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QUESTÕES DE BIOÉTICA Aborto, Eutanásia, Transplante de Órgãos e tecidos, Células Tronco, Informação ao cliente/paciente. 1 A B O R T O 2 1 - Aborto: Situação do aborto segundo Justiça Brasileira, nova redação proposta Penapelo Código l Brasileiro, aborto segundo o CEPE (Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem). O aborto ocorre quando a gravidez é interrompida com a consequente destruição do produto da concepção, a eliminação da vida intrauterina. Do Aborto - Artigo 124 a 128 do Código Penal 3 Está fora do conceito a posterior expulsão do feto, porque pode ocorrer de o embrião, depois de dissolvido, ser reabsorvido pelo organismo em processo de autólise 4 O aborto pode ocorrer entre a concepção e o início do parto. Depois disso avistam-se as figuras típicas do homicídio ou do infanticídio. 5 Principais formas de aborto: 1: Aborto atípico (não são puníveis e não estão previstos na lei): Aborto natural ou espontâneo: É o aborto oriundo de causas patológicas decorrentes de um processo fisiológico espontâneo do organismo feminino. Aborto acidental: Deriva de causas exteriores e traumáticas. Exemplo: escorregão. Aborto culposo: É o aborto que resulta de culpa, de uma conduta imprudente, negligente ou imperita. 6 2: Aborto típico e jurídico (estão previstos em lei e não são puníveis): Aborto terapêutico (artigo 128, inciso I): É realizado quando não há outro meio de salvar a vida da gestante. Aborto sentimental e humanitário (artigo 128, inciso II): É o aborto autorizado quando a gravidez é resultante de estupro 7 3: Aborto típico, antijurídico e culpável (estão previstos em lei e são puníveis): Aborto doloso: é realizado pela própria gestante, ou por terceiro com ou sem seu consentimento (artigos 124 a 126). O dolo é a vontade livre e consciente de interromper a gravidez com a eliminação do produto da concepção ou com a assunção do risco de provocá-lo. 8 Aborto eugênico/eugenésio: aborto realizado quando o feto apresenta graves e irreversíveis defeitos genéticos. Exemplo: feto anencefálico. 9 Aborto econômico/social: aborto realizado para que não se agrave a situação de miséria da gestante, que não terá condições socioeconômicas para criar o filho. 10 Aborto honoris causa: aborto realizado para ocultar desonra própria. Exemplo: ficar grávida do amante. 11 A tutela, proteção principal é a vida intrauterina. Secundariamente, conforme os artigos 125 e 126, a tutela é a vida, a integridade física e a saúde da gestante. A rigor, não se trata de crime contra a pessoa, mas contra a vida do ser humano em formação que tem seus direitos garantidos. 12 É indispensável a prova da eliminação da vida intrauterina por conduta do agente. O aborto em todas as suas figuras típicas é crime material, de resultado naturalístico, exteriorizado, perceptível aos sentidos, de modo que, se exige o exame de corpo de delito. 13 Consumação e tentativa Consuma-se o aborto com a interrupção da gravidez e consequentemente morte do produto da concepção, sendo desnecessária sua expulsão do ventre materno. Admite-se a tentativa quando empregado meio relativamente capaz de produzir o resultado, por circunstâncias alheias a vontade do agente, não há interrupção da gravidez ou ainda quando o feto que nasceu prematuro sobrevive. 14 Aborto legal (artigo 128 – aborto necessário e aborto no caso de gravidez resultante de estupro) No caso do aborto necessário, em que há que se optar entre a vida da gestante e a do não nascido, melhor que se eleja aquela, a da vida já realizada em detrimento da do feto, da expectativa de ter vida extrauterina. 15 Aborto necessário ou terapêutico (artigo 128, inciso I): Não se pune o aborto praticado por médico se não há outro meio de salvar a vida da gestante. Evidentemente que, na hipótese de aborto necessário, a lei se referiu aos casos em que é possível aguardar a presença do médico. Em caso contrário, caracterizado o estado de necessidade de terceiro, excludente de antijuricidade, qualquer pessoa com conhecimento para tanto poderá provocar o abortamento desde que o perigo seja atual. 16 É imprescindível que o abortamento seja o único meio (e não melhor) apto a salvar a vida da gestante. O legislador deixou a decisão do aborto exclusivamente a cargo do médico, não havendo necessidade do prévio consentimento da gestante ou de seu representante legal. 17 Se houver erro de diagnóstico do médico que concluiu pela necessidade de abortamento, que não era absolutamente necessário, o erro excluirá o dolo, ou seja, não estará caracterizado o crime. 18 Concluindo: não havendo outro meio de salvar a vida da gestante, o abortamento praticado por médico, presente ou não o perigo atual, incidirá na excludente de ilicitude específica do inciso em tela, ou seja, não será punido o aborto. 19 Aborto sentimental ou humanitário (artigo 128, inciso II): não se pune o aborto praticado por médico se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante, ou quando incapaz, de seu representante legal. O médico não é obrigado a provocar o abortamento. A lei apenas faculta que intervenha. Questões pessoais ou religiosas permitem que se recuse a patrocinar a interrupção traumática da gravidez. 20 Como é desnecessária a autorização judicial, optando por provocar o abortamento o médico deve se cercar de provas suficientes da ocorrência do estupro para evitar sua responsabilização penal 21 Comprovado que o médico foi induzido a erro, ou seja, não houve gravidez resultante de estupro, haverá erro de tipo que excluiu o dolo, portanto, não será penalizado. 22 Comprovado que o médico foi induzido a erro, ou seja, não houve gravidez resultante de estupro, haverá erro de tipo que excluiu o dolo, portanto, não será penalizado. 23 Aborto eugênico, aborto econômico e aborto honoris causa: as três espécies são típicas, ou seja, estão previstas em lei e são punidas. Aborto eugênico ou eugenésico: Não é permitido. É o abortamento realizado quando diagnosticado que o feto apresenta sérias e irreversíveis anomalias que o tornem incompatível com a vida extrauterina. Exemplo: feto anencefálico. 24 Aborto econômico ou social: Não é permitido. É o aborto realizado para que não se agrave a situação de penúria ou miséria da gestante, que não terá condições de criar o filho. 25 Aborto honoris causa Não é permitido. A finalidade da grávida ao optar pelo abortamento é ocultar desonra própria. São hipóteses em que a gestação lhe trará sérias consequências morais. 26 Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – dos Deveres Art. 1º e 2º 27 RESOLUÇÃO COFEN-218/1999 Aprova o Regulamento que disciplina sobre Juramento, Símbolo, Cores e Pedra utilizados na Enfermagem JURAMENTO: “SOLENEMENTE, NA PRESENÇA DE DEUS E DESTA ASSEMBLÉIA, JURO: DEDICAR MINHA VIDA PROFISSIONAL A SERVIÇO DA HUMANIDADE, RESPEITANDO A DIGNIDADE E OS DIREITOS DA PESSOA HUMANA, EXERCENDO A ENFERMAGEM COM CONSCIÊNCIA E FIDELIDADE; GUARDAR OS SEGREDOS QUE ME FOREM CONFIADOS; RESPEITAR O SER HUMANO DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ DEPOIS DA MORTE; NÃO PRATICAR ATOS QUE COLOQUEM EM RISCO A INTEGRIDADE FÍSICA OU PSÍQUICA DO SER HUMANO; ATUAR JUNTO À EQUIPE DE SAÚDE PARA O ALCANCE DA MELHORIA DO NÍVEL DE VIDA DA POPULAÇÃO; MANTER ELEVADOS OS IDEAIS DE MINHA PROFISSÃO, OBEDECENDO OS PRECEITOS DA ÉTICA, DA LEGALIDADE E DA MORAL, HONRANDO SEU PRESTÍGIO E SUAS TRADIÇÕES”. 28 Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem – Das Proibições Art. 72 – Praticar ou ser conivente com crime , contravenção penal ou qualquer outro ato que infrinja postulados éticos e legais, no exercício profissional. Art. 73 – Provocar aborto, ou colaborar em prática destinada a interromper a gestação, exceto nos casos previstos na legislação vigente. 29 Fonte consultada Fernanda Ciardo O que pede a ação sobre o aborto. https://ferciardo.jusbrasil.com.br/artigos/177420435/do-aborto-artigo-124-a-128-do-codigo-penal 30 EUTANÁSIA Tipos: Eutanásia ativa, passiva, Ortotanásia, Distanásia, Mistanásia.31 EUTANÁSIA O que é eutanásia? Eutanásia consiste na conduta de abreviar a vida de um paciente em estado terminal ou que esteja sujeito a dores e intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos. Deriva do grego euthanos Eu= bom, thanos = morte Boa morte. (www.significados.com.br) 32 Questões éticas Uma série de questões éticas e morais afloram no contexto da terminalidade da vida: direitos do paciente em relação à verdade sobre suas reais condições; objetivos da atuação médica; paradoxos entre a consciência e a legalidade. 33 Questões éticas Pode, ou deve, o médico ajudar um paciente que sofre de modo irreversível, a morrer? A eutanásia pode ser considerada uma ação médica ética? 34 Princípios sobre a ética da morte É importante respeitar a legislação vigente, que afirma que a eutanásia é crime. A atuação médica está fundamentada em dois pilares: A preservação da vida O alívio do sofrimento. 35 Princípios sobre a ética da morte Enquanto houver a mais remota possibilidade de reversão do quadro de morte inevitável deve-se sustentar a manutenção da vida; Mas, em caso contrário, o que a ética determina é a priorização do segundo pilar: o alivio do sofrimento. 36 Tipos de Eutanásia “eutanásia passiva” ou “ortotanásia” = que se caracteriza pela interrupção de uma terapêutica que atua na sustentação da vida, deixando a doença seguir seu curso. A principal distinção entre a eutanásia ativa e passiva está na intenção da ação, quando esta ação acarretar na antecipação da morte intencionalmente, é considerada eutanásia ativa. 37 Tipos de Eutanásia Ortotanásia = dá-se quando a morte do paciente ocorre, dentro de uma situação de terminalidade, ou porque não se inicia uma ação médica ou pela interrupção de uma medida extraordinária. O médico deixa de prolongar, por meios artificiais e extraordinários, a vida condenada, já que o tratamento para prolongar a vida traz sofrimento ao paciente terminal. 38 EXEMPLOS DE EUTANÁSIA ATIVA E PASSIVA Exemplos: Eutanásia ativa – injeção letal, cadeira elétrica, combinação de medicamentos que provocam a morte, desligar um aparelho que sustenta a vida. Eutanásia passiva – suspensão de um tratamento que adia a morte e prolonga a vida, como quimio ou radioterapia em pacientes com câncer terminal. 39 Tipos de eutanásia “eutanásia de duplo efeito” = quando a morte é promovida indiretamente pelas ações médicas executadas com o objetivo de aliviar o sofrimento de um paciente terminal, como, por exemplo, a morfina que administrada para a dor pode provocar depressão respiratória e morte. Nestes casos, o objetivo da ação médica não é promover o óbito, mas assume-se seu risco em prol da amenização do sofrimento. 40 Tipos de Eutanásia Eutanásia voluntária - quando a morte provocada ocorre em atendimento a uma vontade explícita do paciente. A eutanásia voluntária é muito assemelhada ao conceito chamado de “suicídio assistido”. A distinção está no fato de que na eutanásia a ação é sempre realizada por outra pessoa, enquanto que no suicídio assistido a própria pessoa (mesmo que com auxílio de terceiros) executa a ação que a leva ao óbito. 41 Tipos de Eutanásia Eutanásia involuntária - quando é provocada sem o consentimento do paciente quando este se encontra consciente e em condições de escolher; Eutanásia não-voluntária - quando é provocada sem que o paciente tenha manifestado seu desejo pelo fato de se encontrar sem condições de se expressar, normalmente em condições de coma ou no caso de recém-nascidos. 42 Distanásia Se considerarmos que a preservação da vida é o valor maior, podemos incorrer na chamada “distanásia”. Distanásia é o nome do ato de prorrogar a vida através de meios artificiais e, muitas vezes, desproporcionais à condição de recuperação do doente. 43 44 Mistanásia Mistanásia vem do inglês e do grego; ”mis”, que quer dizer mau, errado ou inadequado e “thanatos “ que como já vimos anteriormente quer dizer “morte” A mistanásia é o sério fenômeno da” maldade humana “no mau atendimento, negligência que leva à morte. A grande maioria das vítimas são pessoas pobres, vítimas da exclusão social e econômica. Vidas precárias, desprovidas dos cuidados de saúde morrem antes do tempo. Comprovado frequentemente na central de urgência e emergência, onde se pode presenciar a agonia de pacientes que sofrem junto aos seus familiares a espera de leitos vagos na s “UTIS”. 45 Exemplos de práticas de mistanásia Tal prática se aplica a três situações específicas. A primeira delas é aquela que considera a “mistanásia passiva”, como já dito, acontece quando o estado negligencia sistema de saúde apropriado, dentre outros recursos. Um outro exemplo de mistanásia passiva seria o que aconteceu na segunda guerra mundial com aqueles que foram para os campos nazistas de concentração. Segunda prática acontece quando pacientes em estado terminal sofre com diagnósticos médicos equivocados, e, consequentemente venham ao óbito. A terceira prática, acontece de forma em que o indivíduo tem esperança de vida, mas por motivos econômicos, científicos ou sociopolíticos sofre como os atos de má fé, por exemplo retirada internacional de órgãos. Segundo Maria Helena Diniz; 46 Países que admitem a eutanásia ativa Uruguai, Holanda e Bélgica admitem a prática legal da eutanásia ativa. Suicídio assistido = Suiça, Alemanha, Holanda, EUA - Oregon, Washington e Vermont. Suicídio assistido = O suicídio assistido ocorre quando uma pessoa, que não consegue concretizar sozinha sua intenção de morrer, e solicita o auxílio de um outro indivíduo. 47 SUICÍDIO ASSISTIDO A assistência ao suicídio de outra pessoa pode ser feita por atos (prescrição de doses altas de medicação e indicação de uso) ou, de forma mais passiva, através de persuasão ou de encorajamento. Em ambas as formas, a pessoa que contribui para a ocorrência da morte da outra, compactua com a intenção de morrer através da utilização de um agente causal. 48 PAÍSES POSICIONADOS EM RELAÇÃO Á EUTANÁSIA No Brasil, as duas práticas são proibidas, embora não constem especificamente no Código Penal. 49 Legislação - cpb No Brasil - a eutanásia pode ser enquadrada no artigo 121, como homicídio simples ou qualificado, e o suicídio assistido pode configurar o crime de participação em suicídio, previsto no artigo 122. 50 Em 2009 o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 6715: Que exclui a ilicitude da ortotanásia do Código Penal desde que o médico possua o consentimento explícito do paciente ou de seu representante legal. Esta postura em relação à eutanásia e à ortotanásia também é a posição assumida pela Associação Médica Mundial (2005). 51 Testamento Vital O testamento vital consiste em um documento devidamente assinado, em que o interessado juridicamente capaz declara a que tipo de tratamento médico deseja ser submetido ao se encontrar em situação que impossibilite a sua manifestação de vontade, podendo se opor a futura aplicação de tratamentos e procedimentos médicos que prolonguem sua vida em detrimento da qualidade da mesma. Diferencia-se da eutanásia, pois nesta o médico age ou omite-se surgindo diretamente a morte, com o consentimento do paciente, a pedido de algum familiar ou sob impulso de exacerbado sentimento de piedade humana. 52 Legislação para suicídio no brasil É CRIME: Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça: Pena –reclusão, de 2(dois) à 6(seis) anos se o suicídio se consuma: Pena – reclusão de 1(um) à 3 (três) anos, se a tentativa de suicídio resultar em lesão corporal de natureza grave (Brasil, 2013:536) 53 Comparação entre os tipos de eutanásia 54 Fontes https://www.passeidireto.com/arquivo/6316611/eutanasia-distanasia-ortotanasia-mistanasia-com-enfoque-nos-direitos-de-personalidade-e-testamento Ética e eutanásia - Aula 6 – Faculdade Estácio www.google images CRUZ (IC)¹ ,CURI (IC)¹ XAVIER (I1), SANTOS (IC)¹ SOUSA (IC)¹ FAGUNDES,(IC)1AGUIAR ,VIEIRA (IC)¹.EUTANÁSI A, DISTANÁSIA, ORTOTANÁSIA,MI STANÁSIA COM ENFOQUE NOS DIREITOS DE PERSONALIDADE E TESTAMENTO VITAL..FACULDADE DE MINAS UNIDADE BELO HORIZONTE – MG BACHARELADO EM DIREITO - BELO HORIZONTE MG - MAIO DE 2015. 55 TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS BIOÉTICA 56 Transplantes de órgãos e tecidos Transplante É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim ) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto. 57 Doação de órgãos O que é Doação de Órgãos? A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. 58 Critérios para doação de órgãos e tecidos A doação de órgãos/tecidos de pessoas falecidas somente acontecerá após a confirmação de morte encefálica. Morte por acidente com traumatismo craniano Acidente Vascular Cerebral Evoluíram para morte encefálica.. Ministério da Saúde 59 Direitos fundamentais Pertinentes ao doador e receptor: Direito à vida À formação dos direitos de personalidade À integridade física e ao direito ao corpo À liberdade de consciência Poder de dispor do próprio corpo 60 Origem dos órgãos destinados a transplantes Xenotransplantes – material coletado de animais; Alotransplantes intervivos – de seres humanos vivos; Alotransplantes de doador cadáver – de seres humanos mortos. 61 XENOTRANSPLANTES Até o final da déca da de 1970, órgãos de animais par a seres humanos : •fígado e cor ação a partir de macacos, porcos, c o elh os e cabras. •alto índice de fracasso em f unção da grande rejeição que destruía os órgãos transplantados em poucas horas. •abandono desse tipo de procedimento. •hoje são apenas uma possibilidade teórica em pesquisa. 62 ALOTRANSPLANTE INTERVIVOS utilização de órgãos e tecidos específicos •necessidade de respeitar - se o preceito ético da não-maleficência do doador. •não se pode promover uma doação se a mesma produzir no doador algum tipo de dano ou prejuízo a sua saúde geral. 63 ALOTRANSPLANTE DE DOADOR CADÁVER É o mais utilizado para a maioria dos casos; A principal ética envolvida diz respeito ao critério de morte, na medida em que esta precisa ser atestada para que se promova a remoção do órgão. 64 MORTE ENCEFÁLICA Conselho Federal de Medicina, através da Resolução CFM 1480/97 alterou o critério de morte que anteriormente estava vinculado à falência cardiorrespiratória para a morte encefálica. 65 Morte Encefálica “É a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro. Isto significa que como resulta de severa agressão ou ferimento grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro, é bloqueado e o cérebro morre.” Ministério da Saúde 66 Tipos de doadores falecidos Doador falecido após morte cerebral: após confirmação da morte cerebral. Pode doar: Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, ossos, pele e tendões. Um único doador pode salvar inúmeras vidas. 67 Doador com PCR: Cuja morte foi constatada por critérios cardiorrespiratórios (PCR). Só pode doar tecidos para transplantes (córnea, vasos, pele, ossos e tendões). 68 Formas de obtenção de órgão Doação voluntária •Consentimento presumido •Consentimento familiar •Manifestação compulsória •Abordagem de mercado 69 Doação voluntária Realizada através da doação expressa do doador quando em vida. Até 1997, a doação só poderia ser utilizada se a pessoa assim tivesse procedido. Foi substituído pelo consentimento presumido. 70 Consentimento presumido Presume-se que todo cidadão é um doador em potencial. Se não há manifestação explícita negativa de doação, as equipes de saúde podem proceder à retirada de órgãos. Este critério não é mais utilizado. Foi substituído pelo consentimento familiar. 71 Consentimento Familiar Desde 1998, a legislação brasileira adota o Consentimento Familiar. O cônjuge ou parente na linha sucessória assume a responsabilidade pela autorização da doação. 72 Consentimento Livre e Esclarecido consentimento esclarecido; consentimento pós-informação; ou consentimento após informação são diferentes formas de referir-se ao mesmo processo, no qual um paciente bem informado sobre o assunto, sua doença, consequências, tratamento etc., participa das decisões sobre o tratamento médico. Trata-se da manifestação da essência do princípio da autonomia. 73 Manifestação compulsória e abordagem de mercado Não foram implantadas e ainda não estão em vigor. Manifestação compulsória – defende o conceito de que todo cidadão deve fazer formalmente a opção entre ser ou não ser doador. Abordagem de mercado – defende a possibilidade de incentivos financeiros à família do doador como forma de estimular a doação. 74 Princípios éticos gerais 1. Intangibilidade corporal – associa de modo absoluto o corpo à identidade corporal. Não é possível separa o “eu físico” do psíquico Intervenções no corpo são sempre interpretadas como intervenção na integridade pessoal. 75 Princípios éticos gerais 2. Princípio da solidariedade – Querer doar e contribuir Possibilidade de sacrificar sua individualidade em detrimento do bem da comunidade. NÃO PODEM IMPLICAR EM COMPROMETIMENTO DA VIDA OU DA SAÚDE GERAL DA PESSOA. 76 Princípios éticos gerais 3. Princípio da totalidade : O corpo como uma unidade Sentido de utilidade para o bem-estar de todo o organismo ou que em caso de doação a terceiros, NÃO COMPROMETA A INTEGRIDADE GERAL. 77 ASPECTOS ESPECÍFICOS PRÓPRIOS PARA AS SITUAÇÕES DE TRANSPLANTES Princípio da autonomia – consentimento do doador Princípio da confidencialidade – direito em decidir qual informação sua autoriza a veiculação ao receptor e qual quer manter em anonimato. 78 Princípio da gratuidade – o órgão ou tecido poderá apenas ser dado e nunca vendido. Princípio da não discriminação – seleção só pode ser feita mediante critérios médicos. O Ministério da Saúde estabeleceu sistema de LISTA ÚNICA. 79 Quem não pode ser um doador A doação pressupõe critérios mínimos: causa da morte: doenças infecciosas ativas, dentre outros. pessoas que não possuem documentação. menores de 21 anos sem a autorização dos responsáveis. 80 Morte domiciliar do doador Só poderá doar as córneas. A retirada de outros órgãos e tecidos requer ambiente hospitalar. 81 Legislação Lei 10.211, de 23 de março de 2001. Esses dispositivos estabelecem, entre outras, as seguintes alterações quanto à autonomia do doador e de seus familiares: “A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas, para transplante ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização de qualquer um de seus parentes maiores, na linha reta ou colateral, até segundo grau inclusive, ou do cônjuge, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes à certificação de morte”. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Gregori José Serra Presidência da República 82 Parágrafo único “ A realização de transplantes ou enxertos de tecidos, órgãos e partes do corpo humano só poderá ser autorizada após a realização, no doador, de todos os testes de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidos em normas regulamentares expedidas pelo Ministério da Saúde." (NR) 83 Tráfico de órgãos O grande problema do tráfico de órgãos é que ainda não há uma tipificação para o crime no Código Penal: a retirada de órgãos é enquadrada apenas como lesão corporal. Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 2° Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incurável; III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente;V - aborto: Pena - reclusão, de dois a oito anos. 84 Fontes Paulo Vítor Portella Silveira - Professor assistente do Departamento de Clínica Médica,Faculdade de Medicina,Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil - Aspectos éticos da legislação de transplante e doação de órgãos no Brasil. https://www.passeidireto.com/arquivo/47980710/aula-04-transplante-de-orgaos-e-tecidos 85 Inseminação Artificial e Reprodução Assistida 86 Como se encarava a RA no passado? Durante muito tempo, assinalava François Jacob (prêmio Nobel de medicina em 1965 por pesquisas e descobertas relativas às atividades regulatórias das células dividido com André Lwoff e Jacques Monod), tentou-se ter prazer, sem filho. Com a fecundação in vitro, tiveram-se filhos, sem prazer e agora, consegue-se fazer filhos sem prazer, nem espermatozoides! Será que teremos paz no mundo? 87 1978 – 1º bebê de proveta Louise Brown No Brasil, Conselho Federal de Medicina, através da Resolução CFM 1358/92, instituiu as Normas Éticas para a Utilização das Técnicas de Reprodução Assistida, em 1992. 88 Termos usados em RA REPRODUÇÃO ASSISTIDA: Todo processo reprodutivo assistido (ajudado) pela medicina. 2. GAMETAS: Óvulos (gametas femininos) e espermatozoides (gametas masculinos) são as células precursoras para o surgimento de um novo ser humano. 3. EMBRIÃO: Óvulo fecundado pelo espermatozoide 89 4. CONGELAMENTO OU CRIOPRESERVAÇÃO (GAMETAS): Manter os gametas congelados é uma forma de mantê-los “parados no tempo”, sem que eles sofram a ação do avançar da idade. Por isso o nome, crio = congelar e preservação = manter preservado. Os gametas podem ficar congelados por período indeterminado. 5. CONGELAMENTO OU CRIOPRESERVAÇÃO (EMBRIÃO): Manter os embriões congelados é uma forma de mantê-los “parados no tempo”, sem que eles sofram a ação do avançar da idade da mãe e do pai. Os embriões podem ficar congelados por período indeterminado. Termos usados em RA 90 6. COITO PROGRAMADO: Técnica simples da Reprodução Assistida que acompanha o ciclo menstrual da mulher a fim de se definir o melhor momento para ocorrência da relação sexual visando gestação. 7. INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: Técnica simples de Reprodução Assistida que processa os espermatozoides (sêmen) em laboratório previamente à introdução no trato genital feminino. O depósito do sêmen pode ocorrer na vagina, no canal cervical ou no útero. Termos usados em RA 91 8. FERTILIZAÇÃO IN VITRO: Técnica mais complexa da Reprodução Assistida que promove a união, em ambiente laboratorial, do óvulo ao espermatozoide. Os embriões formados são cultivados e selecionados. 9. BIÓPSIA EMBRIONÁRIA: Retirada de uma ou mais células do embrião visando estudo de viabilidade genética do embrião. 92 10. ANÁLISE GENÉTICA EMBRIONÁRIA: Estudo da viabilidade genética/ cromossômica dos embriões previamente à transferência deles para o útero. 11. TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA: Ato médico de depositar os embriões selecionados no útero. 12.IMPLANTAÇÃO EMBRIONÁRIA: Mecanismo do embrião em “germinar” “enraizar” “grudar” no útero. Termos usados em RA 93 94 95 Legislação a Resolução 2.168/2017 do Conselho Federal de Medicina é a norma que determina as regras dos procedimentos em questão. Os princípios expostos na resolução sobre Reprodução Assistida têm a função de balizar estes procedimentos. 96 Reprodução Assistida e Oncologia É interessante perceber que as técnicas de RA também são indicadas para pacientes oncológicos. Nestes casos, a finalidade é manutenção da fertilidade, que pode ser afetada pelo tratamento de combate ao câncer. Aqui, a Reprodução Assistida demonstra-se como uma possibilidade futura que deve ser oportunizada para a paciente. 97 Reprodução Assistida e Idade É determinado que a idade máxima das candidatas à gestação por técnicas de RA é de 50 anos. Entretanto, este limite pode ser excepcionado caso o médico responsável fundamente com critérios técnicos e científicos quanto à ausência de comorbidades da mulher e após esclarecimento ao(s) candidato(s) quanto aos riscos envolvidos para a paciente e para os descendentes eventualmente gerados a partir desta intervenção, respeitando-se a autonomia da paciente. 98 Escolha de sexo A Resolução CFM nº 2.168/2017 proibe que as técnicas de Reprodução Assistida sejam aplicadas com o intuito de selecionar o sexo dos embriões. Assim, não se trata de uma possibilidade ética no Brasil. Contudo, tal prescrição não se trata de uma proibição absoluta, uma vez que em situações específicas, por motivos relacionados à saúde, a norma admite a escolha de sexo do embrião. 99 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Os pacientes que buscam se submeter aos procedimentos de Reprodução Assistida devem ser informados sobre os riscos e benefícios das técnicas que lhe serão aplicadas. Bem como receber orientações pré e pós procedimento, direitos que lhe são garantidos, e demais informações. 100 Considerando que se tratam de procedimentos complexos, os pacientes deverão ser muito bem informados para que possam dar o seu consentimento para aplicação das técnicas em questão. Para tanto, deve ser disponibilizado o devido Termo de Consentimento Livre e Esclarecido: documento hábil, cabível e indispensável (trata-se de uma obrigação do profissional de saúde). Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 101 Quem pode fazer uso das técnicas de RA? A princípio todas as pessoas consideradas capazes podem fazer uso das técnicas de Reprodução Humana, independente do estado civil ou orientação sexual. Ou seja, pessoas solteiras podem se utilizar de RA a partir da adoção de gametas ou embriões, por exemplo, ou ainda pela criopreservação dos seus próprios gametas. Da mesma forma, casais hétero e homoafetivos também são habilitados para buscar a Reprodução Assistida, não havendo qualquer óbice. 102 Gestação compartilhada em união homoafetiva feminina Em relação aos casais homossexuais femininos é importante registrar que é permitida a chamada “gestação compartilhada”. Tal procedimento ocorre quando não há infertilidade diagnosticada e o embrião é obtido a partir da fecundação do(s) óvulos(s) de uma mulher é transferido para o útero de sua parceira. 103 Doação de Gametas e Embriões O paciente que desejar doar seus gametas ou embriões não pode receber valores por isso. A doação no Brasil não pode ter caráter lucrativo/comercial. A doação de embriões e gametas é anônima: as pessoas que se utilizarem de gametas doados, assim como aquelas que adotarem embriões, não terão acesso aos dados do(s) doador(es) – e estes não conhecerão a identidade dos receptores. 104 Os pacientes que se dispuserem a doar gametas devem atender à limitação etária: podem ser doadores os homens com até 50 anos e as mulheres com até 35 anos. Doação de Gametas e Embriões 105 Será mantido registro dos nascimentos provenientes de material genético doado. Este registro tem a função de evitar que um(a) mesmo(a) doador(a) tenha oportunizado mais de duas gestações de crianças de sexos diferentes em uma área de um milhão de habitantes. Doação de Gametas e Embriões 106 É permitido que um(a) mesmo(a) doador(a) contribua com diversas gestações, desde que para uma mesma família receptora. É possível a doação compartilhada de oócitos em RA. Trata-se da situação em que duas mulheres – doadora e receptora – ambas portadoras de problemas de reprodução, compartilham tanto do material biológico quanto os custos financeiros que envolvem o procedimento de RA. Nestes casos a doadora terá preferência sobre o material biológico que será produzido. Doação de Gametas e Embriões 107 Criopreservação de Gametas e Embriões No caso de congelamento dos embriões os pacientes devem manifestar sua vontade antes do procedimento, por escrito, sobre ao destino a ser dado aos embriões criopreservados em situações futuras que podem ocorrer como em caso de divórcio ou dissolução de união estável, doenças graves ou falecimento de um deles ou de ambos, e quando desejam doá-los.108 A Resolução 2.168/2017 determinou que os embriões criopreservados devem ser assim mantidos pelo tempo mínimo de 3 (três) anos. Após esse período é possíve l que sejam descartados, caso seja a vontade do(s) paciente(s). Criopreservação de Gametas e Embriões 109 Conflito de direitos 110 Doador Anonimato Privacidade Ser concebido Origem genética Saúde Intimidade Direito Portanto, temos aqui um conflito de direitos fundamentais, onde ambos os interesses, do doador e da criança, estão previstos na Constituição Federal. Como se tratam de direitos fundamentais, embora não sejam princípios, pode-se aplicar a mesma forma de solução, uma vez que ambos se destinam a preservar a vida e a dignidade. 111 Para tentar colocar um ponto final nesta questão, o Conselho Federal de Medicina decidiu que o sigilo em torno do nome dos doadores e receptores é obrigatório e que as informações sobre pacientes e doadores pertencem, exclusivamente, às clínicas ou centros que mantêm estes serviços: 112 Em situações especiais, as informações sobre doadores, por motivação médica, podem ser fornecidas exclusivamente para médicos, resguardando-se a identidade civil do doador. 113 VIDA PRIVACIDADE (…) não acarretará ao doador quaisquer obrigações ou direitos relativos à criança, uma vez que, ao doar seu sêmen ele abdica voluntariamente de sua paternidade, da mesma forma que o faz quem entrega uma criança para adoção ou quem perde o poder-familiar. 114 Fundado no princípio da paternidade responsável, os pais socioafetivos é que terão obrigação de alimentar, educar, amar e respeitar esse novo membro da família. Isto porque, privilegia-se a paternidade socioafetiva sobre a biológica, por reconhecer que o ser humano é muito mais que um conjunto de cromossomos. 115 115 116 117 118 119 120 121 Reprodução após a morte É possível que se proceda à chamada ‘Reprodução Assistida post-mortem’, situação em que é utilizado material genético (gametas/embriões) de pessoa já falecida, desde que haja autorização prévia por escrito para o uso do material biológico criopreservado. 122 Gestação de Substituição: existe barriga de aluguel no Brasil? No Brasil, devido ao fato de que a Saúde é um direito, não é possível a comercialização do útero, ou seja, não se fala em ‘barriga de aluguel’, tendo em vista que não se pode ‘alugar’ temporariamente um útero. 123 Útero voluntário Assim, o Conselho Federal de Medicina regulamentou que o útero voluntário deverá ser disponibilizado em âmbito familiar, mais especificamente nas relações familiares em até 4º grau de parentesco de algum dos pacientes envolvidos na Reprodução Assistida: - Primeiro grau: mãe/filha; - Segundo grau: avó/irmã; - Terceiro grau: tia/sobrinha; - Quarto grau – prima. 124 Quando a mulher que cede o útero for casada ou viva em relação de união estável, é necessário que haja a concordância (por escrito) do(a) cônjuge para que esta disponha seu útero para a gravidez em questão. 125 Da paternidade O registro civil da criança se dará no nome dos pacientes que buscaram a Reprodução Assistida para gerar sua prole, de modo que a mulher cedente do útero não figurará como ‘mãe’. 126 Uso legal de células tronco para reprodução assistida. Sob o ponto de vista jurídico e normativo, a reprodução assistida encontra-se amparada pela Lei 11.105, de 24 de março de 2002, permitindo o uso para pesquisa com células-tronco obtidas em embriões humanos de até cinco dias, que sejam sobras do processo de fertilização in vitro, desde que sejam inviáveis para a implantação e/ou estejam congelados há pelo menos três anos, sempre com o consentimento dos genitores 127 Fontes consultadas Reprodução Assistida - Um guia fácil e descomplicado de Saúde e Direito. Maia&Munhoz Consultoria e Advocacia 1ª Edição – 2018. Longoni,Welz,Bredt,Ulir - Reprodução assistida. Slides https://www.google.com/search?q=slides+sobre+INSEMINA%C3%87%C3%83O+ARTIFICIAL+-+BIO%C3%89TICA&oq=slides&aqs=chrome.0.69i59l2j69i57j0l3.2714j0j8&sourceid=chrome&ie=UTF-8 128 Clonagem Reprodutiva, Natural, Terapêutica 129 Conceito Toda vez que um ser é gerado a partir de células ou fragmentos de uma mesma matriz, através de um processo de reprodução assexuada que resulta na obtenção de cópias geneticamente idênticas de um mesmo ser vivo (microrganismo,vegetalouanimal),acontece uma clonagem. A clonagem pode acontecer de forma natural ou induzida. 130 Métodos de clonagem Natural Bipartição Gêmeos univitelinos Estrela-do-mar Reprodução assexuada Ex.: Bactérias, algumas leveduras e a maioria dos protozoários Mamíferos Embora haja reprodução sexuada na formação do zigoto, os descendentes idênticos têm origem a partir de um processo assexuado de divisão celular. Outros reprodução dos vegetais inferiores, certos moluscos e crustáceos 131 Natural 132 Reprodutiva Transferência nuclear da célula somática. Retira-se o núcleo de uma célula somática, que poderia ser de qualquer tecido de animal,inserir este núcleo em um óvulo e implantá-lo em um útero que funcionaria como uma barriga de aluguel. 133 Se este óvulo de desenvolver teremos um novo ser com as mesmas características físicas do animal de quem foi retirada a célula somática. Seria como um gêmeo idêntico nascido posteriormente. Reprodutiva 134 Reprodutiva 135 Terapêutica Destinada a pesquisas, que visam a utilização de células-tronco, para a formação de tecidos iguais aos daquele que doou a célula adulta. Eliminam qualquer possibilidade de rejeição em um provável transplante. Semelhante ao da clonagem reprodutiva. 136 137 Reprodutiva x terapêutica 138 Clonagem 1) as células somáticas são retiradas do doador. 2) Essas células são cultivadas em laboratório. 3) De uma doadora colhe-se o óvulo não fertilizado. 4) O núcleo contendo DNA é retirada do óvulo. 5)A célula cultivada é infundida ao óvulo por meio de corrente elétrica. 6) Agora temos o óvulo fertilizado com nova informação genética. 7) Este óvulo vai se desenvolver até a fase de blástula, onde estão as células-tronco. 139 legislação Pesquisas com Genoma Humano Artigo 10 - Nenhuma pesquisa ou aplicação de pesquisa relativa ao genoma humano, em especial nos campos da biologia, genética e medicina, deve prevalecer sobre o respeito aos direitos humanos, às liberdades fundamentais e à dignidade humana dos indivíduos ou, quando for o caso, de grupos de pessoas. Artigo 11 - Não serão permitidas práticas contrárias à dignidade humana, tais como a clonagem reprodutiva de seres humanos. Os Estados e as organizações internacionais competentes são convidados a cooperar na identificação de tais práticas e a determinar, nos níveis nacional ou internacional, as medidas apropriadas a serem tomadas para assegurar o respeito pelos princípios expostos nesta Declaração. 140 Legislação no Brasil No Brasil,a Constituição Federal de 1988, muito avançada, já previa o assunto no art.225, §1º, incisos II e V, assevera: “Para preservar ou assegurar a efetividade desse direito, incube ao Poder Público: II- preservar a diversidade e integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 141 V – controlar a produção, comercialização, e o emprego de técnicas, métodos e substância que comportem risco de vida, a qualidade da vida, e ao meio ambiente. 142 Legislação no Brasil Não obstante já previsto na lei nº 8.974/95 a vedação da manipulação genética de células germinais humanas, ainda não há uma efetiva proibição da clonagem em seres humanos no território brasileiro, porém todos os projetos de lei apresentados posicionam-se no sentido de considerar proibida a realização de clonagem reprodutiva. 143 Legislação no Brasil LEI Nº 11.105, DE 24 DE MARÇO DE 2005 Art.6º Fica proibido: IV–clonagem humana; Art.26.Realizar clonagem humana: Pena–reclusão,de 2(dois)a 5(cinco) anos,e multa. 144 Clonagem em outros países EUA – Março de 2010, projeto de lei que proibia financiamentofederal para clonagem humana. Não proibi investigação em instituições privadas. Alguns estados praticam. União Europeia – Convenção Europeia dos Direitos do Homem e a Biomedicina proibe. 145 Código de Ética Profissionais de Enfermagem Art. 82 – Colaborar direta ou indiretamente, com outros profissionais de saúde, ou áreas vinculadas, no descumprimento da legislação, referentes aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização humana, reprodução assistida, ou manipulação genética. 146 Fontes pesquisadas DECLARAÇÃO UNIVERSAL DO GENOMA HUMANO E DOS DIREITOS HUMANOS. Bioética e Ética Profissional - Prof.ª Pamela Liu – slides – Clonagem - I.T.B. Prof.ª Maria Sylvia Chaluppe Mello - Turma: Análises Clínicas -ACL2AM. 147
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