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Aula 31/08 Conceitualização cognitiva É em cima da conceitualização que pensamos o tratamento, onde pensamos os pontos fortes do cliente e os pontos disfuncionais A Conceitualização Cognitiva ajuda a: - Entender os clientes, seus pontos fortes e fracos, suas aspirações e desafios - Reconhecer como os clientes desenvolveram um T. psicológico com pensamento disfuncional e comportamento mal adaptativo - Fortalecer a relação terapêutica - Planejar o tratamento dentro e entre as sessões - Escolher intervenções apropriadas e adaptar o tratamento quando necessário - Superar pontos de bloqueio A TCC busca ajudar o paciente ser terapeuta de si mesmo, ajudando a reconhecer e melhorar seus pontos disfuncionais para ele aprender a lidar com a vida a partir de seus próprios recursos A construção de conceitualização inicia no primeiro contato com o cliente e vai sendo aprimorada a cada contato posterior Conceitualizar os clientes em termos cognitivos é crucial para determinar o curso do tratamento mais efetivo e eficiente A 1ª coisa q trabalhamos com o paciente é o primeiro nível do modelo cognitivo, vendo se o paciente consegue encaixar seus pensamentos naquele modelo Situação – pensamento – emoção – comportamento Quando o paciente consegue trazer esses exemplos, o terapeuta anota, observando como o paciente funciona Quando mapeamos o funcionamento do indivíduo, nós percebemos padrões - O psicólogo continuamente coleta dados, resume o que ouviu, checa sua hipóteses com o cliente e modifica sua conceitualização quando necessário ( você compartilha sua conceitualização e pergunta ao cliente se “soa verdadeira”) - As percepções, os pensamentos, as emoções e o comportamento dos clientes devem fazer sentido considerando a interpretação das experiências passadas e atuais, seus pontos fontes e vulnerabilidades, seus valores e atributos pessoais, bem como sua biologia - A conceitualização ajuda a entender e a se basear nos atributos positivos e habilidades dos seus clientes, o que tende a resultar em uma melhora do humor - Ela ajuda, ainda, a entender como e por que os obstáculos para atingir os objetivos surgiram e foram mantidos A TCC não trabalha com interpretação, mas com feedback descritivo, devolvendo para o paciente o que o terapeuta percebe sobre seu funcionamento Pensamentos automáticos (PAs) · 1º nivel do modelo cógnito A TCC é baseada no modelo cognitivo, que levanta a hipóteses de que as emoções, os comportamentos e a fisiologia das pessoas são influenciados pela sua percepção dos acontecimentos Situação/acontecimentos -> pensamentos automáticos -> reação emocional/ comportamental/ fisiológica Não é uma situação em si que determina o que as pessoas sentem e fazem , mas como elas interpretam a situação - Pensamentos automáticos: não são resultantes de deliberação ou raciocínio, parecem brotar de forma espontânea; frequentemente são muito rápidos e breves; pouco percebidos, é muito mais provável que esteja consciente da emoção ou comportamento que se segue; o paciente nem pensa em questioná-los · Como identificar pensamentos automáticos 1) Primeiro, vamos identificar a emoção e depois o pensamento Prestando atenção às mudanças no seu afeto, comportamento e/ou fisiologia. Pergunte-se “o que estava passando na minha mente” 2) Tendo identificado seus pensamentos automáticos, é importante que avalie a validade de seu pensamento Ao questionar os PAs, geralmente, os pacientes descobrem que seu humor melhora, que se comportam de maneira mais funcionais e/ou sua reação fisiológica diminui · De onde surgem os pensamentos automáticos? O que faz uma pessoa interpretar uma situação de forma diferente de outra? · Crenças: Os temas dos pensamentos automáticos das pessoas fazem sentido depois que entendemos suas crenças Crencas centrais: Desde a infância as pessoas desenvolvem determinadas ideias sobre si mesmas os outros e o mundo; são elementos construídos a partir da aprendizagem Suas crenças mais centrais ou crenças nucleares são compreensões duradouras tão fundamentais e profundas que muitas vezes não são articuladas nem para elas mesmas Os indivíduos consideram essas ideias como verdades absolutas – é como as coisas “são” Podem ser adaptativas ou negativas/disfuncionais · As distorções de pensamento mantêm a crença As situações são interpretadas seguindo o molde desse esquema, enxergando tudo a partir desse filtro Crencas negativas disfuncionais: - de Desamparo (ser ineficiente – ao fazer coisas, na autoproteção e/ou ao se equiparar a outras pessoas) - de Desamor ( ter qualidades pessoais que resultam em uma incapacidade de receber e manter amor e intimidade dos outros) - de Desvalor (ser um pecador imoral ou perigoso aos outros) O indivíduo ao longo da sua vida desenvolveu uma visão de self dessas crenças; experiências internalizadas de self - Os clientes podem ter crenças em uma, duas ou todas as 3 categorias, e podem ter mais de uma crença em uma determinada categoria - os dados negativos são imediatamente processados, fortalecendo a crença nuclear, enquanto os dados positivos são desconsiderados (transformados em dados negativos) ou passam despercebidos Crenças intermediárias: atitudes, regras e pressupostos: As crenças nucleares influenciam o desenvolvimento dessa classe intermediaria de crenças, que consiste em atitudes, regras e pressupostas (frequentemente não expressos) Atitude: “é terrível falhar” Regra: “devo desistir se um desafio parecer muito grande” Pressupostos: “se eu tentar fazer alguma coisa dificil, vou fracassar. Se eu evitar fazê-la vai ficar tudo bem”; sempre condicional Crencas nucleares -> crenças intermediarias (regras, atitudes, pressupostos) -> pensamentos automáticos As crenças disfuncionais podem ser desaprendidas (enfraquecidas) e novas crenças mais funcionais baseadas na realidade podem ser desenvolvidas e fostalecidas durante o tratamento Modelo cognitivo mais complexo Crenças nucleareas -> crenças intermediaras (regras, atitudes, pressupostas) -> situação -> pesnsamentos atuoamticos -> reações