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SUMÁRIO 
1. NOÇÕES BÁSICAS DE DERMATOLOGIA
2. A QUÍMICA DO PEELING
3. FÓRMULAS CLÁSSICAS DE PEELINGS E FÓRMULAS
DE CUIDADOS ADJUVANTES COM A PELE
4. DOCUMENTAÇÃO E FOTOGRAFIA MÉDICA
5. A CONSULTA
6. PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO
7. TRATAMENTO
8. PEEL NAVIGATOR
9. INDICAÇÕES
10. CASOS CLÍNICOS
11. PEELINGS QUÍMICOS - PARTE DE UMA ABORDAGEM
DE TRATAMENTO COMBINADO
12. AUXÍLIOS CLÍNICOS
13. APÊNDICE
Tratamento
7.1 Preparação para o Tratamento ............................. 76
7.2 Posicionamento e Iluminação ............................... 76
7.3 Materiais de Trabalho ............................................ 77
7.4 Métodos Anestésicos ............................................. 80
7.5 Regras Básicas ........................................................ 82
7.6 Técnicas de Aplicação ............................................ 84
7.7 Peelings superficiais .............................................. 86
7.8 Peelings médios ..................................................... 93
7.9 Peelings profundos ............................................... 99
7.10 Complicações e seu Manejo ................................ 108
Guia Ilustrado para Peelings Químicos
7
7 Tratamento
O tratamento em si deve ocorrer sem pressões temporais. Como os 
peelings químicos exigem uma adesão extremamente alta, é reco-
mendada uma sessão de aconselhamento adicional no dia do trata-
mento, mesmo que consultas prévias tenham sido realizadas.
O significado da terapia tópica precisa ser enfatizado mais uma vez 
antes da primeira remoção, e a compreensão desse conceito pelo pa-
ciente deve ser verificada.
Este capítulo trata de todos os aspectos relevantes para a administ-
ração de um peeling químico.
Uma descrição das variáveis com as quais a profundidade de penet-
ração de um peeling pode ser alterada e do tratamento adjuvante 
pré e pós-peeling é acompanhada de uma discussão das possíveis 
complicações durante o curso do tratamento, bem como suas abor-
dagens de manejo.
7.1 Preparação para o Tratamento
O planejamento e a preparação do tratamento são elementos essen-
ciais para garantir resultados de tratamento bem-sucedidos.
Os seguintes aspectos precisam ser considerados:
• desejos do paciente (consulte a seção 5.1 Esclarecendo as expectativas)
• resultados clínicos (incluindo um exame minucioso da pele e di-
agnóstico de quaisquer verrugas suspeitas etc.) juntamente com
a necessidade estética e médica de peeling (consulte a seção 5.3
Exame da pele)
• Tipo de pele de Fitzpatrick (ver secção 5.3.2 Tipo de pele e pig-
mentação)
• história médica e possíveis contraindicações (ver secção 5.2
História médica e estética)
• o objetivo do peeling, bem como o método mais adequado para
a sua entrega (ver Capítulo 6).
É necessário executar o seguinte:
• informar o paciente sobre o curso clínico e o resultado clínico esperado
• instruir o paciente sobre a terapia tópica adjuvante e o que você
faz e o que não faz a respeito
• obtenção do consentimento informado por escrito do paciente
• documentar os achados iniciais
• preparar ou obter as soluções de peeling corretas
• pré-tratamento das áreas dinâmicas da face com toxina botulíni-
ca, se necessário, para potencializar o resultado final do peeling
(consulte o Capítulo 6).
Como mencionado nos capítulos anteriores, é essencial que o profis-
sional descarte e faça um diagnóstico de lesões de aparência suspei-
ta (com a ajuda de um dermatologista, se necessário) na área a ser 
tratada. Isso também deve ser minuciosamente documentado nas 
notas e acompanhado por fotografias médicas.
O programa de pré-tratamento é de importância significativa. O pa-
ciente precisa entender e aceitar que deve preparar a pele para o 
peeling em casa por algumas semanas antes do peeling em si. A na-
tureza do tratamento antes do peeling influenciará o efeito do feel-
ing durante a aplicação e pode ser um fator contribuinte para definir 
o resultado do tratamento. Durante a consulta do paciente, portan-
to, o paciente precisará ser instruído da seguinte maneira:
1. Tratar as áreas acordadas com os produtos tópicos apropria-
dos para os cuidados com a pele, conforme prescrito pelo
médico, por 2 a 4 semanas antes do peeling.
2. Para evitar aplicar maquiagem ou qualquer produto para a pele no
próprio dia da descamação e limpar a pele completamente em casa
ou na clínica na chegada (consulte Dica prática, canto superior direito).
Dica prática
A limpeza da área a ser esfoliada pode ser feita logo 
antes do peeling em si. Dessa forma, os pacientes 
que costumam repetir tratamentos superficiais de 
peeling repetidos ainda podem chegar com sua ma-
quiagem diária ou outros produtos para a pele.
Dica prática
Os autores recomendam que um posicionamento em 
decúbito dorsal (horizontal) com a cabeça levemente 
elevada em um travesseiro seja mantido para todos 
os peelings, para garantir que o tratamento seja re-
alizado com segurança e eficácia.
7.2 Posicionamento e Iluminação
O tratamento deve ser o mais confortável possível tanto para o médico 
quanto para o paciente, uma vez que pode exigir um período considerável 
de tempo. Em relação ao profissional, é importante considerar uma postu-
ra confortável sentada ou em pé, em particular, para otimizar os níveis de 
conforto durante o trabalho. Além disso, todas as regiões de tratamento 
precisam ser facilmente acessíveis durante o procedimento. É importante 
ressaltar que, durante o peeling, as interrupções devem ser mantidas no 
mínimo na sala de tratamento, para garantir que o profissional possa acom-
panhar de perto o curso clínico do peeling, para evitar complicações.
Em relação ao paciente, seu posicionamento durante o procedimento deve 
permitir que todas as regiões de tratamento sejam facilmente acessíveis ao 
profissional, além de garantir que o paciente esteja confortável durante o 
comprimento do peeling. O nível de conforto e flexibilidade que a cadeira 
ou o sofá de tratamento precisa proporcionar depende da área de trata-
mento e da natureza e duração do procedimento de remoção. É de opin-
ião dos autores que todos os peelings realizados, superficiais, médios ou 
profundos, devem ser realizados com o paciente em decúbito dorsal (hor-
izontal) e a cabeça levemente elevada em um travesseiro. Isso é impor-
tante, pois garante que a solução de peeling não escorra e reduz qualquer 
risco de derramamento em áreas de alto risco (por exemplo, olhos / super-
fícies mucosas) ou naquelas que não são para tratamento.
Um peeling facial com o paciente totalmente reclinado e a cabeça leve-
mente elevada e apoiada com um travesseiro de pescoço pode ser mais 
confortável para o paciente durante um tratamento mais duradouro. 
Uma posição relaxada também pode ser alcançada colocando-se uma 
76
7
Tratamento
almofada sob os joelhos. Ao tratar o pescoço e o colo, a posição do pa-
ciente também precisa permitir que a cabeça seja inclinada para trás. O 
tratamento das costas geralmente requer que o paciente se sente em 
um banquinho ou deite de frente. Ao descascar o aspecto dorsal das 
mãos, é aconselhável colocá-las em uma superfície plana para o trata-
mento. O paciente também pode fazer um punho, apertando a pele no 
aspecto dorsal das mãos e facilitando a aplicação do peeling.
Um peeling químico requer boa iluminação. Mesmo que os tratamentos 
de peelings superficiais e médios não exijam luzes da sala de operações, 
as áreas-alvo precisam estar bem iluminadas, para que as reações 
cutâneas durante o peeling possam ser monitoradas com precisão, per-
mitindo que o profissional as responda de maneira eficiente e eficaz.
7.3 Materiais de Trabalho
A seção a seguir descreve os materiais, fórmulas e acessórios ne-
cessários para o tratamento de peeling, além do agente de peeling e 
das preparações tópicas adjuvantes.
7.3.1 Materiais para o peeling
Limpeza e desengorduramento
Antes da solução de peeling ser aplicada, a pele, previamente preparada com 
produtos de cuidados com a pele diariamente,também deve ser cuidadosa-
mente limpa pelo médico. Os detergentes podem ser suficientes para esse 
fim, dependendo do peeling planejado e das condições da pele; desinfecção 
adicional com etanol e desengorduramento com aceitação podem ser ne-
cessárias. O desengorduramento mais agressivo é importante em pacientes 
com um tipo de pele oleosa. As empresas que comercializam peelings comer-
ciais também oferecem soluções de limpeza, géis ou mousses já fornecidos.
Caneta marcador cirúrgica
Antes de um peeling profundo de fenol, realizado como um tratamen-
to facial completo ou em combinação com um peeling médio de ácido 
tricloroacético (TCA), a face deveria ser dividida em áreas individuais us-
ando uma caneta marcador cirúrgica. Isso permite ao profissional um 
melhor controle do processo de aplicação. Além disso, ao realizar peel-
ings médios ou profundos, é útil marcar a mandíbula do paciente en-
quanto ele está sentado na posição vertical. Posteriormente, quando o 
paciente se reclina na cadeira ou no sofá para um peeling no rosto, é 
fácil ver onde o peeling precisa terminar e ser aplicado no pescoço.
Aplicadores
Pontas do algodão (cotonetes), escovas, ou compressas de algodão / gaze são 
normalmente utilizados para aplicar as soluções de peeling. É sensato ter vários 
tamanhos à mão, de acordo com o tamanho da área de tratamento. As esco-
vas mais finas são adequadas para descamação facial superficial, enquanto as 
escovas maiores e mais lisas são aplicadoras eficazes para uma descamação nas 
costas, por exemplo. É importante ressaltar que, ao usar um cotonete de al-
godão ou gaze embebido na solução de peeling, ele deve ser limpo completa-
mente antes da aplicação e, igualmente, ao usar um pincel, ele também deve 
ser limpo contra a borda do recipiente, para remover o excesso de fluido antes 
de usá-los para aplicar a fórmula de peeling na pele. Isso garante uma aplica-
ção de peeling igualmente distribuída e, por sua vez, um bom resultado clínico.
Gel e espátula
Alguns peelings são formulados como géis aplicados com uma espá-
tula de madeira. Vazamentos e escoamentos indesejados durante a 
aplicação são menos prováveis ao usar um gel. Esta forma farmacêu-
tica é preferida por muitos profissionais devido à sua facilidade de 
uso. No entanto, os usuários devem ser alertados de que existe a 
possibilidade de interação entre os íons H + no agente de peeling e 
os polímeros de gel, o que pode prejudicar a eficácia da esfoliação. 
Os profissionais precisam avaliar se conseguem lidar com uma 
solução ou se sentem mais seguros com uma preparação de gel.
Palitos de dente
Se uma solução de peeling precisar ser aplicada com muita pressão, 
isso pode ser feito com um palito de dente com algumas fibras de al-
godão enroladas na ponta.
Fig. 7.1 Ao adotar uma postura confortável e conveniente, o profissional 
pode manter a concentração durante toda a sessão e garantir seu con-
forto corporal.
Fig. 7.2 Alguns pacientes desfrutam do efeito de resfriamento de uma 
toalha molhada embebida em água fria após o peeling (desde que não ten-
ham sido tratados com AS, uma vez que este peeling contraindica um trata-
mento de resfriamento úmido pós-peeling).
77
7
Materiais de Trabalho
Esse método é adequado para o tratamento de linhas profundas focais, 
rugas, cicatrizes e sardas focais (por exemplo, nas costas das mãos).
Elementos de refrigeração
O resfriamento proporciona um alívio simples e rápido das sensações de 
desconforto ou calor que podem ocorrer durante o peeling. Qual acessório 
é o mais adequado para isso depende do método de peeling e da nature-
za do desconforto produzido. Sabe-se que os peelings superficiais de AHA 
causam um leve desconforto, que pode ser gerenciado durante o trata-
mento, resfriando a área com um ventilador manual ou elétrico. As sen-
sações de queimação que podem ocorrer com um peeling de TCA em pa-
cientes sem anestesia podem ser aliviadas com compressas frias embrul-
hadas em panos de algodão seco. O resfriamento a seco deve ser aplicado 
durante breves interrupções do peeling e / ou após a sua finalização, de 
acordo com o que o paciente está relatando e solicitando.
Desde que a solução de peeling não contenha ácido salicílico (consulte 
a seção 7.7.2 Peeling de AS e a seção 7.7.3 Peeling de Jessner), ‘resfria-
mento úmido’ com panos úmidos ou emulsões de óleo / água pode ser 
adequado para acalmar a pele após o peeling também. No entanto, es-
tes não devem ser usado durante o peeling, pois podem diluir a solução 
de peeling aplicada. Além disso, para acalmar a pele após um peeling 
facial, existe uma variedade de produtos de resfriamento semelhantes a 
máscaras, que parecem esteticamente atraentes e são fáceis de aplicar.
Emulsões e vaselina
Dependendo dos sintomas clínicos, pode ser aplicado óleo hidratante 
/ água ou emulsões água / óleo ou vaselina após uma remoção 
química. As recomendações para o agente tópico adequado em 
cada caso são fornecidas nas seções que descrevem os métodos de 
remoção individual (consulte a seção 7.7 Peelings superficiais).
Luvas
O profissional deve usar luvas durante o peeling para garantir um 
tratamento higiênico e proteger contra o contato indesejado com a 
solução de peeling. 
Luvas de látex (se não houver alergia ao paciente) ou luvas de nitrilo 
são uma boa opção, mas o vinil não é elástico o suficiente e não é su-
ficientemente resistente a soluções contendo TCA e fenol.
Soluções de irrigação ocular 
Se uma solução de peeling acidentalmente entrar em contato com o 
olho, o médico deve garantir que uma solução de irrigação apropriada 
esteja disponível para remediar a situação imediatamente. Ao realizar 
um peeling profundo com fenol, uma seringa contendo glicerina sem-
pre deve estar disponível para esse fim. Caso seja necessário, abra os 
olhos do paciente com o polegar e o indicador e aplique 3 a 4 gotas 
de glicerina de uma seringa (sem a agulha presa) diretamente no espa-
ço entre o olho e a pálpebra inferior e feche suavemente a pálpebra in-
ferior e superior sobre a glicerina aplicada para distribuir o agente. 
Caso o médico não tenha certeza e precise de mais assistência, deve 
consultar um oftalmologista imediatamente. Para outros peelings, 
deve-se manter à mão água facilmente acessível ou soro fisiológico 
neutro para irrigar imediatamente os olhos, se necessário.
Nota
Lembre-se de que, assim como a tolerância dos paci-
entes em relação ao peeling varia, o mesmo ocorre 
com a aceitação de bolsas de gelo. Alguns pacientes 
as acham muito calmantes, enquanto outros acham a 
sensação de frio intensa e desconfortável. Os pacien-
tes também podem se sentir desconfortáveis com o 
peso das bolsas de resfriamento em sua pele recém-
esfoliada. Alguns autores, portanto, usam compressas 
frias para proporcionar alívio sintomático da sensação 
de queimação após o peeling de TCA.
Fig. 7.3 Compressas de gaze e Q-tips de tamanhos variados são comu-
mente usados como aplicadores para um meio ou peeling profundo. Os 
peelings superficiais de AHA, AP ou AS são facilmente aplicados com um 
pincel. A escolha do aplicador depende da solução de peeling usada, da 
região a ser tratada e da técnica de aplicação preferida do profissional.
Fig. 7.4 Os peelings profundos de fenol requerem acessórios especiais: tiras 
de fita adesiva para um possível curativo oclusivo e solução de glicerina para 
aplicação, caso alguma das soluções de fenol acidentalmente entre em con-
tato com os olhos do paciente.
78
7
Tratamento
7.3.2 Agentes tópicos adjuvantes e medicamentos 
para tratamento de feridas
O tratamento de cuidados com a pele adjuvante tem um papel terapêutico 
essencial a ser desempenhado em peelings superficiais, médios e em menor 
grau nos peelings profundos. Os produtos especialmente desenvolvidos 
para essa finalidade podem ser comprados de farmácias ou diretamente 
dos fabricantes de peeling e são explorados em detalhes no Capítulo 3. 
Medicamentos adicionais e agentes focais tópicos são usados no 
pós-tratamento de peelingsmédios e profundos com o objetivo de 
apoiar o curso de cicatrização da pele.
Pomadas antibióticas
A terapia tópica da pele durante a fase de cicatrização é ajustada de 
acordo com o estágio de cicatrização e as necessidades individuais do 
paciente. Se houver suspeita de cura prejudicada, pode ser necessário 
usar uma pomada antibiótica (por exemplo, gentamicina, mupirocina).
Compressas de soro
As compressas de soro (NaCl a 0,9%) são aplicadas após um peeling mé-
dio ou profundo para hidratar a pele tratada e inflamada. O vinagre de 
vinho branco pode ser adicionado ao soro para reduzir o pH da solução 
aquosa e também para seu efeito antimicrobiano. Água de rosas também 
pode ser adicionada para uma fragrância particularmente agradável.
Profilaxia ao herpes simplex
A profilaxia ao herpes simplex oral (na forma de aciclovir ou um pró-fár-
maco de aciclovir [por exemplo, valaciclovir]) deve ser sempre fornecida 
para todos os tipos de peeling, caso exista um histórico positivo de her-
pes simplex. Além disso, ao realizar todos os peelings médios e profun-
dos, mesmo sem histórico positivo de herpes simples, os autores reco-
mendam que os pacientes recebam terapia profilática. Uma variedade 
de métodos de tratamento é utilizada, e alguns autores recomendam 
iniciar o medicamento profilático 24 horas antes do peeling, enquanto 
outros iniciam no dia do próprio peeling. No que diz respeito à duração 
da medicação profilática, alguns autores recomendam que seja contin-
uada por 5 a 7 dias após o peeling, ou até a cura estar completa, en-
quanto outros recomendam especificamente 8 dias de duração para 
peelings médios e 10 dias para peelings profundos . É importante apre-
ciar a importância deste tratamento como parte do tratamento pós-
peeling, para garantir resultados clínicos seguros e eficazes. 
Medicação anti-inflamatória
O tratamento com esteróides ou anti-histamínicos pode ser adminis-
trado se o paciente apresentar uma reação inflamatória incomu-
mente forte ao peeling. A administração profilática de medicamen-
tos anti-inflamatórios não é aconselhável, pois a inflamação deliber-
adamente induzida estimula a neossíntese do colágeno.
7.3.3 Especificações para um peeling profundo de fenol
Eletrocardiograma
 Quando um peeling de fenol de rosto inteiro está sendo realizado, a função 
cardiovascular do paciente precisa ser monitorada usando um eletrocardio-
grama (ECG) durante o tratamento. O risco potencial de arritmia causado 
por uma absorção excessivamente rápida através da pele pode ser evitado 
pela desaceleração intencional da aplicação da solução de fenol, com inter-
valos entre cada uma das áreas de tratamento divididas, garantindo vários 
intervalos durante todo o peeling; (veja a seção 7.9.1 Peeling de fenol).
Fluidos intravenosos
A administração intravenosa de líquido na forma de 1 a 1,5 L de 
NaCl ou solução de Ringer estimula a diurese durante o tratamento 
e acelera a eliminação renal do fenol.
Curativos de fita
A fim de melhorar o efeito de um peeling profundo de fenol, um cu-
rativo com fita pode ser aplicado a seções específicas da face tratada 
ou a toda a face após o peeling. Tiras adesivas impermeáveis de cer-
ca de 2,5 cm de largura são geralmente preferíveis para esse fim. Ti-
ras mais estreitas (cerca de 1,5 cm de largura) são usadas na região 
periorbital e ao redor da boca.
Tipo de compressa Composição e preparação
Soro fisiológico NaCl a 0,9% em água; 
água de rosas pode ser adicionada.
Soro fisiológico com 
vinagre de vinho branco
1 colher de chá de vinagre de vinho branco 
para ½ litro de solução de NaCl a 0,9%; 
água de rosas pode ser adicionada.
Substituto para soro 
fisiológico
Ferva 1 colher de sopa de sal em 1 li-
tro de água para esterilizar e deixe es-
friar; água de rosas pode ser adicionada.
Tab. 7.1 Fórmulas sugeridas para soluções de NaCl que podem ser usadas 
como compressas de resfriamento pós-peeling. 
O paciente deve ser informado sobre como usar o procedimento acima ade-
quadamente e obter as soluções relevantes antes do tratamento com peelings.
Dica prática
Após o peeling, os pacientes podem esfriar a pele 
em casa, conforme recomendado. Panos umedeci-
dos ou compressas leves são medidas adequadas. 
Após um peeling médio ou profundo, os pacientes 
podem tomar banho sob um jato suave de água 
morna a partir do dia 2 ou 3. Quando estiverem no 
banho, os pacientes devem ser instruídos a não di-
recionar a corrente de água para a pele esfoliada, 
mas garantir que o jato de água aponte suave-
mente para o topo da cabeça e desça suavemente 
pelo rosto, pescoço, etc. do paciente.
Dica prática
Para minimizar o edema grosseiro que aparece nas pri-
meiras 48 horas após um peeling profundo de fenol, o 
paciente deve ser aconselhado a dormir com a cabeça 
elevada (45 graus) ou potencialmente tratada com um 
medicamento diurético nos primeiros 2 dias após o 
peeling, se o profissional considerar necessário.
79
7
Materiais de Trabalho
7.4 Métodos anestésicos
O início da dor durante um peeling químico depende de vários fa-
tores, incluindo:
• as substâncias ativas utilizadas e suas concentrações
• profundidade de penetração do peeling
• a espessura da pele na área a ser tratada
• sensibilidade individual do paciente.
As intervenções estéticas necessárias variam desde a aplicação a curto pra-
zo de estímulos frios locais para peelings superficiais, até bloqueios nervo-
sos regionais e até sedação e analgesia oral com peelings profundos.
A anestesia tópica superficial com agentes tópicos ou com anestésicos 
locais infiltrativos não é recomendada com peelings. Os peelings de 
face dividida, realizados por L. Wiest, mostraram resultados piores 
com o peeling médio, onde um creme anestésico foi aplicado antes do 
peel, comparado ao lado sem anestesia. Além disso, o aumento da hi-
dratação do uso de um anestésico tópico afetará a absorção do ácido, 
por isso é melhor evitar.
7.4.1 Analgesia geral
Peelings profundos de fenol e alguns peelings profundos de ATC po-
dem exigir sedação e analgesia geral com a ajuda do anestesista, ou 
pelo menos o uso de analgésicos orais ou intramusculares junta-
mente com medicamentos anti-ansiedade. O efeito desejado da an-
algesia é garantir que ela atue durante a duração do peeling e por 
mais 8 horas depois. Pacientes ansiosos ou extremamente sensíveis 
devem receber sedação.
7.4.2 Bloqueios nervosos
A anestesia regional pode ser usada com TCA médio ou TCA combi-
nado e peeling com fenol profundo.
Em geral, é suficiente administrar 0,5 a 1 ml de anestésico local por 
nervo (por exemplo, prilocaína a 0,5%, mepivacaína a 0,5%, bupiv-
acaína a 0,25%).
Regional nerve blocks
Fig. 7.5 Representação esquemática das áreas correspondentes da face 
supridas por nervos específicos, que podem ser bloqueados. A região 
inervada fornecida pelo nervo oftálmico (V1) é anestesiada pelo bloqueio 
de seus ramos terminais distais, incluindo o nervo supratroclear (1), bem 
como os ramos medial (2) e lateral (3) do nervo supraorbital. A região su-
prida pelo nervo maxilar (V2) é anestesiada pelo bloqueio de seus ramos 
terminais, incluindo os nervos zigomático-temporal (4), zigomático-facial 
(5) e infraorbital (6). A analgesia da região mandibular (V3) é obtida pelo 
bloqueio do segmento distal do nervo mandibular, o nervo mental (7). 
Pode haver sobreposição entre essas regiões “bloqueadas” ao realizar blo-
queios nervosos individuais.
Fig. 7.6 Representação esquemática dos locais de injeção na analgesia 
médio-facial superior regional.
1 Bloqueio do nervo supratroclear, acesso na margem supraorbital medial. 
2 Bloqueio do nervo supraorbital, ramo medial, acesso na incisura frontal. 
3 Bloqueio do nervo supraorbital, ramo lateral, acesso no forame supraorbital. 
4 Bloqueio do nervo zigomático-facial, acesso pelo forame zigomático-facial. 
5 Bloqueio do nervo infraorbital, acesso percutâneo no forame infraor-
bital; na técnica intraoral, a agulha é inserida no sulco gengivobucal 
superior da cavidade oral sobre o dentecanino e direcionada para o fo-
rame infraorbital palpado até que o contato ósseo seja feito. 
6 Bloqueio de nervo mental, acesso extraoral no forame mentual.
1
23
4
5 6
7
V1
V2
V3
1
2
3
4
5
6
80
7
Tratamento
Fig. 7.7 Bloqueio do nervo supratroclear. O bloqueio é obtido ent-
rando no ângulo medial superior da órbita.
Bloqueios nervosos regionais
Fig. 7.8 Bloqueio do nervo infraorbital: o método intraoral (esquerda) é mais elegante e menos doloroso para o paciente do que a técnica extraoral (dire-
ita). Para a técnica intraoral, a agulha é inserida no sulco gengivo-vestibular superior da cavidade oral sobre o dente canino e direcionada ao forame infraor-
bital palpado até o contato ósseo.
Fig. 7.9 Para o bloqueio do nervo mental intraoral, a agulha é inserida no sulco gengivo-vestibular inferior do vestíbulo oral, próximo ao primeiro e se-
gundo pré-molares; na técnica extraoral, a agulha é inserida lateralmente em ângulo, direcionando-a para o forame mental palpado.
81
7
Métodos anestésicos
7.4.3 Complicações potenciais
A administração de um bloqueio de nervo periférico próximo à área 
de tratamento requer conhecimento, experiência e habilidade em 
anestesia local e regional. As complicações específicas da injeção se 
manifestam principalmente na forma de pequenos hematomas e 
edema localizado, que geralmente desaparecem após alguns dias. A 
irritação nervosa causada pela própria agulha é rapidamente rever-
sível. Se a anestesia desejada não for alcançada, isso pode ser devi-
do a uma técnica de injeção inadequada ou possivelmente devido a 
variantes anatômicas nos nervos. Antes que um anestésico local seja 
utilizado, será necessário descartar qualquer intolerância ou alergia 
conhecida à substância ativa e aos conservantes da formulação; isso 
é feito enquanto registra o histórico médico do paciente. O conser-
vante 4-hidroxibenzoato de metila é adicionado aos frascos para 
doses múltiplas e o dissulfito de sódio é encontrado como conser-
vante em frascos e ampolas contendo adrenalina adicionada.
 Os sinais de alerta de uma reação alérgica incluem eritema cutâneo, 
inquietação, ansiedade e dispneia. Também podem ocorrer: er-
itema, urticária, queda de pressão arterial, taquicardia, náusea, 
vômito, dores abdominais, broncoespasmo, parada respiratória com 
hipóxia ou parada circulatória. O quadro clínico completo dessa rea-
ção alérgica é conhecido como choque anafilático.
Pode ocorrer intoxicação se o anestésico local for acidentalmente adminis-
trado em um vaso sanguíneo ou em dose excessiva. A intoxicação cardíaca 
é precedida por sensações subjetivas, como tontura, gosto metálico na 
boca, zumbido, confusão, repetição persistente de palavras, inquietação e 
tremor. Esses sinais de alerta devem sempre ser levados a sério. A administ-
ração do anestésico local deve ser interrompida assim que os primeiros sin-
tomas aparecerem. A excitação do sistema nervoso central manifesta-se 
como respiração irregular, tiques musculares, náusea, vômito, convulsões 
generalizadas e aumento da taxa de pulso e pressão arterial. A intoxicação 
grave pode levar à perda de consciência, parada respiratória, bradicardia, 
queda da pressão arterial e, finalmente, parada cardíaca.
7.5 Regras básicas
Os vários peelings diferem em relação a: os principais objetivos do 
tratamento para os quais são usados; suas técnicas de aplicação; o 
curso clínico pós-tratamento; e seus tratamentos tópicos adjuvantes. 
No entanto, certas regras básicas aplicam-se aos peelings químicos, 
e o profissional precisa estar familiarizado com eles, independente-
mente de o peeling ser superficial, médio ou profundo.
Mesmo que a solução de descasque seja projetada para uma profun-
didade de penetração específica, os resultados clínicos podem variar 
consideravelmente. É importante compreender que a abordagem 
pré-tratamento, a qualidade da pele e a técnica de aplicação podem 
afetar significativamente o resultado clínico de qualquer peeling (ver 
Fig. 2.10, p. 28 / ver seção 2.1.1 Resultados clínicos de peeling).
É importante que o profissional adquira experiência completa e sufi-
ciente das diferentes peelings, a fim de poder dominá-las e alcançar 
metas de tratamento individuais e personalizadas. Para poder fazer 
um peeling com segurança e eficácia, o profissional precisa saber:
• quais substâncias ativas estão sendo aplicadas
• a potencial invasividade da fórmula usada
• a natureza da superfície da pele sendo esfoliada (pré-tratamento 
e limpeza da pele)
• como a profundidade da penetração aparece na pele
• como a aplicação pode ser controlada adequadamente (consulte 
a seção 7.6 Técnicas de Aplicação)
• que tipo de curso clínico pós-peeling pode ser esperado
• como o tratamento pós-peeling deve ser implementado e geren-
ciado caso surjam complicações
• os prováveis resultados do peeling.
O objetivo do tratamento clínico e uma maneira adequada de alcançá-lo 
precisam ser planejados com antecedência. O profissional precisa decidir 
qual solução de peeling é ideal e o paciente deve obter instruções detal-
hadas sobre o plano de tratamento pré e pós-peeling. O curso de trata-
mento subsequente deve ser ajustado individualmente. A aparência clíni-
ca da superfície da pele durante o peeling deve ser monitorada cuidadosa-
mente, pois mostra ao profissional como o peeling está funcionando e 
quando o procedimento precisa ser interrompido. Isso requer observação 
cautelosa das reações da pele durante o tratamento de peeling. Nas pala-
vras do Dr. Mark Rubin: “Nunca saia da sala durante o peeling!”
7.5.1 Limpeza e desengorduramento
Um peeling, seja superficial, médio ou profundo, funciona melhor em 
uma superfície da pele completamente limpa e desengordurada. O pa-
ciente deve remover toda a maquiagem antes da limpeza com deter-
gente e, quando necessário, desengordurar a pele com um solvente 
orgânico (acetona e / ou álcool) ocorre como a primeira etapa do trata-
mento. Essa etapa muito completa pode levar até 2 minutos e é ajusta-
da de acordo com os recursos topográficos e individuais e de acordo 
com o peeling planejado. A limpeza de ‘produtos químicos’ pode con-
sumir muito tempo em um paciente seborreico ou em alguém que usou 
maquiagem de camuflagem. O significado dessa limpeza não deve ser 
subestimado. Um peeling superficial de AHA aplicado à pele mal pre-
parada tem pouco ou nenhum efeito. Um peeling médio, se realizado 
na pele insuficientemente desengordurada, pode levar a uma absorção 
desigual da solução de peeling e a um resultado insatisfatório.
7.5.2 Tratamento pré e pós-peeling
A terapia tópica diária com produtos especificamente adaptados 
deve começar o mais tardar duas semanas antes do (primeiro) peel-
ing e deve continuar por um tempo apropriado após o peeling (con-
sulte a seção 7.7 Cascas superficiais). No caso de peelings superfici-
ais, exerce uma influência decisiva no efeito clinicamente visível e na 
obtenção dos objetivos estéticos. 
Nota
Para o tratamento destas complicações, o leitor é 
remetido para as recomendações dadas na literatu-
ra Anestesiologia atual (ver Morgan e Mikhail, 
2013), entre outras diretrizes atuais locais. O profis-
sional também deve manter um kit de acidentes 
sempre à mão e verificá-lo regularmente para ga-
rantir que esteja completo, atualizado e funcional.
82
7
Tratamento
Com peelings médios e profundos, as preparações tópicas são usa-
das para preparar a pele para o peeling, acelerar a cicatrização de fe-
ridas e otimizar o resultado final. Ensaios de comparação lado a lado 
mostraram que a pele tópica antes e depois de um peeling médio de 
TCA parece criar um peeling mais uniforme, com cicatrização mais 
rápida (Hevia et al, 1991; Humphreys et al, 1996; Kim et al, 1996).
A seleção de produtos tópicos adjuvantes é variada e deve ser adap-
tada aos requisitos, que dependem:
• do peeling
• do tipo de pele
• da tolerabilidade da pele
• da indicação clínica.
Importância do pré-tratamento ao realizar um peeling combinado de Jessner + TCA
Fig.7.13 Fase de reparo, dias após o peeling. No lado esquerdo do paci-
ente, a pele do pescoço mostra uma coloração marrom uniforme e parece 
estar cicatrizando uniformemente e sem complicações. No lado direito do 
paciente, a descoloração desejada é apenas parcialmente aparente; no lado 
direito do pescoço, até a área infraclavicular, o peeling parece ter quase 
nenhum efeito e nenhuma esfoliação está ocorrendo. A comparação lado 
a lado mostrou que os peelings superficiais de TCA atuam menos uniforme-
mente na pele mal preparada.
Fig. 7.12 Frost nível I a II após a aplicação de 20% de TCA após a 
solução de Jessner. No lado esquerdo do paciente, um frost uniforme se 
forma virtualmente em todo o colo. Por outro lado, o lado direito do colo 
do paciente tende a mostrar manchas brancas isoladas de frost em uma 
base eritematosa.
Fig. 7.11 Ponto final de peeling de Jessner aproximadamente 2 sema-
nas após o início do tratamento pré-peeling. Após uma técnica uniforme de 
aplicação de peeling nos dois lados, é perceptível que o frost de Jessner se 
desenvolve de maneira diferente no lado direito da colagem do paciente em 
comparação com o esquerdo, onde mais manchas de frost são visíveis.
Fig. 7.10 Ponto de partida de uma comparação lado a lado para analisar 
a importância da base de pomada de pré-tratamento para o resultado de 
um peeling combinado de TCA. No lado direito do paciente, a base não foi 
aplicada com precisão e profundidade nessa área (compare com a aplicação 
uniforme no lado esquerdo do paciente).
83
7
Regras básicas
O tratamento pré-peeling não deve ter um efeito irritante. Onde ne-
cessário, a dose de tretinoína deve ser reduzida ou os produtos tópi-
cos aplicados apenas a cada 3 dias. O mesmo se aplica ao tratamen-
to pós-peeling após um peeling médio ou profundo. O uso de tera-
pia despigmentante e produtos que contenham tretinoína só deve 
começar quando a reepitelização estiver concluída.
Cremes, loções e soluções sem óleo são adequados em pacientes com 
pele oleosa, tipos 1 e 2 de de Fitzpatrick. Em pacientes com uma pele 
mais seca e mais sensível, recomenda-se preparações tópicas à base de 
óleo. Em vez dos AHAs, às vezes irritantes, o uso de gluconolactonas ou 
poli-hidroxiácidos também deve ser considerado se o paciente tiver uma 
pele particularmente sensível. Estas substâncias provaram melhorar a 
barreira e a função da barreira epidérmica (Edison et al, 2004; Green et 
al, 2009; Hachem et al, 2010) e estão associados a reações cutâneas 
menos irritativas. As fórmulas contendo ácido salicílico são úteis se for 
necessário um efeito queratolítico adicional, por ex. em pacientes com 
pele hiperceratótica. Pacientes com Fitzpatrick tipo 3 e superior da pele 
precisam ser tratados com produtos tópicos contendo um agente clare-
ador da pele, como a hidroquinona, antes e depois do peeling para evi-
tar hiperpigmentação pós-inflamatória. O mesmo se aplica quando os 
peelings superficiais são destinados ao tratamento de áreas de des- e 
hiperpigmentação. Existem outras substâncias despigmentantes, como 
o ácido cójico, que podem ser usadas como uma alternativa à hidroqui-
nona. (Para obter mais informações sobre os diferentes agentes clare-
adores da pele e seus mecanismos de ação e regulamentos legais, con-
sulte a seguinte literatura publicada e reveja as diretrizes do seu país: 
Rendon e Gaviria, 2005; Sarkar et al, 2002; Boissy et al, 2005; Kim et al, 
2002; Hakozaki et al, 2002; eMatsuda et al, 2008.)
Se forem usados peelings superficiais para tratar a acne, o ácido azelaico 
pode ser aplicado topicamente como parte do tratamento adjuvante. Esta 
substância ativa possui outras propriedades (descamação, antisséptico, 
despigmentante) que podem potencialmente melhorar os resultados da 
casca. Além disso, as fórmulas contendo peróxido de benzoíla (BPO) rep-
resentam uma opção de tratamento de suporte para a acne antes e de-
pois do peeling e podem ser obtidas sem receita médica. É importante ter 
em mente que os agentes anti-acne devem ser usados como adjuvantes, 
se necessário, mas não como substitutos das prescrições tópicas adju-
vantes, essenciais para otimizar a regeneração epidérmica no contexto de 
peelings superficiais repetitivos. Essas prescrições de substâncias que con-
tenham pH 3,5 a 4,0, como AHAs ou retinóides, são projetadas especifi-
camente para melhorar a regeneração e a função da barreira epidérmica 
se forem aplicadas diariamente para acompanhar os tratamentos superfi-
ciais do peeling. Os autores defendem a aplicação da prescrição esfoliati-
va e possivelmente queratolítica pela manhã e pelo agente acne à noite. 
Depois que o paciente aplicou a preparação cosmecêutica em todas as 
áreas de tratamento, ele pode usar seus cosméticos diários.
7.5.3 Proteção solar
O paciente deve ser aconselhado a evitar exposição excessiva ao sol e to-
mar banho de sol a partir do momento em que começar a usar a tera-
pia adjuvante cosmecêutica (2 a 4 semanas antes do peeling) até o mo-
mento em que a fase pós-peeling estiver concluída, dados os efeitos da 
AHA ou agentes contendo retinóides aumentam a sensibilidade da pele 
à luz solar. A prevenção rigorosa do sol precisa ser mantida com peelings 
médios e profundos. Simultaneamente, é importante recomendar filtros 
solares com alto fator de SPF, além de forte capacidade de bloqueio de 
UV-A e UV-B. Kim et al, 2010 declaram que o aspecto mais importante 
em relação à proteção tópica do sol é garantir que uma quantidade su-
ficiente da pomada protetora seja aplicada. A aplicação de 2 mg/cm2 
para proteção ideal é recomendada pelos autores. Recomenda-se ao 
leitor que consulte a literatura complementar para obter mais detalhes 
sobre as substâncias e preparações disponíveis para esse fim (De Villa et 
al, 2011; Hwang et al, 2011; Miyamura et al, 2011). Também é reco-
mendável a proteção física do sol (chapéu / camisa / óculos de sol.
7.5.4 Proteção dos olhos e áreas sensíveis 
durante o peeling
Existe uma variedade de recomendações no que diz respeito a garantir 
que áreas sensíveis (por exemplo, olhos, superfícies mucosas, etc.) sejam 
protegidas durante um peeling. Ao considerar a proteção dos olhos, al-
guns profissionais defendem capas / escudos de superfície, enquanto 
outros os consideram pesados, um obstáculo ao tentar aplicar fina-
mente a solução de peeling perto das pálpebras e, finalmente, ocasion-
almente causando um efeito diluidor sobre o peeling adjacente causado 
pelo estímulo das lágrimas. Além disso, alguns peelings e autores expe-
rientes protegem a boca, narinas e vincos alar com petrolato antes de 
peelings superficiais, enquanto outros recusam, explicando que o petro-
lato pode influenciar a penetração da solução de peeling e pode levar a 
resultados desfavoráveis. Para peelings médios e profundos, a proteção 
oclusiva da região periorbital ou perioral geralmente não é recomenda-
da, pois essas são precisamente as áreas solicitadas para o tratamento 
de rejuvenescimento. No geral, uma variedade de recomendações dife-
rentes é proposta na literatura e na prática clínica e, como tal, os autores 
deste livro aconselham o leitor a seguir as instruções conforme as dire-
trizes do fabricante de peelings, a preferência e a experiência pessoais.
7.6 Técnicas de Aplicação
Antes de aplicar um peeling, o paciente deve ser solicitado a remov-
er suas lentes de contato, brincos e colares. Depois disso, uma 
pequena quantidade da solução de peeling é colocada em um recip-
iente separado, por ex. um pequeno pote de vidro, que pode ser se-
gurado na mão livre do profissional. Se forem utilizados vários vasos, 
eles devem ser rotulados adequadamente para evitar confusões.
A quantidade de solução necessária depende da área de tratamento; 
A experiência demonstrou que 2 a 4 ml são suficientes para o rosto 
e o pescoço. Vários aplicadores podem ser usados, dependendo da 
solução de descamação e da preferência individual. Por exemplo, 
pedaços de gaze devem ser colocados na área de trabalho para re-
movercotonetes embebidos na solução. Faz sentido iniciar o aplica-
tivo na testa, pois essa é a área menos sensível da face. Observando 
primeiro a reação da pele à solução selecionada e à técnica de apli-
cação nessa área, o médico pode ajustar o procedimento subse-
quente de acordo com o resto da face.
A ‘arte do peeling’ consiste em ajustar a técnica às descobertas individuais 
e à qualidade da pele e reagir imediatamente a quaisquer eventos inesper-
ados que possam exigir o término prematuro do procedimento. Por esse 
motivo, a regra mais importante do peeling é acompanhar de perto a rea-
ção da pele do paciente. A profundidade de penetração de um peeling 
pode ser principalmente aprimorada aplicando uma quantidade maior da 
solução de remoção (por exemplo, trabalhando com um aplicador mod-
84
7
Tratamento
Pressão de aplicação
Fig. 7.14 Uma das maneiras de controlar a profundidade de penetração de um peeling é através da pressão da aplicação. A solução é trabalhada mais pro-
fundamente na pele à medida que mais pressão é aplicada com um cotonete ou gaze. Esta técnica é particularmente importante para peelings médios e pro-
fundos e permite que o efeito clínico seja regulado.
Checklist: 
Como aplicar peelings: superficiais (sem frost)
• avaliar indicação e tipo de pele
• aconselhar sobre o tratamento tópico adjuvante 
pré-peeling
• limpeza
• levar em consideração a espessura variável da epiderme
• comece com uma baixa concentração no primeiro 
peeling e depois aumente e ajuste a tolerância do 
paciente
• aplique o peeling uniformemente
• ajustar a quantidade de solução utilizada e a 
pressão de aplicação, bem como o tempo de ex-
posição ao agente esfoliante antes da neutralização 
(quando apropriado) de acordo com os achados 
clínicos e a reação subjetiva do paciente
• entre os peelings, aconselhar a aplicação diária de 
produtos para a pele.
Checklist: 
Como aplicar peelings: médios e profundos
• avaliar o status das linhas / rugas, tipo de pele e cor 
da pele
• aconselhar sobre o tratamento pré-peeling
• ajuste a fórmula aos achados
• levar em consideração a espessura variável da epi-
derme e derme
• desengordurar completamente a pele (especial-
mente se você usa TCA)
• ajuste a quantidade de solução aplicada, a pressão 
de aplicação e a frequência de estratificação aos 
achados da pele
• aplique o peeling uniformemente
• garantir monitoramento rigoroso e apoio psicológi-
co durante a fase pós-peeling.
eradamente úmido vs. bastante úmido) ou usando uma técnica de aplica-
ção mais agressiva (ou seja, esfregar a solução na pele vs. pintá-la leve-
mente na pele). Segundo Hetter, 2000 e Stone, 1998, a profundidade de 
penetração de peelings médios e profundos pode ser ajustada não ape-
nas pela pressão da aplicação, mas também pelo número de demãos 
(frequência de estratificação / estratificação aplicada). Ao recobrir, os pro-
fissionais diferenciam entre pincelar (aplicação unilateral) e esfregar (apli-
cação bilateral). Um número maior de demãos / camadas em uma área es-
pecífica intensificará o nível de frost sem a necessidade de aumentar a 
pressão de aplicação. A melhor escolha das variáveis de aplicação de-
pende do método de remoção, da solução de remoção e dos acessórios 
utilizados (consulte os Checklists Como aplicar peeling abaixo).
Caution
During application, never hold the container with 
the peel solution over the patient’s face where the 
product could drip or accidently spill over.
85
7
Técnicas de Aplicação
Superficial
AG
20%
50%
70%
 espessura da pele e
 conteúdo lipídico
 pré-tratamento tópico
 número e frequência dos
 peelings anteriores de AHA
 limpeza e
 desengorduramento
 quantidade de solução
 de peeling
 duração até a neutralização
A
B
C
D
E
Vesículas
Eritema
significativo
Eritema leve
Desfecho
clínico
Grau de peeling
(A–E)
Profundidade do peeling
e fatores de influência
Fórmulas de peeling
Fig. 7.15 Resumo dos peelings superficiais de ácido glicólico (AG). A ilustração mostra os graus de peeling pretendidos, os desfechos clínicos corre-
spondentes e os fatores que influenciam o resultado dos peelings de AG. Os peelings de AG geralmente são aplicadas como parte de um curso com con-
centrações crescentes. O primeiro peeling, por exemplo espera-se que AG a 20% atinja apenas as camadas epidérmicas superficiais (grau A a B). O desfecho 
clínico é eritema leve a mais significativo. Utilizando concentrações mais elevadas de p. 50% a 70% de AG nas sessões seguintes (dependendo da sensi-
bilidade individual do paciente à solução), um peeling de grau B a C pode ser alcançado. Se a solução de peeling atingir a membrana basal, a pele reagirá 
clinicamente com vesículas. Os graus de peeling, pontos finais e fatores de influência ilustrados também se aplicam a outros representantes de AHAs e AP, 
exibindo propriedades químicas semelhantes.
7.7 Peelings Superficiais
7.7.1 Peeling de AHA e AP 
O AHA e o ácido pirúvico (AP) têm um efeito principalmente epi-
dérmico. Seu efeito cosmético resulta da terapia de longo prazo, 
que envolve sessões repetidas de peeling com concentrações cres-
centes, acompanhadas de tratamento adjuvante tópico diário pré 
e entre peelings.
Os peelings individuais influenciam a superfície da pele em uma ex-
tensão tão pequena que os pacientes não sofrem nenhum prejuízo 
em sua aparência. Dor e complicações são altamente improváveis. 
Como os tratamentos se adaptam prontamente à vida cotidiana, às 
vezes também são chamados de “peelings da hora do almoço’.
As indicações incluem:
• manchas na pele
• zonas de hiperpigmentação
• melasma
• acne vulgar
• acne papulopustulosa
• rosácea
• zonas de hiperceratose
• primeiros sinais de envelhecimento da pele.
Limpeza e desengorduramento
Antes de aplicar a solução hidrofílica de AHA ou AP, a pele precisa ser com-
pletamente limpa e desengordurada. Isso é feito com detergentes alcalinos, 
aplicados com uma compressa de gaze ou uma bola de algodão. A intens-
idade deste processo também pode ser controlada pela pressão e pela 
frequência de aplicação. Os peelings de AHA comercialmente disponíveis 
Checklist antes do tratamento:
• faixa de cabelo ou touca cirúrgica
• proteção para os olhos e áreas sensíveis, se ne-
cessário (por exemplo, tapa-olhos e vaselina )
• limpador (e cotonete de gaze / algodão)
• álcool para desengordurar, se necessário
• fórmula de peeling contendo AHA ou AP
• neutralizador
• luvas sem látex
• recipiente pequeno
• escovas de aplicação
• ventilador (manual ou elétrico pequeno) para refrigeração
• toalhas
• água fria.
86
7
Tratamento
são comercializados juntamente com os produtos de limpeza correspon-
dentes; caso contrário, o profissional pode usar o produto de sua escolha.
Aplicação
A solução de peeling líquida é melhor aplicada com uma escova pla-
na para um trabalho rápido e para reduzir o desperdício observado 
com o uso de aplicadores de ponta de algodão. No entanto, lembre-
se de que, ao usar um pincel, é muito difícil aplicar pressão; portan-
to, os pincéis não são adequados para todos os tipos de peelings. A 
área a ser tratada precisa ser mantida generosamente umedecida 
durante todo o tratamento de peeling e não deve secar.
 O profissional deve avaliar o desenvolvimento do eritema sob uma 
boa luz e ajustar o tempo de exposição à solução com base na rea-
ção da pele do paciente e na experiência subjetiva do tratamento. A 
solução de peeling deve ser aplicada em áreas sensíveis logo após o 
término do tratamento.
Fig. 7.16 A pele precisa ser completamente limpa e desengordurada an-
tes que um peeling de AHA ou AP seja aplicado.
Fig. 7.17 Aplicar peeling com um gel é particularmente fácil de usar e uma 
boa opção para um profissional com experiência limitada. O risco de com-
plicações indesejadas é menor com um gel do que com uma solução.
Nota
Com os peelings superficiais de AHA, os profissionais 
são frequentemente aconselhados a tomar cuidado e 
evitar aplicar a solução de peel nos olhos, lábios, nari-
nas e vincosalar. Além disso, áreas sensíveis precisam 
ser protegidas (por exemplo, ao redor dos olhos, do-
bras alares e superfícies mucosas) com vaselina. Os au-
tores, no entanto, não concordam com esta técnica de 
proteção que envolve a aplicação de vaselina porque 
a aplicação de preparações à base de parafina fre-
quentemente leva a “sangramento” desses materiais 
na área circundante, impedindo acidentalmente a ab-
sorção do ácido na área tratada também.
Fig. 7.18 Soluções personalizadas de AHA ou AP são comumente aplicadas com um pincel. A escova é mergulhada na solução e depois limpa contra a borda 
do recipiente para remover o excesso de fluido. Depois disso, a superfície da pele é umedecida com rapidez e uniformidade. Escovas de ventilador menores são 
usadas para o rosto, enquanto escovas maiores e planas são recomendadas para áreas de tratamento maiores (por exemplo, pescoço, colo, costas).
87
7
Peelings Superficiais
Neutralização
Para finalizar o peeling, os ácidos livres são neutralizados com um al-
calino. A neutralização ocorre quando o desfecho pretendido apa-
rece na forma de eritema ou nas primeiras pequenas bolhas na pele, 
dependendo se o peeling deve atingir os graus A, B ou C (consulte a 
seção 8.1.2 Peeling).
O neutralizador pode ser pulverizado sobre a pele na forma de uma 
solução ou aplicado na forma de gel ou creme. A neutralização com um 
spray é desagradável para muitos pacientes e, portanto, deve ser realiza-
da área por área: após um peeling facial, é melhor começar com a testa 
e neutralizar apenas metade da face, lembrando que o peeling da out-
ra metade do rosto que ainda não foi neutralizado continuará a pene-
Fig. 7.19 Ao neutralizar com um spray, é produzida espuma na pele até 
que a reação termine. Isso facilita para o profissional determinar quando a 
neutralização terminou seu curso completo, completando assim a remoção.
Fig. 7.20 Após a neutralização, a superfície da pele é bem seca e um 
creme com pH de 3,0 a 4,5 é aplicado. Isso normaliza o pH da superfície da 
pele, que foi alterada para uma faixa fortemente alcalina pela neutralização.
Cuidado
Antes do peeling, verifique se está disponível um 
suprimento suficiente de neutralizador. Verifique 
se o frasco de spray está bem cheio e se o bico está 
limpo e intacto. Caso contrário, qualquer interrup-
ção do processo de neutralização pode comprome-
ter o sucesso do tratamento. Os peelings de AHA e 
AP que não são neutralizadas a tempo podem le-
var a bolhas e crostas confluentes. Em caso de 
emergência, os agentes de peeling podem ser di-
luídos e neutralizados com bastante água fria.
Cuidado
Às vezes, os fabricantes de peelings superficiais re-
comendam a neutralização após um tempo de ex-
posição fixo. Os autores não recomendam esse mé-
todo, pois a reação de um indivíduo a um peeling 
não pode ser prevista antes do tratamento. Portan-
to, o uso de um temporizador não substitui a ob-
servação cuidadosa da pele.
Dica prática
Para um resultado ótimo do tratamento, a reco-
mendação dos autores é inicialmente realizar três a 
cinco tratamentos em intervalos de 2 semanas, segui-
dos por peelings adicionais em intervalos mais longos.
Alguns pacientes terão um peeling de AHA a cada 4 
a 6 semanas durante anos. Quanto tempo um trata-
mento deve continuar depende da necessidade es-
tética ou médica e da disciplina do paciente. Parece 
razoável continuar esfoliando intermitentemente 
esses pacientes, desde que continuem vendo melho-
rias. No entanto, quando a resposta do paciente 
atinge um platô, faz pouco sentido continuar esfoli-
ando o paciente com o mesma peeling e, portanto, 
outras opções de peeling podem ser necessárias.
Recomendações de anestesia: 
Para aliviar o leve desconforto de queimadura, a pele 
pode ser resfriada com um ventilador (manual ou elé-
trico) durante o tratamento e com compressas frias e 
panos úmidos após o término do peeling.
88
7
Tratamento
10%
15%
20%
30%
AS
Superficial
Precipitado branco
em um eritema-
fundo de tous
A
B
C
D
E espessura e oleosidade
 da pele
 pré-tratamento tópico
 limpeza e
 desengorduramento
 quantidade de solução
 de peeling
Desfecho
clínico
Grau de peeling 
(A–E)
Profundidade do peeling
e fatores de influência
Fórmulas de peeling
Fase do tratamento Procedimento
Antes do peeling • Exame inicial e concordância por escrito dos prós e contras do paciente.
• Início da terapia tópica adjuvante (2 a 6 semanas antes do peeling).
Primeiro peeling • Remoção de maquiagem, limpeza da pele, aplicação da solução de peeling.
• Parando a casca no ponto final desejado (neutralização após um peeling de AHA ou AP).
• Máscara de resfriamento, maquiagem opcional.
• Aconselhar proteção solar física e / ou tópica.
Tratamento entre peelings • Continuação da terapia tópica adjuvante.
Segundo peeling 
(após 2 semanas o mais cedo)
• Veja acima; adaptação da fórmula e técnica de aplicação de acordo com o curso do primeiro peeling.
Tratamento entre peelings • Continuação da terapia tópica adjuvante.
Peelings subsequentes • Ver acima.
Tab. 7.2 Resumo de um tratamento com um peeling superficial de ‘hora do almoço’.
Fig. 7.21 Resumo de peelings superficiais de AS. Em solução pura, o AS é geralmente empregado em concentrações entre 10% e 30% para obter um 
peeling superficial de grau B. O agente hidrofóbico não deve ser usado em concentrações mais altas devido ao risco de possível absorção percutânea. Pelo 
mesmo motivo, áreas maiores da pele devem ser tratadas com uma concentração máxima de 15% de AS. O desfecho clínico do peeling superficial de AS de 
grau B é a precipitação branca do AS (não deve ser confundida com um frost!) em um fundo eritematoso. O AS também pode ser usado em soluções combi-
nadas com AHA, comercializadas por muitos fabricantes de peelings comerciais, podendo ser usadas para um efeito de peeling de graus A a C.
trar mais fundo. Para fazer isso, vire a cabeça do paciente levemente 
para o lado, pulverize a solução e deixe escorrer. Na linha do cabelo, apli-
que a solução com uma toalha pequena. Proceda da mesma maneira na 
outra metade do rosto, antes de pulverizar o neutralizador no pescoço. 
Um spray final completo deve seguir para garantir que nenhuma área 
esfoliada seja deixada de fora. Para fazer isso, prepare o paciente e pul-
verize a área tratada generosamente mais uma vez. Pequenas áreas de 
formação de espuma indicar as regiões que ainda não foram neutraliza-
das. Para finalizar, enxugue o rosto com uma toalha. É importante que 
a neutralização seja realizada rapidamente, para garantir que a reação 
de esfoliação seja interrompida em tempo útil. Se um gel ou creme neu-
tralizante é usado em vez de um spray, não é tão fácil acompanhar o 
curso da reação de neutralização na pele, mas esse método é percebido 
como mais agradável por alguns pacientes.
7.7.2 Peeling de ácido salicílico (AS)
89
7
Peelings Superficiais
Limpeza
O desengorduramento da superfície da pele antes do peeling de AS 
não precisa ser tão meticuloso quanto antes do peeling de AHA. 
Como o AS é lipofílico, ele penetra rapidamente na barreira lipídica. 
Em qualquer caso, no entanto, recomenda-se a remoção completa 
da maquiagem com um detergente. Os pellings de AS comercial-
mente disponíveis são geralmente comercializadas juntamente com 
produtos de limpeza adequados.
Aplicação
A solução ou gel de AS é mais fácil de aplicar com um pincel ou cotonete. 
Como o álcool evapora rapidamente, são necessários pouco mais de 2 ml 
de solução para esfoliar o rosto e o pescoço. No entanto, pode ser ne-
cessária a aplicação de várias camadas de solução de peeling para atingir 
o ponto final desejado. O peeling de AS deve ser interrompido quando 
aparecer eritema marcado. Nenhuma neutralização é necessária.
A aplicação de produtos tópicos calmantes não é aconselhável após 
o peeling de AS, pois os cremes reagem com os cristais do AS na pele 
formando uma pasta. O primeiro passo é lavar bem as áreas de trata-
mento com água 2 a 6 horas após o peeling.Uma emulsão de óleo / 
água de refrigeração ou um hidratante suave podem ser aplicados.
Um peeling de ácido salicílico (AS) também pode ser considerado como um 
peeling de ‘hora do almoço’ já que o tratamento não leva a um tempo de ina-
tividade significativo. Por sua vez, o efeito clínico pretendido aparece apenas 
após várias sessões repetidas, juntamente com a terapia tópica adjuvante apro-
priada. Em comparação com os pellings superficiais de AHA, o AS também tem 
um efeito queratolítico, tornando os peelings de AS adequados em zonas de 
hiperqueratose (onde o córtex do estrato é espessado). As indicações incluem: 
• manchas na pele
• zonas de hiperpigmentação
• melasma
• acne vulgar
• acne papulopustulosa
• zonas de hiperqueratose.
Fig. 7.22 O álcool evapora relativamente rapidamente da superfície quente 
da pele, e o AS cristaliza. Como resultado, a solução aplicada deixa cristais 
para trás ao longo das pinceladas, que se parecem com pó na pele. Essa 
reação cutânea não deve ser confundida com o “frost” observado nos peel-
ings de TCA, fenol ou resorcinol. Antes de tratar as costas, o paciente deve 
ser avisado para usar roupas de algodão.
Nota
Os pacientes que apresentam histórico de alergia à 
aspirina também devem ser advertidos contra o uso 
desse peeling.
Um peeling de AS puro dissolvido em álcool pode 
ter um efeito irritante.
É particularmente adequado para o tratamento da 
acne que afeta as costas, onde a pele é mais espes-
sa e menos sensível. No entanto, a absorção per-
cutânea de AS precisa ser levada em consideração 
ao aplicar a solução em grandes áreas como essas. 
Houve relatos de absorção sistêmica, dependendo 
da concentração do peeling e do tamanho da área 
a ser tratada, principalmente quando a pele é oclu-
ída após o peeling. O dano renal é possível se mais 
de 30 µg / ml de AS for detectado no sangue. Os 
primeiros sinais de uma intoxicação sistêmica com 
ácido salicílico podem se apresentar na forma de 
equilíbrio prejudicado, como vertigem ou zumbido. 
Portanto, as seguintes recomendações devem ser 
seguidas ao administrar o peeling de AS:
• aplique soluções de peeling com no máximo 
15% de AS nas costas
• esfolie menos de 20% da superfície corporal por 
tratamento
• realizar tratamentos nas costas apenas em paci-
entes saudáveis (jovens com acne) sem distúrbios 
renais
• evite tomar ácido acetilsalicílico (AAS; aspirina) 
por pelo menos uma semana antes do peeling 
para reduzir o risco de salicilismo
• aconselhar o paciente a beber o máximo de água 
possível (pelo menos 1,5 l / dia) no dia do peeling 
e no dia seguinte (você também pode fornecer 
uma garrafa de água durante o peeling)
• aconselhe os pacientes a consultar seu médico 
imediatamente se desenvolverem efeitos colat-
erais sistêmicos, como zumbido ou vertigem.
Checklist prior to starting the treatment:
• faixa de cabelo ou touca cirúrgica
• limpador (cotonete de gaze / algodão)
• fórmula de peeling contendo AS
• luvas
• recipiente pequeno
• escovas
• ventilador (manual ou elétrico pequeno) para refrigeração
• toalhas.
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Tratamento
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