Estruturação e conhecimento das normas regulamentadoras

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DESCRIÇÃO
A estruturação das normas regulamentadoras e a apresentação de algumas normas de extrema
relevância na legislação atual.
PROPÓSITO
Compreender a importância da estruturação e do conhecimento das normas regulamentadoras
aplicadas à Engenharia de Segurança do Trabalho no Brasil, de modo a conhecer as implicações de tais
NRs nas condições de trabalho da empresa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a estrutura das NRs
MÓDULO 2
Analisar as características da NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais
MÓDULO 3
Reconhecer a importância da NR-6 – Equipamento de Proteção Individual
MÓDULO 4
Analisar a aplicação da NR-3 – Embargo e Interdição e da NR-28 – Fiscalização e Penalidades
INTRODUÇÃO
ENTENDENDO AS NRS
MÓDULO 1
 Identificar a estrutura das NRs
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe como deve ser analisada a estrutura das NRs? Conseguiria identificar as normas existentes e
como devem ser escolhidas para cada ambiente de saúde e segurança do trabalho?
Ao aplicar o conceito de ação preventiva, o empregador deverá ser capaz de instituir práticas de
proteção planejadas visando promover o bem-estar físico e mental dos colaboradores, com foco na
melhoria das condições do ambiente de trabalho. Dessa forma, estimulará significativamente o
crescimento na produção, de acordo com o baixo índice de problemas laborais e, consequentemente,
atenuará os danos e sua responsabilidade diante de possíveis ocorrências de acidentes de trabalho.
A empresa X atua no ramo têxtil produzindo, principalmente, tecidos com cores que apresentam grande
diversidade, além de tecidos crus para atender o mercado da exportação.
Em uma auditoria interna, identificou-se que alguns equipamentos de determinado setor de cor
apresentavam falta de manutenção e problemas como liberação de níveis elevados de odores de
solvente no ambiente.
Essa auditoria foi convocada porque alguns colaboradores procuraram o médico do trabalho, que
identificou algumas lesões corporais, como manchas na pele e vermelhidão ao redor dos olhos.
Com isso, a empresa foi multada e o setor precisou de um novo plano de manutenção para que, no
prazo definido pela equipe de auditores, passasse por nova verificação a fim de se comprovar se tinham
sido feitas as adequações sugeridas para a melhoria das condições de trabalho. Caso contrário, é
cabível a aplicação da NR-28, relativa a infrações e penalidades no caso de reincidência, podendo levar
ao embargo e à interdição das atividades desenvolvidas pela empresa.
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DAS NRS, É POSSÍVEL DIVIDI-LAS
CONFORME OS GRUPOS ESPECÍFICOS QUE ESSAS NORMAS REPRESENTAM.
QUAL ALTERNATIVA APRESENTA O TIPO DE NORMA QUE REGULAMENTA A
EXECUÇÃO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL EM SETORES OU ATIVIDADES
ECONÔMICAS ESPECÍFICOS?
A) Normas gerais
B) Normas temáticas
C) Normas técnicas
D) Normas específicas
E) Normas setoriais
2. DIVERSAS SÃO AS RESPONSABILIDADES QUE AS EMPRESAS TÊM EM
RELAÇÃO À SAÚDE E À SEGURANÇA DE SEUS COLABORADORES. QUAL O
TIPO DE RESPONSABILIDADE TRATADO NO CASO DE ALGUM INCIDENTE
COMO INFRAÇÃO PENAL, CRIME DE PERIGO, LESÃO CORPORAL E
HOMICÍDIO?
A) Trabalhista
B) Criminal
C) Civil
D) Tributária
E) Previdenciária
GABARITO
1. Para uma melhor compreensão das NRs, é possível dividi-las conforme os grupos específicos
que essas normas representam. Qual alternativa apresenta o tipo de norma que regulamenta a
execução da atividade profissional em setores ou atividades econômicas específicos?
A alternativa "E " está correta.
As normas setoriais compõem um dos três tipos de norma que são classificados dentro das NRs, tendo
como objetivo atuar em ações específicas da economia de acordo com a atividade profissional exercida.
2. Diversas são as responsabilidades que as empresas têm em relação à saúde e à segurança de
seus colaboradores. Qual o tipo de responsabilidade tratado no caso de algum incidente como
infração penal, crime de perigo, lesão corporal e homicídio?
A alternativa "B " está correta.
A lesão corporal se apresenta como uma consequência de um risco ou de um perigo de vida ao qual o
colaborador está exposto, observado pelo não cumprimento das normas regulamentadoras. O não
cumprimento dessas normas, por si só, acarreta responsabilidade passível de multa à empresa, todavia,
se por negligência a tais normas, alguém sair ferido ou com a saúde prejudicada, a empresa irá
responder a uma ação criminal.
3. PARA O COLABORADOR, QUAIS SERIAM AS
CONSEQUÊNCIAS DO NÃO CUMPRIMENTO DAS NRS
PREVISTAS EM LEI E ORIENTADAS PELOS PROFISSIONAIS
DE SAÚDE E SEGURANÇA DE TRABALHO DE UMA
EMPRESA?
RESPOSTA
O colaborador está sujeito a sanções que são aplicadas no caso de descumprimento do que for determinado
pela equipe de segurança com base nas NRs. A penalidade aplicada ao colaborador está prevista no art. 158
da CLT.
APLICAÇÕES DAS NRS
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), uma norma regulamentadora (NR) compõe
as obrigações trabalhistas que devem ser cumpridas pelo empregador.
Cada uma das NRs objetiva prevenir acidentes e evitar que doenças sejam provocadas ou agravadas na
atividade laboral. As normas estabelecem parâmetros mínimos e dados com base na saúde e na
segurança do trabalhador, segundo cada atividade e função que ele irá desempenhar, norteando as
atividades dos empregadores e a orientação dos funcionários e assegurando um ambiente laboral mais
saudável.
As NRs foram criadas em julho de 1978 e, desde então, têm recebido diversas atualizações. O governo
atual tem realizado modernizações nas NRs desde 2019, tendo feito quatro delas no início de 2020.
Essas atualizações foram relativas às NRs 1, 7, 9 e 18, e seus conteúdos foram publicados no mesmo
ano da atualização. É fundamental que as modernizações aconteçam, visto que acompanham a
evolução do mercado com o passar do tempo.
ESTRUTURA DAS NRS E PRINCIPAIS
APLICAÇÕES NA ENGENHARIA DA
SEGURANÇA DO TRABALHO
Qual seu conhecimento sobre as normas regulamentadoras? Qual a proposição de cada uma dessas
normas? Você sabe quais podem ser aplicadas em sua atividade profissional? Se não sabe, está na
hora de entender melhor o assunto.
Você pode observar como, na última década, as atividades são baseadas nas normas
regulamentadoras, adequando-se às novas realidades de mercado e pautando-se nos sistemas de
produção atuais. Isso leva em consideração o envolvimento do colaborador ao longo de todo o processo
de produção e no ambiente de trabalho, tendo como prioridade o respeito ao direito fundamental à
dignidade da pessoa humana.
Foto: Shutterstock.com
AS NRS SE CARACTERIZAM COMO UM DOCUMENTO
QUE VERSA SOBRE UM CONJUNTO DE NORMAS
TÉCNICAS QUE PRIORIZA MÉTRICAS E AÇÕES A
SEREM SEGUIDAS PELAS EMPRESAS PARA QUE
SEUS COLABORADORES ESTEJAM PROTEGIDOS.
Para que as NRs sejam mais bem compreendidas, é possível dividi-las em normas gerais, temáticas e
técnicas.
NORMAS GERAIS
NRs de caráter geral versam sobre temas que podem ser aplicadas a diversos espaços de atividades
profissionais.
NORMAS TEMÁTICAS
NRs temáticas são ligadas a ambientes de trabalho específicos.
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NORMAS TÉCNICAS
NRs técnicas referem-se a máquinas, equipamentos e demais aspectos relativos a esses assuntos.
As regras de aplicação, interpretação e estruturação das NRs são descritas pela Portaria SIT no
787/2018, de acordo com o art. 155 da CLT.
Conforme a portaria, assim ficaram estabelecidas tais normativas:
Imagem: Danielle Ribeiro.
As NRs entram em vigor em todo o país no prazo de 45 dias após sua publicação oficial. Em condição
especial, caso aconteça uma nova publicação do seu conteúdo, o prazo vigente começa a ser
considerado a partir da nova publicação com relação ao conteúdo alterado.
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Imagem: Danielle Ribeiro.
As NRs se classificam em normas gerais,especiais e setoriais.
NORMAS GERAIS
São as que regulam aspectos que decorrem das relações jurídicas previstas pela lei sem que estejam
condicionadas a demais requisitos, como as atividades, as instalações e os equipamentos, ou a setores
e atividades de economia específica.
NORMAS ESPECIAIS
São aquelas que regulam a execução do trabalho considerando atividades, instalações ou
equipamentos que são empregados, não estando condicionadas a setores ou atividades econômicas
específicos.
NORMAS SETORIAIS
São normas que regulamentam a execução da atividade profissional nos setores ou atividades
econômicas específicos.
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Imagem: Danielle Ribeiro.
No caso de algum conflito relativo às disposições da NR, sua solução se dará por aplicação de regras
específicas, como:
A NR setorial tem sobreposição à NR especial ou geral.
A NR especial tem sobreposição à geral.
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Em caso de lacunas na interpretação de uma NR, aplicam-se as seguintes regras:
Uma NR setorial pode ser complementada por uma NR especial ou geral caso aquela não
contemple todas as situações sobre determinado tema.
Uma NR especial pode ser complementada por uma NR geral.
Atualmente, são apresentadas 37 NRs que, ao longo dos anos, passaram por diversas alterações
necessárias diretamente relacionadas às novas formas de organização do processo de produção, ao
desenvolvimento tecnológico, a todo o conhecimento técnico e ao critério de democratização que vai
sendo desenvolvido de acordo com a política do país.
REQUISITOS E PROCEDIMENTOS DAS NRS
REFERENTES À SEGURANÇA DO TRABALHO
NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS
Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu capítulo V, as NRs devem se aplicar a
todos profissionais da empresa, sendo essencial o cumprimento do que está descrito nas normas. O não
cumprimento terá como consequências sanções e multas, além de processos judiciais. No entanto,
poderá haver uma compensação, tendo como base alguns benefícios que são apresentados a seguir:
Imagem: Danielle Ribeiro.
As ações indenizatórias que advêm do não cumprimento das NRs podem ser elevadas, atingindo o valor
de milhões, em alguns casos. Deve-se, então, buscar formas de reduzir os riscos de multas.
Imagem: Danielle Ribeiro.
O Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) pode eliminar a obrigatoriedade do
pagamento da alíquota adicional ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT).
Imagem: Danielle Ribeiro.
A elaboração do laudo de periculosidade e insalubridade poderá demonstrar que o empregador paga de
forma indevida os adicionais, havendo casos em que as empresas conseguem uma redução de valor
superior a R$35.000,00 por colaborador.
Imagem: Danielle Ribeiro.
A folha de pagamento poderá ter redução com a aplicação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP),
criado pelo governo com o objetivo de incentivar a diminuição dos casos de acidente de trabalho,
aposentadoria por invalidez e concessão de auxílio-doença nas empresas, proporcionando uma redução
à metade da alíquota do SAT.
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A preservação da imagem da empresa resulta do cumprimento do que for estabelecido nas NRs e da
apresentação de maiores e melhores controles de riscos e perigos de acidentes, melhorando, assim, a
produtividade e o uso dos seus recursos.
Investir no cumprimento das NRs leva a uma maior credibilidade perante o mercado. Essas normas
garantem mais organização e produtividade e menos risco de acidentes que envolvam os
colaboradores.
Para que isso possa acontecer, a empresa deve contar com uma equipe multidisciplinar para o Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), composta de:
técnico em segurança do trabalho;
engenheiro em segurança do trabalho;
médico do trabalho; e
enfermeiro do trabalho.
CONSEQUÊNCIAS DO NÃO CUMPRIMENTO DAS NRS
As NRs devem ser aplicadas de forma a garantir a segurança da equipe. Em caso de não cumprimento,
as empresas devem ser punidas de acordo com as responsabilidades, que variam conforme as leis:
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Multas determinadas pelo MTE, tendo como base a NR-3 aplicada à empresa, aos equipamentos e aos
sistemas.
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA
Sobretaxa calculada para insalubridade e periculosidade; provisoriamente, a garantia da estabilidade
para alguém que sofre algum acidente; aplicação da Lei nº 7.347/1985 (não será objeto do nosso
estudo); identificação da norma de Termo de Ajuste de Conduta (TAC).
RESPONSABILIDADE PREVIDENCIÁRIA
Ação de ressarcimento dos custos com a prestação de serviços acidentários, tendo como base o art.
120 da Lei nº 8.213/1991.
RESPONSABILIDADE CIVIL
Em caso de lesão corporal, os reflexos do acidente de trabalho ou da doença ocupacional na área cível
são (art. 949, CC):
despesas com o tratamento médico;
lucros cessantes até a alta médica;
danos estéticos; e
pensão vitalícia, em caso de morte do trabalhador em decorrência do exercício do trabalho —
danos emergentes; danos morais e pensão mensal.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Aumento da alíquota do SAT/FAP (Seguro de Acidente de Trabalho/Fator Acidentário de Prevenção).
RESPONSABILIDADE CRIMINAL
No que tange à responsabilidade criminal, temos:
Infração penal — descumprimento das normas de segurança sem que haja qualquer resultado
lesivo ou risco ao colaborador (art. 19, §2º da Lei nº8.213/1991).
Crime de perigo — descumprimento das normas de segurança no trabalho que ocasione risco ou
perigo de vida ou à saúde do colaborador (art. 132, Código Penal).
Lesão corporal — descumprimento das normas de segurança no trabalho do qual resulte dano
físico ou lesão corporal ao colaborador (art. 129, §6º, Código Penal).
Homicídio — descumprimento das normas de segurança no trabalho que cause a morte do
colaborador. (art. 121, Código Penal).
Você deve estar se perguntando quais são as consequências do não cumprimento das NRs para o
colaborador.
O não cumprimento das NRs pelo colaborador deve gerar responsabilização, sujeitando-o às sanções
no caso de reincidência dessas atitudes e de não atendimento ao que for definido pelos profissionais de
segurança de acordo com o plano elaborado. A penalidade é prevista no art. 158 da CLT, que também
trata como ato faltoso do colaborador o não atendimento às determinações voltadas para a segurança,
tendo como principais pontos o uso adequado dos equipamentos de proteção individual e o
cumprimento das instruções emitidas pelo empregador.
FISCALIZAÇÃO DAS NORMAS
REGULAMENTADORAS
A fiscalização é de responsabilidade do MTE, que deve controlar e coordenar ações de gestão de saúde
ocupacional junto à Secretaria de Saúde e Segurança do Trabalho. Conheça as principais competências
desses órgãos:
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Conhecimento das deliberações que são determinadas pelas Delegacias Regionais do Trabalho.
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Ações impositivas de sanções pelo não cumprimento das questões legais e regulamentares referentes a
saúde e segurança ocupacional.
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Imposição de penas por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares a respeito de saúde e
segurança ocupacional.
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Aplicação da NR-3 em empresas, setores, máquinas ou equipamentos.
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Aviso sobre os prazos para as empresas extinguirem a insalubridade.
A NR-28 versa sobre os critérios adotados pela fiscalização, com definição das multas, e dos critérios do
agente fiscal de segurança no trabalho. Essa norma permite que o fiscal interdite obras e
estabelecimentos.
Os fiscais devem ser especialistas na identificação das não conformidades. Entretanto, é fundamental
que a empresa atue com uma equipe de qualidade em segurança do trabalho.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O NÃO CUMPRIMENTO DAS NRS PODERÁ OCASIONAR DIVERSOS
PROBLEMAS PARA OS EMPREGADORES E COLABORADORES. QUAL
RESPONSABILIDADE CORRESPONDE AO PAGAMENTO DE ADICIONAIS DE
INSALUBRIDADEE PERICULOSIDADE, ASSIM COMO À ESTABILIDADE
PROVISÓRIA PARA ACIDENTADO?
A) Civil
B) Tributária
C) Criminal
D) Trabalhista
E) Administrativa
2. AS NRS SE CLASSIFICAM DE ACORDO COM ALGUNS TIPOS. QUAL TIPO DE
NORMAS A SEGUIR REGULA ASPECTOS DECORRENTES DAS RELAÇÕES
JURÍDICAS PREVISTAS PELA LEI SEM QUE ESTEJA CONDICIONADA A DEMAIS
REQUISITOS?
A) Geral
B) Especial
C) Setorial
D) Local
E) Específica
GABARITO
1. O não cumprimento das NRs poderá ocasionar diversos problemas para os empregadores e
colaboradores. Qual responsabilidade corresponde ao pagamento de adicionais de insalubridade
e periculosidade, assim como à estabilidade provisória para acidentado?
A alternativa "D " está correta.
A responsabilidade trabalhista contempla os seguintes pontos: pagamento de adicionais de
insalubridade e periculosidade; estabilidade provisória para acidentado; ação civil pública e Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC).
2. As NRs se classificam de acordo com alguns tipos. Qual tipo de normas a seguir regula
aspectos decorrentes das relações jurídicas previstas pela lei sem que esteja condicionada a
demais requisitos?
A alternativa "A " está correta.
As normas gerais são as que regulam aspectos como as atividades, as instalações, os equipamentos
e/ou os setores de economia específica.
MÓDULO 2
 Analisar as características da NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais
LIGANDO OS PONTOS
Foto: Shutterstock.com
Você sabe qual é a importância da NR-1 frente às demais NRs no que tange à Engenharia de
Segurança?
A participação e a colaboração dos profissionais da empresa no gerenciamento de riscos têm
importância fundamental para que as organizações tomem decisões visando alcançar os objetivos do
Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
Toda empresa deve adotar mecanismos de consulta aos colaboradores com base na sua percepção
sobre os riscos ocupacionais, objetivando ampliar o seu estado de atenção e evitando, assim, situações
que apresentem riscos à saúde e à segurança do trabalho. A consulta pode incluir pessoas reunidas em
um comitê de segurança com representantes dos colaboradores, caso existam.
A empresa Y, do contratou profissionais para fazer um estudo de risco, uma vez que não havia um
engenheiro de segurança ou técnico de segurança em seu quadro. A equipe contratada pediu os
documentos referentes à segurança do trabalho e encontrou um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA) antigo, elaborado cerca de 7 anos atrás.
Entretanto, de acordo com nova legislação, o gerenciamento de risco deve ser elaborado com base em
um PGR em conformidade com a NR-1. Dessa forma, a equipe contratada pela empresa Y visitou todos
os setores da organização, elaborou um mapa de risco e realizou diversas entrevistas e observações.
Com base no que foi traçado, um PGR foi elaborado e a empresa Y pôde, então, iniciar o processo de
compras e algumas intervenções técnicas a fim de garantir a saúde e a segurança dos colaboradores.
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. A PARTIR DA CRIAÇÃO DO PGR, OS DEMAIS SEGMENTOS DA EMPRESA
TERÃO SEUS PLANOS EM CONFORMIDADE COM AS DIRETRIZES
ESTABELECIDAS NA NR-1. QUAL DOS PONTOS DESCRITOS NAS
ALTERNATIVAS A SEGUIR CORRESPONDE A UMA CONSEQUÊNCIA QUE
OCORRERÁ AO LONGO DE TODO O PROCESSO DE SAÚDE E SEGURANÇA DO
TRABALHO?
A) Aumento da burocracia
B) Controle das regras
C) Diminuição da duplicidade de planos preventivos
D) Aumento dos custos
E) Ampliação do número de contratações
2. A NR-1 SOFREU ALTERAÇÃO NA SUA IDENTIFICAÇÃO PARA AMPLIAR SUA
AÇÃO NA MELHORIA DA QUALIDADE DAS AÇÕES DE SAÚDE E SEGURANÇA
DO TRABALHO, CONFORME ATUALIZAÇÃO REALIZADA PELO MTE. MARQUE A
ALTERNATIVA QUE APRESENTA ESSA IDENTIFICAÇÃO.
A) NR-1 – Disposições Gerais e Específicas.
B) NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Ações.
C) NR-1 – Disposições Gerais e Segurança do Trabalho.
D) NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
E) NR-1 – Disposições Gerais e Planos de Segurança.
GABARITO
1. A partir da criação do PGR, os demais segmentos da empresa terão seus planos em
conformidade com as diretrizes estabelecidas na NR-1. Qual dos pontos descritos nas
alternativas a seguir corresponde a uma consequência que ocorrerá ao longo de todo o processo
de saúde e segurança do trabalho?
A alternativa "C " está correta.
A partir da criação do PGR, os demais segmentos terão seus planos em conformidade com as diretrizes
estabelecidas na NR-1, não dependendo da área de atuação da empresa. Isso acaba com a duplicidade
de planos preventivos, diminuindo a burocracia e aumentando a clareza das regras que devem ser
seguidas.
2. A NR-1 sofreu alteração na sua identificação para ampliar sua ação na melhoria da qualidade
das ações de saúde e segurança do trabalho, conforme atualização realizada pelo MTE. Marque a
alternativa que apresenta essa identificação.
A alternativa "D " está correta.
É possível observar que a nomenclatura é a primeira mudança que ocorreu nessa norma. Antes, era
classificada como Norma Regulamentadora 1 – Disposições Gerais. Agora, tem o novo nome de Norma
Regulamentadora 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
3. COM RELAÇÃO À APLICAÇÃO E À UTILIZAÇÃO DA NR-1,
O TEXTO ATUAL APRESENTA O INCREMENTO DAS AÇÕES
DE GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS, QUE
TÊM O OBJETIVO DE MONITORAR AS ATIVIDADES
OPERACIONAIS E ADMINISTRATIVAS DE UMA
ORGANIZAÇÃO. ANALISANDO A APLICAÇÃO DO PGR
PREVISTO NA NR-1, QUAIS OS PONTOS QUE LEVARAM À
EXTINÇÃO DO PPRA E À CRIAÇÃO DO PGR?
RESPOSTA
A criação do PGR tem por objetivo ampliar o que já estava sendo observado pelo PPRA em relação à
ampliação dos riscos ocupacionais. O PPRA visa ao gerenciamento dos riscos ambientais, que são o físico, o
químico e o biológico. Já o PGR, com a proposta de ampliação, engloba todos os riscos ocupacionais, além
dos que já constavam no PPRA, como os riscos ergonômicos e de acidentes.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA NR 01 FRENTE AS
DEMAIS NRS?
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NORMA NR-1
A NR-1 representa um conjunto de normas técnicas que se direcionam à saúde e à segurança dos
colaboradores, levando a uma definição geral de regras que devem ser adotadas pelos colaboradores e
empregados em sua atividade profissional. Considerando a atualização das NRs, muitas informações
estão presentes apenas na NR-1, por isso é de fundamental importância o seu conhecimento.
Nessa norma, em especial, o primeiro item contempla a seguinte orientação referente a sua atualização.
Imagem: Danielle Ribeiro.
“Esta norma tem por objetivo o estabelecimento das disposições gerais, campo de aplicação, termos
gerais e definições comuns às NRs relativas à segurança e saúde dos colaboradores, assim como
diretrizes e requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais e todas as medidas de prevenção
em Segurança e Saúde no Trabalho – SST.”
NR-1, 2020.
Entender o conteúdo da NR-1 é de fundamental importância aos processos das empresas.
NOVA NR-1

08/06/1978
Criada em 8 de junho de 1978 por meio da Portaria no 3.214, a NR-1 teve uma alteração recente em
seu conteúdo.
30/07/2019
Em 30 de julho de 2019, essa NR teve uma reestruturação mais simples e moderna, na qual o seu
conteúdo foi alterado com objetivo de reduzir a burocracia e o custo para o investimento em empresas
no Brasil, o que facilitaria a implantação das normas para as pequenas e as médias empresas.


09/03/2020
Na data de 9 de março de 2020, a NR-1 teve uma nova alteração em seu conteúdo, publicada pela
Portaria SEPRT nº 6.730, com início de vigência em 9 de março de 2021.
Conforme já mencionado, a legislação brasileira de prevenção de acidentes do trabalho baseia-se,
principalmente, nas normas regulamentadoras que foram aprovadas com a publicação da Portaria nº
3.214/1978 e hoje somam 37 normas no mercado.
Inicialmente, é possível observar que a nomenclatura é a primeira mudança ocorrida nessa norma, queantes era denominada Norma Regulamentadora 1 – Disposições Gerais e, agora, tem o nome de Norma
Regulamentadora 1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Devido às
alterações, houve a inclusão do PGR, o Programa de Gerenciamento de Riscos. Como apresentado,
essa alteração visa a melhores condições para a implementação dos programas de saúde e segurança,
em especial para as pequenas e médias empresas.
NR-1 E SUA APLICAÇÃO
As normas regulamentadoras relativas à segurança e à medicina do trabalho devem ser seguidas
obrigatoriamente por empresas públicas e privadas que tenham colaboradores regidos pela CLT.
Segundo a NR-1, é garantida a competência das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego
(SRTEs) para determinar as responsabilidades do empregador e dos colaboradores. Algumas
responsabilidades são:
O empregador deverá elaborar uma ordem de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, bem
como informar aos colaboradores sobre os riscos profissionais, os meios de prevenção, os
resultados de exames médicos e as medições ambientais.
O colaborador deverá cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do
trabalho, com a utilização correta do equipamento de proteção individual (EPI) entregue,
submetendo-se a exames médicos e colaborando com a empresa na aplicação das normas.
A proteção dos direitos dos colaboradores está garantida, mesmo com as diversas modificações. As
novas disposições terão um perfil mais vantajoso em especial para as micro e pequenas empresas,
liberando aquelas que apresentarem baixo risco, não sendo necessária a elaboração de planos de
riscos químicos, físicos e biológicos.
DIREITOS E DEVERES
A atual obrigação do empregador é obedecer à hierarquia das medidas de controle. Com base nessa
questão, o item mais útil da nova NR-1, levando a um maior interesse prevenção, apresenta-se no
seguinte item:
Imagem: Danielle Ribeiro.
“Cabe ao empregador:
(…)
Implementação de medidas de prevenção, escutando os colaboradores, segundo a seguinte ordem de
prioridades:
I. eliminar os fatores de risco;
II. minimizar e controlar os fatores de risco, adotando medidas de proteção coletiva;
III. minimizar e controlar fatores de risco, adotando medidas administrativas, ou de organização do
trabalho;
IV. adotar medidas de proteção individual.”
NR-1,2020.
PPRA E PGR
Um dos fatores relevantes nessa alteração está relacionado à redução dos custos, uma vez que o PGR
ocorre de forma menos burocrática e sua implementação tem um prazo maior para renovação, em
comparação a outros programas de saúde ocupacional e prevenção de acidentes.
A partir da criação do PGR, os demais segmentos da economia terão seus planos pautados pelas
diretrizes estabelecidas na NR-1, não dependendo da área de atuação da empresa. Isso acaba com a
duplicidade de planos preventivos, diminui a burocracia e aumenta a clareza das regras a serem
seguidas. Quanto à renovação, o PGR não precisa de renovação anual, como ocorre com o PPRA. Os
empregadores podem renovar o plano a qualquer momento caso haja alguma mudança no ambiente de
trabalho. Se não houver, a avaliação dos riscos deverá ser revista no período de dois ou três anos para
empresas que apresentem certificações em sistemas de gestão de segurança e saúde do trabalho,
fazendo com que se tenha um maior incentivo para o envolvimento dos colaboradores em boas práticas.
Devido ao fato de o PGR tratar de todos os aspectos, há uma grande aposta no fim do PPRA, visto que,
comparado ao primeiro, não apresenta cobertura de todos os cenários de riscos de uma empresa.
APLICAÇÃO DA NR-1 PARA MEI, ME E EPP
O novo texto da NR-1 trata de informações importantes referentes ao microempreendedor individual
(MEI), à microempresa (ME) e à empresa de pequeno porte (EPP). Conforme pode ser observado nos
itens 1.8.4 e 1.8.6 da NR-1, essas empresas devem garantir que a capacitação e o treinamento dos
colaboradores sejam promovidos pelo empregador.
Imagem: Danielle Ribeiro.
“Para microempresas e empresas de pequeno porte, em que apresentem graus de risco 1 e 2, onde no
preliminar levantamento de perigos não tiverem identificado exposições de ocupação aos agentes
físicos, químicos ou biológicos, tendo conformidade com a NR 09, declarando informações na forma do
subitem 1.6.1, onde estão dispensadas da elaboração do PGR.”
NR-1, 2020.
Nesse item 1.8.4, as microempresas e as empresas de pequeno porte devem estar de acordo com que
é elaborado.
Imagem: Danielle Ribeiro.
“O MEI, a ME e a EPP, que apresentem graus de risco 1 e 2, declarando as informações digitais como
no subitem 1.6.1 e não identificarem exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos, biológicos e
riscos, com relação a fatores ergonômicos, estão com dispensa da elaboração do Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO.”
NR-1, 2020.
Imagem: Danielle Ribeiro.
“A dispensa do PCMSO não tira a obrigação da empresa realizar os exames médicos e emissão do
Atestado de Saúde Ocupacional – ASO.”
NR-1, 2020.
Os graus de risco à segurança são determinados de acordo a necessidade de contratação de
profissionais específicos da área, tendo como base os riscos ambientais e o número de colaboradores.
Os riscos são classificados de 1 a 4, sendo que o de número 1 é o ambiente de menor risco e o de
número 4, o de maior risco.
A NR-1 gera certa liberdade para que o empregador declare a não existência de riscos a fim de obter um
tratamento diferenciado, fazendo com que os custos sejam maiores do que a economia gerada por não
haver a elaboração dos programas de prevenção. O art. 6º da Portaria nº 915 prevê que, não havendo
sistema informatizado para o recebimento da declaração de informações digitais, o empregador manterá
a declaração de não existirem os riscos no estabelecimento. A estimativa do governo é de que cerca de
70% desse conjunto de empresas seja afetado por essa medida.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O PROFISSIONAL
RESPONSÁVEL POR CUMPRIR AS DISPOSIÇÕES LEGAIS E REGULAMENTARES
SOBRE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO, COMO A UTILIZAÇÃO CORRETA
DO EPI QUE FOI ENTREGUE.
A) Empregador
B) Colaborador
C) Empresa
D) Autônomo
E) Gerente
2. O NOVO TEXTO DA NR-1 ATRIBUI UMA PREOCUPAÇÃO RELEVANTE NO QUE
SE REFERE AO GERENCIAMENTO DE RISCOS, SENDO NECESSÁRIA UMA
VISÃO MAIS AMPLA DO AMBIENTE E DOS CRITÉRIOS QUE IRÃO COMPOR
ESSA IDENTIFICAÇÃO. QUAL O ATUAL PROGRAMA QUE SUBSTITUI O PPRA
COM O OBJETIVO DE TRATAR, JÁ NA NR-1, A QUESTÃO DO GERENCIAMENTO
DOS RISCOS QUE SÃO OBSERVADOS NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DAS
EMPRESAS?
A) Programa de Gerenciamento de Riscos
B) Programa de Segurança do Trabalho
C) Programa de Prevenção a Riscos Ambientais
D) Programa de Gestão de Negócios
E) Programa de Controle de Riscos
GABARITO
1. Marque a alternativa que apresenta o profissional responsável por cumprir as disposições
legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, como a utilização correta do EPI
que foi entregue.
A alternativa "B " está correta.
O colaborador terá por obrigação realizar as ações definidas segundo a legislação referente com base
nas normas regulamentadoras, de forma a realizar o uso dos EPIs e fazer os exames médicos, como os
periódicos, além de realizar sua atividade em parceria com a empresa.
2. O novo texto da NR-1 atribui uma preocupação relevante no que se refere ao gerenciamento de
riscos, sendo necessária uma visão mais ampla do ambiente e dos critérios que irão compor
essa identificação. Qual o atual programa que substitui o PPRA com o objetivo de tratar, já na
NR-1, a questão do gerenciamento dos riscos que são observados nas atividades profissionais
das empresas?
A alternativa "A " está correta.
Conforme pôde ser observado em nossa aula, a nova NR-1 trata das questões dos dispositivos gerais
referentes à segurança do trabalho e ao gerenciamento de riscos ocupacionais com base em um
programa de gerenciamento de riscos.
MÓDULO3
 Reconhecer a importância da NR-6 – Equipamento de Proteção Individual
LIGANDO OS PONTOS
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Em relação especificamente às NRs, você sabe como devem ser escolhidos os EPIs?
Foi realizada uma entrevista com os colaboradores de uma empresa a fim de compreender os acidentes
de trabalho e as consequências do uso inadequado dos EPIs.
Com relação aos acidentes de trabalho, a menor parte dos entrevistados, cerca 15%, já sofreu algum
tipo de acidente, desde os leves, como pequenas escoriações em alguma parte do corpo, até os mais
pesados, como quedas por desnível e de escadas. Já 85% relataram não ter sofrido nenhum tipo de
acidente, sendo observado que as ações de treinamento e capacitação apresentaram ótimos resultados
para a equipe laboral.
No que se refere à importância do uso dos EPIs, 100% dos entrevistados afirmaram que o equipamento
é fundamental, porém, em muitos casos, eles descrevem a utilização como um incômodo, causando
desconforto e atrapalhando o desenvolvimento das atividades.
De modo geral, conforme dados obtidos, a falta ou a negligência na forma apropriada de uso dos EPIs
torna-se um fator que agrava o risco de acidentes no ambiente laboral.
Por fim, cerca de 70% dos entrevistados que relataram ter sofrido algum tipo de acidente revelaram
como causa a falta ou o uso incorreto o de EPIs durante as atividades de trabalho.
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. O USO DE EPIS É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA GARANTIR A
PROTEÇÃO DOS COLABORADORES, SENDO DISPOSITIVOS DE USO PESSOAL
QUE SE DESTINAM A TODOS OS COLABORADORES DA EMPRESA. NO QUE SE
REFERE AO USO DO EPIS, PODEMOS AFIRMAR QUE
A) quaisquer vestimentas podem ser usadas nas atividades laborais.
B) a empresa não tem obrigação de fornecer aos empregados os EPIs necessários.
C) o EPI deve ser usado para atendimento às situações de emergência, somente.
D) o uso dos EPIs pelos colaboradores é opcional, desde que não cause incômodo.
E) os EPIs são de uso obrigatório, e deve-se sempre observar as características da atividade a ser
executada.
2. COM RELAÇÃO AOS COLABORADORES DA EMPRESA ENTREVISTADA, OS
ACIDENTES OCORRERAM COM, APROXIMADAMENTE, 15% DELES. A FIM DE
MELHORAR ESSAS CONDIÇÕES, ALGUMAS AÇÕES DEVEM SER REALIZADAS.
QUAL ALTERNATIVA APRESENTA UMA AÇÃO QUE PODE SER CONSIDERADA
POSITIVA PARA A MELHORIA DESSES NÚMEROS?
A) EPIs modernos
B) Baixo custo
C) Confiança no fornecedor
D) Busca pelo conforto
E) Treinamento
GABARITO
1. O uso de EPIs é de extrema importância para garantir a proteção dos colaboradores, sendo
dispositivos de uso pessoal que se destinam a todos os colaboradores da empresa. No que se
refere ao uso do EPIs, podemos afirmar que
A alternativa "E " está correta.
O uso dos EPIs, de maneira geral, faz-se necessário em todas as situações profissionais que
apresentem algum tipo de perigo ao colaborador. Os EPIs devem ser usados de maneira adequada e
conforme orientação da equipe de segurança.
2. Com relação aos colaboradores da empresa entrevistada, os acidentes ocorreram com,
aproximadamente, 15% deles. A fim de melhorar essas condições, algumas ações devem ser
realizadas. Qual alternativa apresenta uma ação que pode ser considerada positiva para a
melhoria desses números?
A alternativa "E " está correta.
O treinamento e a capacitação devem acontecer de forma regular e atendendo às necessidades de
qualificação dos colaboradores da empresa, visando ao conhecimento e à conscientização para o uso
adequado dos EPIs.
3. OS EPIS SÃO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA A
PROTEÇÃO DOS COLABORADORES EM SUAS ATIVIDADES
LABORAIS EM UMA EMPRESA. POR ISSO, É
FUNDAMENTAL A CONSCIENTIZAÇÃO DE TODOS PARA O
USO ADEQUADO E PARA QUE O EMPREGADOR FORNEÇA
O MELHOR EQUIPAMENTO PARA SUA EQUIPE. COMO
ESCOLHER O EPI ADEQUADO?
RESPOSTA
A escolha dos EPIs depende de fatores que levam em consideração a segurança, garantindo a proteção
frente aos riscos apresentados pela empresa e reconhecendo a utilidade de cada um dos equipamentos e
sua eficiência ao longo da atividade laboral.
A IMPORTÂNCIA DO USO DOS EPIS
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USO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL
O uso dos EPIs deve ser uma rotina no cotidiano dos colaboradores de uma empresa. Esses
equipamentos são utilizados por profissionais de diversos setores, como indústria naval, construção civil,
hospitais, cozinha industrial, entre outros. A importância do uso dos EPIs vai além do cumprimento de
normas. Os equipamentos não só proporcionam conforto no dia a dia dos funcionários, mas ainda
isolam fisicamente o corpo humano de acidentes — como intoxicações causadas por fluidos
comprovadamente corrosivos —, reduzem cortes, torções e pancadas e minimizam riscos de saúde e de
vida para toda a equipe.
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COMO O USO CORRETO DOS EPIS DEVE GARANTIR
A PREVENÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO?
Essa questão é fundamental e deve ser compreendida pelos colaboradores a fim de que sejam
cumpridos os critérios de uso preestabelecidos com base no que está determinado pela norma NR-6,
que trata dos EPIs.
A NR-6 discorre sobre a necessidade de uso contínuo do EPI, mesmo que apresente algum desconforto.
Entretanto, muitos profissionais não conhecem a legislação e não sabem que o uso durante todo o
expediente de atividade laboral se trata de um dever, passível de sanções em caso de descumprimento.
EPI
Para que ocorra a prevenção de acidentes, é necessário o combate aos riscos existentes. Por isso, o
EPI é considerado uma das medidas de segurança que devem ser adotadas por um profissional de
segurança do trabalho visando à garantia da proteção individual da equipe de colaboradores de uma
empresa. Diversas são as maneiras de realizar a proteção dos colaboradores em busca da proteção e
da eliminação ou redução dos riscos ambientais. O EPI deve ser usado quando não houver outra
medida protetiva que garanta a segurança dos colaboradores.
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Segundo o texto apresentado na NR-6, o EPI, citado no item 6.1 dessa norma, corresponde a todo
dispositivo ou produto que deverá ser usado de forma individual pelo colaborador, e tem como destino a
proteção contra riscos que ameaçam à saúde e à segurança dos colaboradores.
O fornecimento dos EPIs deve ser realizado pelas empresas para cada colaborador de forma gratuita,
porém, antes de tudo, é necessário identificar quais são os equipamentos adequados para que possam
ser exercidas as atividades profissionais.
NR-6 E A OBRIGATORIEDADE DOS EPIS
A NR-6 versa sobre os requisitos referentes aos EPIs, entre eles as responsabilidades do empregador e
do colaborador, assim como as dos fabricantes dos EPIs — nacionais ou estrangeiros. Os EPIs devem
apresentar o Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo MTE, para garantir a qualidade do EPI e
comprovar que o equipamento foi testado devidamente e está apto à comercialização e à utilização. Ao
realizar a compra do EPI, a empresa deve observar se o CA está dentro da validade, o que garante a
qualidade na proteção do usuário. Logo, a comercialização do EPI com o CA vencido é considerada
ilegal, sendo proibida por lei.
E QUAIS SERIAM AS RESPONSABILIDADES DO
EMPREGADOR, DO COLABORADOR E DO
FABRICANTE?
Esses pontos são observados nos itens 6.6.1, 6.7.1 e 6.8.1 da NR-6, respectivamente, conforme
reproduzimos a seguir:
RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistemaeletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT/DSST 107/2009)
RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO
6.7.1 Cabe ao colaborador quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
RESPONSABILIDADES DOS FABRICANTES E/OU
IMPORTADORES EMPREGADORES
6.8.1 O fabricante nacional ou o importador deverá:
a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
(alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
b) solicitar a emissão do CA; (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde do trabalho; (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado; (alterado
pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação
– CA;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;
g) comunicação ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer
alterações dos dados cadastrais fornecidos;
h) comercialização o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização,
manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;
k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando
quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à
substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de
proteção original. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010).
l) promover adaptação do EPI detentor de Certificado de Aprovação para pessoas com deficiência.
(Alterado pela Portaria MTB 877/2018)
Especificamente no caso de um EPI importado, é fundamental que o importador siga a NR-6, cumprindo
e respeitando as normas de segurança a fim de garantir a eficiência do equipamento de proteção.
ESCOLHA DO EPI ADEQUADO
Para que a escolha dos EPIs ocorra de forma adequada, é fundamental a correta identificação dos
riscos. Por isso, deve-se compreender como é realizada cada atividade no ambiente, bem como para
que serve cada tipo de EPI.
Primeiramente, devemos analisar os riscos ambientais que existem em um ambiente laboral. Essa
identificação pode ser feita por meio do mapa de risco, que tem por objetivo informar e conscientizar
sobre os riscos existentes no local de trabalho. A seguir, são listados os riscos apresentados na NR-9.
RISCO FÍSICO
RISCO QUÍMICO
RISCO BIOLÓGICO
RISCO ERGONÔMICO
RISCO DE ACIDENTES
RISCO FÍSICO
Risco que se apresenta em forma de energia, como ruído, vibração e calor.
RISCO QUÍMICO
Risco que se caracteriza pela exposição do colaborador a um produto químico.
RISCO BIOLÓGICO
Risco oriundo de contato do homem com microrganismos.
RISCO ERGONÔMICO
Risco causado por erro de postura ou atividade repetitiva.
RISCO DE ACIDENTES
Risco inerente a situações do trabalho que geram algum potencial dano ao colaborador.
A definição dos EPIs adequados é fundamental para realizar o reconhecimento, a análise e a avaliação
dos agentes ambientais. Para cada atividade ou processo de trabalho, deve-se analisar o risco e o nível
de exposição a fim de escolher o EPI adequado para cada colaborador. O equipamento individual não
altera a dimensão do risco, mas tem a função de eliminar ou reduzir sua ação no corpo do colaborador.
É de extrema importância conhecer o porquê da utilização dos dispositivos, bem como a forma correta
dessa utilização, pois, assim, será possível garantir a eficiência do produto na saúde e na segurança dos
colaboradores.
Existem diversos tipos de equipamentos para proteger o trabalhador, um para cada tipo de risco e partes
do corpo do usuário. Há milhares de produtos aprovados para a proteção individual do trabalhador
disponíveis no mercado. Contudo, é importante entender como, quando e por que utilizar o EPI,
reconhecendo os riscos ambientais existentes no seu ambiente de trabalho. Principalmente, é
importante ouvir a opinião de um técnico em segurança do trabalho, pois apenas um profissional
capacitado poderá definir os EPIs adequados para a empresa.
Veja alguns exemplos de EPIs que estão presentes no mercado e que os profissionais de segurança do
trabalho podem recomendar ao empregador a fim de obter uma proteção adequada para a sua equipe
de trabalho. Essas recomendações que devem ser feitas com base nos riscos presentes no ambiente.
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Calçados de segurança
Capacete de segurança
Luva de segurança
Cinto de segurança
Protetor auricular
Respirador purificador de ar
Óculos de segurança
Vestimentas especiais
Máscara de solda
Protetor facial
Respirador facial
Como já dito, a entrega dos EPIs aos colaboradores é de fundamental importância para a garantia da
proteção de todos que os receberem, e esses equipamentos devem estar adequados ao exercício das
atividades durante a jornada de trabalho. Logo, é importante a apresentação de uma lista de escolha
dos EPIs das empresas, garantindo o registro da entrega aos colaboradores. Já a compra dos EPIs
deverá ser realizada de acordo com a regulamentações pautadas pelos órgãos responsáveis. Isso
significa que só é permitido o fornecimento de EPIs que contenham o devido CA para os colaboradores.
Para que se tenha qualidade na aquisição dos EPIs, é importante levar em consideração:
Imagem: Danielle Ribeiro.
A reputação da empresa fornecedora no mercado.
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A qualidade, propriamente dita, dos equipamentos fornecidos.
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O custo-benefício promovido pela compra — tanto no que diz respeito ao fluxo de caixa da empresa
quanto ao conforto relatado pelos colaboradores.
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A qualidade do relacionamento profissional entre as empresas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA O TIPO DO EQUIPAMENTO QUE
DEVE SER UTILIZADO PELO COLABORADOR DURANTE SUA JORNADA DE
TRABALHO A FIM DE GARANTIR SUA PROTEÇÃO E QUE FOI INDICADO PELO
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA.
A) CIPA
B) CA
C) MTE
D) EPC
E) EPI
2. DIVERSOS SÃO OS EPIS VENDIDOS NO MERCADO. ESSES EQUIPAMENTOS
DEVEM SER USADOS DE ACORDO COM OS RISCOS ENVOLVIDOS NA
ATIVIDADE E SERVEM PARA USO JUNTO AO CORPO DO COLABORADOR,
CONFORME APRESENTADO NA NR-6, QUE APRESENTA A IMPORTÂNCIA E OS
CRITÉRIOS PARA SEU USO. QUAL DAS OPÇÕES A SEGUIR APRESENTA UM
EXEMPLO DE EPI UTILIZADO NAS EMPRESAS?
A) Cone
B) Sinalização de segurança
C) Capacete de segurança
D) Rede de proteção
E) Placas
GABARITO
1. Marque a alternativa que apresenta o tipo do equipamento que deve ser utilizado pelo
colaborador durante sua jornada de trabalho a fim de garantir sua proteção e que foi indicado
pelo engenheiro de segurança.
A alternativa "E " está correta.
O EPI é o equipamento que tem por objetivo proteger individualmente um colaborar em sua atividade
profissional para que ele possa executá-la de forma mais segura.
2. Diversos são os EPIs vendidos no mercado. Esses equipamentos devem ser usados de acordo
com os riscos envolvidos na atividade e servem para uso junto ao corpo do colaborador,
conforme apresentado na NR-6, que apresenta a importância e os critérios para seu uso. Qual
das opções a seguir apresenta um exemplo de EPI utilizado nas empresas?
A alternativa "C " está correta.
Os EPIs devem ser vendidos no mercado com base nas características do material e na proteção que
oferecem. Os EPIs disponíveis são diversos, e a escolha deve ocorrer com base nos riscos que o
ambiente e a atividade da empresaapresentam em toda a sua estrutura.
MÓDULO 4
 Analisar a aplicação da NR-3 – Embargo e Interdição e da NR-28 – Fiscalização e Penalidades
LIGANDO OS PONTOS
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Você sabe como avaliar a aplicação da NR-3 – Embargo e Interdição e NR-28 – Fiscalização e
Penalidades?
Esse estudo de caso aborda uma fiscalização voltada para a segurança e a saúde no trabalho em uma
empresa. Os dados mostram que o número médio anual de fiscalizações em SST que resultaram em
embargos ou interdições foi cerca de 4.100 nos últimos anos. Para o biênio 2016/2017, houve uma
redução em comparação aos anos anteriores, causada por um fenômeno efêmero que pode ser
explicado, em grande parte, por uma acentuada queda nos níveis de atividade econômica. O tempo
médio de duração dos embargos e interdições é de, aproximadamente, 30 dias.
As atividades que apresentam a maior incidência de casos de fiscalização estão na construção civil, nas
edificações. Isso não é uma surpresa, considerando a própria natureza da atividade, que expõe
frequentemente os colaboradores a diversas situações de risco. As demais atividades do setor de
construção, como os serviços especializados para construção e obras de infraestrutura, são as que
apresentam um maior número de incidentes.
O setor de construção civil, por sua vez, tem uma proporção elevada de embargos em relação ao
número de obras. Estima-se que a perda total adicionada seja por volta de R$485,5 milhões, o que
corresponde a, aproximadamente, 0,4% do total em um prazo de 1 ano. Em relação à indústria, essa
proporção referente ao número de interdições em relação ao de estabelecimentos é ainda superior. A
perda total estimada no valor adicional é de cerca de R$5,7 bilhões, quase 0,5% do total.
Em uma empresa do setor de construção civil, foi feita uma auditoria que observou que os
colaboradores estavam trabalhando em condições inadequadas de uso de equipamentos de proteção,
muitos dos quais com falhas e obsoletos.
Identificou-se que os colaboradores estavam expostos a um risco elevado de algum tipo de dano físico,
visto que a atividade de construção apresenta riscos físicos, como ruídos e vibrações, além de riscos
ergonômicos, relativos à postura dos colaboradores, e de acidentes comuns, como queda de algum
material ou escorregamento. Com isso, a empresa foi penalizada e houve um embargo das atividades.
Além disso, foram estabelecidos prazos para a adequação dos EPIs da equipe.
Após a leitura do case , é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
1. MARQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA CORRETAMENTE AS MEDIDAS
DE URGÊNCIA ADOTADAS DIANTE DE UMA CONDIÇÃO DE TRABALHO QUE
CARACTERIZE UM RISCO GRAVE E IMINENTE À SAÚDE DO COLABORADOR.
A) Controles administrativos.
B) Embargos e interdições.
C) Entrega de EPIs.
D) Controle de engenharia.
E) Avaliação de risco.
2. AO SE AFIRMAR QUE OS AGENTES DE INSPEÇÃO DE TRABALHOS
PODERÃO LAVRAR UM AUTO DE INFRAÇÃO REFERENTE AO
DESCUMPRIMENTO DOS PRECEITOS LEGAIS DA SAÚDE E DA SEGURANÇA DO
TRABALHADOR, A PARTIR DE LAUDO TÉCNICO EMITIDO PELO ENGENHEIRO
DE SEGURANÇA, COM HABILITAÇÃO DEVIDAMENTE REGULAR, A QUAL
NORMA REGULAMENTADORA SE FAZ REFERÊNCIA?
A) NR-1
B) NR-3
C) NR-14
D) NR-28
E) NR-31
GABARITO
1. Marque a alternativa que apresenta corretamente as medidas de urgência adotadas diante de
uma condição de trabalho que caracterize um risco grave e iminente à saúde do colaborador.
A alternativa "B " está correta.
Os embargos e as interdições são medidas de caráter urgente tomadas quando a atividade profissional
apresenta risco grave ou iminente aos colaboradores, conforme determina a NR-3.
2. Ao se afirmar que os agentes de inspeção de trabalhos poderão lavrar um auto de infração
referente ao descumprimento dos preceitos legais da saúde e da segurança do trabalhador, a
partir de laudo técnico emitido pelo engenheiro de segurança, com habilitação devidamente
regular, a qual norma regulamentadora se faz referência?
A alternativa "D " está correta.
A fiscalização de um ambiente de trabalho, com base nos critérios de saúde e segurança do trabalho,
deve ser realizada com base na NR-28, podendo levar a penalidades no que se refere ao não
cumprimento das NRs.
3. A NR-3 É UMA NORMA REGULAMENTADORA QUE TEM
COMO CONTEÚDO OS CRITÉRIOS QUE LEVAM UMA
EMPRESA A TER SUAS ATIVIDADES EMBARGADAS OU
INTERDITADAS QUANDO ESTAS APRESENTAM RISCOS
IMINENTES E QUANDO NÃO HÁ UMA POLÍTICA DE
PROTEÇÃO DOS COLABORADORES ADEQUADA.
DESCREVA COMO PODE OCORRER ESSE EMBARGO OU
INTERDIÇÃO.
RESPOSTA
O superintendente regional do Trabalho e Emprego (SRTE) irá verificar as condições de operacionalidade da
empresa, com base em suas atividades, equipamentos e setores específicos a fim de verificar se apresentam
riscos que possam comprometer a atividade laboral da equipe. Esse profissional deve, com base em laudos
técnicos, realizar a interdição e o embargo, conforme previsto em lei, até que tudo seja regularizado pela
empresa.
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APLICANDO AS NRS PARA A EMBARGOS,
INTERDIÇÕES, FISCALIZAÇÕES E
PENALIDADES
EMBARGOS, INTERDIÇÃO, FISCALIZAÇÃO E
PENALIDADES
Neste módulo, será abordado o conteúdo presente nas normas NR-3 – Embargos e interdição e NR-28
– Fiscalização e Penalidades.
A NR-3 trata de medidas de urgência inerentes aos embargos e interdições que causam a paralisação
nas atividades em decorrência dos riscos ambientais de alta gravidade, podendo ser por uma obra ou
parte dela (embargo total ou parcial) ou em um ambiente ou parte dele (interdição total ou parcial).
A NR-28 da Portaria nº 3.214/ 1978 faz parte do conjunto de NRs de saúde e segurança do trabalho,
sendo sua aplicação referente à fiscalização das condições de segurança e saúde no meio ambiental,
assim como as diversas penalidades pelo não cumprimento das normas.
NR-3
O objetivo principal da NR-3 é a aplicação de uma técnica metodológica para identificar as atividades e
os locais que apresentem riscos graves e iminentes de acidentes, implicando danos de potencial
irreversibilidade para a saúde e a segurança dos colaboradores. A NR-3 é caracterizada como uma
medida de urgência que permitirá o embargo e a interdição (ou seja, a paralisação) da empresa, do
setor de serviço, da máquina, do equipamento ou da atividade profissional, parcial ou totalmente, caso
haja uma condição que cause um acidente ou doença relativa ao trabalho que leve a uma lesão de perfil
grave com o comprometimento das atividades do colaborador.
O empregador deve proporcionar todas as condições necessárias para que o colaborador tenha uma
atuação com bem-estar e segurança no ambiente de trabalho, evitando, assim, as consequências
previstas na NR-3.
 ATENÇÃO
É fundamental seguir sempre as normas trabalhistas e realizar a manutenção regular dos equipamentos,
evitando uma paralisação que traga prejuízos ou atrase a continuidade da execução de alguma
atividade.
Os riscos graves e iminentes são os que apresentam elevado potencial de causar doenças e diversas
lesões à saúde e à segurança dos colaboradores. O processo que envolve o estabelecimento de risco
determinado pelo fiscal do trabalho deverá seguir as seguintes etapas, estabelecidas na NR-3:
Imagem: Danielle Ribeiro.
O fiscal do trabalho poderá determinar o embargo ou a interdição sempre que constatar a presença de
risco extremo, que ocorre em condições de elevado grau de risco ou excesso de risco substancial, que
ocorre de forma recorrente, mesmo que em condições de baixo grau de risco. O fiscal deverá realizar a
inclusão de critérios técnicos usados para que ocorra uma determinação do embargo ou interdição em
situações não previstas na NR-3.
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 Obra embargada.
OCORRÊNCIA DO EMBARGO E DA INTERDIÇÃO
O SRTE tem o poder de realizar a interdição e o embargo do estabelecimento, dos equipamentos e do
setor de serviços se estes apresentarem riscos graves e iminentes para o colaborador, o que deve ser
feito mediante laudos técnicos. O SRTE tambémpode realizar a exigência de que a empresa tome
providências para a regularização das inconformidades. Entretanto, atualmente, a competência para ter
a imposição ou o levantamento para a paralisação dos serviços estão sendo delegados aos auditores
fiscais do trabalho (AFTs).
Os embargos de obras e as diversas interdições possíveis de empresas, estabelecimentos, atividades,
sistemas, equipamentos ou máquinas são medidas extremas adotadas quando se verifica a gravidade e
a iminência dos riscos à saúde e à segurança ou à integridade física do colaborador. No entanto, a
redação da NR-3 anterior não tinha estabelecido as condições técnicas específicas que levam à
aplicação dessas medidas, o que podia ocasionar decisões de cunho arbitrário e dificultar a adequação
das empresas. Objetivando sanar tal problema, a Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia
editou a Portaria SEPRT nº 1.068/2019, que revisa a NR-3.
UMA CONDIÇÃO EM QUE OCORRA RISCO GRAVE E
IMINENTE À SEGURANÇA AO COLABORADOR
PODERÁ DETERMINAR A APLICAÇÃO IMEDIATA DE
MEDIDAS URGENTES QUE ESTÃO CONTIDAS NA NR-
3. COMO EXEMPLO, É POSSÍVEL CITAR RISCOS
COMO CONDIÇÃO E/OU SITUAÇÃO LABORAL QUE
LEVE A UMA LESÃO GRAVE AO COLABORADOR.
O período máximo que o empregador tem para realizar a interpolação do recurso contra embargo ou
interdição é de dez dias corridos. O processo ocorre com o encaminhamento à Coordenação Geral de
Recursos (CGR) da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) e é protocolizado na SRTE ou GRTE mais
próxima. Não há efeito suspensivo nesse recurso, somente ocorrerá esse efeito no caso em que a SIT o
conceda. Caso a empresa tenha uma máquina interditada no período da ação fiscal e dê continuidade
ao uso dessa máquina, responderá de forma criminal por não obediência e será autuada por infração,
além de ser denunciada ao Ministério Público do Trabalho e à autoridade policial.
 ATENÇÃO
Durante o embargo ou interdição, os colaboradores terão seus salários depositados normalmente como
se estivessem em seu efetivo exercício.
NR-28
A NR-28, da Portaria no 3.214/ 1978, corresponde a um conjunto de NRs da saúde e segurança do
trabalho, tendo sua aplicação referente à fiscalização das condições de saúde e segurança do ambiente,
assim como das sanções referentes ao não cumprimento das normas.
A fiscalização do trabalho segue as disposições legais e regulamentares de acordo com o Decreto no
55.841, de 15 de março de 1965, o Decreto no 97.995, de 26 de julho de 1989, Título VII, da CLT, e o
art. 6º da Lei nº 7.855, de 24 de outubro de 1989, além das disposições da NR-28.
O processo de fiscalização do trabalho tem como principal intuito a orientação e adequação das
condições laborais, considerando a adaptação e a otimização do ambiente de trabalho para que haja
mais condições de segurança e um ambiente de ergonomia correta e isento de insalubridade.
Durante a fiscalização, os fiscais deverão produzir documentos que comprovem as infrações
observadas, de acordo com o que é preconizado pela NR-28. Esses documentos deverão ser anexados
ao laudo para que possam comprovar as ocorrências das não conformidades referentes aos riscos que
foram observados durante a inspeção laboral. O fiscal de trabalho poderá notificar os empregadores
com base nas irregularidades presentes no local de trabalho, determinando prazos para correção
dessas irregularidades e dos riscos, conforme critérios técnicos.
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 Fiscalização da obra.
COMO CALCULAR O VALOR DA MULTA DA NR-28?
A multa tem um efeito punitivo, conforme item 28.3 da NR-28, e é calculada com base no quadro de
multas apresentado no Anexo I (gradação das multas) e nos critérios a serem observados quanto ao
número de colaboradores em relação à atividade, sendo voltada para a segurança do trabalho ou a
medicina do trabalho. Os valores de multa por infrações são calculados com base na relação do número
de funcionários e com o código da infração fornecido na NR-28.
 EXEMPLO
Podemos citar como exemplo uma empresa que tem 1.000 colaboradores e não tem a CIPA
estabelecida de forma correta. Nesse caso, o código da multa é 205.000-5. Com base nesse código,
pode-se conferir os valores mínimos e máximos que devem ser aplicados, tendo como base o valor de
multa em UFIR, conforme Anexo I da NR-28. Para segurança do trabalho, o valor é de 6.304 UFIRs, e,
para medicina do trabalho, o valor é de 3.782 UFIRs
Após as multas aplicadas, são definidos os prazos para que a empresa possa regularizar a situação,
conforme determinação dos fiscais. O prazo é de 60 dias a partir da notificação realizada pela
fiscalização. Uma extensão de 120 dias no prazo é possível, sendo que a solicitação deve ser feita por
motivos relevantes em até 10 dias após o recebimento da notificação.
Ao ser observado um risco grave e iminente, o agente de fiscalização do trabalho deve solicitar o
embargo ou a interdição do local, realizando a determinação das medidas que devem ser adotadas para
a correção do risco. A autoridade regional competente poderá realizar a convocação do representante
legal da empresa, no caso de uma constatação de descumprimento das disposições legais de saúde e
segurança do trabalho, visando à realização de uma apuração do motivo do descumprimento e a
proposição de uma solução corretiva do caso.
DESCUMPRIMENTO DO AUTO DE INFRAÇÃO
O descumprimento de auto de infração deve ser considerado quando ocorre por três vezes a infração do
mesmo item de NR ou a negligência do colaborador em aplicar as disposições legais de saúde e
segurança do trabalho.
As multas aplicadas no que tange aos preceitos legais ou regulamentadores terão de obedecer às
penalidades aplicadas no quadro de gradação de multa do Anexo I da NR-28, seguindo as classificações
do quadro do Anexo II da referida norma.
No caso de rescisão do embargo, infração ou resistência à fiscalização, deverá ser aplicada uma multa
de acordo com o art. 201, parágrafo único, da CLT.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. AS INTERVENÇÕES EM UMA OBRA OCORREM QUANDO AS ATIVIDADES
REALIZADAS APRESENTAM RISCO GRAVE OU IMINENTE E SE OBSERVA A NÃO
UTILIZAÇÃO ADEQUADA DOS EPIS PELOS COLABORADORES. QUAL NR
TRATA DE MEDIDAS DE URGÊNCIA INERENTES AOS EMBARGOS E ÀS
INTERDIÇÕES EM QUE A PARALISAÇÃO NAS ATIVIDADES OCORRE EM
DECORRÊNCIA DOS RISCOS AMBIENTAIS DE ALTA GRAVIDADE?
A) NR-1
B) NR-3
C) NR 10
D) NR 17
E) NR-28
2. A NR-3 TRATA DOS EMBARGOS E INTERDIÇÕES EM UM AMBIENTE QUE
APRESENTA RISCO ELEVADO PARA A EQUIPE DE TRABALHO. QUAL
ALTERNATIVA APRESENTA UMA ETAPA DO PROCESSO QUE ENVOLVE O
ESTABELECIMENTO DE RISCO DETERMINADO PELO FISCAL DO TRABALHO?
A) Avaliação do risco atual, com base nas ações de controle e definição dos riscos envolvidos.
B) Estabelecimento de um risco aleatório.
C) Determinação de pequenos riscos entre o risco atual e o risco de referência.
D) Entrevistas aos colaboradores para buscar um culpado.
E) Contratação de um inspetor para verificar as condições de manutenção.
GABARITO
1. As intervenções em uma obra ocorrem quando as atividades realizadas apresentam risco
grave ou iminente e se observa a não utilização adequada dos EPIs pelos colaboradores. Qual
NR trata de medidas de urgência inerentes aos embargos e às interdições em que a paralisação
nas atividades ocorre em decorrência dos riscos ambientais de alta gravidade?
A alternativa "B " está correta.
A NR-3 apresenta o conteúdo referente às medidas de cunho emergencial que devem ser tomadas nas
ações de embargo ou interdições decorrentes de atividades que apresentam elevado grau de risco
ambiental, sendo que o embargo ou a interdição pode ser realizado de forma parcial ou total,
dependendo do que a fiscalização identificar.
2. A NR-3 trata dos embargos e interdições em um ambiente que apresenta risco elevado para a
equipe de trabalho. Qual alternativa apresenta uma etapa do processo que envolve o
estabelecimento de risco determinado pelo fiscal do trabalho?
A alternativa "A " está correta.
Segundo a NR-3,dentre os processos que envolvem o estabelecimento de riscos identificados pelo
fiscal de trabalho, está a avaliação do risco atual, considerando medidas de controle e riscos envolvidos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos de forma bem objetiva algumas NRs de grande importância para a saúde e a segurança
do trabalho no Brasil, abordando as suas características e aplicações.
Foi apresentada a norma NR-1, que versa sobre as disposições gerais, e foram observados seus
parâmetros gerais e as informações primárias para a contínua aplicação de todas as demais NRs,
levando-se em consideração um tratamento diferenciado ao microempreendedor individual, à
microempresa e à empresa de pequeno porte.
Vimos a NR-6, que considera o uso dos EPIs, assim como o dispositivo ou produto de uso individual
utilizado pelo colaborador. Abordamos os critérios de uso dos EPIs como determinação legal, contidos
na NR-6, e vimos a destinação dos EPIs para a proteção contra riscos.
Abordamos também as normas NR-3 e NR-28, que são, respectivamente, os estudos de embargo e
interdição e de fiscalização e penalidades aplicados na segurança e na saúde do trabalho.
Apresentamos o cálculo das multas, os prazos e as consequências do descumprimento de um auto de
infração.
Por fim, compreendemos que o conhecimento da NRs é fundamental ao profissional de saúde e
segurança do trabalho em virtude da proteção que os colaboradores devem ter segundo os critérios de
segurança que forem implementados, considerando a legislação do país de acordo com riscos graves e
iminentes.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR-1 – Disposições Gerais e Gerenciamento de
Riscos Ocupacionais. Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Previdência, 2020. Consultado na internet
em: 1º ago. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR-3 – Embargo e Interdição. Brasília, DF: Ministério do
Trabalho e Previdência, 2019. Consultado na internet em: 9 ago. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR-6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI.
Brasília, DF: Ministério do Trabalho e Previdência, 2018. Consultado na internet em: 25 jul. 2021.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência. NR-28 – Fiscalização e Penalidades. Brasília, DF:
Ministério do Trabalho e Previdência, 2020. Consultado na internet em: 9 ago. 2021.
FILHO, R. B. de L. et al. Gestão e uso dos equipamentos de proteção coletiva e individual na
construção civil. In: SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DA REGIÃO NORDESTE, 9.;
SIMPÓSIO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO DO VALE DO SÃO FRANCISCO, 8, 2018. Anais [...]
Juazeiro, BR: UNIVASF, 2018.
AMORIM JÚNIOR, C. N. F. O embargo de obra e a interdição de estabelecimento, de máquinas e
de setor de serviço previstos no art. 161 da CLT: considerações jurídicas. Revista Jus Navigandi, v.
16, n. 2791, 21 fev. 2011. Consultado na internet em: 1 ago. 2021.
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CONTEUDISTA
Carlos Alberto Martins Ferreira