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Delimitação do tema de pesquisa: O desenvolvimento deste estudo abrangeu uma pesquisa bibliográfica buscando imbricamento de saberes acerca do tema biossegurança na perspectiva interdisciplinar do curso de biomedicina em uma Instituição de Ensino Superior Privada.
 	
 BIOSSEGURANÇA IMBRICADA A INTERDISCIPLINARIDADE DE UM CURSO DE BIOMEDICINA: COMPONDO UM MOSAICO EDUCACIONAL.
 
Fabiana Martin
Jonnas Brunnquell 
 
Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI
Biomedicina (BBIO353) - Seminário Interdisciplinar
24 - 11 - 2021
 
Resumo:
O advento do século XXI proporcionou mudanças significativas na forma de produzir e divulgar conhecimentos. Os avanços no campo científico-tecnológico perpassam nossa realidade e interferem diretamente no Ensino Superior que por sua vez, busca enfrentar a complexidade dos problemas contemporâneos através de múltiplos olhares e perspectivas. Nesse contexto, observa-se uma crescente preocupação com a aplicação da perspectiva interdisciplinar em um curso de Biomedicina de uma Instituição de Ensino Superior Privada, a qual busca atrelar o tema biossegurança como ferramenta interdisciplinar. Contudo, tal tarefa não é algo simples ou fácil de ser colocado em prática. Mudar a concepção racional, ordenada e fragmentada da disciplinaridade, para a coesão, articulação e imbricamento de saberes na perspectiva interdisciplinar no enfoque da biossegurança é algo complexo que demanda estudo, análise, pesquisa e trabalho em conjunto com os seus pares. A escolha metodológica desta pesquisa enfatiza uma revisão bibliográfica, de conteúdo específico “biossegurança” disposto na grade curricular da terceira fase, a qual abarca conceitos do referido tema. A partir das análises produzidas é possível concluir que a IES é por excelência um espaço de múltiplas disciplinas e olhares sobre o objeto de conhecimento, sendo um campo profícuo para a emergência de perspectivas e práticas interdisciplinares. Contudo, apesar do ensejo de aplicar a interdisciplinaridade, observa-se que sua prática é muito mais disciplinar do que interdisciplinar no curso de Biomedicina da instituição avaliada, visto que este possui uma base disciplinar acerca do conceito de biossegurança.
Palavras-chave: Biomedicina. Ensino Superior. Biossegurança.
 
1 INTRODUÇÃO
Desde o final do século XX, a produção do conhecimento em todas as áreas passa por um processo de aceleração resultante da crescente unificação entre ciência, tecnologia, trabalho e cultura, criando um novo objeto e campo do conhecimento científico. É nessa conjuntura que emerge o campo da Biossegurança, que procura discutir eticamente interfaces entre a adoção de processos laborais seguros e preocupações ambientais de caráter amplo, envolvendo diferentes aspectos relativos à segurança do ambiente e da saúde humana (ROCHA et al, 2012).
O conceito de Biossegurança, do termo em inglês “biosafety”, foi inicialmente aplicado para indicar um conjunto de ações necessárias à contenção de riscos inerentes à exposição ou liberação acidental de agentes infecciosos em laboratórios, tendo como preocupação central a construção de ambientes saudáveis. Avanços da ciência e da tecnologia trouxeram diferentes inquietudes, ampliando seu foco e campo de aplicação de modo a abranger a construção de sistemas de prevenção e controle para diferentes situações de risco (CARDOSO, 2008; NAVARRO, CARDOSO, 2007).
O campo da Biossegurança discute hoje temas complexos que integram objetos tratados por diferentes áreas do conhecimento científico (ROCHA, 2003). Com a implementação dentros de laboratórios clínicos, bioquímicos e químicos por exemplo, numa exigência reflexiva que não é mais possível de ser abarcada pelas disciplinas tradicionais.
Essa perspectiva interdisciplinar da Biossegurança possibilita a articulação de aspectos teóricos, elementos históricos, políticos, ideológicos, subjetivos e culturais em um processo de construção de conhecimento que procura responder aos desafios teóricos e práticos impostos pelas constantes mudanças no mundo, decorrentes das intervenções humanas sobre a natureza, mediadas pelos avanços científicos e tecnológicos.
Na tentativa de explicar o mosaico de disciplinas, que denominamos a interdisciplinaridade composta por disciplinas dispostas na grade curricular da terceira fase do curso de Biomedicina de uma Instituição de Ensino Superior Privada, apresentaremos essa revisão bibliográfica do referido tema “biossegurança”.
1.1 Problema
Quais os imbricamentos de saberes dispostos em disciplinas alocadas na terceira fase do curso de Biomedicina acerca do tema biossegurança, que podem refletir a presença de uma interdisciplinaridade?
1.2 Justificativa
A falta de implementação acerca do tema biossegurança imbricado em algumas disciplinas do curso de biomedicina podem deixar lacunas na formação de um profissional e oferecer riscos físicos, químicos e biológicos na atividade laboral cotidiana de profissionais recém formados. Sensível à problemática, este estudo avaliou a situação real vivenciada por acadêmicos matriculados na terceira fase de uma IES privada.
Nos últimos anos, constata-se a necessidade de reorganização dos currículos dos cursos de ensino superior da área da saúde, buscando considerar as diretrizes curriculares necessárias na constituição educacional da profissão do biomédico.
 
1.3 Objetivo
1.3.1 Objetivo Geral
O presente estudo buscou identificar se existe uma correlação do tema biossegurança em disciplinas alocadas na terceira fase do curso de Biomedicina.
1.3.2 Objetivos Específicos
- Avaliar aspectos relacionados à biossegurança nos laboratórios clínicos;
- Verificar aspectos relacionados à biossegurança nos laboratórios de bioquímica e química;
- Observar aspectos relacionados à biossegurança nos laboratórios anatômicos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Biomedicina
A biomedicina vive uma situação sui generis: bloqueada internamente pela sua própria conformação institucional e paradigmática (TESSER; LUZ, 2008). Perdeu progressivamente, ou não desenvolveu sua capacidade interdisciplinar ao longo da graduação.
Dentro deste contexto, os esforços na construção de um perfil pessoal e profissional do biomédico com um olhar atento para a biossegurança gera avanços que podem ser refletidos na “direção de uma formação humanística que dê condições ao egresso de exercer a profissão em defesa da vida, do ambiente e do bem estar dos cidadãos” (ZUCCO et al, 1999).
2.2 Biossegurança
É um conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização e eliminação de riscos (TEIXEIRA; VALLE, 1996). Para a saúde, ajuda na proteção do meio ambiente contra resíduos e na conscientização do profissional. O conceito de biossegurança tem sido muito discutido e valorizado nos dias atuais.
Nos anos 70, uma série de estudos detectou que os profissionais de laboratórios clínicos e área da saúde apresentavam mais casos de tuberculose, hepatite B e shigelose, do que pessoas envolvidas com outras atividades. Nesta mesma época começou uma construção do conceito de biossegurança na reunião de Asilomar na Califórnia (GOLDIM, 1997). Onde a comunidade científica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade, a partir daí o termo biossegurança, vem ao longo dos anos, sofrendo alterações, colocando em foco a saúde do trabalhador aos riscos biológicos no ambiente ocupacional, riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos, até o termo atual.
2.3 Biossegurança imbricada no Laboratório Clínico.
Os laboratórios clínicos apresentam uma série de situações, atividades e fatores potenciais de risco aos profissionais, os quais podem produzir alterações leves, moderadas ou graves. Podem causar acidentes de trabalho e/ou doenças profissionais nos indivíduos a eles expostos (POSSO, 1988) Os líquidos biológicos e os sólidos manuseados nos laboratórios de análises clínicas são, quase sempre, fontes de contaminação.
Devemos ter cuidados, para não haver contaminação cruzada dos materiais, não contaminar o pessoal dolaboratório, e da equipe de limpeza, os equipamentos e o meio ambiente através de aerossóis. Esses cuidados mais o descarte dos materiais fazem parte das boas práticas em laboratório clínico, seguindo as regras de biossegurança.
Na opinião de especialistas que discutem a biossegurança, o grande problema não está nas tecnologias disponíveis para eliminar e minimizar os riscos e, sim, no comportamento dos profissionais (PEREIRA et al, 2009).
A biossegurança não está apenas relacionada a sistemas modernos de esterilização do ar de um laboratório ou câmaras de desinfecção das roupas de segurança. Um profissional de saúde que não lava as mãos com a frequência adequada ou o lixo hospitalar descartado de maneira errada são práticas do dia-a-dia que também trazem riscos (ANVISA, 2005).
Por isso a adoção de normas de biossegurança em laboratórios clínicos é condição fundamental para a segurança dos trabalhadores, qualquer que seja área de atuação, pois os riscos estão sempre presentes, porém é importante que o profissional da área da saúde procure fazer treinamentos e ter acesso às informações que podem contribuir de forma decisiva para melhoria das condições de própria segurança, livrando-os dos riscos desnecessários que enfrentam o seu dia-a-dia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004).
2.4 Biossegurança imbricada nos laboratórios de Química Geral e Orgânica.
Os laboratórios de ensino, dos cursos de graduação em biomedicina, constituem um dos lugares mais importantes na formação profissional. Diante dessa consideração, fica evidente a importância das atividades laboratoriais na formação do biomédico ao longo de sua graduação, uma vez que as práticas permitem uma compreensão mais detalhada de diversos fenômenos químicos.
Por outro lado os laboratórios são lugares que apresentam alto potencial de acidentes, pela especificidade do trabalho que pressupõe a presença de diversas substâncias letais, tóxicas, corrosivas e irritantes, inflamáveis ou instáveis e pela utilização de aparelhos, como por exemplo, aqueles que emitem radiações (SILVA et al, 2007). Acrescentando-se a isso o fato de que o laboratório pode ser gerador de sérios problemas socioambientais. Todavia, esses tipos de riscos podem ser controlados e minimizados quando são tomadas certas medidas de segurança.
Para isso foram quantificados os riscos e analisados os seus componentes, bem como adquiridas informações sobre segurança e sanidade dos reagentes químicos usados nos processos químicos e ou bioquímicos, usualmente utilizados nas atividades dos profissionais que atuam nos laboratórios e as condições dos mesmos, no sentido de prevenir os perigos e riscos inerentes ao local (SILVA et al, 2007).
Um diagnóstico possibilita a identificação de possíveis indicadores que se constituem em medidas-síntese fundamentais que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado de segurança. Tais informações, apoiadas em dados válidos e confiáveis, são condições essenciais para a análise objetiva da situação dos ambientes de trabalho, contribuindo para a tomada de decisões, não mais intuitivas, todavia, baseadas em evidências (SILVA et al, 2007).
2.5 Biossegurança imbricada nos Laboratórios Anatômicos
A anatomia segundo Guyton e Hall (2017), é um campo que estuda e busca compreender as estruturas que compõem determinadas partes do corpo e suas relações. Tais estruturas podem ser vistas, sentidas e examinadas. Esta é uma área com inúmeras subdivisões, cada uma fornecendo informações quanto a sua composição e formato.
É a área que estuda as grandes estruturas (unidades) do corpo, sendo estas visíveis a olho nú como coração, pulmão, músculo, fígado, rins, intestino, dentre outras peças que compõem o organismo humano. De acordo com Silva et al. (2018), a palavra anatomia vêm do grego, gerando significado acerca de “cortar em partes”, relacionando-se mais estreitamente à anatomia macroscópica permitindo, assim, o manuseio de peças (órgãos dissecados e preparados), possibilitando o seu manuseio e exploração, para que o estudo e o aprendizado aconteçam.
Silva (2010) afirma que a anatomia regional trata determinadas estruturas como músculos, ossos, vasos sanguíneos, dentre outras partes pertencentes ao mesmo sistema e são estudadas e exploradas simultaneamente. Sobre a anatomia sistêmica, nesta etapa estudaremos apenas sistema por sistema, ou seja, se você possui como objetivo estudar o coração, seus esforços estarão direcionados em compreender sobre as estruturas que compõem os sistemas cardiovascular e a rede vascular de todo o corpo.
Os riscos inerentes ao processo de trabalho aos quais funcionários, professores e alunos estão expostos em laboratórios de ensino e pesquisa podem ser classificados em: biológicos, físicos e químicos de acordo com a Norma Regulamentadora-09 (NR-09) do guia trabalhista e ergonômicos e acidentais de acordo com a NR-05 da legislação trabalhista. O mapa de risco consiste em um critério importante para identificar os riscos em um ambiente de trabalho.
No Laboratório de Anatomia de IES, de uma forma geral verificam-se riscos, sendo classificados como alto os riscos químicos evidenciados pela manipulação de produtos químicos tóxicos, bem como, riscos biológicos, oriundos pelo contato com peças anatômicas de origem humana e por fim, risco físico evidenciado pela temperatura local (PONTES et al, 2016).
Desse modo, é notável a importância da adesão de normas de biossegurança no Laboratório de Anatomia, fazendo-se necessário maiores investimentos em adequação do ambiente laboratorial e uso inserção obrigatória de equipamentos de proteção individual para profissionais e estudantes objetivando uma melhor condição de trabalho e consequentemente redução dos riscos ambientais.
 
3 METODOLOGIA
Os laboratórios de ensino das IES brasileiras são ambientes em que as atividades integradas, envolvendo ensino, pesquisa e extensão, demandam a convivência de pessoas, agentes e amostras biológicas, equipamentos, reagentes e resíduos num mesmo espaço, sendo inevitável a exposição das pessoas aos diferentes riscos.
Os biomédicos costumam, em sua maioria, descumprir regras básicas de segurança pessoal e coletiva. Não o fazem por indisciplina ou negligência; mas quase sempre por desconhecimento (SILVA; et al, 2015).
Com o intuito de verificar se existe a interdisciplinaridade do termos “biossegurança” disposto nos livros das disciplinas que são ministradas na terceira fase do curso. Sendo elas Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e Locomotor de autoria do prof. Dionei Alves dos Santos; Anatomorfofisiologia do Sistema Cardiorrespiratório e Nervoso autoria da prof.ª Sara Cristiane Barauna; Química Geral e Orgânica de autoria da Prof.ª Renata Joaquim Ferraz Bianco e a última disciplina Introdução ao Laboratório Clínico de autoria da Ana Paula Vieira Caroline Sales Pinto realizaremos esta revisão bibliográfica na busca do termo Biossegurança neste paper.
Realizamos uma busca do termo “Biossegurança” em todos os livros das já citadas disciplinas para verificar se aparecia e quantas vezes aparecia em cada livro das disciplinas que estavam dispostas na grade curricular da terceira fase.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Verificamos que nas disciplinas Anatomorfofisiologia do Sistema Tegumentar e Locomotor; Anatomorfofisiologia do Sistema Cardiorrespiratório e Nervoso e por último Química Geral e Orgânica inexiste a interdisciplinaridade, a qual foi verificada pela ausência do termos “biossegurança” disposto nos livros das disciplinas que são ministradas e integram a terceira fase do curso.
A única disciplina que apresentou presença do termo “biossegurança” foi Introdução ao Laboratório Clínico. Observou-se a presença de quatro (4) vezes o referido termo de pesquisa.
Abaixo discriminamos as frase que continham o termo de busca, a qual estavam presentes no item “5 NORMAS DE TRABALHO EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA”:
1) O nível de biossegurança 2 se aplica a laboratórios clínicos ou hospitalares que manipulam microrganismos de classe de risco 2, e já é necessárioo uso de barreiras primárias e secundárias. São manipulados microrganismos como Chlamydia trachomatis, Enterococcus spp., Helicobacter pylori, Pseudomonas aeruginosa, entre outros (BARBOSA; GOMEZ; TORRES, 2018)
2) No nível de biossegurança 3 ocorre manipulação de microrganismos de classe de risco 3 ou volumes muito grandes de microrganismos da classe de risco 2. Além das especificações já exigidas no nível 2, tornam-se mais rígidos os controles e sua construção. Alguns exemplos são: Clostridium botulinum, Shigella dysenteriae etc. (SALVATIERRA, 2014).
3) O nível de biossegurança 4 consiste em local de contenção máxima e requer todos os requisitos dos níveis anteriores além de procedimentos especiais de segurança e barreiras de contenção. Manipulação principalmente de vírus (SALVATIERRA, 2014).
 Dessa forma, de acordo Rodrigues (2008) a biossegurança constitui uma área de conhecimento relativamente nova, regulada em vários países por um conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes específicas, que afirmam que o manejo e avaliação de riscos são fundamentais para a definição de critérios e ações que visam a minimizar os riscos que comprometem a saúde dos profissionais de saúde.
Dados estatísticos brasileiros nos colocam na posição em campeões em acidente do trabalho, apesar de todos os esforços que vêm sendo desprendidos para reverter este quadro (BERNARDINO; PAIZANTE, 2007). O que se tem realizado demonstrou insuficiente ou inadequado a melhoria da relação do trabalhador com seu ambiente. Para que o ambiente de trabalho fique livre da nocividade que sempre acompanhou, é necessário que haja participação de todos envolvidos (BARCELOS, 2000).
Um fator que talvez ajude na biossegurança mais atuante e na diminuição dos acidentes seja a presença de conteúdos que abordem a biossegurança em várias disciplinas da graduação.
Devemos ser insistentes em relação a isso, ao longo do período de formação deste profissional biomédico, visto que após a formação todos os trabalhadores devem estar atentos ao fato que a segurança no ambiente de trabalho, é uma responsabilidade individual, sendo que os seus gestores devem garantir um local seguro para exercício de todas as atividades (MULLER et al, 2007).
5 CONCLUSÃO
Nessa pesquisa, foi realizada uma investigação que apontou a baixa frequência de interdisciplinaridades por meio da busca do termo “biossegurança”, nos conteúdos dispostos na grade curricular ao longo das disciplinas contidas na terceira fase do curso de biomedicina de uma IES privada.
Poucos cursos de biomedicina de IES privadas ofertam a biossegurança como disciplina obrigatória em suas grades curriculares. Esse apontamento reforçou a necessidade de investimento e aprimoramento nos processos de ensino em biossegurança da grade curricular disposta na terceira fase da IES avaliada.
 
REFERÊNCIAS
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3. Bernardino SRH, Paizante GO. “Análise dos Registros de Acidentes Ocupacionais, Ocasionados por Perfurocortantes.” Revista 2007; 20: 136-150 pdf. www.faculdadedofuturo.edu.br
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5. GOLDIM, José Roberto. Conferência de Asilomar, 1997. 
6. Ministério da Saúde, Secretária de Ciências, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, Série A. Normas e Manuais Técnicos; 2004 Brasília-DF.
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8. NAVARRO Marli, CARDOSO Telma Abdalla de Oliveira. Biossegurança e Ambiente: Complexidade e Instrumentalização. Gaia Scientia 2007; 1(2):107-114. 
9. PEREIRA, Danielle Dutra; LIMA, Juliana Santos. Análise da Biossegurança nos Laboratórios do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco, com enfoque em Riscos Mecânicos Available from www.eventosufrpe.com.br › jepex2009 › resumos
10. PONTES, Nadia de Souza; SILVEIRA, Helson Freitas da; SILVA, Idarlana Sousa; RIBEIRO Jr. Howard Lopes; GONDIM, Delane Viana. Biossegurança no laboratório de anatomia da Universidade Federal do Ceará. Encontros Universitários da UFC 2016.
11. POSSO, Maria Belén Salazar. As fontes dos riscos físicos e químicos incidentes sobre os membros da equipe cirúrgica [tese]. Ribeirão Preto (SP): Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto/USP; 1988. 
12. ROCHA, Sheila Sotelino da; BESSA, Theolis Costa Barbosa; ALMEIDA, Alzira Maria Paiva de. Biossegurança, Proteção Ambiental e Saúde: compondo o mosaico. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 17, n. 2, p. 287-292, Feb. 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232012000200002&lng=en&nrm=iso>. Access on 19 Mar. 2021 
13. ROCHA, Sheila Sotelino da. Biossegurança, um novo desafio na formação do profissional de saúde pública: avaliação da implementação do programa nacional de Capacitação em Biossegurança Laboratorial na Bahia [dissertação]. Salvador (BA): Universidade Federal da Bahia; 2003. Available from <http://www.biosseguranca.uff.br/sites/default/files/Biosseguranca_um_novo_desafio_na_formacao_do_profissional_de_Saude_Publica.pdf>. access on 13 Abr. 2021. 
14. ROCHA, Fernanda Ludmilla Rossi; MARZIALE, Maria Helena Palucci; ROBAZZI, Maria Lúcia do Carmo Cruz. Perigos potenciais a que estão expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de quimioterápicos antineoplásicos: conhecê-los para prevení-los. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 12, n. 3, p. 511-517, June 2004 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692004000300009&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Mar. 2021. 
14. RODRIGUES, Marilda do Amaral Ferraz. Biossegurança: segurança e controle de qualidade. 2008. Disponível em: <http://www.redentor.inf.br/ arquivos/pos/publicacoes/15032012Microsoft%>. Acesso em 19 de Mar de 2021.
15. SILVA, R.M.G. FURTADO, S.T.F. SILVA, C.V. Biossegurança no Laboratório de Química: um estudo de caso. São Paulo, v.69, n.1, p.23-30, jan./jun., 2007.
16. TESSER, Charles Dalcanale; LUZ, Madel Therezinha. Racionalidades médicas e integralidade. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 13, n. 1, p. 195-206, Feb. 2008 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000100024&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Mar. 2021. 
17. TEIXEIRA, Pedro; VALLE, Silvio. Biossegurança: uma abordagem multidisciplina. Rio de Janeiro; ed FIOCRUZ, 1996.
18. ZUCCO, César; PESSINE, Francisco B. T.; ANDRADE, Jailson B. de. Diretrizes curriculares para os cursos de química. Quím. Nova, São Paulo , v. 22, n. 3, p. 454-461, June 1999 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40421999000300027&lng=en&nrm=iso>. access on 19 Mar. 2021.

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