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POLIBIO, ciencias politica

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FACULDADE UNINASSAU REDENÇÃO
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: POLÍTICA, ESTADO E DEMOCRACIA
PROFESSOR: LUCIANO NUNES SANTOS FILHO
CIÊNCIAS POLÍTICA: POLÍBIO
Ana Giovanna Santos Dantas
Daniel Arrais da Silva
Kayllane Beatriz O. A. Lima
Maria Laura Santos Matos
Maryna do Nascimento Sousa
Mayssa Carolina Silva Vieira
Poliana Pereira de Sousa
Walberto Marques de Sousa Junior
Teresina-PI
2023
1. Perfil de Políbio
O historiador Políbio, nasceu por volta de 200 a.C. na cidade de Megalópolis, localizada em Arcádia, na Grécia, fazia parte de uma família aristocrática, sendo filho de Licortas, influente homem de sua época e comandante da Liga Áqueia (POLÍBIO, Histórias, 3.38-39). Sua infância e adolescência foram regradas de uma educação literária e filosófica compatível com seu berço, contudo é impossível negar que sua grande influência foi a vida política e militar (CAMPOS, 2013). 
Nos anos entre, 198 à 117 a.C. vivenciou muitas transformações políticas, como o colapso do sistema helenístico que desencadeou diversas tensões provocadas pelas elites locais. Assim como vários membros da elite grega, Políbio foi levado como refém dos romanos após a trágica derrota dos gregos na batalha de Pidna (168). 
Em Roma, após 16 anos feito como refém, Políbio por meio de seu intelecto e nobreza, conquistou rapidamente a amizade de Cipião Emiliano que foi o responsável pela vitória dos romanos na terceira guerra púnica, filho natural de Paulo Emiliano, e adotivo de um dos filhos do Cipião Africano, garantindo de forma ainda mais concreta sua permanência em Roma, obtendo a chance de conhecer em primeira mão os assuntos romanos e o funcionamento de suas instituições. 
Ele foi o autor de um dos principais tratados de ciência política da antiguidade: a História Universal, que cobre a história do mundo a partir dos tempos de Alexandre, o Grande, até a ascensão do Império Romano. 
Neste tratado, Políbio estabeleceu as bases para a ciência política, oferecendo um quadro teórico para a compreensão dos regimes políticos. Ele abordou temas como os tipos de governo, a natureza do poder, a divisão entre governo e sociedade, a justiça, a segurança e a estabilidade dos estados. E entre esses temas, o mais importantes foi sua análise da constituição mista, ou separação de poderes, que foi influente em o Espírito das Leis de Montesquieu, e para os autores da Constituição dos Estados Unidos. 
Políbio é considerado o primeiro a teorizar o princípio da separação de poderes. Ele defendia que os governos deveriam ser constituídos por três órgãos independentes, cada um com suas próprias responsabilidades: o legislativo, o executivo e o judiciário. Os três poderes, segundo Políbio, deveriam funcionar como mecanismos de contenção uns dos outros, dando ao governo uma estrutura equilibrada. No sistema de Políbio, o legislativo possui a responsabilidade de criar leis e estabelecer o quadro legal para o funcionamento do governo. O executivo é responsável por implementar e executar as leis, enquanto o judiciário é responsável por interpretar e aplicar as leis.
 
2. Principais Obras
As 5 principais obras de Políbio, são:
1-"Histórias" - Uma obra em 40 livros que abrange a história do mundo mediterrâneo desde a Segunda Guerra Púnica até a conquista romana da Grécia. A obra é conhecida por sua objetividade, análise política e descrições detalhadas das batalhas. Nesta obra, Políbio defendeu a ideia de que a República Romana era o melhor sistema político possível, baseado na combinação de três formas de governo: monarquia, aristocracia e democracia. Esta teoria da "anaciclose" influenciaria a teoria política posterior, incluindo a dos pais fundadores dos Estados Unidos.
2-"O Estado" - Um tratado sobre política e governo que Políbio escreveu enquanto estava exilado em Roma. O livro examina as estruturas de governo de várias cidades-estados gregas e destaca os benefícios do sistema político romano.
3-"Sobre a Tática de Guerras" - Um tratado militar que Políbio escreveu como um guia para os generais romanos. O livro descreve várias táticas e estratégias de guerra que os romanos usaram para conquistar seus inimigos.
4-"Vida de Licurgo" - Uma biografia do lendário legislador grego Licurgo. A obra examina a sociedade espartana e a estrutura política que Licurgo criou.
5-"Vida de Arato" - Uma biografia do líder grego Arato de Sicion, que liderou uma revolta contra o domínio macedônio na Grécia. A obra destaca a importância da virtude e liderança política na Grécia Antiga durante o período helenístico. Arato é descrito como um líder que possuía virtudes como coragem, prudência e justiça, que o tornaram capaz de realizar grandes feitos políticos e militares.
2.1 Histórias
Políbio foi um cuidadoso analista da política romana, sobre a qual escreveu a sua história da conquista romana do mundo helênico. Seguindo a tradição dos filósofos gregos, Políbio expõe no livro VI desta obra, a sua noção do “ciclo vicioso”, das Constituições, isto é, dos regimes políticos. Para ele, a solução para este ciclo seria uma ordenação política que reunisse elementos das três Constituições puras (monarquia, aristocracia e democracia), de forma a evitar a degenerescência que se seguiria naturalmente.
As Histórias de Políbio é uma obra historiográfica composta por um total de 40 volumes; apenas os primeiros 5 chegaram inteiros à atualidade, do resto da obra conservam-se penas fragmentos.
Políbio foi o primeiro autor de uma história universal; como historiador, interessou-se principalmente pelas instituições romanas e pelos fatores que permitiram a hegemonia de Roma no Mediterrâneo. Afirmava que a história deveria ser uma disciplina pragmática tratando exclusivamente de assuntos políticos e militares, em contraposição a outras narrativas, como as genealogias e as histórias mitológicas; que o historiador não deve procurar emocionar o leitor, como faz o autor de tragédias, mas simplesmente relatar os fatos como eles ocorreram, sem comentar suas possíveis consequências, de modo a manter a objetividade histórica. Em Histórias não se limitou à simples descrição dos fatos políticos e militares em ordem cronológica. Em sua visão, a história é uma experiência passada que deveria moldar o futuro e constituir um aprendizado para as gerações futuras. 
Políbio desenvolveu também um método simples de criptografia (Imagem 1), baseado na decomposição da mensagem em letras individuais, permitindo transmitir qualquer tipo de mensagem; cada letra é representada pela combinação de dois números que correspondem à posição ocupada pela letra. Assim, A é substituído por 11, B por 12 e assim por diante. A base para a substituição é dada por uma tabela de 5x5, iniciando assim um processo criptográfico, técnica onde uma informação pode ser transformada da sua forma original para outra forma ilegível. Este código tem algumas características importantes: utilização reduzida, com cinco números como grupos de cifrantes, a conversão em números, a transformação de um símbolo em duas partes que podem ser usadas separadamente.
Figura 1. Simples criptografia.
3. Contribuições para a Ciência Política
Em sua obra de maior relevância, Histórias, Políbio produziu um dos principais tratados de ciência política da antiguidade: a História Universal, que cobre a história do mundo a partir dos tempos de Alexandre, o Grande, até a ascensão do Império Romano. Estabeleceu as bases para a ciência política, oferecendo um quadro teórico para a compreensão dos regimes políticos. Ele abordou temas como os tipos de governo, a natureza do poder, a divisão entre governo e sociedade, a justiça, a segurança e a estabilidade dos estados. Entre esses temas, o mais importante foi sua análise da constituição mista, ou separação de poderes, que foi influente em O Espírito das Leis de Montesquieu, e para os autores da Constituição dos Estados Unidos.
 Políbio é considerado o primeiro a teorizar o princípio da separação de poderes. Ele defendia que os governos deveriam ser constituídospor três órgãos independentes, cada um com suas próprias responsabilidades: o legislativo, o executivo e o judiciário. Os três poderes, segundo Políbio, deveriam funcionar como mecanismos de contenção uns dos outros, dando ao governo uma estrutura equilibrada. No sistema de Políbio, o legislativo possui a responsabilidade de criar leis e estabelecer o quadro legal para o funcionamento do governo. O executivo é responsável por implementar e executar as leis, enquanto o judiciário é responsável por interpretar e aplicar as leis (Figura 2).
Para Políbio era necessária a concorrência das três formas de governo (reino, aristocracia e democracia) para que se alcançasse uma maior estabilidade de governo. 
Figura 2 Os três poderes
3.1 Governo Misto
A compreensão do que se entende por governo misto pressupõe um prévio conhecimento da tipologia clássica das formas de governo. Seis eram as formas de governo inicialmente distinguidas, as consideradas boas: monarquia, aristocracia e democracia; e as correspondentes formas degeneradas: tirania, oligarquia e demagogia (ou oclocracia). Segundo o pensamento dominante na antiguidade, havia uma alternância entre as formas boas e más de governo.
Buscando esta forma ótima de governo, Políbio criou a famosa teoria do governo misto cuja fórmula consiste em amenizar a ocorrência da ciclicidade das formas de governo. Essa constante alternância “pode ser evitada pela constituição de um Governo que resulte da mistura, combinação, conformação, recíproca integração ou até fusão das três formas boas”.
Para Políbio era necessária a concorrência das três formas de governo (reino, aristocracia e democracia) para que se alcançasse uma maior estabilidade de governo. A relação entre estabilidade e governo misto era, em sua visão, indissociável. A existência em conjunto das três formas de governo citadas serviria como um meio de controle, os poderes se equilibrariam de forma a se neutralizarem. Assim, nenhum poder se tornaria excessivo em relação ao outro. Na formulação de Políbio, o rei (monarquia) seria controlado pelo povo (democracia) e este seria controlado pelo Senado (aristocracia), englobando assim as três formas de governo existentes. 
O governo misto de Políbio busca uma “mixagem” entre a legitimidade de um regime democrático, a chamada “função mediadora” da nobreza, e a capacidade de ação de um executivo forte. Por isso a ênfase no controle recíproco entre classes. Essa é a excelência do governo misto, o equilíbrio entre as classes sociais. A peculiaridade do Governo misto de Políbio está em trazer a nível institucional o conflito de classes, traz a resolução do conflito para o meio político, institucionaliza o conflito social através de um governo misto e seu sistema de controle recíproco. Isto que o diferencia com relação aos filósofos da Antiguidade. 
	A teoria do governo misto de Políbio revolucionou a separação clássica das formas de governo. Ao invés das seis formas anunciadas por Aristóteles, Políbio criou, através de sua teoria, uma espécie de sétima fórmula com a “mixagem” entre as três formas boas de governo (monarquia, aristocracia e democracia). A estabilidade de governo, a moderação e o controle mútuo entre as classes sociais, objetivo buscado pela teoria de Políbio, atravessou séculos influenciando diversos pensadores desde a Antiguidade Clássica até a Idade Contemporânea. Influenciou as denominadas correntes republicana e liberal.
 
Referências
SANT’ANNA, Henrique Modanez. Políbio e os princípios de sua investigação histórica: algumas considerações. Revista Mundo Antigo – Ano I, V. 01, N. 02– Dezembro – 2012. 
SEBASTIANI. Breno Battistin. Políbio e o Imperialismo Romano. Proj. História, São Paulo, (30), p. 197-209, jun. 2005.
CAMPOS, Camilla Nunes. A Escrita Da História Em Políbio: Timeu e a Antitese do Historiador Ideal. Brasília, 2013.
O Governo Misto e a Separação de Poderes. Puc-Rio.
Demais Fontes:
Equilíbrio e contradição. Antônio Carlos Pojo de Rego.
Canal do youtube: Canal do Roberto Novais-Políbio.
https://greciantiga.org 
https://classicosliterarios.com 
https://biografias.netsaber.com.br

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