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APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA Profª Me. Juliana Rocha Curso de Fonoaudiologia TERMINOLOGIA Apraxia Desenvolvimental de Fala; Apraxia Articulatória; Dispraxia Verbal; Dispraxia Articulatória Desenvolvimental; Apraxia Verbal da Infância; Apraxia Verbal Desenvolvimental; • A Associação Americana de Fonoaudiologia (American Speech-Language-Hearing Association) recomenda que o termo: Apraxia de Fala na Infância. PRAXIA: O QUE É? “É um conjunto de reações motoras coordenadas em função de um resultado prático. Representa um conjunto organizado com a finalidade de alcançar um fim.” (Le Bousch, 1992) Segundo Ajuriaguerra (in FONSECA, 1992:224), “a organização práxica decorre da coordenação de três subsistemas fundamentais: o somatograma (conhecimento integrado do corpo), os engramas (integração cognitiva e emocional das experiências anteriores) e o apticograma (integração dos estímulos externos que abrangem a função gnóstica).” PRAXIA: O QUE É? PRAXIA GLOBAL: A praxia é o ato motor harmonioso, provocado pela interação de vários fatores psicomotores importantes como a tonicidade, a equilibração, a lateralização, a noção do corpo, e a estruturação espaço-temporal, ocorrendo de forma precisa e eficiente. PRAXIA FINA: componente psicomotor importante à aprendizagem. Estreita relação com atividades manuais, habilidades visuais responsáveis pela leitura e percepção do ambiente. COMPONENTES DA PRAXIA IDEAÇÃO PLANEJAMENTO MOTOR EXECUÇÃO PRAXIA: SINAIS DE DIFICULDADES Ações motoras desorganizadas (pular, subir escadas, correr) Movimentos bruscos e sem fluidez Dificuldades em sequenciar tarefas com várias etapas Pouca variação no brincar (frustração) Pouca criatividade, pobre imaginação Pobre iniciativa em ambientes novos Faz movimentos com a boca em atividades que requerem esforços Dificuldade em jogos de perseguição, evitar colisões. • (MAYBENSON, 2009, 2015) PRAXIA PROCESSAMENTO SENSORIAL FUNÇÕES EXECUTIVAS BRINCAR HABILIDADES SOCIAIS PLANEJAMENTO MOTOR DA FALA • Crianças não nascem com os movimentos de fala já desenvolvidos e, portanto, não apresentam a praxia desenvolvida. • A apraxia da fala na infância é definida como uma desordem neurológica dos sons da fala na infância, que pode ser relacionada a alterações genéticas, neurológicas e até mesmo adquirida, como infecções e traumas. • Uma criança com apraxia da fala na infância pode ser descrita como aquela que apresenta audição normal, usa expressões faciais, gestos, sons não-verbais, vocábulos isolados ou frases sociais com intento comunicativo. Porém, apresenta considerável dificuldade na produção de fala e acurácia fonética, caracterizadas por lentidão, intermitência e variabilidade. PLANEJAMENTO MOTOR DA FALA (STRAND, 2009) Velocidade do movimento Direção do movimento Seleção de músculos Coordenação de movimentos acessórios Força aplicada aos articuladores Grau de contração muscular APRAXIA DE FALA APRAXIA OROFACIAL • “A apraxia orofacial é a inabilidade para executar qualquer movimentação envolvendo estruturas dos órgãos fonoarticulatórios, decorrente de alteração do Sistema Nervoso Central. Em muitos casos, a avaliação das habilidades práxicas orofaciais é fundamental para complementar o diagnóstico fonoaudiológico, principalmente em crianças com distúrbios articulatórios.” (ORTIZ e cols, 2006) APRAXIA DE FALA • É um distúrbio neurológico motor de fala resultante de um déficit na consistência e precisão dos movimentos necessários à fala, na ausência de déficits neuromusculares. • Pode ser resultado de impedimento neurológico de origem conhecida, associada a desordens neurodesinvolvimentais complexas de etiologia conhecida ou não. • Distúrbio neurogênico idiopático. • Impacta na habilidade da criança em posicionar, temporizar a sequência dos gestos articulatórios. APRAXIA DE FALA – checklist de sintomas Bebês vocalizam e balbuciam pouco; Repertório limitado de vogais e de consoantes; Variabilidade de erros (a criança pode apresentar diferentes “trocas na fala”). Fala de difícil compreensão; Maior número de erros quanto maior a complexidade silábica ou discursiva (quanto mais extensa a palavra, maior será a dificuldade); Instabilidade na produção da fala; Alteração prosódica. Fala pode ser monótona; Déficits no tempo de duração dos fonemas, pausas (podem apresentar prolongamentos, hesitações). “Lentidão” para falar. Procura do ponto articulatório (ao falar “pato”, pode falar “bato” “cato” “lato”...até chegar no “pato”. APRAXIA DE FALA – checklist de sintomas Pobre inventário fonético: pobre domínio dos sons da fala. Os pais têm a impressão de que a criança não sabe o que fazer com a boca, parece desconhecer os movimentos necessários para a fala (não movimenta adequadamente a língua); Atraso no aparecimento das primeiras palavras (os pais relatam que demorou a começar a falar); Alterações em outros aspectos da linguagem oral (como por exemplo, vocabulário pobre, dificuldade para produzir frases mais elaboradas, para relatar fatos, etc); Pode apresentar além da dificuldade motora na fala, outras dificuldades, como na coordenação motora fina, para se alimentar, mastigar, se vestir, para andar de bicicleta (os pais podem perceber uma inabilidade motora geral). Gap significativo entre recepção e expressão da linguagem APRAXIA DE FALA – checklist não-verbais Dificuldades de imitação de movimentos orais não-verbais. Pode realizar isoladamente mas não em sequência. Dificuldades relacionadas ao planejamento e programação motora e não ao tônus muscular. Dificuldade na alimentação: pobre coordenação dos movimentos, “alimento parado na boca”, “chupa o alimento”, “engole com a ajuda de líquidos”, “dificuldades com texturas diferentes” Pode apresentar atraso no desenvolvimento motor. ASHA: tríade de sinais APRAXIA DE FALA Prosódia Inapropriada Erros inconsistentes de vogais e consoantes Quebra de co- articulação APRAXIA DE FALA – DIAGNÓSTICO “ O fonoaudiólogo capacitado com experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo distúrbios motores de fala é o profissional apropriado para avaliar e diagnosticar a Apraxia de Fala da Infância” (ASHA, 2007) APRAXIA DE FALA – DIAGNÓSTICO Slide de giust de diagnostico diferencial Diagnóstico Linguagem Receptiva Linguagem Expressiva Linguagem Social Meios Comunicativos Eficácia comunicativa Avaliação Auditiva Diagnóstico Meios Comunicativos Eficácia comunicativa Avaliação Auditiva APRAXIA - AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA Tarefas de movimentos orais isolados, repetidos e com sequencia alternada; Diadococinesia e coordenação (PAPAPA; PATAKA; BADAGA); Inteligibilidade de fala (50%?) Repertório de vogais e consoantes; Análise dos erros: substituições, omissões, distorções, modo articulatório, ensurdecimento. APRAXIA - INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA Motivação: chave para o aprendizado; Propostas lúdicas: brincando e aprendendo; Agressividade: Me aproximo, olho, dou sinais de que quero o brinquedo! Não fui atendido. MORDO e aí consigo o brinquedo. APRAXIA - INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA Se uma criança não tiver progresso significativo, apesar de estar em terapia fonoaudiológica, considerar: 1. O diagnóstico está correto? 2. A freqüência de atendimento está adequada? 3. O planejamento terapêutico está adequado? 4. A relação terapeuta-paciente é adequada? 5. O ambiente terapêutico e estratégias terapêuticas são motivadoras? Interessantes? 6. Outros aspectos estão interferindo na evolução dacriança? A parceria com a família deve ser considerada uma extensão do tratamento. Os pais devem observar a terapia e devem receber orientações de como ajudar em casa. APRAXIA - INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA REPETIÇÃO REPETIÇÃO REPATIÇÃO REPETIÇÃO REPETIÇÃO Treino Poucos alvos Pistas multissensoriais Atividades para casa APRAXIA - INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA APRAXIA - INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA APRAXIA - INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA APRAXIA - ONDE BUSCAR AJUDA OBRIGADA! • julyrocha.fono@gmail.com mailto:julyrocha.fono@gmail.com
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