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CORRENTE GALVÂNICA. A corrente galvânica apresenta fluxo constante de elétrons em uma só direção. Em uma solução os ions podem se dispersar pelo meio como também associar-se uns com os outros devido a carga existente entre eles (repelindo/atraindo) este efeito chama-se eletroforese. Os ânions seguem em direção ao polo positivo (ânodo) e os cátions se dirigem em direção ao polo negativo (cátodos): O polo positivo é vermelho + (o eletrodo positivo chama-se ânodo); O polo negativo é preto – (o eletrodo negativo chama-se cátodo). EFEITO ELETROTERMAL. O tráfego da corrente elétrica através de íons contidos nos líquidos orgânicos produz calor, entre 1e2 graus na pele sob os eletrodos; Não causa sensação térmica na pele, podem ocorrer queimaduras de origem química. Após a concentração de íons corre reação química. EFEITO ELETROQUÍMICO. Eletrólise é o uso de energia elétrica para produzir reações químicas. Quando a corrente galvânica é aplicada no corpo os íons positivos (cátions) e negativos (ânions) dissolvidos nos fluídos corporais são movimentados, segundo sua polaridade em direção a região subcutânea próxima da colocação dos eletrodos na superfície da pele. Anodo: Formação de ácido. Cátodo: liberação de oxigênio e base. EFEITO POLAR. Ocorrem diretamente na pele sob os eletrodos. Consiste nas reações que se produzem pela chegada e acúmulo de íons abaixo dos eletrodos. Sob o eletrodo+ : São produzidos na pele ácidos com a liberação de oxigênio e ocorre formação de HCl (ácido clorídrico) deixando a pele ressecada e endurecida. Nota-se uma leve depressão cutânea pela retirada de líquido. Redução do ph pela acidez tecidual; Anaforese: rejeição de + Aneletrotonus: sedação elétrica nervosa; Vaso constrição; Excesso de carga= queimadura acida. Sob o eletrodo - : são atraídos sódio e outros cátions formando reação alcalina (OHNa) deixando a pele com aspectos úmido e amolecida pelo acúmulo de líquido. Ocorre vasodilatação e excitação nervosa. Elevação do ph; Cataforese: rejeição negativa; Cateeletrotonus: excitação elétrica nervosa; Vasodilatação; excesso de carga = queimadura alcalina. POLO POSITIVO: Repele os líquidos polo drenante. (analgesia) POLO NEGATIVO: Atrai os líquidos polo hidratante. (vasodilatação) ENDOSMOSE: transferência de líquido de um polo para o outro. COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS. Longitudinal: usado em casos de analgesia e excitação elétrica nervosa para a drenagem de edema. Transversal: áreas menores usando um eletrodo em cada lado do segmento utilizado em articulações ou palmar (iontoforese). DOSIMETRIA. Multiplicar a área do eletrodo e a resultante deve ser multiplicada por 0,15. Resultado será em mA/cm². 10cm 10x15= 50cm 50x0,15= 7,5 mA/cm² IONTOFORESE. Uso da corrente galvânica para aumentar transmissão de fármacos. REVISÃO NEUROANATOMIA. Epimísio: Tecido fibroso que reveste a parte externa do músculo responsável pela transferência de tensão do músculo para o osso. Feixes musculares (fascículos): Podem conter até 200 fibras musculares. Perimísio: Recobre os fascículos. Endomísio: Recobre as fibras musculares, nutre e inerva cada fibra (conduz capilares e nervos). Sarcolema: Encontra se abaixo do endomísio através do qual a inervação percorre. Atinge a unidade contrátil individual de cada músculo (sarcômero) pela transmissão química. O neurônio motor alfa comunica-se com a fibra muscular liberando o neurotransmissor Aco (Acetilcolina) na junção neuromuscular, a sinapse especializada entre o nervo e o músculo esquelético. TIPOS DE FIBRAS MUSCULARES. Fásicas (brancas): Contêm poucas mitocôndrias e utilizam o metabolismo anaeróbio (sem oxigênio). Essas fibras contraem-se de maneira rápida e potente, porém entram em fadiga facilmente. (VELOCIDADE) Tônicas (vermelhas): São caracterizadas por uma grande quantidade de mitocôndrias e enzimas especializadas para o metabolismo oxidativo energético. São relativamente lentas para contrair, porém mantêm a contração por muito tempo sem fadiga. São músculos antigravitacionais. (SUSTENTAÇÃO). Deslizamento entre a actina e miosina e diminuição do tamanho do sarcômero= Contração. ELETROESTIMULAÇAO FUNCIONAL- FES. O Fes é uma técnica destinada a produzir contrações mediantes a trens de impulso. Atua nos neurônios motores (eferentes). Ativação nervosa controlada por meio de corrente de baixa frequência para produzir uma destinada resposta em musculo paralisado. CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO. O paciente não deve conservar a sensibilidade na região de fixação dos eletrodos, pois a estimulação é muito intensa e sensitivamente pouco suportável. A musculatura e nervo que será estimulado deverá ter conservado a atividade motora e nervosa (mesmo que falte o controle central), senão a estimulação não conseguirá resposta adequada. INDICAÇÃO. Na espasticidade leve e moderada com melhores resultados nas lesões corticais, pois relaxam os músculos espásticos por inibição recíproca (EFEITO IMEDIATO) e podem provocar alterações de viscosidade elástica muscular (EFEITO TARDIO). As enfermidades que acometem o neurônio motor inferior e a placa motora NÃO RESPONDEM AO FES. PARAMETROS. Frequência: Sugere-se uma variação de 10 a 50 Hz. F. BAIXA: 10Hz não permite contração muscular funcional eficiente. F. ALTA: > 50Hz produz fadiga muscula. Tempo de contração: É dividido em tempo ON e OFF. ON: Tempo em que um trem de pulso é fornecido, tempo de contração muscular, quando ocorre o encurtamento das fibras musculares. (ON: R+P+D) 1. RISE: Início do estímulo contração concêntrica. 2. PLATÔ: Contração isométrica (não possui ajuste no aparelho). 3. DECAY: Fim do estímulo, contração excêntrica. OFF: Tempo em que cessa a contração muscular, esse tempo deve ser maior ou igual ao ON para não gerar fadiga (histórico do paciente). CONTRAINDICAÇÕES. Osteoporose severa; Limitação articular importante Alteração cardiovascular e circulatória; Lesão trófica; Espasticidade severa; Epilepsia. CORRENTE RUSSA. Estimulação do músculo através do seu nervo periférico intacto, que não apresenta distúrbios de excitabilidade elétrica, com o objetivo de restaurar, manter ou melhorar a sua capacidade funcional. Muito parecida com o Fes. INDICAÇÃO. Restabelecimento da sensação de contração muscular, indicada no pós-operatório ou pós trauma; Aumentar a forma e massa muscular para melhorar a estabilidade ativa de uma articulação; Manter as condições funcionais do músculo; Recuperar as atrofias e desequilíbrios musculares secundárias a imobilização ou sedentarismo. PARAMETROS. Frequência: Dividido em duas. PORTADORA: É a corrente de média frequência que vai gerar a corrente de baixa frequência para a estimulação muscular. Normalmente é de 2500Hz. (Não vai alterar, já vem regulada no aparelho). MODULADA: É definida como a frequência de bursts por segundo (bps). É a frequência que será utilizada para estimulação neuromuscular dos tipos de fibras musculares distintas. Varia entre 0 a 150Hz. FIBRAS TÔNICAS: 30 A 40HZ. FIBRAS FÁSICAS: ACIMA DE 50HZ. Tempo de contração: Separado em ON e OFF; Sugestão de uso de tempo de subida e descida: No início do tratamento 3 segundos e depois em uma fase mais adiantada 2 segundos. (deve se usar gradual a partir do que o paciente precisa: contração concêntrica, excêntrica e isométrica). Ciclo de trabalho: Podemos encontrar aparelhos que fornecem parâmetros moduláveis de % de ciclos de 20%, 30%, 50%. (corresponde a quantidade de corrente dentro da rajada. Ex:20% de corrente e 80% de intervalo) Normalmente usamos 20% em pacientes na fase aguda da recuperação ou hipersensíveis à estimulação elétrica. E optamos pelo parâmetro de 50% em situações crônicas, pacientes bem condicionados ou namaioria das disfunções estéticas. Até obter a contração muscular (mA). Tempo: 10 a 20 minutos por grupo muscular em pacientes em início de tratamento ou descondicionados. 30 a 40 minutos por grupo muscular em pacientes em fase avançada ou condicionados fisicamente (atletas). Modos: Regime de emissão de corrente nos canais de saída. MODO SINCRÔNICO: Todos os canais funcionam ao mesmo tempo. MODOS RECÍPROCO: Enquanto alguns canais estão ON outros estão OFF e depois inverte. MODO SEQUENCIAL (drenagem linfática): como existem vários canais a corrente é emitida em um canal, em seguida no canal vizinho, a seguir no próximo canal e assim sucessivamente. Colocação dos eletrodos: Para melhor qualidade do tratamento de eletroestimulação deve-se colocar os eletrodos nos pontos motores que são as áreas de maior excitabilidade e necessitam de menor quantidade de corrente para que haja excitação neuromuscular (Mapa de pontos motores).
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