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RELATÓRIO DE PRáTICA 01 CARLA KÉLVIA MATOS CAVALCANTE 0150143 RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS: Bases da biologia celular, Molecular e tecidual NOME: Carla Hélvia Matos Cavalcante MATRICULA: 01501433 CURSO: Nutrição POLO: Maranguape PROFESSOR: Marcela Maria Pereira De Lemos Pinto MARANGUAPE 2023 SUMÁRIO 1. MICROSCOPIA ÓPTICA 2. METODOS EMPREGADOS NO ESTUDO DAS CELÚLAS E TECIDOS 3. CITOQUIMICA 4. ESPECIALIZACÕES DE SUPERFICIE 5. ORGANELAS ENVOLVIDAS NA SÍNTESE DE MOLECULAS 6. DIVISÃO CELULAR MICROSCOPIA ÓPTICA O objetivo da microscopia é obter clareza de imagens ampliadas de objetos, assim permitindo distinguir detalhes não possíveis na visualização a olho nu. O aumento da imagem se dá através da luz que após incidir sobre determinada amostra, passa por um conjunto de lentes objetivas (formam e aumentam a imagem) e as oculares (aumentam a imagem). Os óculos foram o percursor do microscópio, em 1608 no final do século XVI Zacharias Cansem e seu pai Hans Janssem, holandeses fabricantes de óculos construiram o primeiro microscópio com duas lentes convergentes. A linha do tempo deste objeto se dá de 721 a.C (Lente de Layard ) uma das primeiras lentes a ser criada, há 1981onde Gerd Binnig e Heinrich Rohrer inventam o microscópio de tunelamento por varredura que fornece imagens tridimensionais de objetos ao nível atômico1. («Microscopia». Kasvi. 2 de março de 2018). Porém o que tudo indica foi que o primeiro a fazer observações microscópicas de matérias biológicos foi Antonie Van Leewenhoek, ele também descobriu os micróbios, como eram chamados antigamente, hoje conhecidos como seres micro-organismos. O primeiro aparelho para ampliação de imagens com lentes associadas foi oficialmente apresentado perante a Academia dos Linces, em Roma, por Galileu Galilei, e foi por ele chamado occhialino, que significa “pequeno óculo”). No entanto, foi batizado microscópio apenas em 1625, por essa mesma academia científica. Desde de sua invenção houve inúmeras avanços, resultando em diferentes tipos de microscópio que atingem o mesmo objetivo, a ampliação, embora em graus diversos e por diferentes métodos. Se dividem em algumas categorias: Os compostos, ópticos, digitais, eletrônicos e estéreos. De acordo com o tempo e os avanços tecnológicos a microscopia vai evoluindo e já existem diversos tipos de microscópios ópticos, sendo indispensáveis em muitos aspectos das nossas vidas, nos permitem ver coisas que são demasiadamente pequenas para serem vistas a olho nu. Isto permite aos cientistas, profissionais, médicos e outros investigadores estudar uma vasta gama de amostras, incluindo microrganismos, células, e outras estruturas minúsculas, proporcionando grandes contribuições para a ciência. Microscopia óptica Parte mecânica: 1. Pé 2. Braço 3. Tubo ou canhão 4. Revólver 5. Platina 6. “Charriot” 7. Macrométrico e micrométrico. Parte óptica: - Sistema de lentes: 1. Lentes oculares 2. Lentes objetivas 3. Lentes do condensador - Sistema de iluminação: 1. Espelho ou Luz 2. Diafragma 3. Filtro São necessários alguns cuidados ao manusear o microscópio: · Transportá-lo com ambas as mãos, apoiando a base numa delas e segurando o braço com a outra. • Ao colocá-lo sobre a mesa, mantê-lo a alguma distância do bordo. • Evitar molhá-lo ao usar preparações temporárias. • As lentes são peças muito caras. Para as limpar, deve usar a flanela que normalmente acompanha o aparelho. • Após a utilização, encaixar a objetiva de menor ampliação alinhada com a ocular. •Se durante a observação tiver utilizado óleo de imersão, deve limpar a objetiva e a lamela com xilol. Iluminação do microscópio • Verificar se as lentes e o espelho estão limpos. • Observar se a objetiva de menor poder de ampliação está alinhada com a ocular ( se necessário, girar o revólver até ouvir um “clik” ). • Verificar se o diafragma, que permite regular a entrada de luz, está aberto. No entanto, este deve ser usado de acordo com o objeto a observar, de forma a obter-se a melhor imagem. • Visualizar o campo do microscópio (círculo iluminado). Para isso, deve mover o espelho utilizando a face plana, no caso de luz natural, ou a face côncava, se usar a luz artificial. • Colocar a preparação na platina, fixando-a com o auxílio das pinças. • Rodar o condensador para que fique ajustado à janela da platina. • Com o parafuso macrométrico, ajustar a platina para a posição mais próxima da objetiva. Descê-la lentamente, de modo a obter a primeira imagem. • Utilizando apenas o parafuso micrométrico, corrigir a focagem até obter uma imagem nítida. • Percorrer a preparação a fim de localizar uma zona de maior interesse e centrá-la. • Regular novamente a quantidade de luz com o diafragma, de modo a obter uma imagem mais perfeita. MÉTODOS EMPREGADOS NO ESTUDO DAS CÉLULAS E TECIDOS Mais de 200 tipos de células especializadas fazem parte do corpo humano. Elas se desenvolvem com outras do seu próprio tipo para formar configurações intimamente ligadas, claramente reconhecíveis como tipos específicos de tecidos, em alguns casos, os tecidos são feitos de vários tipos de células. A célula tem muitas formas e tamanhos, dependendo das suas funções especializadas dentro dos tecidos. A análise histopatológica consiste no estudo das células e tecidos do nosso corpo para realizar o diagnóstico de uma doença. A palavra histopatológica tem origem grega, sendo que “histo” significa tecido, “pathos” doença e “logia” estudo. A histopatológia é uma área de estudo da anatomia patológica. A partir da análise microscópica é possível identificar alterações e anormalidades estruturais dos tecidos e células por meio do microscópio óptico, auxiliando no diagnóstico de neoplasias e anormalidades. A técnica histológica representa um conjunto de procedimentos técnicos que, inicialmente, se difundiu entre os diversos profissionais das ciências naturais. Para realizar o estudo da anatomia patológica é necessário ter uma amostra do material biológico, obtido através de biópsias e peças cirúrgicas. Um órgão inteiro ou pequenos fragmentos são retirados do paciente para avaliar se as células apresentam alguma neoplasia e se são malignas ou benignas, são feitos cortes muito finos, que passam por processo de fixação e coloração. São usados corantes como: eosina, hematoxilina, azul de metileno, entre outros, que destacam as estruturas celulares. Depois os cortes são colocados em lâminas de vidro e levados ao microscópio. Um estudo simples de tecidos animais é feito no microscópio óptico. PREPARAÇÃO DO TECIDO PARA ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA 1. Coleta 2. Biópsia cirúrgica: através de uma incisão cirúrgica no órgão ou tecido. 3. Biópsia endoscópica: para órgãos ocos, como estômago e intestino. 4. Biópsia por agulha: é obtida pela punção do órgão (fígado, pulmão), sem precisar abrir a cavidade natural. 5. Cirurgia ampla: corresponde a peças grandes (tumores) ou órgãos (mama e útero). 6. Necropsia: pós morte para verificar a causa do óbito. 7. Fixação: Ao se remover qualquer material (órgão ou tecido) de um organismo se inicia um processo de autólise (autodigestão). A fixação evita a autólise celular e impede a proliferação de microrganismos, preservando a morfologia do tecido e fornecendo maior resistência para as etapas seguintes. 8. Desidratação: Consiste na remoção da água dos tecidos. Vários métodos são utilizados, porém o mais comum compreende uma série de soluções alcoólicas em concentrações diferentes, chegando até o álcool 100%. 9. Clarificação: Essa etapa remove totalmente o álcool, preparando o espécime para a etapa seguinte. Para remover o álcool e preparar o tecido para a penetração da parafina, utiliza-se o xilol. Conforme o xilol penetra o tecido, em substituição ao álcool, o material se torna mais claro, transparente 10. Inclusão: Mesmo após a fixação e a desidratação, as amostrasde tecido são ainda muito frágeis. Acontece então a impregnação do tecido com uma substância de consistência firme. Assim o tecido é endurecido, o que facilita o corte em camadas finas. Microtomia: Depois de endurecido, o bloco de parafina deve ser cortado em seções extremamente finas, que permitam a visualização do tecido ao microscópio. Para isso, é utilizado o equipamento de precisão micrótomo, que alcança a espessura dos cortes de 5 a 15 μm (micrômetros). 1 micrômetro (μm) é igual a 1/1.000 de 1 milímetro (mm). 11. Coloração: Os cortes de tecido podem então ser corados com hematoxilina. Por sua natureza básica, a hematoxilina vai corar os ácidos nucleicos dos núcleos. Em seguida, os cortes são lavados em e corados pela eosina, um corante de natureza ácida e que irá corar os componentes básicos predominantes no citoplasma das células. 12. CITOQUÍMICA Os seres vivos são seres constituídos por um conjunto de células, como já sabemos, mas para se ter chegado a essa conclusão usamos uma área da biologia celular chamada citoquímica que estuda a composição das células, e está diretamente ligada a bioquímica onde se estuda os processos químicos do organismo. A citoquímica separa os compostos inorgânicos e orgânicos das células, ela na biologia geral é o estudo constituintes químicos (bioquímicos) das células. Os compostos inorgânicos são água e sais minerais. A água corresponde a cerca de 65 a 75% da massa corpórea humana sendo a substância que se encontra em maior quantidade no interior das células. Os sais minerais são encontrados nas formas solúveis e insolúveis (misturados com água). Os compostos orgânicos conhecidos como: proteínas, vitaminas, carboidratos (glicídios), lipídeos e ácidos nucleicos. Proteínas: macromoléculas orgânicas fundamentais para a estrutura e função celular. São formadas por aminoácidos que se ligam entre si e se unem através de ligações peptídicas, determinam a forma e estrutura das células e coordenam quase todos os processos vitais, algumas de suas funções são: Estrutural, hormonal, defesa, contração muscular, transporte de gases, enzimáticas... Vitaminas: nutrientes essenciais para o funcionamento adequado do organismo, obtidas por meio de uma alimentação balanceada e saudável. Responsáveis pelo funcionamento de importantes processos bioquímicos especialmente como catalizadores de reações químicas, tendo como principais fontes frutas, verduras, legumes, carnes, leite, ovos e cereais. Carboidratos (glicídios): moléculas de carbono com águas que se classificam em três grupos, monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Tem como principal função a função energética, entretanto estão relacionados também com a estrutura dos ácidos nucleicos e funções estruturais. Lipídeos: responsáveis pela reserva energética, isolante térmico, impermeabilizante entre outros, são uma classe de moléculas biológicas formadas por ácidos graxos e álcool. Ácidos nucleicos: macromoléculas constituídas por nucleotídeos que formam dois componentes importantes das células DNA e RNA, ambos relacionados ao mecanismo de controle metabólico celular armazenam e transmitem informações genéticas. Técnicas da citoquímica2 : Técnica O que detecta? Controlo positivo Cores da coloração Giemsa Células hematopoiéticas Medula óssea e baço Núcleos - azul; granulações acidófilas - rosa; granulações basófilas – azul Reticulina Fibras reticulares Tecido hepático Fibras de reticulina - preto; núcleos – vermelho Orceína Fibras elásticas Tecido pulmonar, artérias de grande calibre Fibras elásticas - castanho escuro; núcleos - azul; fibras de colagénio e restantes estruturas – incolores Tricómio de Masson Fibras de colágeno Útero, apêndice fibras - azul; núcleos - azul/preto; músculo, citoplasma, eritrócitos e queratina - vermelho; grânulo argirófilos - preto ou vermelho Metanamina Prata Membrana Basal Rim membranas basais - preto; fundo - verde ou vermelho PAS com e sem diastase Glicogénio Fígado núcleos - azul; mucinas neutras e algumas mucinas ácidas - magenta; membrana basal - magenta; parede de fungos - magenta; glicogénio - magenta no sem diástase e incolor no com diástase Azul de Alcina pH=1 Mucinas ácidas sulfatadas Intestino delgado mucinas ácidas sulfatadas - azul pálido; núcleos - rosa avermelhado PAS com Azul de Alcian Mucinas ácidas e neutras Rim Mucinas ácidas - azul; mucinas neutras - magenta; mistura de mucinas ácidas e neutras - púrpura; núcleos - azul pálido Vermelho de congo Amiloide Tecido com amiloide (é uma substância - parte de patologia) núcleos - azuis; amiloide - vermelho (com o polarizador é verde birrefringente - amarelo) Oil Red Lipídeos neutros Qualquer um (todos os tecidos contêm lipídeos Lipídeos - vermelho; núcleos – azul Perl's Pigmentos férricos Pulmão ou fígado com patologia pigmento férrico - azul de prússia; citoplasma (fundo) - rosa avermelhado Halls Pigmentos biliares Fígado ou vesícula biliar bilirrubina (pigmento biliar) - verde esmeralda; colágeno - vermelho; citoplasma (fundo) – amarelo Zhieh-Neelson Microbactéria AAR Tecido infectado pelo M.Tuberculosis microbactérias - rosa avermelhado; componentes acidófilos (fundo) – verde Giemsa modificado Helicobacter pylori Tecido gástrico infectado Microrganismos tipo Helicobacter pylori - azul escuro; fundo - vários tons de azul LEDER Atividade da cloro acetato esterase Medula óssea e apêndice com inflamação aguda atividade enzimática das células mielóides - vermelho brilhante; monócitos e linfócitos - ausente/intensidade fraca; núcleos – azul Luxol Fast Blue Mielina Cérebro, medula espinhal ou nervo periférico mielina - azul turquesa; células nervosas - púrpura; neutrófilos - rosa · Bancroft - Theory and Practice of Histological Techniques2 Moléculas biológica na técnica citoquímica : 1. Detecção citoquímica de proteínas 1.1 Métodos de caracterização geral 1.2 Métodos de caracterização de grupo Visualização de Ribo Detecção da atividade dos fosfatases Detecção da atividade de oxidases Detecção da atividade da celulose 2. Detecção citoquímica de hidratos de carbono 2.1 Métodos de caraterização geral Detecção de polissacarídeos (PATAg) 2.2 Métodos de caracterização diferencial 2.3 Detecção citoquímica de lipídeos Não existem muitos métodos para a detecção de lipídios e, os que existem, são de utilidades bastante limitadas. ESPECIALIZAÇÕES DE SUPERFÍCIE Todas as células possuem membrana plasmática, mas, as membranas não são todas iguais. Existem especializações na membrana plasmática com funções específicas São especializações do tipo estável ou permanente na superfície das células. As principais são as microvilosidades e as junções celulares. Há quatro especializações da membrana, que podem ou não estar presentes em todas as células, essas diferenciações são bastante conhecidas nas células. 1. Microvilosidades 2. Glicocálix 3. Especializações de junção 4. Especializações comunicantes As Interdigitações realizadas pelas membranas plasmáticas de duas células pareadas são especializações de comunicação celular que têm como propósito ampliar a superfície de contato entre as células que as realizam. · Microvilosidades: São dobras na membrana plasmática na superfície das células intestinais que aumentam a superfície de contato e, consequentemente, aumentam a absorção de nutrientes, e é por isso que as células do epitélio do intestino delgado e dos túbulos renais são repletas dessas projeções da membrana, tendo em vista que são áreas em que a absorção é prioridade. · Glicocáx : O glicocálix são glicoproteínas presentes em todas as células do corpo humano. Uma de suas funções é servir como um identificador para o organismo, sendo de grande importância para o organismo identificar células intrusas, transplantes, transfusões entre outros estão bastante ligados ao glicocálix. · Especializações de junção: Temos os desmossomos, que são junções que fazem pressãopara fazer a junção das membranas, temos também as interdigitações, que são invaginações e evaginações de membranas celulares que se encaixam, garantindo aderência. Pense nelas como dedos entrelaçados. · Especializações de comunicantes: Movimentar moléculas e íons entre células, passando pelas membranas, de modo que ambas possam funcionar em harmonia. ORGANELAS ENVOLVIDAS NA SÍNTESE DE MOLÉCULAS Organelas são estruturas que ficam dentro das células, mais precisamente dentro do citoplasma, que é composto por um líquido gelatinoso, seres pluricelulares e eucariontes, temos uma complexidade enorme dentro de nós e são essas estruturas que vão fazer a célula funcionar. A organela da célula vegetal é um pouco diferente da animal, ela tem algumas estruturas que não se encontram nessas células, nas células procariontes nós não temos organelas, porque elas são células mais simples, geralmente unicelulares, e só vão ter no citoplasma o material genético e os ribossomos. A substância que compõe o citoplasma se chama citosol. É como se fosse uma piscina de gelatina na qual as organelas ficam “boiando” e que tem os seus limites definidos por uma membrana, que é a membrana plasmática. O citoplasma é, portanto, o espaço onde se encontram todas as organelas, cada organela celular tem uma função, como se fossem nossos órgãos internos, digerem os alimentos, quebram as moléculas que precisam, excretam o que não é necessário, e assim por diante. · Síntese é o processo que permite produzir uma determinada substância partindo-se, em geral, de substâncias mais simples que é o que acontece nas moléculas. · Ribossomos: fazem a síntese proteica, ou seja, produzem a proteína, que são compostos extremamente importantes para todo o funcionamento das células, principalmente o DNA. · Lisossomos: têm função de digestão celular, são “bolsinhas” que contém enzimas que vão realizar a degradação de substâncias dentro da célula. · Retículo endoplasmático: conjunto de bolsas e tubos que têm função principal de transportar algumas substâncias. Existem dois tipos, Rugoso ou Granuloso (RER) e Liso ou granuloso (REL). · Complexo de Golgi: O complexo golgiense é uma organela que apresenta diversas funções, sendo alguma delas: adição de açúcares às proteínas e aos lipídios sintetizados no retículo endoplasmático (glicosilação); adição de sulfato às proteínas e aos lipídios (sulfatação); fabricação de certas macromoléculas; formação da parede celular e do acrossomo (estrutura localizada na região da cabeça do espermatozoide); e transporte, via vesículas, de moléculas que saem do retículo endoplasmático. Geralmente o transporte dessas moléculas obedece a três destinos: membrana plasmática, vesículas de secreção e lisossomos, os quais serão responsáveis pela formação dessa organela. A maioria dos cortes histológicos é submetida a uma coloração para permitir seu estudo ao microscópio de luz. Para esta finalidade foram desenvolvidos ao longo do tempo inúmeras soluções de corantes e de misturas corantes. As misturas mais utilizadas são as que melhor distinguem os diversos componentes das células e da matriz extracelular (MEC) assim como corantes que demonstram tipos celulares específicos. Uma das técnicas mais utilizadas é a que reúne dois corantes chamados hematoxilina e eosina e a coloração é denominada abreviadamente HE ou H&E. Os cortes são habitualmente corados inicialmente com hematoxilina e em seguida com eosina. ). A hematoxilina tem atração por substâncias ácidas (basófilas) dos tecidos, A combinação mais comum de corantes usada em Histologia e Histopatologia é a Hematoxilina e Eosina (HE). DIVISÃO CECULAR O processo de divisão celular é responsável pela reprodução das células e faz parte do ciclo celular, ou seja, do ciclo de vida de uma célula, que se inicia na sua formação por meio da divisão da célula-mãe e vai até a sua própria divisão, com a formação das células-filhas. O processo de divisão celular apresenta diversas funções importantes nos organismos, como originar um novo indivíduo e renovar as células mortas, processo ocorre de forma diferente nas células dos organismos procariontes e nos organismos eucariontes. Nos organismos procariontes, como as bactérias, o DNA duplica-se e o citoplasma divide-se em duas partes, ficando cada célula com uma cópia do DNA. Nos organismos eucariontes, como os animais, o processo de divisão é um pouco mais complexo e pode ocorrer de duas formas: • Mitose: uma célula-mãe origina duas células-filhas com o mesmo número de cromossomos e as mesmas informações genéticas da célula-mãe. Basicamente, é dividida em quatro fases: Prófase, Metáfase, Anáfase e Telófase. Prófase: fase mais longa; os cromossomos começam a se condensar, o centríolo se duplica formando-se o fuso acromático (ou mitótico) e os ásteres; tanto a carioteca quanto o nucléolo desaparecem. Metáfase: melhor fase para o estudo do cariótipo; os cromossomos, já condensados, aparecem dispostos no equador do fuso. Essa etapa termina com a duplicação dos centrômeros. Telófase: cromossomos chegam aos pólos e sofrem descondensação; desaparecem os ásteres e o fuso, e ressurgem a carioteca e o nucléolo; a etapa chega ao seu fim com a divisão do citoplasma (citocinese) . • Meiose: ocorre nas células sexuais em que uma célula-mãe diploide (2n) sofre duas divisões e forma, ao final, quatro células-filhas haploides (n), ou seja, com a metade dos cromossomos da célula-mãe. Esse é o mecanismo mais comum de reprodução dos organismos unicelulares eucariontes e é o processo que forma os seres pluricelulares. Durante as últimas etapas da mitose, ocorre a chamada citocinese, que consiste na divisão do citoplasma. A citocinese, em células animais e vegetais, ocorre de maneira distinta. Nas células animais, observa-se a formação de um sulco de clivagem que divide a célula em duas. MITOSE MEIOSE REFERÊNCIAS: 1 («Microscopia». Kasvi. 2 de março de 2018) 2 ( Bancroft - Theory and Practice of Histological Techniques)
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