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modulo2 Enfrentamento da Covid19 e demais doenças virais

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MÓDULO
ENFRENTAMENTO DA COVID-19
E DEMAIS DOENÇAS VIRAIS
Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde
no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais
Organizadoras:
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
MÓDULO
ENFRENTAMENTO DA COVID-19
E DEMAIS DOENÇAS VIRAIS
Ana Beatriz Pagliaro Amorim • Ana Carolina Aguiar de Carvalho • Ana Rita Coimbra Motta de Castro • Everton Ferreira Lemos • 
Karla Freire Baeta • Larissa Melo Bandeira • Lívia de Mello Almeida Maziero • Patrícia Marques Ferreira • Thayssa Maluff de Mello
Unidade 1
Vírus Respiratórios
Unidade 3
Ações da Vigilância em Saúde do Trabalhador
no Enfrentamento da COVID-19
e Demais Doenças Respiratórias
Unidade 2
Vigilância das Doenças Virais
Respiratórias Transmissíveis
Unidade 4
Comunicação em Saúde
Unidade 5
Organização dos Processos de Trabalho
Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde
no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice para catálogo sistemático: 
Saúde Pública 614 
 
Ficha Catalográfica elaborada por Jaqueline Ferreira de Souza CRB 1/3225 
 
F981e Fundação Oswaldo Cruz. 
Enfrentamento da Covid-19 e demais doenças virais / 
Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz Mato Grosso do Sul; organizadoras, Débora 
Dupas Gonçalves do Nascimento, Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira, Sílvia 
Helena Mendonça de Moraes – – Campo Grande: Fundação Oswaldo Cruz, 2021. 
Recurso digital: 305 f. il. – (Programa Educacional em Vigilância e Cuidado 
em Saúde no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais, mod. 
II) 
 
Formato: PDF 
Inclui bibliografia 
ISBN: 978-85-66909-36-4 
 
1. COVID-19. 2. Viroses. 3. Influenza Humana. 4. Vigilância em Saúde Pública. 
5. Saúde do Trabalhador. I. Fundação Oswaldo Cruz. Fiocruz Mato Grosso do Sul II. 
Nascimento, Débora Dupas Gonçalves do III. Oliveira, Sandra Maria do Valle Leone 
de. IV. Moraes, Sílvia Helena Mendonça de. V. Título. VI Série. 
 
CDD: 614 
 CDU: 614.4 
 
E-mail: educacao.ms@fiocruz.br
Site: www.matogrossodosul.fiocruz.br
CRÉDITOS
Coordenação Geral 
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Sandra Maria do Valle Leone de Oliveira
Sílvia Helena Mendonça de Moraes
Coordenadora Acadêmica
Ana Paula da Costa Marques
Coordenadora Pedagógica 
Joselice Silva Pinto
Autores 
Ana Beatriz Pagliaro Amorim
Ana Carolina Aguiar de Carvalho 
Ana Rita Coimbra Motta de Castro 
Everton Ferreira Lemos
Karla Freire Baêta
Larissa Melo Bandeira
Lívia de Mello Almeida Maziero
Patrícia Marques Ferreira
Thayssa Maluff de Melo
Consultora
Greice Maria Silva da Conceição
Avaliadoras Técnico-científicas
Anamaria Mello Miranda Paniago
Janaína Sallas 
Conteudista (questões de avaliação) 
James Venturini
Apoio técnico-administrativo 
Isabela Pereira da Cunha
Coordenador de Produção 
Marcos Paulo de Souza
FICHA TÉCNICAFICHA TÉCNICA
© 2021. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul.
Alguns direitos reservados. É permitida a reprodução, 
disseminação e utilização dessa obra, em parte ou em sua 
totalidade, nos Termos de uso do ARES. Deve ser citada a fonte 
e é vedada sua utilização comercial. 
Ministério da Saúde
Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes 
Ministro
 
Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS
Arnaldo Correia de Medeiros
Secretário
Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e 
Vigilância das Emergências em Saúde Pública
Daniela Buosi Rohlfs
Diretora 
Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz
Nísia Trindade Lima
Presidente
Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul – Fiocruz MS
Jislaine de Fátima Guilhermino
Coordenadora
Coordenação de Educação da Fiocruz MS
Débora Dupas Gonçalves do Nascimento
Vice-coordenadora de Educação
Secretaria-Executiva da Universidade Aberta do SUS – 
UNA-SUS
Maria Fabiana Damásio Passos
Secretária-executiva
Fundação Oswaldo Cruz Mato Grosso do Sul (Fiocruz MS)
Rua Gabriel Abrão, 92 – Jardim das Nações, Campo Grande/MS
CEP 79081-746
Telefone: (67) 3346-7220
Designers Instrucionais
Felipe Vieira Pacheco
Margeci Leal de Freitas
Designers Gráficos 
Hélder Rafael Regina Nunes Dias
Humberto Nadeu Bijos
Renato Silva Garcia
Coordenadoras de Desenvolvimento
Janaína Rolan Loureiro
Regina Beretta Mazaro
Desenvolvedores
Julio César Coimbra de Oliveira
Larissa Mendes Ribeiro
Leandro Koiti Oguro
Marcos Felipe Reis Barroso  
Paulo Henrique Wosniak Franco Ferreira
Rebeca Beatriz Lopes Cruz
Thiago Fernandes de Oliveira
Editor de Audiovisual
Luciana Ferreira Nantes
Ilustrador da capa
Everton Ferreira Lemos
Revisor 
Davi Bagnatori Tavares
Assessoria de Comunicação
Bruna Karla Bezerra da Cruz
Thayssa Maluff de Mello
Apoio Acadêmico 
Claudia Stutz Zubieta
Gisela Maria Azambuja de Oliveira
https://gitlab.com/ribeiro-larissamendes
Ficha técnica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Apresentação do módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Unidade 1: Vírus Respiratórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2 Características gerais dos vírus respiratórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.3 Conceitos-chave: gripe, resfriado e síndrome respiratória aguda grave . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4 Vírus respiratórios que causam SG e SRAG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.5 Vírus que causam meningite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
1.6 Vírus respiratórios de potencial pandêmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
Minicurrículo das autoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DA COVID-19 E DEMAIS DOENÇAS VIRAIS
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DA COVID-19 E DEMAIS DOENÇASVIRAIS
Unidade 2: Vigilância das Doenças Virais Respiratórias Transmissíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
2.2 Modelos atuais de vigilância (vigilância sentinela das síndromes gripais e SRAG) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
2.3 Doenças respiratórias de notificação compulsória; Ficha Individual de Notificação (FIN), 
Ficha Individual de Investigação (FII) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
2.4 Definição de caso e obtenção de dados clínicos e epidemiológicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
2.5 Qualidade do sistema de informação – da notificação ao encerramento do caso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122
2.6 Vacinas para a COVID-19 e sistema de vigilância epidemiológica de eventos adversos pós-vacinais . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
2.7 Ações da vigilância epidemiológica no enfrentamento das doenças virais. Período não epidêmico, 
epidêmico e pós-pandêmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
2.8 Responsabilidades da vigilância epidemiológica municipal, estadual e do ministério da saúde em 
tempos de epidemia/pandemia 
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
Minicurrículo das autoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
Anexo A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Anexo B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
Anexo C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DA COVID-19 E DEMAIS DOENÇAS VIRAIS
Unidade 3: Ações da Vigilância em Saúde do Trabalhador no Enfrentamento da COVID-19 e 
Demais Doenças Respiratórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
3.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154
3.2 O papel da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST) no cuidado ao 
trabalhador em tempos de epidemia/pandemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
3.3 As ações de vigilância em saúde do trabalhador: do planejamento às práticas adotadas nos territórios com 
enfoque nas doenças de transmissão respiratória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 165
3.4 Vigilância integrada dos ambientes e processos de trabalhado em tempos de epidemia/pandemia . . . . . . . . . . . . . . . . 172
3.5 Medidas de prevenção e controle das doenças respiratórias nos locais de trabalho na perspectiva da 
hierarquia de controle de riscos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
3.6 Transtornos mentais e comportamentais relacionados ao trabalho em situações de epidemia/pandemia: 
ações de promoção, proteção e prevenção voltadas à saúde do trabalhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
3.7 A investigação e notificação de casos de COVID-19 e outras doenças respiratórias relacionadas 
ao trabalho – SIVEP-gripe e e-SUS Notifica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
3.8 A participação e o controle Social no enfrentamento das doenças respiratórias em tempos de epidemia/pandemia . 211 
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 214
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
Minicurrículo dos autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
MÓDULO ENFRENTAMENTO DA COVID-19 E DEMAIS DOENÇAS VIRAIS
Unidade 4: Comunicação em Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
4.2 O papel da assessoria de comunicação. Atribuições comuns da assessoria de comunicação do Ministério 
da Saúde,das Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e das Secretarias Municipais de Saúde (SMS) no enfrentamento 
às doenças respiratórias em períodos de epidemias/pandemias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224
4.3 A comunicação em situações de emergência e crise sanitária, o papel da comunicação de crise e risco no 
enfrentamento das epidemias/pandemias e no enfrentamento às doenças respiratórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232
4.4 Diretrizes da comunicação de crise e risco em diferentes fases nos períodos de epidemias/pandemias. 
A estratégia do SOCO e a identificação dos públicos para as ações de comunicação de risco no enfrentamento 
às doenças respiratórias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242
4.5 O Papel dos porta-vozes na comunicação em períodos de epidemias/pandemias e no enfrentamento das doenças 
respiratórias; preparação dos porta-vozes para o relacionamento com os públicos e tradução do conhecimento . . . . . . . 249
4.6 Monitoramento de informações e rumores; características da desinformação no cenário de pandemia; 
estratégias para monitoramento e combate de rumores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 259
Minicurrículo da autora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 260
SUMÁRIOSUMÁRIO
SUMÁRIOSUMÁRIO
MÓDULO ENFRENTAMENTO DA COVID-19 E DEMAIS DOENÇAS VIRAIS
Unidade 5: Organização dos Processos de Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261
Apresentação da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 262
Objetivos de aprendizagem da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 264
5.2 O sistema de saúde e a Rede de Atenção à Saúde (RAS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
5.3 A atenção básica e a saúde da família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
5.4 A atenção hospitalar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273
5.5 Urgência e emergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
5.6 A vigilância em saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 276
5.7 Algumas considerações sobre os pontos abordados até este momento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280
5.8 A organização dos processos de trabalho em saúde e o trabalho em equipe nas unidades de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . 281
5.9 Combate e prevenção aos vírus respiratórios e organização do trabalho em instituições de assistência à saúde . . . . . 284
5.10 Encaminhamentos e fluxos entre serviços de saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 294
5.11 Rastreamento, isolamento e monitoramento de contatos de casos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Encerramento da unidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 300
Encerramento do módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 301
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302
Minicurrículo das autoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 10
Olá! Seja bem-vindo ao Módulo Enfrentamento da COVID-19 e demais doenças virais, do Programa Educacional em Vigilância e 
Cuidado em Saúde no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais.
Aqui, você, trabalhador estudante, terá a oportunidade de conhecer melhor diferentes aspectos dos vírus respiratórios, principalmente 
aqueles que causam epidemias, como influenza e COVID-19, e, com isso, terá a possibilidade de aplicar esses conhecimentos nas ações 
integradas de vigilância em saúde, focadas principalmente na prevenção ao adoecimento e na melhoria da saúde do trabalhador. Além 
disso, ao final deste módulo você será capaz de articular essas informações para entender a organização dos processos de trabalho em 
saúde e assim, estar apto a realizar o cuidado e enfrentamento de doenças virais respiratórias, principalmente a COVID-19.
APRESENTAÇÃO DO MÓDULOAPRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde
no Enfrentamento da COVID-19 e de outras doenças virais
Unidade 1
Vírus Respiratórios
Ana Rita Coimbra Motta de Castro
Larissa Melo Bandeira
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APRESENTAÇÃO DA UNIDADEAPRESENTAÇÃO DA UNIDADE
As infecções respiratórias representam a principal causa de doenças infecciosas no mundo, estando relacionadas a hospitalizações e 
mortalidade, principalmente entre crianças e idosos. O objetivo desta unidade é proporcionar ao trabalhador estudante a oportunidade de 
conhecer os principais vírus respiratórios de importância para a saúde pública. Nesta unidade, você será capaz de conhecer as características 
gerais dos vírus respiratórios, bem como entender as principais diferenças entre gripe, resfriado e Síndrome Respiratória Aguda Grave 
(SRAG). Além disso, serão abordados os aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e preventivos dos coronavírus e vírus influenza, 
responsáveis por grandes pandemias. Também fará parte do processo de ensino-aprendizagem a caracterização e diferenciação dos vírus 
que causam meningite,como os vírus da rubéola, da caxumba, do sarampo e da varicela, e dos vírus que causam pneumonias virais, como 
o vírus sincicial respiratório, adenovírus e vírus parainfluenza. Convidamos você também para uma reflexão sobre outros vírus respiratórios 
que possam ter potencial pandêmico no futuro e sobre a importância da adoção de medidas simples de prevenção, comuns para a maioria 
das infecções respiratórias. Nesse processo de aprendizagem que está sendo proposto, desejamos a você um ótimo aproveitamento desta 
unidade!
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADEOBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DA UNIDADE
1. Identificar as características gerais dos vírus respiratórios;
2. Identificar as principais diferenças entre gripe, resfriado e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG);
3. Descrever os agentes etiológicos, transmissão, síndromes clínicas, diagnóstico, tratamento e prevenção das infecções causadas 
pelos vírus respiratórios de importância para a saúde pública;
4. Diferenciar os principais vírus que causam meningite: vírus dos gêneros Rubivirus (rubéola), Paramyxovirus (caxumba), Morbillivirus 
(sarampo) e Varicellovirus (varicela);
5. Apontar os principais vírus que causam pneumonias virais: vírus sincicial respiratório, adenovírus e vírus parainfluenza;
6. Identificar outros vírus respiratórios com potencial pandêmico.
Carga Horária de Estudo: 20 horas
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1. 1 INTRODUÇÃO 
As infecções respiratórias são uma importante causa de morbidade e mortalidade, principalmente entre crianças e idosos. Grande parte 
das infecções respiratórias é causada por vírus. Portanto, nesta unidade, abordaremos as características gerais dos vírus respiratórios, as 
principais diferenças entre gripe, resfriado e síndrome respiratória aguda grave (SRAG), os aspectos epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e 
preventivos dos coronavírus, vírus influenza, vírus da rubéola, vírus da caxumba, vírus do sarampo, vírus da varicela, vírus sincicial respiratório, 
adenovírus e vírus parainfluenza. Além disso, refletiremos sobre outros vírus respiratórios que possam ter potencial pandêmico no futuro e a 
importância da adoção de medidas simples de prevenção, comuns para a maioria das infecções respiratórias.
Fonte: www.freepik.com
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Você sabe quais são as características 
gerais dos vírus respiratórios?
1.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS RESPIRATÓRIOS 
As infecções respiratórias são uma das principais causas de morbidade e mortalidade no mundo, 
principalmente em crianças menores de 5 anos. Elas podem ocorrer nos tratos respiratórios 
superior e inferior. Grande parte das infecções respiratórias é causada por vírus. Essas infecções 
podem variar de assintomáticas a infecções respiratórias agudas (IRAs) (KUTTER et al., 2018). 
Alguns exemplos de vírus que acometem o trato respiratório humano são:
• Coronavírus humanos (HCoV);
• Vírus da influenza (FLUV);
• Rinovírus humanos (HRV);
• Vírus sincicial respiratório humano (VSR);
• Alguns adenovírus humanos (HAdV).
Fonte: www.freepik.com
Esses vírus são considerados essencialmente respiratórios, 
uma vez que se reproduzem, principalmente, no sistema 
respiratório. Outros vírus, como o vírus do sarampo 
(Morbillivirus) e o da varicela (Varicellovirus), apesar de terem 
o sistema respiratório como porta de entrada e sítio para 
replicação, não é este sítio o principal alvo da infecção, 
portanto não são classificados como vírus respiratórios 
primários (SANTOS et al., 2015).
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 As infecções virais do sistema respiratório têm 
elevado potencial de propagação. 
São transmitidas, principalmente, por aerossóis e/ou gotículas 
contaminadas, que podem ser liberadas pelo espirro, tosse ou fala, ou 
pelo contato com superfícies ou objetos contaminados, seguido da 
autoinoculação na mucosa nasal e na conjuntiva (FILHO et al., 2017). 
O grande número de tipos virais e a eficiência de transmissão entre 
as pessoas propiciam uma alta prevalência de infecções respiratórias 
virais.
Alguns vírus respiratórios podem ter seu material genético envolto em uma camada de gordura e 
proteínas chamada de envelope. O vírus influenza e o coronavírus são exemplos de vírus envelopados. 
Como sabemos, o sabão e o detergente dissolvem gordura, então podem ser utilizados para inativar 
rapidamente os vírus envelopados (por isso umas das recomendações para combater o coronavírus 
é lavar as mãos com água e sabão). A presença do envelope também afeta a sobrevivência do vírus 
no meio ambiente. Assim, os vírus envelopados são menos resistentes no meio ambiente e no calor, 
mantendo-se infecciosos por apenas algumas horas e sendo tipicamente prevalentes no inverno. Já os 
vírus não envelopados, constituídos somente de um complexo nucleoprotéico, conseguem se manter 
infecciosos por dias ou semanas no meio ambiente e são mais frequentes entre a primavera e o outono 
(SANTOS et al., 2015).
Fonte: www.pexels.com
Fonte: pixnio.com
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Veja na Figura 1 os locais do sistema respiratório onde podem ocorrer as infecções respiratórias virais, como são 
chamadas as respectivas manifestações clínicas, e exemplos de vírus que podem causar essas manifestações.
FIGURA 1 – LOCAIS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO ONDE PODEM OCORRER AS INFECÇÕES 
RESPIRATÓRIAS VIRAIS, AS RESPECTIVAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E EXEMPLOS DE VÍRUS QUE 
PODEM CAUSAR ESSAS MANIFESTAÇÕESInfecções virais do sistema respiratório
Sítio de 
replicação
Cavidade nasal
Faringe
Laringe
Rinite
Faringite
Laringite
Vírus da influenza
Rinovírus
Coronavírus
Vírus respiratório sincicial
Adenovírus
Parainfluenza
Brônquios
Bronquíolos
Alvéolos
Bronquite
Bronquiolite
Pneumonia
• A infecção viral do sistema respiratório é transmitida por aerossóis, gotículas ou contato com fômites e superfícies contaminadas.
• Ocorre a replicação viral no sistema respiratório superior.
• A infecção pode progredir para o sistema respiratório inferior.
Vírus da influenza
Vírus respiratório sincicial
Adenovírus
Parainfluenza
Coronavírus
Manifestação
clínica Exemplos
Fonte: elaboração das autoras.
SAIBA MAIS 
Veja como higienizar corretamente as mãos com água e 
sabonete no vídeo: 
www.youtube.com/watch?v=G07jgcK7QTg.
Nota dos Autores: Os vídeos de YouTube indicados neste módulo são complementares ao conteúdo e podem ser retirados 
do ar a qualquer momento e sem aviso prévio, não havendo qualquer responsabilidade das instituições envolvidas.
https://www.youtube.com/watch?v=G07jgcK7QTg.
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Você sabe diferenciar um 
resfriado de uma gripe? 
1.3 CONCEITOS-CHAVE: GRIPE, RESFRIADO E SÍNDROME 
RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE 
É muito comum confundir os sintomas da gripe e do resfriado, pois as duas doenças são causadas por vírus 
que comprometem o sistema respiratório e são transmitidas da mesma forma. Porém, os vírus relacionados 
com cada doença, assim como os sintomas que provocam, são diferentes. Enquanto a gripe é causada 
pelo vírus da influenza, o resfriado pode ser causado por, principalmente, adenovírus e rinovírus. Em geral, 
os sintomas da gripe aparecem após quatro dias do contato com o agente etiológico e desaparecem 
espontaneamente em sete dias, porém a tosse, o mal-estar e a fadiga podem permanecer por mais algumas 
semanas (Quadro 1). O tratamento da gripe e do resfriado é direcionado ao alívio dos sintomas e é feito 
principalmente com analgésicos e antitérmicos, que aliviam a dor e a febre.
Fonte: www.pexels.com
Geralmente, os sintomas da gripe são mais intensos e têm maior duração do 
queos do resfriado. No resfriado, a instalação dos sintomas costuma ser lenta, 
a duração é mais curta e os sintomas são mais leves.
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QUADRO 1 – PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE GRIPE E RESFRIADO
GRIPE RESFRIADO
CAUSAS
DURAÇÃO
Início repentino dos
sintomas - febre alta,
cansaço, tosse seca, espirros (raro), 
dores no corpo moderadas a intensas, 
dor de garganta, dor de cabeça 
moderada à intensa, coriza
Início gradual dos sintomas -
febre baixa ou ausente,
cansaço leve, tosse leve, espirros, dores 
no corpo, dor leve de garganta, dor de 
cabeça leve ou ausente, coriza
Vírus in�uenza
7 a 10 dias 2 a 4 dias
Rinovírus, adenovírus
parain�uenza e coronavírus
SINTOMAS
COMUNS
Fonte: elaboração das autoras.
Obs.: Em alguns casos, as doenças podem progredir para sintomas mais graves.
SAIBA MAIS
Leia mais sobre a gripe (influenza) na página do Ministério da Saúde: 
www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gripe-influenza.
A vacina é a melhor maneira de prevenir a gripe, promovendo imunidade 
durante o período de maior circulação do vírus e reduzindo o agravamento da 
doença. Sua composição varia de acordo com o tipo de vírus mais provável de se 
disseminar no ano, por isso é necessário receber uma nova dose todos os anos. 
http://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gripe-influenza. 
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 20
Durante o curso da infecção, os vírus respiratórios podem afetar vários órgãos e tipos celulares além 
do sistema respiratório, como células da mucosa intestinal, do epitélio tubular renal, do sistema 
linfoide e reticuloendotelial e neurônios. Para auxiliar no enfrentamento da infecção pelos vírus, 
o sistema imune produz substâncias chamadas citocinas inflamatórias. Essa resposta inflamatória 
é muito importante para a resolução da doença, mas uma maior intensidade da resposta imune, 
com produção exagerada e descontrolada dessas citocinas, pode prejudicar o paciente. Esse é um 
dos fatores que podem levar à evolução da doença para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG 
ou SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome). É preciso considerar a diferença entre uma 
Síndrome Gripal (SG) e uma SRAG para o correto manejo clínico do paciente (BRASIL, 2018).
SAIBA MAIS
• A SRAG foi descrita em 2002, durante 
uma epidemia de SARS-Coronavírus 
(SARS-CoV) que começou na China e 
se espalhou para 29 países, resultando 
em 774 mortes (HUI et al., 2019);
• O Ministério da Saúde desenvolve 
a vigilância da SRAG no Brasil desde 
a pandemia de influenza (H1N1) de 
2009. A partir disso, essa vigilância foi 
implantada na rede de influenza e de 
outros vírus respiratórios.
Assim como na gripe, a febre e os sintomas respiratórios predominam na SRAG. Então, além dos sintomas da gripe, como febre de 
início súbito, tosse ou dor de garganta, dor de cabeça, dor muscular ou dor nas articulações, o indivíduo com SRAG tem dificuldade 
para respirar (dispneia) ou os seguintes sinais de gravidade, segundo o Protocolo de Influenza do Ministério da Saúde (BRASIL, 
2018):
• Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo com a idade;
• Saturação de O2 < 95% em ar ambiente;
• Exacerbação de doença preexistente;
• Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 21
Fonte: www.freepik.com
SAIBA MAIS
Você pode conferir as diferenças na 
classificação e manejo do paciente 
com síndrome gripal e com SRAG no 
link a seguir: 
bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/
sindrome_gripal_classificacao_
risco_manejo.pdf.
Em crianças: além dos itens anteriores, devem ser observados os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
O quadro clínico pode ou não ser acompanhado de seguintes alterações laboratoriais e radiológicas:
Alterações laboratoriais: leucocitose, leucopenia ou neutrofilia, alterações enzimáticas, musculares (CPK) e hepáticas (TGO, TGP, bilirrubinas).
Radiografia de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso ou presença de área de condensação (BRASIL, 2018).
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/sindrome_gripal_classificacao_risco_manejo.pdf.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/sindrome_gripal_classificacao_risco_manejo.pdf.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/cartazes/sindrome_gripal_classificacao_risco_manejo.pdf.
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Você sabia que alguns vírus 
respiratórios podem causar 
pneumonia?
Pneumonia é uma infecção respiratória aguda que acomete os pulmões e pode ser 
causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Os alvéolos, pequenos sacos que se 
enchem de ar quando uma pessoa respira, ficam cheios de pus e líquido no indivíduo 
com pneumonia.
A pneumonia é a principal causa infecciosa de morte em crianças em todo o mundo. O 
quadro clínico pode variar nas pneumonias virais, dependendo do agente etiológico, 
da idade e do estado imunológico do hospedeiro. Os sintomas incluem febre alta, 
tosse, dor no tórax, alterações na pressão arterial, mal-estar, falta de ar, secreção de 
muco purulento e fraqueza.
Vários vírus são reconhecidos como causadores de pneumonias, como VSR, 
adenovírus, parainfluenza, coronavírus e hantavírus (FIGUEIREDO, 2009; 
DANDACHI, RODRIGUEZ-BARRADAS, 2018).
Fonte: www.freepik.com
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1.4 VÍRUS RESPIRATÓRIOS QUE CAUSAM SÍNDROME GRIPAL E SÍNDROME 
RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE 
Aprendemos na seção anterior que uma síndrome é definida como um conjunto de sinais e sintomas que podem ser causados 
por vários micro-organismos, como bactérias, vírus e até fungos e que se for um caso leve, considera-se que a pessoa apresenta 
a Síndrome Gripal. Nos casos mais graves, dizemos que ela apresenta a Síndrome Respiratória Aguda Grave. 
Aprendemos também que as infecções do trato respiratório são a principal causa de doenças infecciosas no ser humano. Nesta 
seção, você vai aprender sobre os vírus respiratórios, incluindo os coronavírus humanos (HCoVs), reconhecidos como causa 
comum dessas infecções.
1.4.1 Coronavírus SARS-CoV, SARS CoV-2 e MERS-CoV 
Até pouco tempo atrás, as doenças causadas pelos coronavírus não eram consideradas 
de grande risco para a saúde humana, pois causavam resfriado comum e doença 
respiratória com sintomas leves. 
Foi no final do ano de 2002 que casos de infecções respiratórias muito mais graves 
foram relatados nos humanos, por vezes fatais. Nesse período, ocorreu a primeira 
epidemia de coronavírus de relevância para a saúde pública, a Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome), causada pelo SARS-
CoV na província de Guangdong, China. Alcançou proporções pandêmicas, mas pôde 
ser controlada após intervenções agressivas na saúde pública (DOLIN et al., 2007).
Você já parou para pensar em quando ouviu falar 
em coronavírus pela primeira vez?
SAIBA MAIS
O primeiro coronavírus capaz de causar infecção em seres humanos, descrito por Tyrrel e Bynoe em 1965, foi o HCoV (estirpe B814), isolado 
de uma criança com resfriado comum.
Esse vírus tinha morfologia semelhante ao vírus da bronquite infecciosa (IBV), primeiro coronavírus descrito, em 1937, e isolado em galinhas.
Depois, novos vírus (HCoV-229 e HCoV OC43) foram identificados, com morfologia idêntica à B814 e IBV, e ficaram conhecidos por causarem 
resfriados comuns e, raramente, infecções severas do trato respiratório inferior.
A partir de 2002, novos coronavírus (SARS-CoV, HCoV-NL63 e HCoV-HKU1), capazes de infectar o homem e causar infecções mais severas 
dos tratos respiratórios superior e inferior, foram descritos (DIJKMAN et al., 2009).
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Uma segunda epidemia, com elevada taxa de mortalidade, ocorreu em Jidá, na Arábia Saudita em 2012 e foi causada pelo Coronavírus 
da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV, do inglês Middle East Respiratory Syndrome Coronavirus), identificado pela 
primeira vez em um paciente com quadro clínico de doença respiratória grave (pneumonia aguda) e falência renal na Arábia Saudita 
(AL-OSAIL et al., 2017). 
No final de 2019, os primeiros casos de infecções respiratórias graves, denominadas COVID-19 (do inglês COronaVIrus Disease 2019), 
causadas pelo Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave Tipo 2 (SARS-CoV-2), foram relatados em Wuhan, na China.
Similarmente aos pacientes com SARS e MERS, esses pacientes têm sintomas de pneumonia viral, incluindo febre, tosse e, em casos 
mais severos, dispneia e infiltração pulmonar bilateral. Inicialmente, os primeiros casos estavam epidemiologicamente relacionados 
a pacientes que haviam frequentado o mercado de frutos do mar (Huanan Seafood Wholesale Market) de Wuhan. Posteriormente, 
pacientes sem história de exposição ao mercado foram identificados, bem como várias infecções entre familiares e infecções 
nosocomiais em hospitais, evidenciando a transmissão de pessoa para pessoa do novo vírus (ZHU et al., 2020; WU et al., 2020). 
Em 30 de janeiro de 2020, a Organização 
Mundial de Saúde (OMS) declarou a 
infecção pelo novo coronavírus como 
uma Emergência de Saúde Pública de 
Importância Internacional (ESPII), sendo 
reconhecida como pandemia pela OMS 
em 11 de março de 2020 e se tornando um 
dos maiores desafios de saúde pública do 
mundo atualmente (OPAS, 2020).
Fonte: www.freepik.com
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1.4.1.1 Características gerais dos coronavírus
Os coronavírus (CoVs) são vírus capazes de 
infectar humanos e uma grande variedade 
de animais vertebrados (domésticos ou não), 
incluindo morcegos, camelos, civeta, aves, 
pangolins, camundongos, ratos, cães, felinos, 
coelhos, equinos, bovinos e cetáceos (WOO 
et al., 2006). Podem causar uma variedade de 
doenças respiratórias, entéricas, hepáticas e do 
sistema nervoso central. Filogeneticamente, 
os coronavírus (CoVs) são membros da família 
Coronaviridae e subfamília Orthocoronavirinae. 
Ao todo, sete espécies de coronavírus infectam 
humanos (HCoVs) e estão distribuídas em dois 
gêneros, os Alphacoronavirus e os Betacoronavirus 
(WALKER et al., 2019). A taxonomia dos CoVs está 
demonstrada na Figura 2.
Ordem
Nidorales
Familia
Arteriviridae
Familia
Roniviridae
Familia
Mesonoviridae
Família
Coronaviridae
Subfamília
Coronavirinae
Gênero
Alphacoronavirus
HCoV-229E e
HCoV-NL63
SARS-CoV-1, 
SARS-CoV-2, 
MERS-CoV, 
HCoV-OC43 e
HCoV-HKU1
Subfamília
Torovirinae
Gênero
Betacoronavirus
Gênero
Deltacoronavirus
Gênero
Gammacoronavirus
FIGURA 2 – TAXONOMIA DO SARS-CoV-2, DE ACORDO COM O 
INTERNATIONAL COMMITTEE ON TAXONOMY OF VIRUSES (ICTV)
Fonte: adaptado de International Committee on Taxonomy of Viruses (2020). 
Legenda: HCoV-229 (Coronavírus Humano 229), HCoV-NL63 (Coronavírus Humano NL63), SARS CoV-1 (Coronavírus Associado à Síndrome Respiratória Aguda Severa), SARS-CoV-2 (Coronavírus 
Associado à Síndrome Respiratória Aguda Severa Tipo 2), MERS-CoV (Coronavírus Associado à Síndrome Respiratória do Oriente Médio) e HCoV-HKU1 (Coronavírus Humano HKU1)
Você sabia que, de acordo com a OPAS, 
esta foi a sexta vez na história que 
uma Emergência de Saúde Pública de 
Importância Internacional (ESPII) é 
declarada pela OMS? As outras foram:
25 de abril
de 2009
Pandemia de
H1N1
5 de maio
de 2014
Disseminação
internacional
de poliovírus
8 de agosto
de 2014
Surto de
Ebola na
África Ocidental
1 de fevereiro
de 2016
Vírus zika e
aumento de casos
de microcefalia e
outras malformações
congênitas
18 de maio
de 2018
Surto de ebola
na República
Democrática
do Congo
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 26
Os coronavírus (CoVs) têm morfologia predominantemente 
esférica e são envelopados com genoma de RNA de fita 
simples (RNAss) com polaridade positiva. Trata-se do maior 
genoma entre os vírus de RNA de fita simples. A Figura 3 
mostra o modelo esquemático da partícula viral e do genoma 
do vírus. O nome coronavírus se deve à organização estrutural 
das glicoproteínas (estruturas circulares denominadas 
projeções ou espículas) que emergem do envelope do vírus 
e têm o aspecto de uma coroa.
1.4.1.2 Origem do SARS-CoV-2
A similaridade genética, que quer dizer quanto às sequências genômicas são semelhantes, entre coronavírus humanos 
(SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2) já é bem conhecida. O SARS-CoV-2 tem quase 80% de similaridade com o SARS-
CoV e 50% com o MERS-CoV. Entretanto, estudos demonstram que as sequências genômicas do SARS-CoV-2 são até 98% 
semelhantes às sequências de SARS-CoV de morcegos, sugerindo ser essa a possível origem do SARS-CoV-2. No entanto, 
existe a probabilidade de que um outro hospedeiro animal intermediário esteja envolvido para que os seres humanos 
sejam infectados pelo SARS-CoV-2, como foi demonstrado na transmissão direta do SARS-CoV (civetas) e do MERS-CoV 
(camelos) aos seres humanos (WOO et al., 2012; WOO et al., 2009). A Figura 4 mostra os possíveis animais que transmitem 
os coronavírus humanos.
FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO GENOMA DO SARS-COV-2
Envelope
Proteína M Proteína N
RNAProteína E
Proteina da espicula
(S do ingles spike)
A
B
5’-UTR
SARS-CoV
SARS-CoV-2
3’-UTRORF-1a ORF-1b S
S
S
3a
3a
3b
E
E 6 7a 8a 8b 9b
7b
M
M
N
N
E 6 7a 8
7b
10M
N
Fonte: Hokello et al. (2020).
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 27
FIGURA 4 – MODELO ESQUEMÁTICO DA POSSÍVEL 
ORIGEM DO SARS-COV-2
SARS-CoV 2002
SARS-CoV 2019
MERS-CoV 2012
Transmissão
inter-humana
(SARS-MERS)
Fonte: elaborado pelas autoras.
SAIBA MAIS
Você pode ler o texto completo e mais aprofundado 
sobre a origem do SARS-CoV-2 acessando o material 
complementar Origem do SARS-CoV-2 e Características 
biológicas dos Coronavírus.
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 28
1.4.1.3 Epidemiologia
Nos últimos 20 anos, três coronavírus (SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2) altamente patogênicos foram 
responsáveis pelas epidemias mais virulentas de SRAG (DA COSTA et al., 2020, FERH et al., 2015). 
Em 2002, a SRAG causada pelo SARS-CoV, que emergiu em Hong Kong (China), alcançou proporções pandêmicas 
atingindo 29 países em 5 continentes, causando mais de 8.400 casos. Com letalidade de cerca de 10%, causou 
aproximadamente 900 óbitos até agosto de 2003. A epidemia foi contida devido a intervenções rápidas e eficazes 
em saúde pública. Desde 2004, nenhum caso de SARS foi relatado mundialmente;
Em 2012, um novo coronavírus, denominado coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio ou MERS-
CoV, emergiu na Arábia Saudita com uma taxa de letalidade de cerca de 30%. Posteriormente, foi detectado 
também em outros países do Oriente Médio, na Ásia, América do Norte, Europa e no norte da África;
Reconhecida como pandemia em março de 2020 pela OMS, a infecção pelo SARS-CoV-2 já afetou mais de 200 
países, infectou milhares de pessoas e provocou mais de 4 milhões de mortes. Segundo o Boletim Epidemiológico, 
até o final da Semana Epidemiológica (SE) 33 de agosto de 2021, foram confirmados mais de 211 milhões de casos 
de COVID-19 no mundo. Apesar de milhares de pessoas terem se recuperado da infecção completamente, um 
grande número de infectados evoluiu para condições críticas e necessitam de atendimento hospitalar. Os países 
mais afetados foram Estados Unidos, Brasil, Índia, Rússia, países da América do Sul e alguns países da Europa 
(BRASIL, 2021d; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2021).
SAIBA MAIS
Quer saber mais sobre o impacto da pandemia de SARS-
CoV-2em números?
Acesse: www.coronatracker.com/pt-br e 
gisanddata.maps.arcgis.com/apps/dashboards/
bda7594740fd40299423467b48e9ecf6
https://www.coronatracker.com/pt-br
https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/dashboards/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 
https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/dashboards/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6 
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Fonte: www.freepik.com
1.4.1.4 Transmissão
A transmissão do SARS-CoV-2 pode ocorrer de três formas:
1. A transmissão por contato direto é a transmissão da infecção de 
pessoa para pessoa, durante um aperto de mão seguido de contato com 
os olhos, nariz e/ou boca, ou com objetos e superfícies impermeáveis, 
em que os vírus podem persistir por 3 a 4 dias após a inoculação, sendo 
possível contrair o vírus após contato com superfícies contaminadas e 
posterior contato com os olhos, nariz e/ou boca, por toque direto ou 
aperto de mão, prolongando assim o risco de infecção;
2. A transmissão também pode acontecer por meio de partículas virais 
presentes nas gotículas respiratórias expelidas pelo nariz ou pela 
boca quando a pessoa infectada espirra, tosse ou fala a uma distância 
estimada de 1,8 metro da pessoa não contaminada; 
3. A transmissão ocorre também por meio de gotículas respiratórias 
menores, chamadas de aerossóis, que podem ficar suspensas no ar, ser 
carregadas por maiores distâncias e períodos mais longos e, inclusive, 
ser transmitidas via superfície ocular. 
Também foi documentada a presença prolongada do SARS-CoV-2 em 
amostras fecais. Além disso, cargas virais no trato respiratório superior 
parecem estar no pico no início dos sintomas, podendo ocorrer a 
transmissão já de 2 a 3 dias antes do desenvolvimento dos sintomas 
(GUO et al., 2020; WIERSINGA et al., 2020).
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 30
SAIBA MAIS 
Assista a este podcast do médico e pesquisador Claudio 
Maierovitch, da Fiocruz Brasília, que explica os locais no 
corpo humano em que o vírus da COVID-19 mais se aloja 
e as formas de transmissão da doença: 
youtu.be/6srXZ5Jx-tY
SAIBA MAIS 
Quer saber mais sobre a transmissão do SARS-CoV-2? 
Assista à entrevista que fala sobre a transmissão aérea 
da COVID-19, descrita pela OMS: 
youtu.be/EW68wSJJSZA
ATENÇÃO
Pacientes assintomáticos também podem transmitir 
SARS-CoV-2 por meio das partículas respiratórias 
(aerossóis), o que tem contribuído para o aumento 
rápido do número de casos de COVID-19 no mundo todo 
(BYAMBASUREN et al., 2020).
https://youtu.be/6srXZ5Jx-tY
https://youtu.be/EW68wSJJSZA.
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Febre, fadiga,
mialgia e
tosse seca
1-4
8
6
8.2
10.1
Dispneia
Admissão
UTISíndrome do desconforto
respiratório agudo
Início dos sintomas
Dias médios das fases da doença
1.4.1.5 Aspectos clínicos
Assim como outras infecções respiratórias virais, os coronavírus têm sido associados a doenças 
respiratórias brandas ou leves e SRAG. A infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de casos assintomáticos e 
manifestações clínicas leves, principalmente em jovens adultos e crianças, a quadros moderados, graves 
e críticos, incluindo choque séptico e falência respiratória. O período de incubação da infecção pelo 
SARS-CoV-2 dura, geralmente, de 3 a 7 dias, podendo variar de 2 a 14 dias. Uma parcela dos indivíduos 
infectados vai permanecer assintomática.
Fonte: adaptado de Hokella et al., 2020.
Entre aqueles que manifestarem sintomas (doença COVID-19), aproximadamente 80% 
vão desenvolver quadro clínico leve, 14%, quadro clínico severo, podendo necessitar de 
oxigenoterapia, e 5% poderão desenvolver quadro clínico crítico, podendo evoluir para terapia 
intensiva ou ventilação mecânica assistida (ASSELAH et al., 2021; FUNG et al., 2019). Pacientes 
com sintomas leves podem se recuperar em 1 semana do início dos sintomas (Figura 5).
FIGURA 5 – CURSO CLÍNICO DA COVID-19
Fonte: www.freepik.com
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A COVID-19 é uma virose sistêmica que acomete diferentes órgãos e tecidos (Figura 6), e o paciente com a 
doença apresenta, geralmente, os seguintes sintomas e sinais: 
• Febre (≥ 37,8 ºC); 
• Tosse seca;
• Congestão nasal;
• Dispneia; 
• Mialgia ou fadiga; 
• Cefaleia ou tontura;
• Sintomas respiratórios superiores;
• Sintomas gastrointestinais, como diarreia;
• Vômitos ou náuseas;
• Perda de paladar (ageusia) ou olfato (anosmia).
Fonte: Asselah et al. (2021).
FIGURA 6 – MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS DA COVID-19
• Inflamação
• Coagulação
• Tempestade de citocinas
• Linfopenia
Endócrino
• Hiperglicemia
Hepática
• Transaminases elevadas
Gastrointestinal
• Diarreia
Pele
• Urticária
• Irritação
• Lesões tipo Perlo
SISTÊMICA
Manifestações
associadas
à COVID-19
Neurológico
• Ageusia; anosmia, miastenia
• Encefalopatia, Guiliain-Barré
Cardiológico
• Miocardia
• Arritmia
Pulmonar
• Pneumonia
• Síndrome respiratória 
aguda grave(SRAG)
Renal
• Lesão renal aguda
Tromboembolia
• Embolia pulmonar
• Trombose venosa profunda
Os casos mais graves usualmente apresentam 
sintomas relacionados à dor no peito, macicez 
à percussão, elevação e diminuição do frêmito 
toracovocal e dispneia por volta do sétimo ao 
décimo dia após início dos sintomas, e uma parcela 
pode progredir para SRAG, choque séptico, acidose 
metabólica e coagulopatia. Além disso, a coinfecção 
por pneumonia bacteriana é uma das complicações 
mais frequentes nos casos mais graves. Pessoas 
com idade acima de 60 anos e pessoas com 
comorbidades, como hipertensão, diabetes e 
doença pulmonar obstrutiva, têm um risco maior 
de evoluir para quadros clínicos mais graves. De 
acordo com a literatura, a maioria dos pacientes 
com COVID-19 se recupera, enquanto um pequeno 
número de pacientes (0,5% a 5%) pode evoluir para 
doença crítica.
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 33
ATENÇÃO
Dispneia e febre alta são os sintomas que mais 
definem as principais diferenças entre COVID-19 e 
resfriado comum, que é acompanhado de congestão 
nasal, lacrimejamento, espirros e coriza, inicialmente 
hialina, mas que ao longo dos dias se torna amarelo-
esverdeada. Por outro lado, sintomas semelhantes 
são observados quando comparada com infecção por 
SARS, MERS-CoV e influenza, com uma maior chance 
de evoluir para infecções graves e críticas e exigir 
oxigenoterapia e suporte ventilatório.
1.4.1.6 Diagnóstico
Assim como os outros coronavírus, o diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 pode 
ser baseado em dados clínicos, epidemiológicos e exames de imagem, como raio-X e 
tomografia computadorizada. Entretanto, os sintomas clínicos são inespecíficos e os 
achados tomográficos podem estar ausentes. Nesse caso, o teste padrão-ouro para 
diagnóstico dos coronavírus respiratórios humanos, segundo a OMS, é o diagnóstico 
molecular que consiste na detecção do RNA do SARS-CoV-2 em amostras respiratórias 
(swab oronasofaringeano) de casos suspeitos de COVID-19 (MATHURIA et. al., 2020). 
Os tipos de testes laboratoriais utilizados de acordo com a fase da doença e fins 
diagnósticos da infecção pelo SARS-CoV-2 estão demonstrados nas Figuras 7 e 8 e 
podem ser divididos em:
a) Testes moleculares: detectam o material genético viral (RNA SARS-CoV-2);
b) Testes sorológicos/imunológicos:
 b1) Pesquisa de antígenos que detectam a proteína viral do SARS-CoV-2;
 b2) Pesquisa de componentes da resposta imune (anticorpos anti-SARS- 
 CoV-2 IgA, IgM e IgG) formada pelo ser humano em resposta à presença do 
 vírus.
FIGURA 7 – MODELO ESQUEMÁTICO DO PAPEL 
DO LABORATÓRIO CLÍNICO NO DIAGNÓSTICO 
DA INFECÇÃO PELO SARS-CoV-2
RT-qPCR, anticorpos
anti-SARS-CoV-2
Anticorpos
anti-SARS-CoV-2
Testes laboratoriais
complementares
Vigilância
epidemiológica
Vigilância
epidemiológica
Diagnóstico
Monitoramentoprognóstico
Infecção
Doença
manifesta
Recuperação
RT-qPCR
Fonte: Lippi e Plebani (2020).
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 34
a) Testes Moleculares (Testes de Amplificação dos Ácidos Nucleicos)
O teste laboratorial padrão-ouro e mais utilizado para o diagnóstico de pacientes sintomáticos na fase aguda consiste na técnica de biologia 
molecular baseada na detecção de sequências genéticas específicas do vírus (RNA viral) a partir da reação da transcrição reversa, seguida da 
reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-qPCR). São exames de alta sensibilidade e detectam fragmentos do genoma do vírus a partir 
do primeiro dia de manifestação de sintomas. Tem maior chance de dar positivo para amostras coletadas no trato respiratório superior ou inferior 
de pacientes sintomáticos na fase aguda a partir do primeiro dia de início de sintomas até o oitavo dia do início dos sintomas (preferencialmente 
entre terceiro e sétimo). Vários protocolos de RT-qPCR utilizam uma variedade de reagentes e podem amplificar diferentes regiões do genoma do 
SARS-CoV-2, chamados de alvos moleculares. São eles: nucleocapsídeo (N), transmembrana (M), envelope (E), glicoproteína Spike do envelope 
(S), helicase (HE), hemaglutinina-esterase (HE), ORF1a e ORF1b e RNA polimerase RNA dependente (RdRp), bem como outros genes que codificam 
proteínas estruturais do SARS-CoV-2 (OLIVEIRA et al., 2020; SETHURAMAN; JEREMIAH; RYO, 2020). 
Quais amostras podemos 
utilizar nos testes moleculares? 
Em geral, amostras do trato respiratório superior (swab 
nasofaringeano e orofaringeano) são as mais recomendadas 
por serem menos invasivas e, especialmente, por oferecerem 
menor risco aos profissionais da saúde durante a coleta. 
Quando coletadas de pacientes com sintomas graves, têm 
cargas virais maiores que aquelas coletadas de pacientes 
com sintomas moderados ou leves. Um resultado positivo no 
teste molecular a partir da primeira ou segunda semana do 
início dos sintomas indica a detecção do material genético 
(RNA) do SARS-CoV-2, mas não a presença de viabilidade 
viral. Amostras do trato respiratório inferior (lavados e 
aspirados traqueais, broncoalveolares e broncotraqueais), 
além de lavados ou aspirados nasal, escarro, saliva, soro, 
urina e fezes também podem ser utilizadas. Alguns estudos 
demonstraram que o SARS-CoV-2 já foi detectado em sangue 
total (1%), fezes (29%), swabs de orofaringe (32%), swabs de 
nasofaringe (63%), escarro (72%), lavado broncoalveolar 
(93%) e saliva/swab linguais (91,7%) (TO et al., 2020; WYLLIE 
et al., 2020; WANG et al., 2020).
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 35
Como funciona a PCR em tempo 
real? Você já ouviu falar em Ct?
A interpretação do resultado em tempo real (detectável e 
não detectável) é baseada no valor de Ct para cada amostra 
e controles. Ct (do inglês Cycle threshold) é o número de ciclos 
necessários para que o equipamento possa detectar o material 
genético amplificado. Resultados que têm menores valores de 
Ct correspondem a maiores cargas virais, e vice-versa, ou seja, 
quanto maior for o valor de Ct, menor a carga viral. 
A maioria dos resultados do teste de RT-qPCR tem elevada 
especificidade, mas resultados falsos negativos podem 
ocorrer principalmente devido aos fatores associados à fase 
pré-analítica, como a escolha do tipo de amostra biológica 
a ser coletada, a execução técnica da coleta da amostra, o 
acondicionamento adequado da amostra e o tempo entre a 
coleta da amostra e o início dos sintomas. Todas as amostras 
devem ser transportadas em tubos contendo meio de 
transporte viral e devem ser armazenadas refrigeradas (2 ºC 
a 8 ºC por até 72 horas após a coleta) até a realização do teste 
molecular. 
Podemos confiar nesses 
resultados?
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Como saber se o vírus SARS-CoV-2 sofreu 
mutação e deu origem a uma nova 
variante?
O surgimento de mudanças no genoma de vírus são eventos 
naturais e esperados dentro do processo evolutivo dos vírus 
em geral. Conhecer as mutações possibilita que a vigilância 
genômica, integrada à vigilância epidemiológica, possa traçar 
as rotas de dispersão do SARS-CoV-2 no mundo e no interior 
do país, bem como monitorar a ocorrência de variações 
genéticas que podem estar associadas a uma maior gravidade 
da doença e transmissibilidade, resistência às vacinas e aos 
medicamentos. O método utilizado para identificar essas 
mudanças é o sequenciamento genômico completo do SARS-
CoV-2, que proporciona a realização de estudos sobre a sua 
diversidade e, com isso, a caracterização dos diferentes grupos 
genéticos e/ou variantes virais que circulam no mundo. 
b) Testes Sorológicos/Imunológicos
Os testes sorológicos/imunológicos baseiam-se na detecção de antígenos virais 
ou de anticorpos produzidos pelo organismo como parte da resposta à infecção 
pelo SARS-CoV-2. Os testes que pesquisam antígenos são ideais para a fase aguda 
da doença, em geral a partir do terceiro ao quinto dia de infecção. Por outro lado, 
a pesquisa de anticorpos não indica, isoladamente, a presença ou ausência de 
infecção ativa pelo SARS-CoV2, mas pode contribuir para:
• Avaliar e conhecer aqueles que já foram expostos à infecção natural ou 
vacinação contra o SARS-CoV-2;
• Confirmar o diagnóstico em pacientes com RT-qPCR negativo ou não realizado;
• Avaliar a eficácia das medidas de contenção em âmbitos local e global;
• Conhecer a dimensão da circulação do SARS CoV-2 na comunidade.
Fonte: www.freepik.com
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 37
b1) Pesquisa de antígeno viral
Os antígenos ou proteínas virais do SARS-CoV-2 (N ou proteína 
nucleocapsídeo e S ou proteína Spike) podem ser detectados utilizando 
imunoensaios como:
• Imunoensaio enzimático (ELISA);
• Imunoensaios quimioluminescentes;
• Testes rápidos ou ensaios imunocromatográficos que são considerados 
Testes Point of Care (POCT ou POC), definidos como qualquer teste 
de diagnóstico rápido realizado no ponto de atendimento, que pode 
ser consultórios médicos, pronto atendimento, home care, farmácias, 
hospitais e laboratórios. Vale ressaltar que esses tipos de teste utilizam 
amostras de swab nasofaringeano ou nasal. 
b2) Pesquisa de anticorpos anti-SARS-CoV-2
Normalmente, os testes sorológicos para detecção de anticorpos podem ser utilizados empregando-se diferentes metodologias, como:
• Imunoensaios enzimáticos (ELISA);
• Imunoensaios quimiluminescentes (CLIA);
• Imunocromatográficos (testes rápidos). 
Esses testes são desenvolvidos para detecção de anticorpos IgA, IgM e/ou IgG específicos e produzidos contra as proteínas do SARS-CoV-2 em sangue total, soro 
ou plasma. São eles:
• Anticorpos IgM: produzidos na fase mais precoce da infecção (a partir do sétimo dia do início dos sintomas) contra as proteínas S (spike) e N (nucleocapsídeo), 
atingem o pico na quarta semana e desaparecem na sétima semana após início dos sintomas;
• Anticorpos IgG: frequentemente os mais abundantes no sangue, têm importante papel nos estágios mais tardios da infecção e podem ser responsáveis pela 
imunidade de memória de longa duração. Aparecem por volta do 14º dia do início dos sintomas e podem persistir por mais de 30 meses;
• Anticorpos IgA: predominantemente presentes nas mucosas, têm papel crítico na resposta imune e progressão da doença, podendo também ser considerados 
um marcador sorológico de infecção recente (WANG et al., 2020; TANG et al., 2020).
SAIBA MAIS
Alguns estudos demonstraram que, comparados 
aos testes moleculares, testes rápidos para detecção 
de antígenos do SARS-CoV-2 são menos sensíveis 
e específicos que o RT-qPCR, com resultados falsos 
negativos em 22% dos casos, principalmente em 
pacientes assintomáticos (SETHURAMAN et al., 2020; 
WANG et al., 2020).
Módulo: Enfrentamentoda COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 38
SAIBA MAIS
Testes diferentes em momentos diferentes!
Doença aguda:
• RT-qPCR;
• Pesquisa de antígeno.
Convalescença:
• Pesquisa de anticorpos IgA/IgM/IgG/Anticorpos Totais.
Veja na Figura 8 qual exame deve ser realizado no momento certo.
FIGURA 8 – TESTES MOLECULARES E 
SOROLÓGICOS PARA DIAGNÓSTICO 
LABORATORIAL DA INFECÇÃO PELO 
SARS-CoV-2
ANTES DO INÍCIO DOS SINTOMAS
INDECTÁVEL TESTAGEM POR RT-qPCR TESTAGEM POR RT-qPCR NÃO RECOMENDADA
DETECÇÃO DE ANTICORPOS
SEMANA 2 SEMANA 1 SEMANA 1 SEMANA 2 SEMANA 3 SEMANA 4 SEMANA 5 SEMANA 6
APÓS O INÍCIO DOS SINTOMAS
SARS-CoV-2
INÍCIO DOS SINTOMAS
RT-qPCR DE SWAB NASOFARÍNGEO
ISOLAMENTO VIRAL
ANTICORPO 1gM
ANTICORPO 1gG
RT-qPCR DE ESCARRO/
LAVADO BRONCOALVEOLAR
RT-qPCR DE FEZES
A
U
M
EN
TO
 D
A
 P
RO
BA
BI
LI
D
A
D
E
D
E 
D
ET
EC
Ç
Ã
O
Fonte: adaptado de Sethuraman, Jeremiah e Ryo (2020).
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 39
LEMBRE-SE
Os testes sorológicos são incapazes de distinguir 
uma infecção recente de uma infecção passada 
e, dependendo da população estudada e do 
teste utilizado, podem ter grande variabilidade 
de sensibilidade e especificidade. Têm algumas 
limitações, como reação cruzada com outros 
coronavírus, resultando em resultados falsos 
positivos. Falsos negativos também podem 
ocorrer, uma vez que devem ser utilizados apenas 
a partir da segunda semana (12º ao 14º dia) do 
início dos primeiros sintomas, por isso devem ser 
interpretados com cautela.
1.4.1.7 Tratamento
Até o presente momento nenhum tratamento específico se mostrou efetivo e com segurança 
comprovada para infecções por coronavírus humanos. Apesar da variedade de opções 
medicamentosas estudadas em ensaios clínicos, que incluem os antimaláricos (hidroxicloroquina 
ou cloroquina), imunomoduladores, antivirais e antirretrovirais, anticoagulantes, corticoides 
e terapias combinadas, as evidências científicas ainda são preliminares, sendo algumas de 
baixa qualidade metodológica. Contudo, tratamento de suporte, baseado nas experiências 
acumuladas para manejo de outras doenças respiratórias, principalmente da Síndrome da 
Angústia Respiratória Aguda (SARA), assim como das manifestações sistêmicas da COVID-19, vem 
sendo adaptado e utilizado nos casos moderados e graves dessa doença. Até o momento, mais 
de 200 possíveis terapias ou suas combinações foram e vêm sendo testadas em vários países do 
mundo. São quase 2000 ensaios clínicos randomizados e controlados. Apesar de alguns achados 
promissores, os resultados ainda não são definitivos. Nos últimos meses, a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa) tem analisado periodicamente medicamentos como Sotrovimabe, 
Citrato de tofacitinibe, Baricitinibe e a Dexametasona e o Regkirona (regdanvimabe), sendo este 
último aprovado pela Anvisa recentemente (BRASIL, 2020). Portanto, faz-se necessária a execução 
de ensaios clínicos randomizados, controlados, com tempo de acompanhamento adequado e 
com os métodos divulgados e sujeitos à revisão científica por pares.
Fonte: https://www.freepik.com
Módulo: Enfrentamento da COVID-19 e Demais Doenças Virais | Unidade 1 - Vírus Respiratórios 40
1.4.1.8 Prevenção
Diferentemente do SARS-CoV-2, a rápida disseminação do SARS-CoV pôde ser controlada dentro de poucos meses do 
início de sua descoberta, uma vez que o SARS-CoV tem baixo risco de transmissão antes da hospitalização e baixa taxa 
de infecção assintomática. As medidas de prevenção, como higienização das mãos, uso de álcool gel, uso de máscara, 
isolamento social e vacinação, são medidas sanitárias recomendadas com o intuito de contribuir para a interrupção 
da cadeia de transmissão do SARS-CoV-2 e, consequentemente, para a redução do número de novos casos, evitando, 
assim, o colapso do sistema de saúde. 
Uma grande variedade de vacinas seguras e eficazes contra SARS-CoV-2 utilizando diferentes 
tecnologias de produção já foram desenvolvidas e aprovadas no mundo todo para prevenir 
a infecção na população em geral. As tecnologias de produção de vacinas contra a COVID-19 
que foram aprovadas incluem os diferentes tipos listados a seguir e ilustrados na Figura 
9. O desenvolvimento de vacina contra a COVID-19 é, sem dúvida, o maior desafio que a 
sociedade científica já enfrentou! Apesar da aprovação de muitas vacinas contra a infecção 
pelo SARS-CoV-2, muitas outras ainda estão em desenvolvimento (BRASIL, 2021b).
Fonte: www.freepik.com Fonte: www.freepik.com
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SAIBA MAIS 
E por falar nisso, você conhece como funciona o desenvolvimento das 
vacinas, suas etapas e processos? Conheça quais testes são realizados em 
quais grupos de pessoas e como fica a garantia de segurança e eficácia 
dessas vacinas! Acesse: 
www.youtube.com/watch?v=R2AhN9PRx1I&t=4s
SAIBA MAIS 
E Assista à entrevista do diretor da Sociedade 
Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, que 
fala sobre a eficácia das vacinas! Acesse:
w w w. c a n a l s a u d e . f i o c r u z . b r / c a n a l /
videoAberto/como-entender-a-eficacia-
das-vacinas-bca-0065
FIGURA 9 – PRINCIPAIS TIPOS DE VACINA CONTRA A COVID-19
VACINAS DE 1ª GERAÇÃO: Vacinas com vírus
VACINAS DE 2ª GERAÇÃO: Vacinas à base de proteínas
VACINAS DE 3ª GERAÇÃO: Vacinas de vetor-viral e vacinas genéticas
São as vacinas consideradas clássicas, que utilizam o próprio vírus inativado ou 
atenuado (enfraquecido) para estimular o corpo a produzir uma resposta imune.
Não contém o vírus inteiro, portanto eles não são capazes de se replicar.
Coronac, Sinopharm
São as vacinas que utilizam uma proteína do vírus ou uma parte dela, ou ainda 
proteínas idênticas que imitam algo da estrutura do vírus e provocam uma 
resposta imune por serem reconhecidas pelas defesas do corpo.
Novovax e Sanofi/Glaxo Smith Kline
Vacinas de Vetor Viral: são vacinas que utilizam um outro vírus modificado 
geneticamente (enfraquecido) e que é capaz de carregar em parte de seu genoma 
instruções para produzir uma proteína específica da doença que se quer imunizar. 
Ao ser transportado para a célula, o vetor viral faz com que ela produza 
a proteína viral e consiga provocar uma resposta imunológica.
Oxford/Astra Zeneca, Janssen, Cansino e Gamaleva
Vacinas genéticas: são as vacinas que utilizam o material genético ou instruções 
genéticas (DNA ou RNA) do prórpio vírus, de modo que o próprio corpo produza 
cópias de alguma proteína do vírus, estimulando assim uma resposta imunológica.
Moderna e Pfizer/BioNtech
Fonte: adaptado de CDC (2021), Yan et al., 2021.
Você também concorda que a pandemia de COVID-19 
nos despertou para a importância do uso de medidas 
clássicas da saúde pública, como a lavagem frequente 
das mãos, e medidas comportamentais?
https://www.youtube.com/watch?v=R2AhN9PRx1I&t=4s
https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/como-entender-a-eficacia-das-vacinas-bca-0065.
https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/como-entender-a-eficacia-das-vacinas-bca-0065.
https://www.canalsaude.fiocruz.br/canal/videoAberto/como-entender-a-eficacia-das-vacinas-bca-0065.
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Além das vacinas como medida eficaz para evitar a propagação 
da infecção pelo SARS-CoV-2, prevenir a doença e a mortalidade 
associada, diversos estudos têm demonstrado que medidas 
comportamentais, como distanciamento social, quarentena e 
restrições de viagens, contribuíram de forma significativa para 
a diminuição da quantidade de casos confirmados. Além disso, 
a testagem em massa, que visa identificar o maior número 
possível de indivíduos infectados, também tem sido apontada 
como uma importante ferramenta no controle da disseminação 
do vírus. Alguns desses desafios estão representados na Figura 
10. 
Portanto, para prevenir a transmissão, a OMS recomendou, em 
2020, umconjunto abrangente de medidas que inclui: 
a) Identificar os casos suspeitos o mais rápido possível, testar e isolar 
todos os casos positivos (pessoas infectadas) em locais apropriados;
b) Identificar e colocar em quarentena todos os contatos próximos 
de pessoas infectadas e testar os que desenvolverem sintomas para 
que possam ser isolados se estiverem infectados e precisarem de 
tratamento; 
Fonte: www.pexels.com
Fonte: www.freepik.com
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d) Uso das precauções para contato com gotículas e aerossóis pelos 
profissionais da saúde que cuidam de pacientes com suspeita ou 
confirmação de COVID-19; 
e) Uso contínuo de máscara cirúrgica pelos profissionais de saúde 
e cuidadores que trabalham em todas as áreas clínicas, em todas as 
atividades de rotina durante todo o turno;
Fonte: www.freepik.com
Fonte: www.freepik.com
Fonte: www.freepik.com
f) Praticar continuamente a higienização das mãos, o distanciamento físico, quando 
possível, e a etiqueta respiratória; evitar locais com aglomeração de pessoas, locais 
onde haja contato próximo e espaços confinados ou fechados e mal ventilados; usar 
máscaras de tecido quando estiver em espaços fechados e superlotados para proteger 
os outros; e quando possível, garantir uma boa ventilação do ambiente em locais 
fechados e a limpeza e desinfecção adequadas do ambiente. 
Fonte: www.freepik.com
c) Usar máscaras de tecido em locais públicos onde há transmissão 
comunitária e onde outras medidas de prevenção, como o 
distanciamento físico, não são possíveis; 
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FIGURA 10 – PRINCIPAIS DESAFIOS PARA A ELIMINAÇÃO DO SARS-CoV-2
Principais desafios
para a eliminação
do SARS-CoV-2
Proteção
Lavagem de mãos, distanciamento,
uso de máscaras faciais, isolamento social
Diagnóstico
RT-qPCR, sorologia, TC, 
Point of Care, busca ativa de casos
Tratamento e prevenção
Novos medicamentos, imunomoduladores,
anticorpos monoclonais, vacinas
Fonte: adaptado de Asselah et al. (2021).
SAIBA MAIS
Antes de passar para o próximo vírus, assista a este 
vídeo da OMS que resume um pouco tudo que falamos 
sobre o SARS-CoV-2: 
openwho.org/courses/introducao-ao-ncov
1.4.2 Vírus da influenza A, B e C
1.4.2.1 Características gerais dos vírus influenza
Influenza é uma doença infecciosa respiratória causada pelos Myxovirus ou 
vírus influenza. Em geral, esses vírus podem acometer homens e animais e 
estão classificados na família Orthomyxoviridae (orthos: original e myxa: muco). 
Essa família é composta de sete gêneros: Influenzavirus A, Influenzavirus B, 
Influenzavirus C, Influenzavirus D, Thogotovirus, Isavirus e Quaranjavirus. 
As partículas virais são geralmente esféricas, mas podem ter morfologia 
filamentosa. São vírus envelopados cujo genoma de RNA de fita simples 
polaridade negativa é composto de oito segmentos de RNA envolvidos em 
um capsídeo proteico de simetria helicoidal, uma proteína matriz (M1) e um 
envelope lipoproteico composto por dois tipos de estrutura glicoproteica: 
hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). A Figura 11 mostra a representação 
esquemática do vírus influenza.
Fonte: www.pixnio.com
https://openwho.org/courses/introducao-ao-ncov
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FIGURA 11 – 
REPRESENTAÇÃO DA 
ESTRUTURA DO VÍRUS 
DA INFLUENZA
Senso
Negativo
RNA
M2
M1
NA
NP
PA
PA HA NP NA M NS
PB1
PB1
PB2
PB2
HA
Proteínas
HA: hemaglutinina
NA: neuraminidase
M1: matriz
M2: montagem do vírus
NP: nucleoproteína
PA, PB1, PB2: polimerases
Fonte: Nelson e Holmes, 2007.
A nomenclatura completa do vírus influenza segue padrão universal, que considera o tipo viral, o hospedeiro de origem, o local geográfico 
do primeiro isolamento, o número de registro da amostra no laboratório e o ano do isolamento. A informação referente ao hospedeiro é 
suprimida no caso de origem humana. Para o vírus da influenza do tipo A, a descrição antigênica, entre parênteses, segue a designação 
da cepa e inclui as informações dos subtipos de HA e NA. Confira a seguir como os FLUV são representados (Figura 12).
A/Fujian/411/2002 (H3N2)
Hemaglutinina
Tipo de
vírus
Origem
geográfica
Número do
isolado viral
Ano da
identificaçao
Subtipo
viral
São representados, sequencialmente, pela espécie do vírus à 
qual pertencem (A, B, C, D), pelo animal no qual foi isolado 
(somente no caso de estirpes de animais), pela origem 
geográfica do isolamento e subtipos antigênicos (cidade ou 
país), número da amostra entre aquelas coletadas para o 
diagnóstico e ano de isolamento, os subtipos antigênicos de 
suas duas estruturas de superfície, hemaglutinina (HA) e 
neuraminidade (NA). Ex: A/Fujian/411/2002 (H3N2).
Você sabe como os vírus influenza (FLUV) que 
infectam os seres humanos são representados? 
Fonte: adaptado de The Biology Corner (2021).
FIGURA 12 – COMO OS VÍRUS INFLUENZA SÃO REPRESENTADOS
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1.4.2.3 Tipos de vírus influenza
Existem quatro tipos de vírus influenza: A, B, C e D. Vale ressaltar 
que os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias 
sazonais, sendo o vírus influenza A responsável também pelas 
grandes pandemias (GHEBREHEWET; MACPHERSON; HO, 2016).
O vírus influenza A é o que tem maior variabilidade, podendo 
infectar humanos e várias espécies de animais (aves, 
suínos, equinos e mamíferos marinhos). As aves migratórias 
(> de 100 espécies de gansos, patos, cisnes, gaivotas e aves 
selvagens aquáticas) são consideradas reservatórios naturais e 
desempenham importante papel na disseminação natural da 
doença em diversos pontos do globo terrestre. Além disso, esses 
reservatórios animais fornecem uma fonte antigenicamente 
diversificada de genes HA (dividida em 18 subtipos) e NA (dividida 
em 11 subtipos). Os últimos dois subtipos de HA (17 e 18) e de 
NA (10 e 11) foram descritos em 2014 e identificados em FLUV 
detectados em morcegos na Guatemala e no Peru. A combinação 
da hemaglutinina (HA) com a neuraminidase (NA) é que dá origem 
ao nome do subtipo, como H1N1, H1N2 e assim sucessivamente 
(GHEBREHEWET; MACPHERSON; HO, 2016).
Múltiplas combinações de subtipos HA-NA são possíveis e 
podem ter origem na coinfecção de mais de um subtipo, bem 
como em rearranjos, gerando novas variantes virais que podem 
ser selecionadas sob pressões evolutivas, como exposição a 
novas espécies de hospedeiros, imunidade e drogas antivirais. 
Como os subtipos virais H1, H2 ou H3 e N1 ou N2 adquiriram a 
habilidade de serem transmitidos eficientemente entre humanos, 
foram os subtipos responsáveis pelas pandemias de 1918, 1957 e 
1968, respectivamente, sendo os mais prevalentes na população 
humana até a presente data. Dos subtipos de vírus influenza A, 
atualmente os subtipos A (H1N1) e A (H3N2) circulam de maneira 
sazonal e infectam humanos. Alguns vírus influenza A de origem 
animal também podem infectar humanos e causar doença 
grave, como os vírus A (H5N1), A (H7N9), A (H10N8), A (H3N2v), A 
(H1N2v), entre outros. Os outros subtipos, como H5, H6, H7 e H9, 
ocasionalmente, acometem humanos e podem ser considerados 
possíveis ameaças para uma futura pandemia (SHAO et al., 2017).
O vírus influenza do tipo B, isolado pela primeira vez em 1940, infecta exclusivamente 
seres humanos, está associado a surtos moderados e não é classificado em 
subtipos. Os vírus circulantes B podem ser divididos em duas linhagens genética e 
antigenicamente distintas, com variações significativas dos genes que codificam 
a HA, denominados linhagens B/Yamagata/16/1988-like e B/Victoria/2/1987-like. 
Conforme citado anteriormente e como existem divergências antigênicas entre essas 
duas linhagens, a seleção da linhagem B que será incluída na fabricação da vacina 
antes da temporada da gripe é muito importante, uma vez que a

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