Buscar

Resumo Linguagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anamnese 
Anamnese → primeiro contato com o paciente e familiares, é uma entrevista para coleta de dados e para 
entender a queixa do paciente. 
Ana → trazer o novo 
Mnese → memória/mente 
Significa trazer de volta a mente fatos relacionados com o doente e a doença. 
Objetivos → investigar, analisar, verificar, caracterizar e levantar informações sobre. 
1. Identificação 
• Nome 
• Idade/DN – ideia do que pode ser o diagnóstico 
• Sexo – prevalência (ex. gagueira – maior prevalência em meninos 3:1) 
• Nacionalidade/naturalidade – sotaque/regionalidade 
• Endereço – possíveis encaminhamentos 
• Encaminhado por: 
Filiação 
• Nome da mãe/pai 
• Idade/DN – pode influenciar biologicamente 
• Formação escolar 
• Profissão 
2. Queixa → Qual a sua queixa? O que o seu filho tem? (SIC) 
• Início 
• Duração 
• Frequência/ocasiões 
• Sinais e sintomas 
• Está progredindo? 
• Profissionais que o acompanham 
• O que pode ter desencadeado 
3. Antecedentes (informações pré-natais) 
• Como foi a gestação? (tranquila, estressora) 
• Intercorrências? 
• Prematuridade? 
• Fez uso de alguma droga/medicamento? 
• Foi planejada? 
• Realizou pré-natal? 
• Tentativa de aborto? 
• Doenças? 
• Fumou/bebeu? 
• Sofreu algum acidente? (quedas/traumas/aborto) 
• Como era o ambiente familiar antes e durante a gravidez? 
4. Parto 
• IG 
• Nascimento (pré-termo, a termo, pós-termo) 
• Tipo de parto (normal ou cesárea) 
• Peso/comprimento 
• Utilizou fórceps? 
• Duração do parto 
• Apgar 
• Chorou? 
• Fototerapia? 
• Ficou hospitalizado? Por que e quanto tempo? 
5. Histórico familiar 
• Mais alguém com a mesma queixa na família? 
• Doenças/transtornos? 
• Possui irmãos? 
• Relação entre os pais? (casados, separados – isso interfere no ambiente) 
• Religião – costumes 
6. Desenvolvimento 
Motor 
• Firmou a cabeça? 
• Sentou-se? 
• Engatinhou? Andou? 
• Correu? Caiu muito? 
• Como é a coordenação motora? 
Linguagem 
• Laleio? Balbucio? 
• Primeiras palavras? Idade? 
• Primeiras frases? Como era a fala? 
• Pede o que quer? Aponta? Utiliza gestos? 
• A criança entende o que você diz? (compreensão) 
7. Saúde geral 
• Faz uso de medicamento? 
• Doenças de infância? Otites? Alergias? IVAS? 
• Vacina? 
• Alimentação (seletividade alimentar, quantidade/qualidade, texturas, consistência) 
• Hábitos? (chupeta, mamadeira, chupa o dedo) 
• Sono? (qualidade/quantidade) 
8. Escolaridade 
• Idade que ingressou na escola 
• Nível de escolaridade 
• Alfabetizado? 
• Pública ou particular? 
• Interage? Como é o comportamento dele na escola? 
• Escola bilingue? 
9. Atendimentos anteriores 
• Fez acompanhamentos anteriores? Qual? Quando? Quanto tempo durou? Por quê? 
• Realizou algum exame? Resultados? 
Intervenção indireta 
Orientação sistemática ou periódica aos pais → discutir o desenvolvimento, sugerir atividades, modificar o 
ambiente, modificar o padrão de comunicação dos pais e otimizar as situações de comunicação. Orientação 
periódica à escola, demanda a participação ativa dos pais e busca a conscientização e sensibilização dos 
envolvidos. 
Intervenção indireta → atuando com o paciente 
Intervenção indireta → atuando em prol do paciente 
Ex. ensinar aos pais/responsáveis como estimular a criança 
Ex. mudanças ambientais – preparo da sala (tirar os brinquedos que desregulam a o paciente) 
A intervenção indireta vem para complementar a direta. 
O paciente precisa de todas as pessoas que interagem com ela agindo da mesma forma, isso facilita 
estabelecer o comportamento adequado. 
Intervenção indireta → Orientação sistemática ou periódica aos pais/familiares sobre o 
comportamento/evolução do paciente, o que tem sido feito durante a terapia e como eles podem estimular 
e reforçar esses comportamentos. 
Participação ativa dos pais → explicar o que foi feito durante a terapia e mostrar o que deve ser feito com 
a criança durante a semana. Questionar se foi feito e como. 
É necessário realizar orientações periódicas a escola. 
Família → Orientar os pais/responsáveis/familiares que convivem com o paciente sobre os comportamentos 
que devem ser estimulados e os comportamentos que não devem ser reforçados e realizar uma organização 
prévia da terapia e do consultório 
Escola → Orientar os pais sobre a importância de uma escola que seja inclusiva e realizar acompanhamento 
ou solicitar acompanhamento dos pais dentro da rotina escolar do paciente. 
Terapia → Encaminhar, quando necessário, a outros profissionais – psico, T.O e discutir regularmente planos 
terapêuticos e a atuação em conjunto. 
Falante tardio 
Também pode ser chamado de atraso de fala/atraso simples. 
É caracterizado por um atraso no desenvolvimento da fala, na ausência de outros comprometimentos, tais 
como motor, linguagem e cognição. O indivíduo não alcançará os marcos do desenvolvimento de fala, ou 
seja, é um indivíduo que se desenvolve atrasado em relação as outras crianças da sua idade. Contudo, ela 
chega nos marcos esperados do desenvolvimento. 
A criança falante tardia NÃO apresenta patologia de base! 
A causa desse atraso pode ser multifatorial, tais como fatores ambientais, socioculturais, socioeconômicos, 
ou seja, fatores externos: falta de estímulo familiar e escolar adequado (conversar, ler, brincar, interação 
não verbal) e falta de interação com os pares (crianças da mesma idade). 
Pode ser uma condição passageira do sujeito. Com a adequação dos fatores externos, o indivíduo pode 
alcançar os marcos do desenvolvimento. 
Existem crianças que tem um atraso de fala/falante tardio e com o passar do tempo, ela deixa de ter um 
desenvolvimento atrasado e alcança o desenvolvimento típico, acompanhando os pares. 
Porém, há algumas crianças que são falantes tardias e mesmo fazendo a modificação ambiental ela não 
alcança os marcos, porque na verdade o falar tardio é um sintoma, e mais tarde elas são diagnosticadas com 
um transtorno. 
Atraso de linguagem 
Acomete os 5 subsistemas de linguagem, ou seja, fonologia, sintaxe, semântica, morfologia e pragmática. 
Contudo, o impacto em cada subsistema é diferente, assim, podemos ter um subsistema mais impactado 
do que o outro. 
Então, é possível uma criança ter atraso de linguagem e não necessariamente ter alteração na fala, 
pensando em fonologia. Podemos dizer então que atraso de linguagem não é só um atraso de fala. 
Exemplo: uma criança com 3 anos emite palavras com justaposição de sílabas (mama, papa), ela não emite 
frases, não narra histórias, não tem vocabulário aquedado (nº de palavras para a idade). Ou seja, a linguagem 
está alterada, não apenas a fala. 
No atraso de linguagem, a criança está fora do marco de desenvolvimento. Dessa forma, é necessário 
continuar o acompanhamento para avaliar se de fato existe uma patologia de base. O atraso de linguagem 
pode ser uma manifestação de patologias a serem confirmadas, tais como AFI, TEA, TDL, síndromes ou 
alteração em algum subsistema. 
A causa desse atraso pode ser multifatorial, tais como fatores ambientais, socioculturais, socioeconômicos, 
ou seja, fatores externos: falta de estímulo familiar e escolar adequado (conversar, ler, brincar, interação 
não verbal), falta de interação com os pares (crianças da mesma idade), mas também pode ter fatores 
biológicos envolvidos. Podendo assim, ser uma condição passageira do sujeito ou permanente. 
Criança com 1 ano e 6 meses → não fala, atraso no desenvolvimento motor, ausência de gestos, contato 
visual, compreensão de expressões faciais, compreensão de ordens simples. Ela está atrasada, mas tem 
pouco tempo que ela deveria fazer essas coisas, sendo um caso de atraso de linguagem. 
Criança com 3 anos → emite palavras com justaposição de sílabas, não emite frases, não narra histórias, não 
tem vocabulário adequado (nº de palavras para a idade). Ela tem um atraso, porém com 3 anos ela teria que 
estar fazendo muitomais, então ela não está somente com um atraso, pode-se dizer que tem um transtorno 
de linguagem. 
Atraso de linguagem → ela está atrasada em relação ao desenvolvimento de outras crianças típicas, com a 
intervenção ela desenvolve e alcança os pares, conseguindo acompanhar esses marcos do desenvolvimento, 
"superando" esse atraso. 
Transtorno de linguagem → mesmo com a intervenção, ela continua atrasada. Ela não caminha “um pouco 
atrás”, ela está MUITO atrás. Com 1 ano e 6 ela pode ser caracterizada com um atraso de linguagem, mas se 
ela cresceu e não alcançou os marcos do desenvolvimento e deixou de adquirir novas habilidades, ela 
passou a ter um transtorno de linguagem. 
Transtorno fonético 
O transtorno fonético é caracterizado pelo uso inadequado dos sons devido a distorções na produção dos 
fonemas. 
É uma alteração na mecânica da produção articulatória, podendo ocorrer distorções como 
ceceio/sigmatismo (anterior ou lateral) e interdentalizações. 
As principais causas são alterações de estruturas ósseas e/ou musculares, envolvidas na articulação. 
*alterações fonoarticulatórias. 
Como a articulação dos sons da fala depende da integridade dos OFAs, as alterações no sistema 
estomatognático podem ser a causa de desvios na fala ou dificultar a sua correta produção. 
Alterações no sistema fonológico pode levar a posterior impacto no aprendizado da linguagem escrita, ler e 
escrever. 
Desvio fonético → distorção do som 
Desvio fonológico → trocas, distorções e substituições. 
Desvio é o "evento", algo que foge do normal. Mas quando pensamos em diagnóstico, o termo usado é 
transtorno. O desvio faz parte do curso normal de desenvolvimento, até os 3 anos e meio é "normal" as 
crianças terem algumas distorções por ainda não ter adquirido o fonema. Já o transtorno foge do 
desenvolvimento → quando a criança tem 5 anos e ainda fala "suva" em vez de "chuva", sendo que ela já 
adquiriu o fonema. 
Transtorno fonológico 
Adquirir uma língua envolve o aprendizado de quais são os sons usados e como esses são organizados. O 
transtorno fonológico ocorre quando a alteração na organização linguística (representação mental do 
som/fonema) não envolve a mecânica da produção articulatória. 
• É causado por fatores ambientais e orgânicos. 
• A gravidade do transtorno fonológico depende da inteligibilidade da fala dessa criança. 
• Engloba todos os processos fonológicos 
Processos fonológicos → simplificação de regras fonológicas que envolvem um grupo ou uma sequência de 
sons da fala, que ocorrem durante o desenvolvimento da linguagem. Se a criança não faz uso/tem alteração 
nessas regras, ela possui um transtorno fonológico. 
Se eu tenho um som plosivo e passa a ser fricativo é um processo fonológico. Se eu tenho um som plosivo 
anterior e passa a ser um som plosivo médio é outro processo fonológico. 
Os processos fonológicos são divididos em: 
Estrutura silábica: 
• Simplificação da consoante final 
• Simplificação do encontro consonantal 
• Eliminação da sílaba átona 
• Redução 
• Metátese 
Substituição: 
• Plosivação de fricativas → som fricativo passa a ser fricativo 
• Simplificação de líquidas 
• Vocalização – som surdo passa a ser sonoro 
• Despalatalização 
• Frontalização de velar 
• Desafricação 
• Eliminação da estridência 
Assimilação: 
• Assimilação labial 
• Assimilação velar 
• Assimilação nasal 
• Assimilação sonora 
Classificação do transtorno fonológico 
O transtorno fonológico pode ser classificado como: 
Descrição linguística → Fonema /p/ plosivo oral bilabial surdo foi substituído por /b/ fonema plosivo oral 
bilabial sonoro. 
Processos neurolinguísticos → Descrever a partir dos processos: plosivação de fricativa, sonorização de 
plosiva, ensurdecimento. 
Etiologia: 
• Atraso de fala genético → AFI, TDL, TEA 
• Atraso de fala decorrente de episódios de otite média de repetição → 50% de crianças com um ano 
de idade já tiveram um episódio de otite 
• Atraso de fala acompanhado de AFI 
• Atraso de fala envolvendo o desenvolvimento psicossocial → fatores ambientais 
• Erros residuais → criança que passou por terapia e continua tendo trocas na fala 
Pares mínimos → Uma única característica que o diferencia. 
Os fonemas são caracterizados por: 
• Ponto articulatório 
• Modo de articulação 
• Oralidade/nasalidade 
• Sonoridade 
1. Sonorização de plosiva → /p/ /b/ 
• Bilabial 
• plosivo/oclusivo 
• oral 
• surdo 
 
• Bilabial 
• plosivo 
• oral 
• sonoro 
2. Troca de ponto articulatório → /p/ /t/ 
• bilabial 
• plosivo/oclusivo 
• oral 
• surdo 
 
• linguodental 
• plosivo/oclusivo 
• oral 
• surdo 
As substituições nem sempre ocorrem por pares mínimos. 
3. Troca de ponto e modo articulatório → /p/ /s/ 
• bilabial 
• plosivo 
• oral 
• surdo 
 
• alveolar 
• fricativo 
• oral 
• surdo 
Exemplos de Processos Fonológicos 
• Harmonia consonantal: chupeta → pepeta 
• Simplificação de encontro consonantal: tartaruga → tartaruga 
• Posteriorização de plosiva: bolo → golo 
• Posteriorização de fricativa: sapato → chapato 
• Simplificação de líquida: cola → coa 
• Frontalização de plosivo: cadê → tadê 
• Simplificação de encontro consonantal: prato → pato 
• Redução de sílaba: cabelo → belo 
• Frontalização de fricativo: gelo → selo 
Avaliação do sistema fonológico 
Teste ABFW → Utilizamos a parte de fonologia 
Nomeação → Mostro a ficha e pergunto o que é. Se a criança não sabe o nome, eu dou o modelo, passo 
algumas figuras e retorno para aquela figura. 
Imitação/repetição → Dou o modelo e peço para repetir a palavra dita. 
Fala encadeada → É mais fácil de produzir os fonemas de forma correta, pois está pensando no que vai dizer. 
Fala espontânea → Na fala espontânea a criança não tem esse controle, produzindo mais trocas, distorções 
e omissões. 
1. Imitação 
2. Fala encadeada 
3. Nomeação 
4. Fala espontânea 
Avaliação da fonologia 
1. Filmar a criança nomeando, imitando e na fala espontânea 
2. Após a filmagem, transcrever foneticamente a fala da criança usando o alfabeto fonético e 
escrevendo da forma como a criança falou 
3. Analisar e nomear quais processos a criança cometeu na fala 
4. Analisar a produtividade de ocorrência dos processos fonológicos (%) – a partir de 25% de 
produtividade, esse processo deve ser trabalhado 
5. Calcular o PCC – Porcentagem de Consoantes Corretas – calculado a partir de amostras de fala 
Cálculo do pcc 
PCC = consoantes corretas x 100 
consoantes corretas + consoantes incorretas 
Classificação 
O índice de valores do PCC inclui 4 graus de gravidade: 
1. Leve → 85% de consoantes corretas 
2. Levemente moderado → entre 85 e 65% 
3. Moderadamente severo → entre 50 e 65% 
4. Severo → abaixo de 50% 
 
Fonologia – Intervenção 
Os processos fonológicos podem ser divididos em três categorias: 
• Estrutura silábica; 
• Substituição; e 
• Assimilação. 
Princípios básicos → o programa terapêutico baseia-se em uma avaliação e análise fonológica e estas 
definem os objetivos do tratamento. A terapia baseia-se no princípio de que existem padrões e regularidades 
na fala da criança. A principal função dos padrões fonológicos é comunicativa, as diferenças entre os 
segmentos de sons e estruturas assinalam diferenças de significado. 
Objetivo da terapia → mudar os padrões fonológicos da criança no sentido de construir um sistema de 
contraste de sons mais adequado. A terapia é planejada para usar a organização dos padrões fonológicos de 
forma mais efetiva possível, introduzindo e estabelecendo mudanças nos padrões da criança através do 
emprego de classes naturais de fones e estruturas constrativas. 
Devemos trabalhar a percepção e a produção do fonema, para que haja a generalização. 
Seleção de processos fonológicos para o tratamento 
1. Processos facilmente remediados → que são mais simples 
2. Processos cruciais para a criança que contribuem na inteligibilidadeda fala 
3. Processos de aquisição normal 
4. Fonemas de fácil produção para a criança 
Seleção do Som Alvo 
1. Sons que fazem parte do repertório fonético da criança 
2. Sons para os quais a criança é mais estimulável → sons que a criança não produz espontaneamente, 
mas imita mediante modelo correto. Podemos utilizar a prova de estimulabilidade, que é composta 
pela tarefa de imitação de palavras. 
3. Sons que possam melhorar a inteligibilidade 
4. Sons que ocorram com frequência 
5. Sons que são adquiridos mais cedo 
6. Sons importantes para a criança 
7. Sons relativamente fáceis de produzir 
Escolha do Som Alvo 
1. Análise de fala 
2. Linguagem → observar se há um transtorno de linguagem ou somente de fala 
3. Ambiente 
4. Motivação 
Modelo de Terapia Fonológica 
Modelo de Ciclos (Hodson e Paden, 1983) 
• Conscientização das características do som alvo → percepção de como o som é produzido, o que ele 
tem de igual e diferente com os outros sons 
• Combinações de sons 
• Criança produz corretamente; 
• Fala espontânea; 
Para isso, na sessão utilizamos pistas visuais, auditivas e táteis: 
• Visual → mostrar como a produção do som é feita 
• Tátil → colocar a mão da criança na boca 
• Auditiva → amplificação sonora (sussurrofone, microfone) 
• Bombardeamento auditivo → lista de palavras 
• Pistas metacognitivas → estou dizendo o que ela tem que fazer "o lábio tem que encostar lá no 
dente" 
Abordagem orientada pelo Input (entrada auditiva) → abordagem fonológica/linguagem → internalização 
das regras fonológicas/contrastes. 
Abordagem orientada pelo Input → estimulação focalizada + treinamento auditivo + consciência fonológica. 
Modelo de Ciclos 
1. Mostrar as características do som para a criança → mostrar o ponto, modo, sonoridade e nasalidade 
do fonema alvo, como faço essa produção e mostrar os sons isolados e em união com sílabas; 
2. Discriminação → se o processo que ela tem é ensurdecimento, eu tenho que mostrar qual é a 
diferença na produção desses sons, no caso é a "garganta que mexe". A intenção é fazer com que a 
criança saiba quando é com "f" ou com "v", por exemplo. Depois, utilizar o mesmo método com as 
sílabas e com palavras. Depois eu inverto, quem marca sou eu e quem produz o som é a criança; 
3. Nomeação de figuras com o som alvo; 
4. Bombardeio auditivo → colocar a criança para ouvir em torno de 15-20 palavras com o som alvo no 
início da palavra; 
5. Produção de palavras com o som alvo → utilizar sussurrofone, microfone etc. Sempre anotar o 
desempenho da criança (o que ela está acertando ou errando); 
6. Sondagem para escolher o próximo som alvo → 
7. Bombardeio auditivo; 
8. Treino para casa, pelo menos uma vez ao dia. 
O modelo de ciclos tem duração de 3 semanas → cada semana é trabalhado um processo → temos duas 
sessões por semana → em cada sessão, trabalhamos dois sons alvo → cada sessão dura 50 minutos. Ou seja, 
trabalhamos 1 processo fonológico e dois sons alvo por semana. Cada ciclo engloba três processos 
fonológicos. 
 
Sondagem → se acertou mais de 50%, aumento a complexidade. Se acertou menos de 50%, eu mudo o ciclo. 
Fonema na sílaba inicial → sílaba final → sílaba medial → frase. 
Boi → acaBa → caBide → o Boi acaBou de ganhar um caBide 
Escolha dos sons → não posso escolher um fonema que tenha dois processos difíceis para a criança. 
Processo de Intervenção nos Distúrbios da Fluência 
Gagueira → a gagueira é um distúrbio da comunicação que se caracteriza por uma ruptura involuntária no 
fluxo da fala. As rupturas involuntárias também são chamadas de disfluência, porém, nem toda disfluência 
é gagueira. As disfluências mais comuns na gagueira são as repetições de sílabas e de sons, os 
prolongamentos e os bloqueios. São também comuns na gagueira os comportamentos motores associados 
como piscar de olhos, projeção de língua e alteração na velocidade e na intensidade da fala. 
Existem diferentes estágios de evolução, do leve ao severo, pode ser intermitente e progressiva, com níveis 
variados de tensão. Os comportamentos associados ao quadro variam de indivíduo para indivíduo. 
Afeta mais indivíduos do sexo masculino, numa proporção de 3:1. 
Esse distúrbio da fala tem caráter evolutivo e aparece geralmente na infância, entre os 3 e 8 anos. Há alguns 
tipos de disfluência: 
• Disfluência do desenvolvimento → desde o início do desenvolvimento, tendo caráter evolutivo e 
duradouro. Diagnosticado com gagueira, melhora com intervenção relacionada a fala, mas não tem 
cura. 
• Gagueira adquirida com base neurológica → paciente sofreu um TCE/AVC pode desenvolver uma 
gagueira em decorrência de um transtorno neurológico adquirido. 
• Gagueira psiquiátrica → paciente com patologia psiquiátrica (ex. esquizofrenia) e manifesta em sua 
fala a gagueira. Traumas psicológicos (abuso sexual) também podem desenvolver um transtorno de 
fluência da fala. Questões ambientais não geram gagueira, mas podem impactar/piorar pessoas que 
já possuem um diagnóstico de gagueira. 
• Disfluência fisiológica → crianças de 2/2 anos e meio a 3 anos e meio têm uma explosão de 
vocabulário, elas necessitam de um tempo para organizar esse novo vocabulário. Então é comum 
crianças que tenham um desenvolvimento típico, com boa comunicação oral receptiva e expressiva, 
desenvolvam uma gagueira chamada disfluência fisiológica → é o próprio organismo que está 
tentando se estruturar com essas novas palavra. Ex. hesitação, prolongamento, bloqueio, decorrente 
dessa organização. 
Total de disfluências típicas e atípicas → multiplico por 60 e divido pelo total de sílabas → valor maior que 
10% → gagueira 
Disfluências gagas → multiplico por 60 e dividido pelo total de sílabas → valor igual ou maior que 3% → 
gagueira 
Técnica de Modificação da Gagueira 
Identificação das disfluências/gagueira e Dessensibilização e redução do medo. 
• Cancelamento → ensinar o paciente a cancelar a produção de fala 
• Pull-out → após o cancelamento, ensinar o paciente a fazer uma modificação nessa fala buscando 
uma palavra nova ou começando a produção de outra forma 
• Preparatória → preparar o paciente para iniciar a produção 
Técnica de Modelagem de Fala 
Objetivo → Aumentar sistematicamente as respostas fluentes até que substituam os momentos de gagueira 
e ensinar alterações no padrão de fala, para atingir um nível basal de fluência de palavras e frases. 
Metas: estabelecer a fluência → reforçar a fluência → generalizar a fluência 
1. Velocidade de fala → lentificar a produção de fala para executar a fala com maior precisão. Ensinar 
o paciente a falar numa taxa de elocução (velocidade) reduzida/controlada, prolongando as vogais 
de cada sílaba para ajudar na coarticulação com a consoante e aumentar a duração e o número de 
pausas na comunicação. 
Aumentar a pausa entre os turnos comunicativos → oferecer 2s antes de responder uma pergunta e 
inserir pequenas pausas depois da mensagem do paciente, isso serve para reduzir a pressa do 
paciente ao emitir as palavras e diminuir o estresse comunicativo. 
2. Inícios suaves → iniciar uma emissão suave de palavras, ensinando palavras mais fáceis que são 
aquelas iniciadas por vogais. 
3. Contatos suaves → contatos suaves entre itens da mesma palavra e palavras. Ensinar a coarticulação 
de uma forma mais relaxada, com um fluxo contínuo de ar. 
4. Propriocepção → feedback sensorial dos receptores dos músculos da língua e mandíbula são cruciais 
para o controle dos movimentos da fala. 
Desenvolvimento Fonológico 
Depende da integridade anatomofisiológica, maturação do sistema nervoso central, aspectos 
emocionais e sociais, entre outros. 
Aquisição → primeiro as plosivas e nasais, seguidas das fricativas e finalmente, a aquisição das líquidas. 
Entre 1:6 a 4:0 anos → fase de maior expansão do inventário fonológico. Caracterizado pela presença de 
substituições e omissões de fonemas, que são realizadas com o objetivo de simplificar determinadossons que são mais complexos ou que ainda estão em fase de aquisição. 
Desvio fonológico/transtorno fonológico → crianças que continuam apresentando alterações na fala em 
idade posterior a esperada. 
Instrumentos de avaliação fonológica no Brasil → Avaliação Fonológica da Criança (AFC) e o Teste de 
Linguagem Infantil – ABFW. 
Análise de fala → repetição, nomeação e fala espontânea. A nomeação espontânea é o melhor método 
de coleta da amostra de fala, com todos os fonemas, em todas as posições possíveis na sílaba e na 
palavra. 
Promoção e Prevenção da Linguagem na Infância 
Fonética → forma que os sons são produzidos, envolvendo a articulação, dentre outras produções 
motoras. 
Fonologia → organização mental dos sons, como os sons são selecionados e sequenciados. 
Morfologia → menores estruturas significativas da língua. Forma que estrutura a frase. Ex. Eu fui na pão 
comprar padaria → a ordem não condiz. 
Sintaxe → estruturas frasais. Função que a palavra ocupa na frase. O = artigo / João = sujeito. Análise 
sintática: achar quem é o sujeito, predicado, artigo... ou seja, o que cada palavra representa na frase. 
Morfossintaxe → concordância o verbo nominal, verbal, estrutura frasal e ordem dos itens na frase. 
Pragmática → uso social da língua como diálogos, pistas verbais e não verbais e outros. Contexto → dá 
o sentido as frases. Dependendo do contexto, o significado muda. 
Semântica → significado. Semântica lexical trata do nível da palavra, como o vocabulário é estruturado 
e como se reconhecem e acessam os itens lexicais. Semântico-pragmático considera-se o processo de 
significação no contexto em que está sendo utilizado. Ex: Manga = fruta / Manga = da roupa. 
Lexical → estruturação, reconhecimento e acesso do vocabulário 
 
Avaliação da Fluência 
Velocidade da fala/taxa de elocução → realização da medida do tempo utilizado na amostra de fala 
espontânea analisada. Essa medida é necessária para calcular a taxa de velocidade articulatória (fluxo de 
sílabas por minuto) e a taxa da produção da informação (fluxo de palavras por minuto) a partir da 
quantidade de silabas e palavras fluentes coletadas na amostra de fala. 
Esforço → representado por concomitantes físicos, evidenciados pela produção de sons dispersivos 
(respiração ruidosa, sons de estalo, sopro ou assobio) movimentos faciais (piscar de olhos, contato visual 
restrito, movimentos incoordenados de mandíbula, protrusão de língua), movimentos de cabeça 
(inclinação de cabeça para frente e para trás) e movimentos de extremidades (movimentos dos braços, 
mãos, pernas e pés) que ocorrem antes ou durante as disfluências. Esse aspecto é avaliado de acordo 
com a sua presença ou ausência na produção da fala e conforme seu grau de interferência no discurso, 
sendo distrativo (pouco ou muito distrativo) e aparência (discreto ou aparência dolorosa). 
Jogo simbólico 
Através do jogo simbólico conseguimos trabalhar os aspectos não verbais e promovemos: 
• Atenção compartilhada 
• Troca de turno 
• Ocupação de espaço comunicativo 
• Contato visual 
• Inciativa 
• Resposta 
Jogo pré-simbólico → 11-13 meses 
• Antes do simbolismo e da imaginação 
• Primeira forma de exploração da criança 
Jogo auto-simbólico → 14-16 meses 
• Simula ações que fazem parte do repertório dela 
• Imita atividades realizadas pelo adulto, envolvendo o próprio corpo 
 Jogo simbólico assimilativo → 17-18 meses 
• Simula ações com papel revertido 
• Reproduz ações que ela vivência incluindo outra pessoa. Ex → dar mamadeira para a boneca 
• Realizar coisas que são feitas com ela em outra pessoa 
Jogo simbólico imitativo → 20-21 meses 
• Simular ações do dia a dia não associadas a ela 
• Observa e reproduz ações do outro. Ex → mamãe trabalhando, imitar o médico examinando a boneca 
Jogo simbólico objeto substituto → 24-27 meses 
• Utilizar objetos de forma substituta 
• Cria outra função/ação para aquele objeto. Ex → pega a banana e finge que é um telefone 
Jogo simbólico combinatorial simples → 26-27 meses 
• Combinar ações 
• Utiliza um jogo para vários agentes/objetos 
Jogo simbólico combinatorial múltiplo → 28-36 meses 
• Realiza várias ações com vários agentes/objetos 
• Cria narração para as brincadeiras 
Jogos com regras → após a fase do jogo simbólico combinatorial múltiplo 
Transtornos Neurológicos Adquiridos – Afasia 
• Livro → distúrbios neurológicos adquiridos: linguagem e cognição e fala e deglutição (conteúdo da 
aula hoje - livro roxo) 
• Livro → planos terapêuticos fonoaudiológicos (ptfs vermelho) 
Afasia → principal alteração de linguagem de origem neurológica, é um transtorno adquirido após uma 
lesão no SNC. A principal causa é o AVE. 
Alterações → forma, conteúdo e uso da linguagem; compreensão e expressão; leitura e escrita; dificuldade 
de memória e atencional. Além de afetar a qualidade de vida, causando dependência e dificultando a 
comunicação e inserção social do indivíduo. 
• Área de broca → expressão alterada 
• Área de Werneck → compreensão alterada 
Afasia emissiva → alteração na expressão. 
• Afasia de Broca 
• Afasia de Condução 
• Afasia Transcortical Motora 
Afasia receptiva → alteração na compreensão 
• Afasia de Wernicke 
• Afasia Transcortical Sensorial 
• Afasia Anômica 
Afasia mista → mais variada e abrangente 
• Afasia Mista 
• Afasia Transcortical Mista 
• Afasia Global 
Manifestações Gerais 
• Parafasias → fala 
• Paragrafias → escrita 
• Paralexias → leitura em voz alta 
Parafasias 
Parafasia fonética → distorção na produção dos fonemas 
Parafasia fonêmica → combinação inadequada de fonemas, podendo ter uma troca, omissão ou acréscimo 
de fonemas e sílabas. Ex. cajalo (cavalo), tadeira (cadeira) e esjoto (estojo). Ou seja, geram palavras que não 
são previstas no português. 
Parafasia morfêmica → substitui os morfemas gramaticais das palavras. Ex. troca menino por menina, 
corremos por correr, alteração em terminação verbal, marcador de gênero, plural etc. 
Parafasia formal → troca, substituição ou acréscimo que originam de outra palavra da língua, semelhante a 
outra existente. Ex. troca esgoto por estojo, martelo por marmelo (não são da mesma classe semântica) 
Parafasia verbal → emite palavra existente sem relação de forma e conteúdo com a palavra alvo. Ex. mesa 
para laranja, sofá para correr. 
Parafasia semântica → emite uma palavra que tem relação semântica com a palavra alvo. Ex. maçã para 
limão, calça para bermuda. 
Paragrafias 
Realizo a avaliação da emissão escrita com tarefas de nomeação escrita de figuras e objetos, ditado ou 
discurso escrito. É muito importante não confundir fonema com grafema e considerar a escolaridade e 
profissão do paciente. 
Paragrafia literal → troca de letras na escrita. Ex. tolsa para bolsa 
Paragrafia grafêmica → troca de grafemas na escrita. Ex. coraçam para coração, jeladeira para geladeira 
Paragrafia formal → troca, substituição, omissão ou acréscimo que dá origem a uma palavra que existe no 
português, semelhante a outra existente. (não é uma troca semântica) 
Paragrafia verbal → escreve uma palavra existente, que não tem relação com a palavra alvo, nem quanto a 
forma nem ao conteúdo. Ex. mala para lápis 
Paragrafia semântica → troca de vocábulo por outro na mesma relação semântica. Ex. prato para copo 
 
Paralexia 
Tarefa de leitura em voz alta. É importante considerar a escolaridade e profissão do paciente. 
Paralexia literal → troca na decodificação/identificação da letra 
Paralexia fonêmica → não consegue emitir a produção oral de forma correta 
Paralexia formal → troca semelhante quanto a forma 
Paralexia verbal → troca por uma palavra da língua sem semelhança quanto a forma ou conteúdo 
Paralexia semântica → troca por uma palavra com relação semântica 
Essas manifestações são observáveis tanto na emissão oral quanto na escrita. 
Outras manifestações 
• Paráfrase → substituição de uma palavra por uma frase. Ex. copo → "aquilo que usamospara beber" 
• Anomia → ausência de nome. Dificuldade para emitir a palavra desejada, que pode estar relacionado 
a uma dificuldade no acesso fonológico, lexical, semântico ou na passagem de informação entre esses 
subsistemas. 
• Circunlóquio → o paciente não consegue acessar o tema principal da enunciação e pode estar 
relacionado com uma dificuldade de acesso lexical. 
• Agramatismo → alteração na estrutura caracterizado pela omissão de elementos da frase, como 
conectivos, artigos e inversão de elementos de uma frase, podendo ocorrer na escrita e na fala. 
• Estereotipia → repetições perseverantes e involuntárias de um comportamento, geralmente é uma 
palavra ou expressão conhecida, pode ser uma sequência fonêmica ou grafêmica sem significado. É 
uma alteração mais grave 
• Redução → diminuição do número de enunciados numa unidade de tempo, as frases costumam se 
restritas quanto ao número de elementos, como uma pessoa monossilábica. Ocorre em casos mais 
graves ou período agudo da afasia. 
• Supressão → ausência total de uma emissão, oral ou escrita. 
• Perseveração → mesma resposta para estímulos diferentes 
É necessário considerar o nível discursivo de cada paciente, analisar as manifestações como um todo e 
considerar as queixas trazidas pelos pacientes. 
Exercício de classificação das manifestações 
1. Escreveu mesa para cadeira → paragrafia semântica 
2. Falou catorro para cachorro → parafasia fonêmica 
3. Nomeou colher para garfo → parafasia semântica 
4. Leu caneta para lápis → paralexia semântica 
5. Escreveu familha para família → paragrafia grafêmica 
6. Escreveu pelefone para telefone → paragrafia fonêmica 
7. Leu tivela para fivela → paralexia fonêmica 
8. Leu correndo para comendo → paralexia formal 
 
Classificação das afasias – Sub corticais e corticais 
As corticais são as mais comuns, podem ser emissivas, receptivas ou mistas. 
Como avaliar? 
1. O déficit é maior na emissão ou na compreensão? 
2. O paciente é fluente? 
3. O paciente faz a prova de repetição? (repete bem ou mal) 
Afasia Emissiva 
1. Afasia de Broca – a mais comum 
Emissão oral: 
• Não fluente 
• Parafasias fonéticas e/ou fonêmicas, redução, agramatismo e anomia 
• Fase aguda → supressão de fala e de escrita ou estereotipia 
• Repetição ruim 
Emissão escrita → mesmo grau de comprometimento da emissão oral ou mais grave, presença de supressão 
ou estereotipias. Em casos menos graves, redução, agramatismo e paragrafias. 
Compreensão oral → comprometimento leve 
Compreensão escrita → preservada ou levemente comprometida (dificuldade para compreender frases 
complexas, textos e elementos gramaticais). Pode estar mais alterada que a compreensão oral. 
Todas as transcorticais tem repetição boa, mas se apresentar um caso parecido com transcortical com 
repetição ruim, pode ser mista 
2. Afasia de Condução 
Emissão oral: 
• Fluente 
• Parafasia fonêmica frequentes e parafasias semânticas, anomias e paráfrase (alterações léxico-
semânticas) 
• Repetição pior que a fala 
Emissão escrita → paragrafia literais, grafêmicas, semânticas e formais 
Compreensão oral → comprometimento leve 
Compreensão escrita → comprometimento leve 
3. Afasia Transcortical Motora 
Emissão oral: 
• Não fluente 
• Redução de fala, parafasia fonética, anomia e inércia 
• Repetição boa → melhor que fala espontânea 
Emissão escrita → comprometimento grave (inercia e lentidão associada) 
• Redução, estereotipia e paragrafia literal 
Compreensão oral → comprometimento leve a moderado 
Afasia Receptiva 
1. Afasia de Wernicke 
Emissão oral: 
• Fluente 
• Repetição ruim 
• Neologismo 
Emissão escrita → supressão da escrita (dificuldade para realizar tarefas de emissão escrita) 
Compreensão oral → comprometimento gravíssimo, não entende palavras, ordens e frases simples 
Compreensão escrita → comprometimento grave 
Geralmente são anosognósicos → não compreendem seu quadro afásico 
2. Afasia Transcortical Sensorial 
Emissão oral: 
• Fluente 
• Circunlóquio → muito característico dessa afasia 
• Anomias, parafasias semânticas e paráfrase (alterações léxico-semânticas) 
• Parafasias fonêmicas podem ocorrer de maneira esporádica. 
• Boa repetição 
Emissão escrita → paragrafias de diversas naturezas. 
Compreensão oral → comprometimento moderado, não entende frases complexas. 
Compreensão escrita → comprometimento moderado. 
3. Afasia Anômica – afasia mais leve 
Emissão oral: 
• Fluente 
• Anomia, parafasia semântica e paráfrase 
• Boa repetição 
Emissão escrita → paragrafia grafêmica, semântica e anomia 
Compreensão oral → comprometimento leve 
Compreensão escrita → comprometimento leve 
Afasia Mista 
São as mais comuns. Possuem vários quadros descritos, sem restringirem-se a nenhum deles 
1. Afasia Global – a mais grave 
Emissão oral → comprometimento grave 
• Mutismo ou restrita a estereotipias e automatismos 
Emissão escrita → supressão da emissão gráfica 
Compreensão oral → comprometimento grave 
Compreensão escrita → comprometimento grave 
Podem evoluir para Afasia de Broca 
2. Afasia Transcortical Mista 
Emissão oral → comprometimento severo 
• Boa repetição 
• Estereotipias e ecolalias 
Emissão escrita → supressão de escrita 
Compreensão oral → comprometimento severo 
Planejamento terapêutico – metas da reabilitação a curto, médio e longo prazo 
Plano terapêutico fonoaudiológico → Reabilitar ou habilitar as funções e comportamentos, modificando, 
remediando ou compensando esse comportamento. É um processo dinâmico e que necessita ser 
cuidadosamente desenhado. É necessário um conhecimento dos parâmetros e teorias sobre o 
desenvolvimento típico da linguagem. 
Identificar: 
HDF → objetivo geral 
• Identificação das capacidades que necessitam ser habilitadas ou reabilitadas na criança para que haja 
alcance ou aproximação dos padrões de normalidade. O que o paciente precisa para ter alta 
HDM → objetivos específicos 
• Identificação dos comportamentos esperados que necessitam da ação do terapeuta, para que a 
criança atinja ou se aproxime a cada sessão, dos padrões de normalidade. É traçado cuidadosamente 
e mensurado a cada sessão. 
HDE → determina a alta 
 
Estratégias → plano de ação para alcançar os objetivos específicos, é o veículo para execução das atividades 
terapêuticas e deve considerar as condições da criança: suas inabilidades e suas potencialidades. 
Seleção da linha terapêutica → identificar os processos subjacentes as manifestações, os apectos 
mantenedores ou agravantes das manifestações e ter um olhar cuidadoso sobre as inabilidades e 
potencialidades da criança.

Outros materiais

Outros materiais