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MICROBIOLOGIA - BACTÉRIAS ESPIRALADAS

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MICROBIOLOGIA
BACTÉRIAS ESPIRALADAS
São bactérias em forma de espiral,
divididas em:
- espiroquetas
- espirilos.
Espiroquetas: apresentam corpo flexível
graças à presença de um flagelo interno
(filamento axial, que lhe confere
movimentação tipo saca-rolha.
Espirilos: apresentam corpo rígido e se
movimentam devido à presença de
flagelos polares.
ESPIROQUETAS
GÊNERO TREPONEMA
- anaeróbio (extremamente sensível
à presença de oxigênio)
→ SÍFILIS
- agente etiológico: T. pallidum
- espiroqueta móvel
- delgada e comprida
- para a realização da microscopia
direta, utiliza-se coloração com
prata (coloração Fontana
Tribondeau)
- não é cultivado in vitro
Transmissão:
- contato sexual;
- beijos (quando as lesões estão na
cavidade oral);
- transfusão de sangue (não é
transmitida pelo
compartilhamento de seringa, uma
bactéria anaeróbia estrita, não
tolera a presença de oxigênio,
logo, quando a agulha entrar em
contato com o ar as bactérias
morrem rapidamente.
- via placentária (sífilis congênita).
A bactéria só é capaz de penetrar na pele
quando há uma lesão, e penetra mais
facilmente pela mucosa.
Uma vez que penetram, passam a se
multiplicar e formam o cancro duro que,
se não tratado, permite a disseminação da
bactéria pela corrente sanguínea e atinge
outros órgãos.
• Sífilis primária → 2 a 10 semanas após
a infecção. A bactéria se multiplica na
região onde penetrou, havendo formação
de pápulas e cancro duro (bordas
endurecidas) principalmente em órgãos
genitais, boca e faringe.
A cicatrização é espontânea, gerando uma
falsa cura.
• Sífilis secundária → há a disseminação
da bactéria pela corrente sanguínea,
passando a causar lesões cutâneas
maculares e papulares (erupções
maculopapulares avermelhadas), as
quais são ricas em treponemas.
Essas lesões desaparecem
espontaneamente, o que também gera
uma falsa cura.
• Sífilis terciária → aparece depois de
anos após a infecção inicial. Geram
grandes lesões ulceradas na pele, nos
ossos e nos órgãos internos (goma
sifilítica). No entanto, não há presença de
MICROBIOLOGIA
treponemas, então a doença não é
transmissível nessa fase.
Pode haver também lesões
cardiovasculares, lesões cerebrais e
lesões ósseas.
• Sífilis congênita → a transmissão se dá
pela placenta durante 10 a 15º semanas.
O feto pode apresentar lesões ao nascer,
como cegueira, retardo mental, lesões
cardíacas, lesões na pele (ceratite),
pneumonia, surdez, etc.
Diagnóstico:
- microscopia direta (coloração com
prata) na fase primária,
observando o campo escuro e a
bactéria clara.
- sorologia (CDRL) que procura
anticorpos anticardiolipina, ou
testes que pesquisas anticorpos
contra a bactéria; na fase
secundária.
GÊNERO LEPTOSPIRA
→ LEPTOSPIROSE:
A espécie patogênica é a L. interrogans,
encontrada em animais, principalmente os
roedores, por isso a leptospirose é
considerada uma zoonose.
- aeróbia
- pode ser cultivada em meios de
cultura
A bactéria é eliminada na urina dos
animais, e portanto a principal forma de
transmissão é pela ingestão de água
contaminada.
Assim, a bactéria entra em contato com
a mucosa do indivíduo e penetra no
organismo. Elas, então, caem na corrente
sanguínea e passam a colonizar outros
órgãos, como rins, fígado e SNC.
Sintomas:
- febre;
- dor de cabeça;
- dor no corpo;
- pele amarelada (icterícia);
- diarreia;
- cansaço;
A forma mais grave da doença é a
síndrome de Weil, que possui alta
mortalidade. O paciente apresenta
icterícia, disfunção renal, hemorragia e
acometimento pulmonar.
Diagnóstico:
- sorológico (pesquisa por
anticorpos específicos)
- exame direto (amostra de urina)
- através do cultivo.
ESPIRILOS
GÊNERO CAMPYLOBACTER
Principais causadoras de gastroenterite
nos EUA, mas são pouco encontradas no
Brasil.
Transmissão:
- ingestão de água e alimentos
contaminados (principalmente
leite inadequadamente
pasteurizado e aves mal cozidas)
MICROBIOLOGIA
- contato com animais infectados
Por ser resistente ao pH estomacal, uma
baixa dose infecciosa é suficiente - dose
infecciosa.
Uma vez no organismo do hospedeiro, ela
causa invasão epitelial, acarretando:
- diarreias sanguinolentas
- produção de enterotoxinas,
levando à disenteria aquosa.
GÊNERO HELICOBACTER
→ HELICOBACTER PYLORI
Agente etiológico da gastrite crônica.
Há espécies desse gênero que habitam o
estômago humano.
No início da infecção, pode causar gastrite
aguda, mas geralmente passa
despercebida.
Ela pode ser eliminada ou persistir, e,
nesse caso, evolui para a gastrite
crônica.
Alguns pacientes ainda desenvolvem
úlceras pépticas ou gastrite atrófica,
além de carcinomas gástricos e linfoma
MALT.
Patogênese:
> no estômago, elas destroem o tecido
glandular e, com isso, há alteração
hormonal gástrica.
A H. pylori é urease positiva, o que se
configura como um fator de virulência.
UREASE POSITIVA: sensível ao suco
gástrico, mas a urease quebra a ureia e
libera amônia, o que neutraliza o pH
estomacal ao seu redor, protegendo-a
da acidez.
Diagnóstico:
- análise histológica a partir da
biópsia da mucosa intestinal
(coloração com prata)
- cultura, que é considerada padrão
ouro - elas são fastidiosas, então
requerem grandes quantidades
de nutrientes - solicita quando há
dificuldade no tratamento,
investiga-se o microrganismo para
melhorar a ação terapêutica
(suscetibilidade a microrganismo);
diagnóstico definitivo.
Meios de cultura:
+ Belo Horizonte Medium
(ágar sangue de
carneiro-10%,
vancomicina, ácido
nalidíxico, anfotericina).
Pode reincubar em até 7
dias.
- teste da urease pré-formada (se
houver presença de bactéria na
amostra, a urease vai ser
excretada para o meio, passando
a metabolizar a ureia presente, o
que causa mudança de dor do
meio de amarelo para rosa).
- pesquisa de anticorpos e
antígenos nas fezes do paciente.
- teste molecular
- teste respiratório (não invasivo) –
o indivíduo toma um suco com
uréia, se tiver H. Pylori a uréia é
degradada e o bicarbonato é
MICROBIOLOGIA
liberado no sangue, com isso,
haverá um aumento de 5% no 13C
na respiração indicando a
presença.
Tratamento:
2 antimicrobianos (metronidazol e
claritromicina ou amoxilina) + inibidor de
bomba de próton (omeprazol) – para
controlar o pH e, assim, não ocorra a
degradação do antimicrobiano.
+++ Pode acontecer, mesmo que com 2
medicamentos, o organismo não
responder de forma eficaz ao tratamento.

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