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DIREITO APLICADO A NEGOCIOS Em relação ao primeiro questionamento, o instituto a ser aplicado ao caso é desconsideração da personalidade jurídica, em que é desconsiderada a pessoa jurídica para que o patrimônio dos sócios sirva para quitar as obrigações da sociedade. No caso de Robson, a substituição de um empregador por outro, não afeta o contrato de trabalho, tampouco pode arranhar direitos adquiridos pelo obreiro. Em face da despersonalização do empregador, o vínculo de emprego termina se instalando com a unidade empresarial, sendo irrelevantes, para a continuidade da relação de emprego, as alterações subjetivas, ou seja, aquelas que venham a afetar a figura do dono da “empresa”. Eis mais um princípio que alicerça a “sucessão trabalhista, daí porque, é possível promover a desconsideração da personalidade jurídica para alcançar a empresa Construir LTDA. Entretanto, o mesmo não se pode dizer em relação a Mathias Portugal, uma vez que, seu vínculo empregatício ocorreu após a cisão, portanto não pode atingir a empresa Construir Ltda., entretanto, havendo prova de fraude na alteração societária, a empresa Construir Ltda., pode responder pela execução com a desconsideração da pessoa jurídica João de Barro. Por outro lado, em relação a está última empresa, não há qualquer impedimento para desconsideração da personalidade jurídica. Por outro lado, a sucessão trabalhista possui como fundamento legal os artigos 10 e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho. Seus requisitos ou pressupostos que a caracterizam são: a alteração na estrutura jurídica ou na propriedade da empresa; e a continuidade da atividade empresarial. Em relação aos tributos, a sucessão empresarial está prevista no artigo 133 do Código Tributário Nacional. Nessa hipótese, caso a empresa vendedora de ativos continue exercendo suas atividades no mesmo ramo, a empresa sucessora apenas será responsabilizada subsidiariamente, ou seja, a responsabilização ocorrerá somente se a primeira não arcar com a dívida ou se arcar com ela parcialmente. Porém, se a empresa sucedida deixar de exercer atividades no mesmo ramo, a situação torna-se ainda mais grave: a empresa sucessora responderá integralmente pelos débitos tributários. A cisão é a operação pela qual uma sociedade transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio (cisão total), ou dividindo-se o seu capital (cisão parcial). Portanto, referente a Execução Fiscal, a empresa João de Barro é parte legítima para figurar no passivo, uma vez que, o art. 233 da LSA que assim determina: Na cisão com extinção da companhia cindida, as sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da companhia extinta. A companhia cindida que subsistir e as que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à cisão. Por outro lado, pode haver entendimento que a empresa João de Barro só pode responder solidariamente até o momento da cisão.
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