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Gestão de Transportes O Transporte Rodoviário Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. José Joaquim do Nascimento Revisão Textual: Prof. Ms. Claudio Brites 5 • Transporte Terrestre Sob a Forma Rodoviária • O Documento de Embarque Rodoviário • Aspectos Gerais do Transporte Rodoviário • Legislação no Transporte Rodoviário • O Preço no Transporte Rodoviário • A Tecnologia da Informação no Transporte Rodoviário O título desta unidade é Transporte rodoviário. Estabeleceremos uma leitura a respeito desse modal sob o aspecto mercadológico e operacional. Aqui você entenderá questões relacionadas aos principais temas sobre transporte rodoviário, tais como: veículos, legislação, documentos e até uma ideia de como o frete é determinado. Passaremos, ainda, pela equação do frete e como se fundamenta. O conteúdo aqui apresentando é um passo importante para o entendimento das atividades de gestão de transportes. Comece esta Unidade assumindo que já temos uma leitura sobre a infraestrutura de transporte rodoviário e que agora vamos entender como acontece a operação no mercado. Mantenha a atenção na leitura, interaja com nossas ferramentas de comunicação e leia bem nossas orientações para a realização das atividades. Estabelecer um estudo sobre o modal transporte terrestre sob a forma rodoviária, especificamente o de cargas, dando uma dimensão ampla a temas de relevância, como a formação do preço, as características da legislação e a tecnologia de comunicação que ajuda nas operações O Transporte Rodoviário 6 Unidade: O Transporte Rodoviário Contextualização A importância da atividade de transporte, tanto de pessoas quanto de cargas é indiscutível para qualquer ambiente econômico, uma vez que todas as atividades econômicas (comerciais, industriais e financeiras) dependem do deslocamento de bens e de pessoas. É a partir do transporte que a força de trabalho e os insumos produtivos (matéria-prima) chegam aos seus destinos, possibilitando produzir e distribuir produtos de quaisquer naturezas, contribuindo, assim, com o crescimento e desenvolvimento de um país. A atividade de transporte de cargas no Brasil vem crescendo em participação no Produto Interno Bruto (PIB), de modo que em trinta anos (de 1970 a 2000) aumentou cerca de 400%, enquanto o crescimento do PIB no mesmo período foi de apenas 250%. Este desenvolvimento é impulsionado pelo crescimento de outras regiões do País, notadamente o Norte e o Nordeste, assim como a região Centro-Oeste. 7 Transporte Terrestre Sob a Forma Rodoviária Atenção Atente-se a tudo o que foi trabalhado até aqui. É fundamental que o foco não seja perdido, pois os temas abordados anteriormente serão retomados e aprofundados daqui para frente. Nossa primeira discussão foi sobre a gestão de transporte, correto? Pois bem, dizíamos que se trata de um conjunto de funções que se estabelece a partir do planejamento, controle e monitoramento das operações de transportes – terrestres, aéreos ou marítimos. A segunda discussão realizada foi sobre os aspectos da infraestrutura de transportes, na qual buscamos fundamentar uma leitura de que tal questão ainda está em construção, sugerindo que a atual matriz de transporte está assentada na modalidade rodoviária, portanto, desbalanceada. Na discussão foi frisado que em 2007 a União lançou o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), que objetiva, a longo prazo, promover a reconstrução de nossa matriz de transportes até 2031. Esse Plano de Estado – e não de Governo – promete reduzir a participação do modal rodoviário para 38% dos percentuais identificados em de 52% a partir de estudo publicado em 2010 com projeção para 2013 (IPEA, 2010). Agora vamos a um olhar mais operacional do transporte, começando pelo modal terrestre e como sua forma primária o transporte rodoviário, a partir de sua perspectiva mercadológica. Glossário Atente-se para os dois sistemas de gestão de transportes, chamados inbound e outbound e apresentados a seguir. Para Neves (2011) existem dois tipos de gestão de transportes comumente utilizados em inúmeros setores da sociedade, conhecidos como transporte inbound e o sistema de gestão de transporte outbound. É fundamental você considerar que a diferença dessas duas modalidades de gestão, ao menos para esta Unidade, não tem relevância. A gestão de transporte inbound consiste na série de atividades relacionadas ao fluxo de recursos materiais e informações oriundos de fornecedores para abastecer as linhas de montagens fabris, como frisa Neves (2011). Veja que gerir a entrada de recursos na empresa sugere uma série de atividades de transporte (planejar, controlar e monitorar) que é similar a gestão de transporte outbound, que contempla uma série de atividades similares a anterior, porém, nessa o fluxo de produtos é direcionado aos consumidores. Do mesmo modo, produtos e informações devem ser controlados para abastecer os mercados. Os elementos que podem fazer parte dizem respeito às frotas de veículos dedicadas, ao transporte especializado de produtos, ou até mesmo ao transporte de urgência (KAPRON, 2012). 8 Unidade: O Transporte Rodoviário Uma vez definido o tipo de gestão, segundo Giúdice (2012), os gestores devem considerar uma série de fatores que podem otimizar o uso dos veículos, sejam de qualquer modalidade de transportes, tais como: • Planejar adequadamente o transporte – identificar com antecedência a carga a ser transportada para cada destino; • Programar embarques e desembarques – para reduzir o tempo de fila em dos veículos um determinado momento do dia; • Reduzir a variabilidade de produtos a serem embarcados – organizar as cargas antecipadamente, para evitar ociosidade dos veículos; • Aumentar a utilização dos veículos – lembre-se, veículo parado no pátio é dinheiro perdido, quando poderia ser aproveitado em dois ou três turnos. Nesses casos a economia seria considerável: em dois turnos com economia de 15% e em três turnos 20% de economia (GAMEIRO; CAIXETA FILHO, 2012). Importante Caracterizaremos com tranquilidade o modal terrestre em suas três formas, começando pela rodoviária. Aspectos Gerais do Transporte Rodoviário No Brasil a modalidade rodoviária é a principal forma de transporte de produtos e pessoas, contemplando cerca de 60% de produtos e 90% de passageiros. O mercado para esse modal ainda tem demanda acima dos demais há mais de meio século, mas atualmente dá espaço para o modal ferroviário (GAMEIRO; CAIXETA FILHO, 2012). Veja que em termos mercadológicos, ou seja, da atual oferta de transporte, os caminhões têm a maior participação, como salienta Giúdice (2012), uma vez que a disponibilidade de veículos para embarques atinge quase 1,5 milhão de unidades, sejam de autônomos ou empresas transportadoras organizadas em frotas, como mostra o quadro a seguir: Quadro 1 – Frota de veículos de transporte de cargas. Categoria Quantidade de veículos Porcentagem TAC 840.322 57,1% ETC 624.350 42,4% CTC 6.526 0,5% Total 1.471.198 100,0% Fonte: Revista ANTT ([20--]). 9 Para Ballou (2007) a modalidade rodoviária é a única capaz de integrar-se perfeitamente aos demais modais em arranjos – combinações de modais para uma única operação de transportes diversos, como a intermodalidade e a multimodalidade. No quesito preço tem níveis mais elevados quando tratamos de tonelada-quilômetro, daí não ser recomendável para produtos a granel, que têm valor agregado baixo, o que pode ficar mais caro ao consumidor final se transportado por esse modal, como recomenda Giúdice (2012). Operacionalmente, o ideal é que os caminhões apenas complementem os demais modais. Veículos do transporte rodoviário Conforme o Centro de Estudos Logísticos (CEL, 2010), o mercado oferta inúmeras tipologias de veículos de transporte rodoviário, com formatos e estruturas diretamente relacionados com a tipologia de produtos que podem transportar, os quais, em nível de exemplo: • Carretas– trata-se de um veículo articulado, com unidades de tração e de cargas em módulos separados, o chamado “cavalo mecânico” e o “semirreboque”. As carretas podem ser abertas ou fechadas, com as mesmas características dos caminhões; • Caminhões – são veículos fixos, constituídos por cabine, motor e uma única unidade de carga (carroceria), fabricado em vários tamanhos. Possuem dois ou três eixos, podendo atingir carga acima de vinte toneladas. Pode ter carrocerias abertas, plataformas, tanques ou baú; • Cegonheiras – veículos de carga exclusivo para transportar veículos de passeio; • Treminhões – veículos semelhantes às carretas, formados por cavalos mecânicos, com semirreboques e reboques, ou seja, composto por três partes, com capacidade para até dois containers. Devido ao peso bruto elevado, esses veículos não podem circular em qualquer tipo de estrada, como salienta Kapron (2012). Abaixo seguem algumas imagens dos veículos de transporte aqui mencionados: Figura 1 – Tipos de veículos de cargas do transporte rodoviário. Fonte: Thinkstock/Getty Images 10 Unidade: O Transporte Rodoviário É certo que você deve conhecer outros tipos de veículos que transportam produtos, ou ainda veículos de pequeno porte presentes nas estradas nacionais, os conhecidos Veículos Únicos de Cargas (VUC). Contudo, este conteúdo pretende que você visualize uma variedade maior de veículos para tal finalidade, todos adequando-se a uma tipologia de produtos para transportes. O Preço no Transporte Rodoviário A oferta de transporte rodoviário é alta e bem pulverizada, devido, em grande medida, à facilidade de entrada de autônomos nesse mercado por força da baixa regulamentação. A questão da concorrência é prejudicada, o que torna o frete relativamente barato para a infraestrutura que o País possui, mas com qualidade duvidosa devido às condições dos prestadores autônomos e da idade média dos seus veículos. Tais fatores têm reduzido a produtividade dos recursos nos serviços de transportes (mão de obra e equipamentos) e prejudicado as condições de competitividade das empresas comerciais e industriais (BALLOU, 2007). Nesse sentido já foram implementadas medidas por parte do Governo Federal e novos projetos criados por empresas automobilísticas que prometem mudar o cenário no mercado, como explora a reportagem disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=O9eDFL0Cs-k>. Segundo Neves (2011), os níveis de preços estão alinhados com as condições de mercado e influenciados por aferições superficiais dos custos operacionais, que em conjunto têm prejudicado a competição entre as transportadoras. Teoricamente, existem metodologias consagradas que permitem determinarmos os custos para formarmos os preços, mas essas não fazem parte da dinâmica gerencial da maioria das empresas. Para Pensar Como será que as empresas de transporte rodoviário determinam o preço para transportar um produto de um ponto a outro? Para que você entenda a perspectiva de formação do preço nesse tipo de transporte, é importante entender o que é chamado de custo fixo e custo variável em uma operação de transportes. Mesmo sem esboçar uma metodologia de custeio, assunto recorrente quando se fala da formação de preço de um produto ou serviço, você pode compreender tecnicamente como essa se estabelece observando que há certos gastos e que separar custos de despesas pode ser um caminho para tal cálculo. Como o frete é calculado por tonelada-quilômetro, ou volume-quilômetro, A distância percorrida é fundamental para sabermos quanto custa transferir um produto de um ponto a outro, tal qual nos orienta Dias (2012). Não deixe de considerar que existem custos fixos e custos variáveis para o transporte de produtos, a saber: http://www.youtube.com/watch?v=O9eDFL0Cs-k 11 • Custos fixos – sob a ótica do transporte, são os custos que ocorrem de maneira independente do deslocamento do veículo, são constantes em um período, como o salário do motorista, por exemplo; • Custos variáveis – são os que ocorrem em função do deslocamento do veículo, ou seja, com a distância percorrida com cargas ou sem cargas, caso do combustível gasto. • Os tipos de gasto acima formam as tarifas de fretes, geralmente, organizadas individualmente, por cada empresa de transporte, pois cada uma se configura de modo distinto, conforme mencionam Caixeta-Filho e Gameiro (2001). Independente da empresa a composição básica é a seguinte: • Frete básico: tarifa versus peso da mercadoria. Se a carga for volumosa, considera-se o volume no lugar do peso; • Frete-valor: Taxa ad-valorem - trata-se de um percentual cobrado sobre a mercadoria em custódia pela transportadora. Serve para cobrir riscos de custódia; • Gerenciamento de Riscos (GRIS): caso em que a transportadora necessita de escolta armada, por exemplo; • Taxas e vale-pedágios diversos. De acordo com Giúdice (2012), é importante fazer uma leitura mais elaborada sobre a formação do preço no transporte e a origem de cada valor considerado, assim como sua dimensão obriga a buscar um entendimento de todas as categorias de gastos, agrupá-los e usar equações para a sua determinação. Assim, para agrupá-los, deve-se: • Definir os itens de custos no serviço de transporte; • Classificar os itens de custos que são fixos e os que são variáveis; • Calcular os custos de cada item, como o carregamento e descarregamento; • Calcular o custo de cada rota de entrega ou coleta da mercadoria. • Identificar “custos invisíveis”, ou seja, não enxergados no dia a dia das operações, mas que existem e são importantíssimos, tais como: • Depreciação do equipamento – este é um tipo de custo pouco percebido pelos prestadores de serviços, notadamente os autônomos; • Remuneração do capital – diz respeito a quanto o empresário ganharia de juros caso o valor empatado no veículo, por exemplo, estivesse na poupança; Deve-se ainda considerar e aferir todos os custos visíveis, que estão presente nas operações diárias, a saber: • Motorista (salário mais encargos) – quanto o motorista ganha mensalmente; • Seguros do veículo; • IPVA e seguro obrigatório; • Custos de administração – gastos com pessoal e recursos administrativos; • Combustíveis utilizados nas viagens; 12 Unidade: O Transporte Rodoviário • Pneus utilizados nos veículos; • Manutenção periódica; • Pedágios; • Outros custos. Ao se mencionar outros custos, sugere-se que uma empresa pode ter serviços complementares, tais como uma escolta armada ou ainda outro equipamento especial no veículo, dada a eventual característica de o produto a ser transportado necessitar de refrigeração específica, por exemplo (GAMEIRO; CAIXETA FILHO, 2012). Mas então qual seria um item de custo fixo entre os apresentados acima? Resposta: todos os itens que representam um custo, mesmo que o veículo não circule, ou seja, esteja parado: depreciação; remuneração do capital; salário do motorista; custos administrativos; seguro do veículo; IPVA e seguro obrigatório, para citar alguns exemplos. De acordo com Neves (2011), os custos variáveis estão diretamente relacionados aos movimentos dos veículos, ou seja, com a distância percorrida, daí mencionarmos: combustíveis; pneus; lubrificantes; lavagens do veículo; manutenção e pedágios, por exemplo. A título de ilustração, imagine uma viagem da Cidade de São Paulo ao Município de Belo Horizonte em que são percorridos cerca de quatrocentos quilômetros, em uma rodovia que nesse percurso possui dez pedágios. Pense Se o motorista recebe um salário mensal, então para a empresa esse gasto seria fixo, ou seja, seria um custo fixo? Correto, pois ainda que o veículo fique parado, ao final do mês o motorista receberá seu salário normalmente. De acordo com Gameiro e Caixeta Filho (2012), se o motorista recebesse por quilômetros rodados, como é comum nos Estados Unidos, a classificação desse tipo de custo seria variável, pois o profissional ganharia conforme a movimentação do veículo, ou seja, a distância percorrida.Assim, medem-se os custos fixos em reais-mês e os custos variáveis em reais-quilômetro. Adiante há um quadro com algumas equações que permitem o cálculo dessas variáveis. Aliás, uma discussão importante se estabeleceu em relação aos condutores (motoristas) que inevitavelmente interferem nos custos de transporte, como mostra uma explanação de Marcos Aurélio sobre a Lei n.º 12.619/12, que dispõe sobre o Estatuto do motorista. Essa pode ser assistida em: <http://www.youtube.com/watch?v=m6QogbqOKJA>, dado que lhe ajudará a compreender essas questões financeiras no transporte rodoviário de cargas. Embora estejamos tratando da sistemática de custos, é oportuno falar da jornada de trabalho dos motoristas, tendo em vista que influencia a planilha de custos das empresas de transportes e, por consequência, o papel do gestor de transportes. Portanto, caro(a) aluno(a), o conhecimento técnico sobre como aferir valor para cada item é importante, assim como o que se discute em nosso mercado. O quadro abaixo é conhecimento técnico, embora haja uma atividade influenciando diversas questões, tal qual explora no vídeo acima indicado. http://www.youtube.com/watch?v=m6QogbqOKJA 13 Quadro 2 – Fórmulas sobre itens de custos dos transportes. F IX O Item de Custo Fórmula V A R IÁ V E L Item de Custo Fórmula Depreciação aquisi o residualdep o V V C n de meses − = çã Pneu 1 2( ) vida til do pneu com recapagem pneu pneu pneu n p n p C × + × = ú P1 – preço unitário do pneu novo P2 – preço da recapagem Remuneração do Capital 12( 1 1rcap aquisi o anualC V taxa= × + −çã Óleo intervalo entre trocasleo pre o capacidade C × =ó ç Custo Administratrivo cadm o Custo adm total C n de ve culos = í Lavagem/ Lubrificação lubr Custo de lubrifica o intervalo entre trocas C = çã IPVA/Seguro obrigatório / 12Seg IPVA Valor anual C = Combustível . pre o por litro rendimentocomb C = ç Pessoal Salários + encargos e benefícios Manutenção Custo estimado por quilômetro – – Pedágio Custo de acordo com a rota Fonte: Neves (2011). Este quadro com diversas equações serve para calcularmos de forma independente itens de custos fixos e variáveis para depois serem agrupados em equações que determinam o frete. Atualmente, a Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE) acompanha os custos de uma empresa virtual, obtidos a partir de média ponderada dos custos das empresas do setor (GIÚDICE, 2012). A partir de uma planilha onde constam todos os custos da empresa virtual, são agrupados os custos segundo uma fórmula que fornece o custo total, fórmula abaixo reproduzida: Custo total do frete = custo peso + custo valor + GRIS + impostos Os parâmetros são os indicados acima, onde o mais delicado é o “custo peso”, determinado a partir de uma equação específica, como a apresenta abaixo: Custo peso = A + B + DI, onde os parâmetros dizem respeito ao indicado abaixo: A = [CFM / H x TCD] / CAP, onde: CFM = Custo Fixo Mensal; H = Horas de trabalho por mês; TCD = Tempo de Carga e Descarga; CAP = Capacidade de carga do veículo. 14 Unidade: O Transporte Rodoviário Segundo o manual da Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANTC, 2001), o parâmetro “A” nos diz qual o custo do tempo gasto para carregar, descarregar e esperar a carga. Já o parâmetro “B”, que é o custo relacionado à transferência da mercadoria, deve ser multiplicado pela quilometragem a ser percorrida pelo veículo, determinado pela equação abaixo: B = {[CF / (H . V)] + CV} / CAP, onde: CF = Custo Fixo mensal; H = Horas de trabalho por mês; V = Velocidade média do veículo; CV = Custo Variável por quilômetro; CAP = Capacidade do veículo. O terceiro elemento diz respeito às Despesas Indiretas e de terminais, definidas como DI, que pode ser um parâmetro histórico, uma média ou determinado a partir de uma equação, como segue abaixo: DI = c . (DAT / TEXP), onde: DI = Despesas Indiretas; c = coeficiente de uso dos terminais; DAT = Despesas Administrativas e de Terminais; TEXP = Taxa de Expedição. Uma vez que temos as variáveis da equação que determinam o custo de uma operação de transporte, podemos partir para a equação que determina o preço, adicionando mais uma variável – o lucro – sobre os custos operacionais (ANTC, 2001). O quadro abaixo ajuda a visualizar as variáveis da equação do frete: Frete = (A + BX + DI) x (1 + L%) Quais os valores? Entenda as variáveis da fórmula X: distância da viagem em quilômetros ? A: Veículo parado = tempo de carga e descarga ? B: custo de transferência por quilômetro ? DI: Despesas Indiretas (reais-toneladas) ? Lucro operacional em % ? Frete-peso = ? 15 Vamos a um exemplo. Imagine que uma transportadora precisa montar uma tabela de fretes para grandes massas. Levantando previamente os dados para essa finalidade, a empresa chegou às seguintes informações: • CF = R$ 6.500,00 por mês; • CV = R$ 0,65 por quilômetro rodado; • DI = R$ 50,00 por tonelada; • L = 10% sobre o custo (% de ganho desejado sobre); • H = 230 horas por mês (horas trabalhadas por mês); • CAP = Capacidade do veículo = 25 toneladas; • V = Velocidade do veículo = 55km/h; • Tcd = 6 horas por viagem (tempo de carga e descarga). Resolução: Deve-se utilizar a equação do Frete = (A + BX + DI) x (1 + 10%). Calcula-se os custos fixos por tempo parado do veículo para carga e descarga, assim como o veículo parado em espera. Veja que já neste exemplo já foi realizada a divisão direta do custo fixo mensal. Pode-se então dividir o [CF / H x Tcd] / CAP, o que traz o mesmo valor (ANTC, 2001). [A = (CF x Tcd) ÷ CAP x H] = (6.500 x 6) ÷ (230 x 25) = 6,7826 Calculando cada quilômetro rodado em termos de tonelada de transferência, temos: [B = [CF ÷ (H x V) + CV] ÷ CAP] = [6.500 ÷ (230 x 55) + 0,65] ÷ 25 = 0.04655 Note que para facilitar neste exemplo foi considerado que as despesas por toneladas (DAT + GRIS) são determinadas em termos históricos, ou seja, é um parâmetro atribuído a partir de um percentual do custo fixo mensal (ANTC, 2001): [DI = DI ÷ (T.EXP) x C] = 50,00 por tonelada. Veja que a margem de lucro de 10% é calculada sobre o custo total que a empresa possui, portanto, o custo operacional: fixo e variável: Lucro = 10% dos custos operacionais = (A + DI) x 1.10 + (B) x (1.10) F = 62,4609 + 0,051209X (basta substituir X pelo intervalo de quilometragem). A equação do frete tem apenas o parâmetro fixo (composição das despesas indiretas mais o custo de hora do veículo para carga e descarga) e o custo variável por tonelada, medido em reais por tonelada (ANTC, 2001). 16 Unidade: O Transporte Rodoviário Percurso: intervalo em quilômetros Frete (reais-tonelada) 0001-0050 = 50km 65,02 reais-tonelada 0051-0100 = 100km 67,58 reais-tonelada 0101-0150 = 150km 70,14 reais-tonelada 0151-0200 = 200km 72,70 reais-tonelada 0201-0250 = 250km 75,26 reais-tonelada 0251-0300 = 300km 77,82 reais-tonelada 0301-0350 = 350km 80,38 reais-tonelada Atenção Estas equações valem sempre, cabendo algumas observações importantes, mencionadas a seguir. Não cabe a aplicação da variável C no transporte de carga lotação, porque não passam por terminais. De acordo com o manual da Associação Nacional do Transporte de Cargas (ANTC, 2001), os custos referentes aos tributos não cabem nas operações urbanas, assim como as despesas indiretas e de terminais, que são chamadas apenas de despesas indiretas. Logo, essas não entram na equação geral. A equação permite a determinação do preço do frete de uma transferência de um ponto a outro, ou o que é chamado de frete-peso, conforme definido no manual supracitado (ANTC, 2001). Contudo, há outros fatores que influenciam o preço de um serviço de transporte e que merecem sua atenção: • Risco da carga – quando se transporta produtos perigosos; • Facilidade de manuseio da carga – produtos fáceis de carregar e descarregar; • Facilidade de acomodação – produtos similares que facilitam a arrumação; • Sazonalidade – produtos quetêm grande demanda em determinado período do ano, demanda mais comum em serviços de transportes, aumentando o valor do frete; 17 • Carga de retorno – faz com que o preço do frete seja menor em termos de tonelada-quilômetro; • Especificidade do veículo de transporte – veículos com refrigerador custam mais caro no frete por quilômetros rodado, entre outros exemplos. No que se refere à negociação com as empresas, geralmente o frete é feito a partir de cotação. As transportadoras baseiam-se na distância e no custo operacional para determinarem seus preços. O frete pode ser Free On Board (FOB) ou Cost, Insurance and Freight (CIF). No FOB, que significa carga livre de despesas a bordo, o frete e as responsabilidades da carga (como seguro e riscos) são do comprador da mercadoria, ou seja, do destinatário (GIÚDICE, 2012). A modalidade CIF, a titularidade da carga não passa para o comprador até que essa seja entregue ao destinatário. Logo, o vendedor é responsável pelo frete e pela titularidade da carga até a efetiva entrega (GIÚDICE, 2012). O Documento de Embarque Rodoviário De acordo com Ballou (2007), o documento que informa a contratação de um serviço de transporte em qualquer modal de transporte é denominado conhecimento de transporte. A diferença é que em cada modalidade há a extensão, de modo que aqui o nome é Conhecimento de transporte rodoviário de carga. Todos os conhecimentos de transportes são emitidos em três vias originais, sendo a primeira negociável. Seja rodoviário ou ferroviário, refere-se a um documento contendo diversos campos para preenchimento de informações relativas a: • Características da carga embarcada; • Locais de embarques e desembarques; • Valor do frete; • Forma de pagamento; • Nomes de remetentes e destinatários. O documento de transporte (conhecimento de frete) é o meio de faturamento dos serviços de transportes prestados pelas transportadoras em que os dados constam no conhecimento de embarque. O valor do frete pode ser cobrado na origem ou no destino. É um documento que tem a função de contrato de transporte, assim como de recibo de carga e até mesmo de título de crédito (SILVA, 2007). 18 Unidade: O Transporte Rodoviário Figura 2 – Conhecimento de transporte rodoviário e ferroviário. Fonte: aprendendoaexportar.gov.br Está em uso o Conhecimento de Transporte eletrônico (CT-e), sendo o atual modelo de documento fiscal eletrônico instituído pelo Sistema Nacional de Informações Econômicas Fiscais (SINIEF) sob o código 0/07 de 2007, como notificam Gameiro e Caixeta Filho (2012). Pode ser utilizado para substituir os seguintes conhecimentos de embarque: • Conhecimento de transporte rodoviário de cargas (modelo 8); • Conhecimento de transporte aquaviário de cargas (modelo 9); • Conhecimento de transporte aéreo (modelo 10); • Conhecimento de transporte ferroviário (modelo 11); • Nota fiscal de serviços de transporte (modelo 7). O CT-e é um documento exclusivamente digital, que serve para documentar uma prestação de serviços de transportes e tem validade jurídica a partir da assinatura do emitente e da autorização de uso fornecida pela administração tributária do município do transportador (GAMEIRO; CAIXETA FILHO, 2012). 19 Legislação no Transporte Rodoviário De acordo com Kapron (2012), legalmente considera-se transporte nacional aquele em que os pontos de embarque e desembarque dos produtos estejam situados em território nacional, segundo o que dispõe a Lei n.º 6.288, de 1975. A seguir há uma ilustração do documento que deve ser usado pelo veículo, registrando-o como transportador de cargas em nível nacional. Figura 3 – Tickets de registro nacional do transporte rodoviário de carga. Fonte: antt.gov.br Você Sabia ? A Lei n.º 6.813/75 estabelece que a exploração do transporte rodoviário de cargas é privativa de transportadores autônomos brasileiros, ou equiparados a esses por Lei ou convenção, assim como de pessoas jurídicas que atendam a requisitos como ter sede no Brasil e possuir, no mínimo, 4/5 do capital social com direito a votos, pertencentes a brasileiros. Do ponto de vista do transportador, desde 2004 a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) passou a exigir a inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC). Com a publicação da Lei n.º 11.442/08 e a Resolução ANTT n.º 3056/09 esse registro deixou de ser apenas um cadastro, tornando-se a função complementar de habilitação para o transportador rodoviário por conta de terceiros mediante remuneração. A regulação se torna mais rígida a cada momento, impondo restrições para a entrada de novos autônomos. 20 Unidade: O Transporte Rodoviário O novo Código Civil disciplina o transporte de carga, determinando que o transportador pode exigir que o remetente lhe entregue, devidamente assinada, a relação discriminada dos produtos a serem transportados. Como lembra Neves (2011), caso as informações sejam falsas o transportador deverá ser indenizado, pois passa a ser responsável pelo valor mencionado no conhecimento de transporte a partir do momento que recebe o produto, assumindo os riscos e responsabilidade até o momento da entrega ao destinatário ou em juízo, no caso de a pessoa indicada não for encontrada. Cabe à ANTT atribuições específicas e pertinentes ao transporte terrestre de cargas, seja rodoviário, ferroviário e dutoviário, promovendo estudos e levantamentos relativos à frota de veículos, empresas constituídas e operadores autônomos, assim como organizar e manter o registro nacional dos transportadores rodoviários, ferroviários e dutoviários. No caso dos transportadores rodoviários de cargas, com obrigação de portar o Registro nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (RNTC) (ANTT, 2014). Outras medidas nascem de sindicatos e entidades de classe que buscam preparar os condutores para a realização de suas atividades, minimizando riscos e enquadrando as operações na legislação em vigor, como mostra a reportagem disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=XBoaxdTcewI>. Entenda que na atividade de transporte há inúmeros envolvidos e suas ações alteram significativamente o desempenho da atividade. As operações deste transporte nas rodovias nacionais acontecem sobre regras do Código de Trânsito, que estabelece velocidade mínima permitida, controle de acesso, obrigatoriedade do uso do cinto de segurança, assim como obrigação dos caminhões trafegarem pela direita, entre outros aspectos. Vale notar que somente a velocidade máxima e o uso do cinto de segurança são fiscalizados com certo rigor pela Polícia Rodoviária Federal (IPEA, 2010). Os limites de velocidade estão relacionados às características das rodovias. Se se tratar de pista simples, o nível de velocidade é 80km/h, se a rodovia for de pista dupla os veículos podem trafegar a cerca de 100km/h, com exceção das rodovias Bandeirantes, Imigrantes e Castelo Branco, todas em São Paulo, onde a velocidade máxima chega a 120km/h. É importante salientar que em uma mesma rodovia a velocidade pode sofrer variações a partir das características dos trechos existentes, como declives acentuados ou curvas perigosas, sendo que em alguns casos a velocidade pode ser restringida a 60km/h (IPEA, 2010). Os limites de velocidade para veículos de passageiros ou de cargas dependem de uma série de variáveis, tais como perímetros urbanos e até mesmo o nível de desgaste da pavimentação, devido as condições de frenagens dos veículos. A Tecnologia da Informação no Transporte Rodoviário O controle das informações relativas aos processos de transferências de mercadorias de um local a outro, assim como a rastreabilidade das cargas e os controles documentais são estabelecidos a partir de ferramentas tecnológicas, a atualmente famosa Tecnologia da Informação (TI) (VIANA, 2007) Segundo Neves (2011), nos últimos anos a TI vem permitindo às empresas executarem operações que antes eram impossíveis de serem apuradas. A Internet, bem como outrashttp://www.youtube.com/watch?v=XBoaxdTcewI http://www.youtube.com/watch?v=XBoaxdTcewI 21 tecnologias de informação, têm criado novas oportunidades para um melhor planejamento, controle e execução das operações práticas de transportes. Basta lembrar das entregas urgentes e mais pulverizadas, assim como o surgimento de portais de transportes e o potencial para rastreamento de veículo em tempo real a partir de ferramentas como o Global Position Systems (GPS) (NEVES, 2011). Para você entender o porquê e como a tecnologia ajuda na operacionalidade, particularmente de segurança, faz-se importante assistir ao vídeo disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=5Xeal2cpN0I>, que mostra a questão relativa ao risco de roubo de caminhão e como a tecnologia é usada para evitar tal ação criminosa. Com a velocidade da informação gerada pelas novas tecnologias e a cada vez maior capacidade de armazenamento, o potencial de eficiência das atividades de transportes evoluiu significativamente para todos os modais, assim como os custos operacionais e de controles diminuíram sistematicamente (GAMEIRO; CAIXETA FILHO, 2012). Em Síntese Resumindo, a tecnologia da informação e comunicação tornou-se uma ferramenta poderosa para o gerenciamento e controle transparente das informações relativas às atividades de transporte e logística como um todo. De modo que os clientes se mantém informados sobre os pedidos realizados, o transportador pode rastrear as cargas ou os contêineres através de modernos sistemas de rastreamento tracking e ainda pode programar de forma eficiente as entregas. Na figura a seguir veja como o Sistema de Gerenciamento de Transportes (TMS) é estruturado, sugerindo uma integração das atividades: Figura 4 – Sistema de Gerenciamento de Transportes (TMS). Nota �scal e romaneio_carga Tabela de frete e cotação de frete YMS - Controle Pátio Negociação Frete Expedição de carga Tráfego Contrato com terceiros Ocorrência transporte Controle de frete Situação veiculo e cadastro Manutenção de frota Faturamento Contabilidade Obr. �scais Caixas e bancos Cta. pagar Recebimento Nota �scal Embarque TMS Embarcador Conhecimento/NFS frete Ocorrência entrega Fatura Contrato e/ou Recebo Pagamento de Terceiro Ocorreências Transporte Transportador, Operador Logístico ou Terceiro e TMS Fonte: sythex.com.br http://www.youtube.com/watch?v=5Xeal2cpN0I http://www.youtube.com/watch?v=5Xeal2cpN0I 22 Unidade: O Transporte Rodoviário Para Gameiro e Caixa Filho (2012) o TMS é um importante sistema utilizado pelas empresas produtivas ou comerciais para gerenciar o relacionamento com as transportadoras e seus fretes. Esse permite ainda o controle de desempenho dos veículos e condutores, otimizando os recursos alocados para a atividade de transportes. Assim, as atividades mais conhecidas desse sistema são: • Gerenciamento da expedição das cargas; • Programação dos fretes; • Controle de ocorrência nas operações de transportes; • Controle da comunicação com os canais de distribuição; • Controle das negociações sob a ótica formal com as transportadoras. Quando tratamos da rastreabilidade das informações e a emissão de packing list (romaneios) de carga com as notas fiscais de cargas expedidas, o TMS é fundamental. Os operadores podem consultar opções de montagens de embarques e monitorar os fretes contratados, assim como buscar conferência automática das cargas, podendo ainda apontar as divergências entre o valor negociado e o cobrado pelo parceiro de transporte, entre outras atividades correlatas, disponíveis em: <http://www.youtube.com/watch?v=jAjAjGF6VV0>, peça publicitária que ao fazer o anúncio de uma empresa vincula o serviço PAMCARD ao TMS. No que diz respeito a troca de informações entre os embarcadores e seus fornecedores de serviços de transportes, assim como os condutores, com vistas a visualizar o andamento das operações, hoje há a otimização desse mapeamento graças a tecnologias como GPS e roteirizadores, ilustrados a seguir: Figura 5 – GPS e roteirizadores. Fonte: Thinkstock/Getty Images, routing.com.br/roadshow http://www.youtube.com/watch?v=jAjAjGF6VV0 23 Material Complementar Nossa discussão sobre a infraestrutura de transporte reproduz a ideia de que estamos em construção uma vez que a estrutura atual não atende às perspectivas de crescimento do País. Outra constatação é de que os investimentos em infraestrutura não abrange somente o transporte, mas este é fundamental. Ações do governo e da iniciativa privada mostram que o setor rodoviário será afetado decisivamente, tendendo a reduzir sua participação na matriz de transporte. Dois vídeos que indico podem ajudar a você ampliar seu horizonte de leitura sobre o tema e vale apena você assistir: Eles estão ilustrados no vídeo disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=LjjK9MZelyI, e no vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=DQfAdzjyq_4. Este último vídeo faz parte de uma série que se você gostar pode buscar no youtube. http://www.youtube.com/watch?v=LjjK9MZelyI http://www.youtube.com/watch?v=DQfAdzjyq_4 24 Unidade: O Transporte Rodoviário Referências ANTC. Manual. 2001. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/pdfiles/MANUAL.pdf>. ANTT. Revista ANTT, n. 5, [20--]. Disponível em: <http://www.antt.gov.br>. BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2007. CAIXETA-FILHO, J. V.; GARMEIRO, A. H. (Org.). Transporte e logística em sistemas agroindustriais. Atlas: São Paulo, 2001. CEL. 2010. Disponível em: <http://www.centrodelogistica.com.br>. DIAS, M. A. Logística, transporte e infraestrutura. São Paulo: Atlas, 2012. DNIT. [20--]. Disponível em: <http://www.dnit.gov.br>. GAMEIRO, A. H.; CAIXETA FILHO, J. V. Gestão de operações e logística – administração de seguros no transporte de cargas. São Paulo: [S.n.], 2012. GIÚDICE, F. Negociação de frete. In: Anuário NTC & Logística. São Paulo: NTC, 2012. INAE. [20--]. Disponível em: <http://www.inae.org.br>. IPEA. Rodovias brasileiras: gargalos, investimentos, concessões e preocupações com o futuro. Rio de Janeiro, 2010. (Série Eixos Econômicos do Desenvolvimento Brasileiro; 52). KAPRON, R. A. História do trabalho dos caminhoneiros no Brasil: profissão, jornada e ações políticas. 2012. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS. LESSA, C. Infraestrutura e logística no Brasil. In: CARDOSO JUNIOR, J. C. Desafios ao desenvolvimento brasileiro: contribuições do conselho de orientação do IPEA. Brasília, DF: IPEA, 2009. NEVES, M. A. de O. 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