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Olá, AUTOMAÇÃO EM HEMATOLOGIA ANA CAROLINA RODRIGUES CLEONICE APARECIDA SOUZA LETICIA MORAIS DE SOUZA Olá, tudo bem? O tema do nosso seminário é .... O grupo é composto por.... INTRODUÇÃO Hemograma - estudo das células sanguíneas - exame complementar mais solicitado; São avaliadas as células brancas (leucograma), células vermelhas (eritrograma) e plaquetas (plaquetograma); Análise Quantitativa: totalmente automatizada e realizada com contadores eletrônicos; os glóbulos (brancos / vermelhos) são contados um a um e a dosagem da hemoglobina é realizada através da colorimetria; Análise Qualitativa: técnica não automatizada; identificação dos subtipos celulares (leucócitos - diferencial) e também das anormalidades morfológicas. FAILACE, 2015 Nos últimos anos - crescimento da automação no setor de hematologia; A automação das análises hematológicas tem como objetivos: Diminuir custos, intervenção humana e o tempo de liberação dos resultados; Melhorar a precisão dos resultados; Diminuir acidentes biológicos; Diminuir o volume de amostra necessária para análise; Apresentar resultado de qualidade. Contagens automatizadas: eritrócitos, leucócitos e plaquetas. DA SILVA, 2016 INTRODUÇÃO Com o avanço da tecnologia, a automação no setor de hematologia tem crescido cada vez mais, nos últimos anos. Princípios dos métodos utilizados nos equipamentos automatizados; Equipamentos de diferentes portes; vantagens e desvantagens; Exemplos de flags e células que os equipamentos não identificam; Microscopia digital. OBJETIVOS Com isso, o objetivo do nosso trabalho é apresentar os PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS Os métodos automatizados na hematologia são baseados, principalmente, nos seguintes princípios: Contagem de células por impedância (método elétrico) Dispersão da luz (método óptico) Emissão de fluorescência (colorimétrico) Espectrofotometria (colorimétrico) PRINCÍPIOS DOS MÉTODOS DA SILVA, 2016 CONTAGEM POR MEDIDAS DE IMPEDÂNCIA: Descrito por Wallace Coulter, ano de 1956; Embasamento do método: variação da condução elétrica; Glóbulos vermelhos - pobres condutores de eletricidade. Diluentes utilizados - bons condutores. Contagem: impulsos elétricos gerados pelas células ao passarem pelo orifício do sistema. Células: eritrócitos, plaquetas e leucócitos* Classificação do volume das células - não analisa aspectos internos Resultados: histogramas Figura 1: Princípio da impedância elétrica (SILVA, 2016) DA SILVA, 2016; BACALL, 2019 DISPERSÃO DA LUZ (MÉTODO ÓPTICO): Objetivo: separar população de células e diferenciar leucócitos; Detectores eletro-ópticos capazes de enumerar células através da dispersão do feixe de luz que passa sobre a amostra; Esta dispersão varia de acordo com a área superficial celular; Metodologia primária ou associada com método de impedância; Figura 2: Princípio do método de dispersão de luz (SILVA, 2016) DA SILVA, 2016 EMISSÃO DE FLUORESCÊNCIA - CITOMETRIA DE FLUXO: Citômetro de fluxo – utilizado para avaliar a emissão de fluorescência das células; Fluorocromo: molécula que absorve energia na forma de espectro luminoso e torna-se eletricamente “excitado” e ao liberar essa energia absorvida emite luz em um determinado comprimento de onda. Utilizado para: Identificação de reticulócitos; Identificação de leucócitos inviáveis e eritroblastos; Identificação de leucócitos e plaquetas reticuladas. FAILACE, 2015 ESPECTROFOTOMETRIA: Determinar concentrações de amostras mediante a absorção de luz. Usada de modo universal para a dosagem de hemoglobina, mas também fornece leucometria (contagem global de leucócitos); Para série vermelha, determina: HCM; CHCM e Ht. HCM: Hemoglobina Corpuscular Média CHCM: Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média Ht: Hematócrito FAILACE, 2015. Fonte: Espectrofotometria – Princípios e aplicações - Kasvi Figura 3: Princípio do método de espectrofotometria EQUIPAMENTOS UTILIZADOS Baixo custo de aquisição, manutenção e insumos; Tecnologia restrita à contagem e medida de pulsos de impedância (princípio Coulter); Brasil → laboratórios com até 50 hemogramas/dia; Ideal para triagem de doadores em serviços de hemoterapia FAILACE, 2015 Cell Dyn-Emerald Fonte: GMI-INC PEQUENO PORTE Sysmex XP-300 Fonte: Sysmex A associação com fórmula visual permite resultado completo de hemograma; Resultado é uno e indivisível; Se o interesse é a série vermelha, justifica-se o pedido isolado de eritrograma. Capazes de fazer todas as determinações do hemograma; Instrumentos de maior expressão internacional: Coulter, Cell Dyn (Abbott), Sysmex (Roche) e Advia (Siemens); Todos empregam o princípio Coulter → medida e contagem dos pulsos de impedância; Empregam flow cytometry e flow cell. FAILACE, 2015 GRANDE PORTE FAILACE, 2015 Fonte: Tiger Medical COULTER LH750 Alta qualidade do histograma; Tecnologia VCS: volume, condutividade e laser scatter; Série leucocitária: flags para desvio à esquerda e granulócitos imaturos, linfócitos atípicos e blastos; Série plaquetária: flags para excesso de pulsos junto aos extremos do intervalo volumétrico e presença de agregados LIMITAÇÕES NA IDENTIFICAÇÃO Os contadores automáticos reconhecem células normais e, quando há número elevado de células com anormalidades morfológicas, os contadores emitem Flags. Neste caso, é necessário verificação pela avaliação microscópica (manual) (SILVA, 2016) FAILACE, 2015 LEUCOGRAMA Immature granulocytes Left Shift ou Bands Variant ou Atypical lymphocytes Abnormal lymphocytes/blasts ERITROGRAMA Fragments Dimorphic population RBC lyse resistance PLAQUETOGRAMA Platelet clumps GERAL Turbidity/Hemoglobin interference Review slide ERITROGRAMA FAILACE, 2015 Policromatocitose (Atlas de Hematologia UFG) Pecilocitose (LabCe) Esferócitos (ClassConnection) Inclusões, como Jolly e pontilhado basófilo (Atlas em Hematologia) Eritroblastos < 5% (HematologyAtlas) FAILACE, 2015 LEUCOGRAMA Outros elementos não identificados nos equipamentos são: linfócitos linfomatosos ou leucêmicos (flag Blasts ou Variant lymphs) e linfócitos com granulação ou vacuolização anormal Neutrofilia (flag Imm Grans/Band) (TuaSaúde) Inclusões nos neutrófilos (como granulações tóxicas) (Atlas em Hematologia UFG) Plasmócitos (Atlas em Hematologia UFG) Linfócitos atípicos (flag Variant lymphs) (Atlas em Hematologia UFG) Hairy cells (Atlas em Hematologia UFG) FAILACE, 2015 PLAQUETOGRAMA A agregação acentuada sempre causa flag Plt Aggregation Agregação discreta ou acentuada (Atlas de Hematologia UFG) Satelitismo plaquetário (Laboratórios Chavasco) MICROSCOPIA DIGITAL LEE, 2005 Microscopia digital Utilizam câmeras digitais acopladas a um sistema computacional. Slide virtual: arquivo de imagem digital “gigante” de uma lâmina. Pode simular todas as funções da microscopia real. simulação da microscopia em uma rede de computadores. LÂMINAS VIRTUAIS: Facilidade no armazenamento e recuperação, além de poderem ser preservadas de maneira infinita e serem integradas ao registro eletrônico do paciente. Grandes slides virtuais podem ser facilmente transmitidos aos usuários por meio de uma conexão de banda larga padrão. LEE, 2005 A microscopia digital permite levantamentos de proficiência de parâmetros clínicos críticos: como a contagem de blastos da medula óssea e a implementação de exercícios de "localização e identificação." Os principais fatores que impulsionaram a implementação incluem facilidade de uso, custo, requisitos de armazenamento de dados e velocidade de processamento. LEE, 2005 VANTAGENS DESVANTAGENS Falta de padronização de métodos; Coloração; Ampliações ópticas; Cor e característica de exibição; Hardware, software e formatos de arquivo. KRATZ et al, 2019 Sysmex Cella Vision; Composto por um microscópio de alta qualidade, com movimentação mecânica, acoplado a um computador. FINALIDADE: Substituição da microscopia convencional na execução da fórmula leucocitária. Capacidadepara analisar uma média de 30 esfregaços por hora. FAILACE, 2015 CELLA VISION Busca os leucócitos um a um na distensão sanguínea; Digitaliza e transporta as imagens microscópicas ao sistema, que os identifica pela comparação com um banco de dados fornecendo uma fórmula leucocitária “visual automatizada”. A leitura do código de barras das lâminas permite ao computador do CellaVision acesso aos resultados do contador eletrônico onde originalmente foram examinadas as amostras. FAILACE, 2015 CELLA VISION Fonte: FAILACE, 2015 Fonte: SISMEX Extensão sanguínea automatizada. Classifica glóbulos brancos (WBCs) e glóbulos vermelhos (RBCs) com base em sua morfologia. Detecta a morfologia dos leucócitos com maior exatidão e precisão do que a obtida pelo exame microscópico manual. PARK et al., 2021 Fonte: FAILACE, 2015 CellaVision® DC-1 CellaVision® DM1200 CellaVision® DM9600 Fonte: SISMEX Conclui-se portanto, que foi possível observar as diferentes metodologias que podem ser aplicadas nos equipamentos automatizados para o laboratório no âmbito da hematologia, além de suas vantagens e desvantagens, levando a uma escolha criteriosa do equipamento, a fim de obter resultados confiáveis. CONCLUSÃO Bacall, Nydia S.Analisador automático hematológico e a importância de validar novos equipamentos em laboratórios clínicos. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia [online]. 2009, v. 31, n. 4 [Acessado 12 Fevereiro 2022] , pp. 218-220. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1516-84842009000400006>. Epub 23 Out 2009. ISSN 1806-0870. https://doi.org/10.1590/S1516-84842009000400006. DA SILVA, Paulo.Henrique.; ALVES, Hemerson. B.; COMAR, Samuel. R.; AL., et. Hematologia Laboratorial. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2015. 9788582712603. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582712603/. Acesso em: 30 jan. 2022. FAILACE, Renato. Hemograma. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2015. 9788582712290. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582712290/. Acesso em: 30 jan. 2022. DA SILVA, M.C.F. CONTAGEM DE NEUTRÓFILOS EM DOENTES LEUCOPÉNICOS: COMPARAÇÃO DO AUTOANALISADOR HEMATOLÓGICO XE-2100 COM O SISTEMA DE ANÁLISE DE IMAGEM CELLAVISION DM96. Universidade Católica Portuguesa, 2011. Disponível em: <https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/9273/1/CellaVision.pdf>. Acesso em 03 de fevereiro de 2022. SISMEX. Analisador digital da morfologia celular. CELLAVISION® DC-1. MKT Vol 1, 06/2019. Lee SH. Virtual microscopy:applications to hematology. Lab Hematol. 2005;11(1):38-45. doi: 10.1532/LH96.04059. PMID: 15790551. PARK et al., Avaliação do aplicativo CellaVision Advanced RBC para detecção de anormalidades morfológicas de glóbulos vermelhos. Anais de medicina laboratorial vol. 41,1 (2021): 44-50. doi:10.3343/alm.2021.41.1.44 REFERÊNCIAS
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