quanto fora de seus limites.
C.  ​​​​​​​crescimento populacional, variações climáticas e imposições de conversões religiosas por parte dos cristãos. Ao serem crisitianizados, esses povos entendiam que se tornavam automaticamente romanos.
D. inveja do modo de vida romano, o qual queriam tomar para si, civilizando-se e deixando para trás seus modos bárbaros. Para tanto, infiltraram-se no Império e copiaram as instituições, a moda, o sistema educacional e, posteriormente, proclamaram-se superiores em tudo aos romanos.
E.  ​​​​​​variações climáticas em razão do resfriamento do Norte, que reduziram as terras agriculturáveis, a pressão de outros povos qua vinham de fora das  fronteiras do Império Romano, em geral da Ásia, ou do extremo Norte da Europa, e crescimento populacional.
4. Na trajetória de constituição do Cristianismo e de sua Igreja, seus fiéis passaram por diversas fases de perseguição alternadas com fases de relativa tolerância. Dois imperadores foram fundamentais para a solidificação institucional da Igreja Cristã, o Império Romano. Quem foram e o que fizeram?
A.  Foram Constantino e Justiniano, o primeiro por meioo da assinatura do Édito de Milão em 313 d.C., que permitiu especificamente as práticas cristãs no Império, e o segundo fez do Cristianismo a religião oficial de Roma em 385 d.C.
B. Foram Constantino e Teodósio, o primeiro por meio da assinatura do Édito de Milão em 313 d.C, um édito de tolerância, segundo o  qual o Império  Romano não se intrometeria nas questões religiosas  de seus membros, e o segundo fez do Cristianismo a religião oficial de Roma em 380 d.C.
C. Foram Diocleciano  e Teodósio, o primeiro por meio da assinatura do Édito de Milão em 284 d.C., que permitiu especificamente as práticas cristãs no Império, e o segundo fez do Cristianismo a religião oficial de Roma em 385 d.C.
D. Foram Constantino e Teodósio, o primeiro por meio da assinatura do Édito de Milão em 303 d.C., que permitiu especificamente as práticas cristãs no império, e o segundo fez do Cristianismo a religião oficial de Roma em 325 d.C., por meio do Édito de Niceia.
E. Foram Constantino e Teodósio, o primeiro por meio da assinatura do Édito de Milão em 303 d.C., que permitiu especificamente as práticas cristãs no Império, e o segundo que fez do Cristianismo a religião oficial de Roma em 385 d.C.
5. Um dos fatores apontados como provocador do esfacelamento do Império diz respeito à questão da concentração de poderes anteriormente divididos em várias instâncias, nas mãos do Imperador. Esse acúmulo de poderes incluía desde a época de Augusto:  
A. O principado que dá ao imperador o direito de presidir encontros senatoriais. O Pontificiado Máximo, que remetia ao cargo máximo decisório nas questões religiosas, o poder tribunício que incluía o direito de veto  e a inviolabilidade da pessoa, o Impérium Consular, responsável pela autoridade administrativa, e o comando militar.
A prática de ensino em História Antiga
Desafio
A educação, em seus diversos aspectos formais ou informais, sempre esteve presente nas sociedades: é a partir dela que as sociedades crescem e se reproduzem, mantêm as tradições e a cultura, renovam os costumes ao longo do tempo. Ela se apresenta de modo informal desde o berço, mas também se organiza com formalidade dentro das sociedades, via ritos de passagem e ciclos educativos diversos. 
Nesse sentido, com base na leitura da Ciropédia de Xenofonte, o seu desafio consiste em elaborar dois textos de apoio para os alunos a partir da resolução das duas questões a seguir:
a) Apresentar o povo escolhido para o trabalho, com sua localização geográfica e contexto geral.
b) Qual é a proposta de educação entre os persas segundo Xenofonte?
Resposta
a) Deve-se mostrar onde se situa a Pérsia. Realizar a apresentação de um mapa antigo para georreferenciar os alunos, assim como a Pérsia inicial e o império em seus limites máximos. Apresentar uma visão geral e um resumo da história dos persas, além do uso de mapaspara apresentar os persas aquemênidas, império que começa com Ciro, o Grande, em 539 a.C., e vai até 330 a.C., quando os persas são vencidos por Alexandre, o Grande, da Macedônia. Apresentar Xenofonte, historiador, filósofo, discípulo de Sócrates e general grego nascido em Atenas, que viveu entre 430 e 355 a.C. e escreveu diversas obras, entre as quais Anábase e Ciropédia; nesta última, o autor retrata a forma de viver dos persas e como se dava a educação entre os persas de sua época.
b) Segundo as informações de Xenofonte, na Pérsia, a educação é pública e obrigatória. Dá-se numa praça chamada Eleutéria, que se divide em quatro repartições: crianças, púberes, homens feitos e os que não têm mais idade para o serviço militar (velhos/idosos). As crianças e os homens feitos comparecem às suas classes diariamente ao amanhecer; os idosos, somente em dias marcados ou quando desejam; os púberes celibatários pernoitam armados em roda dos tribunais; os casados somente são obrigados a comparecer se avisados. Cada classe tem doze chefes. Os chefes mais capazes das classes dos anciãos governam as crianças, para lhes dar educação fecunda; os púberes são dirigidos por superiores dos homens feitos. Os chefes dos homens feitos são da mesma classe e dos idosos. Os meninos até dezesseis ou dezessete anos aprendem sobre justiça, e os crimes são castigados com severidade, assim como as acusações infundadas. Aprendem a gratidão, pois a ingratidão é considerada ato de desprezo para com os deuses, os pais, a pátria e os amigos. Aprendem sobriedade pelo exemplo dos mais velhos, a obedecer aos superiores, a não ser escravos de suas necessidades estomacais. Comem à mesa com seus mestres na hora por eles determinada, trazendo de casa a comida. Aprendem a manejar o arco e a seta. Pelo espaço de dez anos depois da primeira classe, já guardas púberes, alguns pernoitam nos tribunais para guardar a cidade e exercitar a temperança. Vão à caça com o rei, munidos de duas lanças (uma para arremessar e outra para ferir de perto), espada na bainha ou machado, escudo, arco, aljava, sendo a caça entendida como uma espécie de simulacro de guerra. O rei vai à caça e os obriga a caçar. Criam-se hábitos como levantar-se pela madrugada, aguentar o frio e as calmas e fazer exercícios que predispõem a grandes marchas. A alimentação (jantar) também pode ser adiada se preciso. Na caça, se não apanham animal algum, não têm mais do que mastruço (erva) e água, ficando sem o pão. Os que permanecem na cidade fazem rondas, perseguem ladrões e exercitam-se com arcos e setas, disputando entre si ou praticando exercícios públicos com direito a prêmio. As tribos de mancebos bem disciplinados recebiam elogios dos cidadãos, que honram seus chefes. Após dez anos, entram na classe dos homens feitos, onde permanecem por vinte e cinco anos, período em que se tornam magistrados, prestam serviços públicos e vão para a guerra, fase em que usam armas curtas e escudo na mão esquerda, e não mais lanças e arco. Após esse período, passam à classe dos velhos.​​​
Exercícios
1. Herdamos muitas instituições e termos políticos da Antiguidade Clássica. Ao longo dos séculos, muitos deles foram apropriados, ressignificados e utilizados com as mais diversas intenções, nem sempre fiéis ao conceito inicial que recebiam na sua origem. Encontram-se entre os conceitos políticos que ainda hoje permanecem oficialmente em vigor nas estruturas e no sistema político utilizado no Brasil:
A. Democracia, república, assembleia, oligarquia, demagogia, populismo.
B. Senado, assembleias, democracia, aristocracia, caudilhismo, cidadania.
C. Reino-unido, império, república, democracia, tirania, senado, assembleia do povo.
D. Democracia, república, senado, assembleias, cidadania.
E. República, senado, assembleia, populismo, demagogia, ostracismo.
2. As legislações educacionais estão sempre sendo modificadas ou atualizadas e, com elas, os formatos dos cursos. Silva e Gonçalves levantam uma questão referente aos formatos dos cursos de graduação em História, observando que a divisão dos cursos entre bacharelado e licenciatura, formando respectivamente pesquisadores e professores, cria uma visão hierarquizada segundo a qual:
A. para melhor ensinar, os licenciados estudam mais e, portanto, são superiores, pois, além de História, aprendem Pedagogia e Psicologia.
B. os pesquisadores estariam num patamar superior ao dos que se licenciaram, pois a pesquisa seria superior ao ensino, o que não é verdade, já que não há hierarquia entre os dois.
C. a pesquisa é inferior ao ensino, pois, para ensinar, é preciso conhecer e utilizar conteúdo mais abrangente e, para pesquisar, basta procurar na Internet e nos livros.
D. as duas práticas não se comunicam, os pesquisadores não sabem e nem podem dar aulas e os licenciados não podem produzir pesquisas.
E. somente após concluído o mestrado profissional, o pesquisador de história chega próximo de ter o conhecimento adquirido por um licenciado.
3. 
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCNs) e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que indica os mínimos exigidos para os currículos básicos no país, está prevista e ordenada a prática de dois procedimentos pedagógicos específicos que se referem a todas as disciplinas. São eles:
A. A transversalidade, entendida como forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas; e a transposição didática, como instrumento pelo qual se analisa e transpõe o movimento do saber sábio para o saber ensinar e, por este, ao saber ensinado que acontece em sala de aula.
B. A transposição didática, entendida como instrumento pelo qual se analisa e transpõe o movimento do saber sábio para o saber ensinar e, por este, ao saber ensinado que acontece em sala de aula; e a interdisciplinaridade, como abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento e produtora de diálogo entre diferentes saberes, temas, sujeitos e ciências.
C. A interdisciplinaridade, entendida como abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento e produtora de diálogo entre diferentes saberes, temas, sujeitos e ciências; e a transversalidade, como forma de organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas e eixos temáticos são integrados às disciplinas de forma a estarem presentes em todas elas.
D. A interdisciplinaridade, entendida como abordagem epistemológica dos objetos de conhecimento e produtora de diálogo entre diferentes saberes, temas, sujeitos e ciências; e o uso da cartografia, como forma de demonstrar que os mapas podem apresentar diferenciadas informações sobre o mundo.
E. A transposição didática, entendida como instrumento pelo qual se analisa e transpõe o movimento do saber sábio para o saber ensinar e, por este, ao saber ensinado que acontece em sala de aula; e a política, como forma de democratizar o conhecimento escolar a partir da eleição de temas a serem tratados em sala de aula.
4. 
A cartografia é uma ciência que auxilia várias outras disciplinas e é fundamental para diversas profissões, existindo desde a Antiguidade. Com relação às representações cartográficas, sabe-se que são elaboradas sob influência do contexto no qual surgem. Conforme o entendimento de Letona no que tange à questão da objetividade desses mapas, pode-se afirmar:
A. Os produtores de cartografia, os cartógrafos, são totalmente objetivos e isentos de interferências que não as relativas aos cálculos matemáticos aos quais foram submetidos antes de serem escritos.
B. Mesmo uma concepção cartográfica considerada objetiva em sua época deve ser questionada em sua objetividade, estendendo-se a possibilidade de questionamento para mapas de qualquer período.
C. Os mapas mesopotâmicos eram mais objetivos e corretos quanto às suas informações, porque os sumérios tinham grandes geógrafos e astrônomos entre seus sábios, o que permitiu que fizessem grandes conquistas.
D. No contexto egípcio, baseados nos cálculos realizados nos templos de Toth, para que obtivessem maior objetividade,os mapas incluíam conhecimentos esotéricos para que os comerciantes do faraó nunca errassem os caminhos.
E. Em matéria de construção de mapas, assim como de calendários, os povos da América estavam muito mais adiantados tecnologicamente, o que fazia de seus mapas os mais objetivos da Antiguidade.
5. 
História e Geografia são disciplinas que estão interligadas em diversos pontos. A História, ao estudar a ação do homem no tempo e no espaço, se comunica com a Geografia, e esta, em várias de suas divisões, é afetada pelas ações dos homens no espaço. No que tange à geografia política e às questões de fronteira, sua mutabilidade (criação/expansão/redução) se dá:
C. a partir de construções políticas, pois as fronteiras não são naturais (embora seus marcos legais possam ser), sendo, portanto, passíveis de serem alteradas por guerras de conquista, acordos, compras de territórios, migrações, desastres naturais e decisões colegiadas de organismos como a ONU.
História Antiga: recortes, temas e fontes
Desafio
Entre os antigos, em algumas sociedades, a prática de infanticídio era comum. Ocorria por razões diversas: para evitar o resultado de uma profecia, para esconder um ato social ou religiosamente não permitido, porque a criança nasceu com deficiência, etc.  Esses são alguns exemplos de motivos para a prática em si, registrados em lendas e  literaturas, em alguns casos confirmados pela arqueologia. Diferente situação ocorria com relação aos sacrifícios humanos, em geral, realizados em rituais de cunho religioso por exigência de um deus, como agradecimento ou moeda de troca. É necessário lembrar que para aquelas populações e culturas, tais atos, infanticídios e sacrifícios, eram práticas normais no contexto cultural em que viviam.
Imagine que, como professor de História, você tenha sido convidado a participar de um seminário ou simpósio sobre História Antiga e a apresentar uma comunicação em uma mesa dividida com mais dois colegas e seu tema seja o "sacrifício humano na antiguidade mediterrânica".  Para a comunicação (15 minutos), você deverá compor um texto sobre a prática de sacrifícios humanos na antiguidade mediterrânica utilizando exemplos da prática do sacrifício entre pelo menos dois povos da antiguidade, podendo os exemplos ser provenientes da literatura e da mitologia antiga ou de estudos históricos e arqueológicos.
Resposta
Na antiguidade, a prática de orações, cânticos, hinos, procissões, festivais religiosos, oferendas e sacrifícios aos deuses eram comuns, e algumas sociedades praticavam sacrifícios humanos. Os sacrifícios eram realizados por obrigação religiosa, para aplacar a ira dos deuses ou para agradecer ou persuadir os deuses a propiciarem o que se desejasse. Também podiam ser considerados como “preço de sangue” a ser pago ao deus ou ao inimigo que o representava. Dentre os povos mediterrânicos que praticavam sacrifícios humanos estão os egípcios e os gregos
No Egito Antigo, os faraós praticavam uma religião funerária e acreditavam numa vida melhor na pós-morte para aqueles que conseguissem passar pelo julgamento de Amenti, em que o coração do morto era pesado e deveria ser mais leve que uma pena para que ele pudesse entrar no reino de Osiris seguindo em direção à próxima vida.
Por isso, pensando em seu conforto na pós-vida, inicialmente, faraós e outros poderosos egípcios levavam para suas tumbas ou pirâmides, além de seu enxoval mortuário (móveis, roupas,  ouro, riquezas, comidas, bebidas, etc.), os servos (que eram enterrados  vivos na tumba junto ao morto) para servi-los na próxima vida. Assim sendo, o sacrifício humano era parte da crença religiosa que incluía uma outra vida, a pós-vida em que tudo era melhor, de qualidade e em quantidade superior. Os servos sacrificados com o seu senhor, fosse este o faraó ou outro morto, seriam ressuscitados também para servi-los no além. 
Posteriormente, os egípcios passaram a utilizar Ushabtis em substituição dos servos vivos. Os Ushabits são pequenas estatuetas que passaram a representar os servos, os seus trabalhos e as diversas funções realizadas para os seus senhores na próxima vida.
Entre os gregos, um exemplo famoso de sacrifício humano é o ocorrido durante a Guerra de Troia.  A literatura homérica registra que, estando os gregos prontos para ir guerrear contra Troia, uma calmaria se faz e os navios ficam parados. Questionando ao sacerdote sobre o motivo, Agamenon, o líder dos gregos, é informado de sua culpa porque anteriormente  despertara ira de Ártemis, a deusa da caça,  pois havia matado uma corsa a ela consagrada e se vangloriado disso. Ele então fizera uma promessa à deusa. Prometera à Ártemis (sem saber da gravidez de sua esposa Clitemnestra) sacrificar a mais bela menina nascida em seu reino, Micenas, no ano em que Ifigênia nasceu. Mas à época não tivera coragem de sacrificar a própria filha recém-nascida. Lembrado disso, sabendo da ira da deusa, cumpre o prometido e sacrifica sua própria filha, Ifigênia, a Ártemis para aplacar a ira e para que os gregos vencessem a guerra.  Nenhum apelo, fosse da esposa Clitemnestra ou mesmo de Aquiles, foi capaz de demover Agamenon da ideia de que sacrificar sua filha era válido/necessário  para vencer a guerra, mesmo porque havia muitas cobranças e, a tal altura, os gregos, dadas suas crenças, não o seguiriam se não cumprisse a promessa, exigiriam seu cumprimento.
Esses são dois entre muitos exemplos em que a literatura, a mitologia e a arqueologia nos mostram sobre a religião, a política e os sacrifícios humanos realizados para os deuses na antiguidade.
1. Em muitas sociedades antigas os reis e imperadores eram divinizados em vida ou após a morte. No Antigo Egito, os faraós, ao serem entronizados, eram transformados em Hórus, se tornavam divinos e, a partir da quinta dinastia, eram chamados de filhos de Rá. A sucessão seguia regras de hereditariedade que incluíam casamentos caso o rei não fosse filho do antigo faraó. A teoria político-religiosa egípcia apresentava o rei como:
A. um homem que era incorporado por um deus quando a necessidade imposta pela guerra, a fome ou a peste se fazia presentes, que reinava em nome desse deus, sendo considerado filho de outro deus, mas somente se tivesse nascido do faraó anterior.
B. um deus vivo e a origem de todos os poderes, vinculado pela entronização à linha sucessória divina , centro de todas as coisas, inclusive dos países estrangeiros que a ele deveriam se subordinar.
C. um rei que era também pontífice máximo e escolhia um entre os deuses do Egito para ser o deus de sua dinastia, cujo culto público e privado impunha aos súditos deixando os demais deuses com cultos suspensos.
D. um sacerdote,  escolhido e ungido por um profeta que solicitava por meio de oferendas poder aos deuses como forma de legitimação de seu domínio sobre o povo e as terras do Egito.
E. qualquer membro da família real poderia sentar-se ao trono e empunhar a coroa do Alto Egito após passar pelo ritual real e sacrificar Ápis, o touro, com as próprias mãos numa cerimônia pública.
2. 
Os povos da Antiguidade,  em geral, eram politeístas. Segundo o entendimento de Fustel de Coulanges, tanto na Grécia quanto em Roma, inicialmente, antes mesmo de existirem cidades, existiam deuses familiares, chamados lares, que não aceitavam culto de estranhos. Quais eram os procedimentos tomados a esse respeito pelos grupos quando da formação de tribos e fratrias e, posteriormente, Pólis e Civitas?
A.  Democraticamente, os chefes de família  se uniam e faziam uma votação que abrangia todos os homens maiores de 21 anos e menores de 60 anos como eleitores e escolhiam o deus da tribo ou fratria; nas cidades isso acontecia por sorteio, crendo-se que o deus mais poderoso faria surgir seu nome no papel ou pedra sorteados.
B.  As uniões de famílias em tribos ou fratrias e posteriormente em cidades produziam um novo deus, desenhado em seus atributos as características que cada novo grupo desejava que fossem repassadas aos cidadãos.
C. Escolhia-se um novo deus entre deuses de outros povos e adotava-secomo o deus da tribo ou fratria, quando estas se juntavam para formar uma cidade, repetiam o processo buscando outro deus que não fosse o já cultuado por nenhuma das tribos.
D. Ao se unirem para formar tribos ou fratrias, as famílias gregas ou latinas concebiam um novo deus, divindade superior às domésticas pertencente a vários grupos para a qual criavam altar e culto; o mesmo ocorria por ocasião da união de tribos ou fratrias para formação da cidade.
E. Na Grécia, onde a democracia era dominante, exceto por Esparta e algumas outras pequenas cidades, o deus da fratria e da cidade eram eleitos pelos cidadãos. Em Roma, vencia o deus lar ou antepassado da família mais poderosa  na formação da tribo ou cidade , a quem os deuses de todas as outras famílias passavam a se subordinar​​​​​​​
3. O cristianismo a princípio era entendido tanto por judeus-cristãos quanto por romanos como uma seita judaica. A influência de Paulo foi decisiva para a universalização do Cristianismo. As divisões entre o Judaísmo e o Cristianismo sempre estiveram presentes, tanto nas relações entre apóstolos como entre grupos distintos do Judaísmo. A separação definitiva entre as duas vertentes religiosas ocorre:
A.  a partir da conversão de Paulo, um judeu-romano,que anteriormente caçava cristãos e após se converter resolveu abandonar o Judaísmo e levou os chamados judeus-cristãos a negarem sua parte judia, tornando-se somente cristãos.
B.  a partir da morte de Paulo e Pedro em Roma, os devotos da doutrina de Jesus, revoltados com os judeus que o mataram e com os romanos que consideravam Pedro e Paulo como judeus-cristãos, resolveram tirar a palavra judeu de sua confissão religiosa.
C.  a separação final ocorreu quando os romanos destruíram o segundo templo e arrasaram Jerusalém, dando início à diáspora judaica, em 70 d.C.; pouco antes do evento, os cristãos  já haviam abandonado  a cidade, passando ao outro lado do Jordão.
D.  em verdade, eles não se separaram até que a Igreja Cristã conseguisse se tornar aceita em Roma e posteriormente religião oficial do Império, momento em que os cristãos não precisavam mais se dizer judeus-cristãos. 
E.  não houve separação; com a queda de Jerusalém e a destruição do segundo templo, o Judaísmo desapareceu, só voltando a reaparecer na Europa no final da Idade Média. A Igreja Cristã, no entanto, continuou viva e cresceu em força e poder, tornando-se independente. 
4. 
Você aprendeu que a escravidão esteve presente em quase todas as sociedades antigas, e que ocorria a partir de diferentes situações para atender a diferentes demandas. Segundo o entendimento de Perry Anderson, a escravidão sempre existiu, porém ela toma outra característica a partir da ação de gregos e romanos. A que transformação realizada na instituição da escravidão a partir das sociedades gregas e romanas Anderson está se referindo?​​​​​​​
A.  Anderson se refere à escravidão por dívidas que entre os Romanos foi abolida pelo código das Doze Tábuas e entre os gregos variou de cidade a cidade, sendo proibido por Aristóteles aos gregos escravizar outros gregos.
B. Os escritos e as decisões de Péricles que, a partir de Atenas, envia aos gregos uma mensagem sobre a importância de somente fazer escravos entre os povos mesopotâmicos e sempre poupar da escravidão romanos e egípcios.
C. A transformação da escravidão em um modo de produção escravo adotado inicialmente pelos gregos e posteriormente pelos romanos,  permitindo, segundo o autor, constituir uma base definitiva tanto para suas realizações quanto para seu eclipse.​​​​​​​​​​​​​
D. Antes que gregos e romanos começassem a escravizar pessoas, a escravidão somente se dava por dívida ou por crime, sendo essas formas, segundo o autor, “impuras” juridicamente falando. Isso não ocorreu na Grécia e em Roma, pois esses povos também escravizavam por guerra.
E. Anderson se refere ao colonato, que em Roma, por tabela na Grécia, depois de Roma, e nos locais do antigo Império, substituiu com louvor a escravidão e produziu muito mais para o Estado que o sistema anterior.
5. A antiguidade vem sendo retratada pelo cinema há tempos e, nos últimos anos, alguns filmes com temáticas antigas vêm sendo refilmados ou ganhando novas versões. Utilizar filmes para ensinar História Antiga em sala de aula exige atenção, pois, segundo o entendimento de Marc Ferro:
A.  desde que se tornou uma arte, o cinema, sob a aparência da mera representação, introduz nos filmes ficção e documentários, doutrinas e glorificações.
Avaliação
1. Finalmente na cultura, destacamos que de acordo com CORASSIN (2003), em tais ocasiões, havia muito pouca:
atividade intelectual
2. É atribuído à soberania incipiente no discurso medieval corresponde, antes de tudo, à imagem do juiz supremo, ou seja, para o imaginário jurídico medieval. Estamos nos referindo a:
absolutismo
3. Estudamos um eixo temático que refere-se às grandes civilizações, ou seja, os maias, os astecas e os incas, todos eles abordados do ponto de vista de suas formas básicas de organização social, econômica e política. MEGGERS (1979). Essas civilizações são chamadas de
pré-colombianas
4. De acordo com AZIZ (2012), vale destacar que houve escravidão na civilização maia. Supõe-se que esses escravos seriam a força de trabalho para a construção das colossais pirâmides, mas ajudados:
pelos camponeses 
5. Santo Tomás de Aquino ensinou que o poder supremo surgiu a partir de uma base puramente humana, nomeada de:
o ato do povo
6. Não tinha voz nos assuntos públicos e os senadores perderam todos os privilégios políticos que anteriormente correspondiam à sua categoria. Ao mesmo tempo, o direito de autonomia municipal desapareceu em todo o Império. Estamos nos referindo a:
Senado
7. Era um mítico rei de Tebas, Laio e o filho de Jocasta que inadvertidamente matou seu pai e se casou com sua mãe, este foi predito pelo oráculo de Delfos, que representa o destino. Estamos nos referindo a:
Édipo
8. De acordo com AZIZ (2012), desenvolveram o sistema de escrita mais completo de todos os povos indígenas das Américas. Com ele escreveram todo tipo de textos: medicina, botânica, história, matemática, astronomia. Estamos nos referindo a: 
Maias
9. As aparências enganam se originou na literatura clássica e as obras de Virgílio referiu-se ao cavalo de Tróia. A qual tópico literário estamos nos referindo?
fallitur visus
10. Os valores monetários nominais continuaram aparecendo no ouro e prata, mas a moeda de prata, usada por mais de trezentos anos no Império, desapareceu na prática, porque os imperadores começaram a reduzir agressivamente o valor da prata nas moedas, que cada vez mais eram compostas de cobre ou bronze e perdiam seu antigo poder de compra. SILVA (2009) Como se chamava essa moeda? 
Denário
11. A tese da "plenitudo potestatis" está exposta no "Dictatus Papae" de Gregorio VII, no ano 1075. Dos vários pontos que o "Dictatus" expõe, existe um mais importante que indica que o papa é o senhor supremo do mundo, acima de todos os reis e, é claro, acima do: 
Imperador
12. A cultura grega tem sido e é mais do que puro uso do cérebro. Os jogos pan-helênicos originaram-se na Grécia antiga, centrado em torno de esportes individuais, como corrida, boxe, corrida, salto em distância, lançamento de dardo e disco. GIARDINA (1996). Qual esporte também importante se originou na Grécia?
B - os Jogos Olímpicos

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