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N1 - DIREITO APLICADO A NEGOCIOS

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DIREITO APLICADO A NEGÓCIOS Resolução de Caso (N1)
Situação: 
O caso objeto deste estudo aborda uma situação cotidiana no mundo dos negócios. Empresa Construir Ltda., atuante no ramo da construção civil, sofre uma cisão e divide-se em duas empresas: Construir Ltda., que mantém o nome original, e João de Barro Ltda. Em decorrência da cisão, parte dos empregados que trabalhavam na empresa Construir passa a trabalhar em João de Barro. Há também, além da divisão dos empregados, a partilha dos ativos e dos bens da empresa originária.
Pretende-se no presente estudo de caso, por meio da análise da legislação trabalhista, empresarial e tributária vigente e dos princípios que informam o direito, analisar a responsabilidade por eventuais débitos trabalhistas e tributários que as empresas, tanto sucessora quanto sucedida, possam vir a ter.
Resolução estudo de caso (N1)
O Caso assim, destaca a cisão da empresa é a operação através da qual a pessoa jurídica transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se a versão for parcial. Os responsáveis pela nova situação jurídica da empresa sucedem à situação jurídica anterior no que tange as obrigações trabalhistas, sem alterar a relação empregatícia, ou seja, sem a necessidade de realizar rescisão contratual dos empregados.
O Estudo de caso também destaca a informação sobre a sucessão empresarial, que tem por definição regramento disposto nos artigos 10 e 448 da CLT e, à reforma trabalhista, nos artigos 10-A e 448-A. A lei prevê que os empregados não serão prejudicados em caso de alteração na estrutura da empresa, e os sócios retirantes e os sucessores serão responsáveis pelas obrigações trabalhistas nos limites legais. Quando ocorre a transferência da unidade econômica de uma empresa para outra e a consequente continuidade na prestação do serviço dos empregados, resta configurada a sucessão trabalhista. Ainda que não ocorra a referida continuidade, porém, haja transferência de todo o complexo empresarial, com o aproveitamento da mão-de-obra, também estar-se-á diante de um sucessão empresarial.
A sucessão trabalhista configura a aceitação de direitos e obrigações trabalhistas pelo novo titular da empresa ou estabelecimento – que passa a responder, na qualidade de empregador sucessor, pelo passado, presente e futuro dos contratos de trabalho.
Entende-se que após a cisão da empresa Construir Ltda., e João de Barro Ltda., dois funcionários foram desligados das empresas, Robson e Matias estavam registrados pela empresa João de Barro Ltda ambos com o mesmo cargo, abriram reclamatória trabalhista, ou seja, de acordo o site freelaw worké uma ação judicial feita por um empregado em face de empregador. Este documento é uma ação para resgatar direitos do trabalhador que tenham sido suprimidos durante a relação de trabalho e, por isso, deve explicar detalhadamente todos os fatos ocorridos no período contratual e, ainda, todas as formas de supressão de direitos. 
O que pode levar a um ex-funcionário da empresa a chegar a esta ação são os seguintes pontos:
• Pagamento incorreto ou ausência de pagamento de verbas rescisórias; 
• Ausência de controle de jornada e consequente não pagamento das horas extras trabalhadas; 
• Descumprimento das normas coletivas; 
• Assédio moral; 
• Ausência de registro na carteira de trabalho; 
• Ausência de pagamento dos adicionais devidos.
Robson era contratado pela a empresa Construir LTDA, já Matias era contratado pela empresa João de Barro LTDA. Robson tinha seu contrato de trabalho antes da cisão das empresas, já Matias foi contratado após a cisão das empresas, ou seja, apenas contratada pela empresa João de Barro. Robson declara em sua reclamação trabalhista, horas extras não pagas desde o inicio de seu contrato na empresa Construir. A de Matias, apenas as verbas rescisórias ( saldo de salário, salário-família, aviso-prévio (trabalhado ou indenizado), férias proporcionais ou vencidas e multa do FGTS). Conforme apresentado no estudo de case, a empresa João de Barro perdeu em julgado, sendo assim, precisou iniciar a execução trabalhista, que é a fase do processo em que se cumpre a sentença. Ou seja, a parte derrotada precisa pagar o que deve. Foi localizado neste processo a execução fiscal, que de acordo o site creditas.com, A lei nº 6.830/80 é conhecida como Lei de Execução Fiscal. Foi criada para estabelecer um procedimento padronizado para ações de execução de valores devidos ao Estado. Isso é válido para todas as esferas de governo, sejam tributos (impostos, taxas) ou não tributos (multas, rompimento de contratos).Essa lei estipula os termos sob os quais um bem pode ser tomado de um contribuinte. Também estabelece a ordem que a penhora vai obedecer ao ir atrás de uma posse do devedor. A execução fiscal é um processo bastante complexo, abaixo as etapas de maneira simples, em cinco fases:
- Petição inicial: em via de regra, após 90 dias do prazo de cobrança, a execução será indicada a partir da Certidão de Dívida Ativa. Nesse momento, é designado apenas o Juiz a quem o documento será dirigido. O valor do processo será o mesmo registrado na certidão. 
- Comunicação e penhora: após a petição, uma comunicação vai informar que há um processo contra o devedor. O executado tem cinco dias para pagar a dívida com os todos os encargos ou garantir essa execução. Caso não ocorra o pagamento ou a garantia de execução, a penhora pode acontecer com qualquer bem do devedor.
- A penhora obedece a uma ordem: Dinheiro; Título de dívida pública ou de crédito, com cotação na bolsa; Pedras e metais preciosos; Imóveis; Navios e aeronaves; Veículos; Móveis; Direitos e ações.
No case, informa que em acordo de advogados, foi levantado a informação sobre levantar o patrimônio da empresa Construir para pagar os direitos dos ex-funcionários na empresa João de Barro LTDA. Sendo assim, podemos levantar a informação de que, conforme menciona o artigo 223 da Lei 6404/76, a cisão, pode ser realizada entre sociedades iguais ou diferentes, ou seja, sociedade anônima pode receber transferência de patrimônio de uma sociedade limitada, porém deve realizar na forma prevista para alteração do estatuto ou contrato social. Para este caso acontecer e a empresa Construir ainda possuir o seu patrimônio, no processo de cisão o correto era fazer a “Cisão parcial”, quando parte da empresa é separada e a outra parte segue atuando normalmente.
A responsabilidade pelos créditos trabalhista quando ocorre sucessão de empregadores, conforme o site trt3 jus, o instituto jurídico da sucessão trabalhista (artigos 10 e 448 da CLT) visa a amparar os empregados quanto a possíveis alterações contratuais lesivas derivadas das modificações na estrutura jurídica da empresa ou mesmo em razão da mudança de propriedade. Para que a sucessão se configure, é necessária a inequívoca transferência da unidade econômico-jurídica e que não haja solução de continuidade na exploração dos objetivos econômicos, o que se tipificou na hipótese”, ou seja, a responsabilidade pelos direitos trabalhistas segue, portanto, o conjunto de bens (materiais e imateriais) que compõem a atividade empresarial, de forma que, a partir da sucessão, o sucessor fica integralmente responsável por todas as obrigações trabalhistas dos empregados, inclusive as de cunho não pecuniário.
A responsabilidade tributária em uma cisão de empresa, no caso da cisão total, as sociedades beneficiárias do patrimônio da cindida respondem por todos os direitos e obrigações da mesma. A lei impõe a solidariedade entre as novas ou existentes sociedades, beneficiárias do negócio, ocorrendo a sucessão e a solidariedade fundada na dispersão do patrimônio. É o que dispõe o artigo 233 da Lei nº 6.404/76:
Art. 233. Na cisão com extinção da companhia cindida, as sociedades que absorverem parcelas do seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da companhia extinta. A companhia cindida que subsistir e as que absorverem parcelasdo seu patrimônio responderão solidariamente pelas obrigações da primeira anteriores à cisão.
Parágrafo único. O ato de cisão parcial poderá estipular que as sociedades que absorverem parcelas do patrimônio da companhia cindida serão responsáveis apenas pelas obrigações que lhes forem transferidas, sem solidariedade entre si ou com a companhia cindida, mas, nesse caso, qualquer credor anterior poderá se opor à estipulação, em relação ao seu crédito, desde que notifique a sociedade no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data da publicação dos atos da cisão.
Visando o processo como um todo, o certo era que a empresa Construir ficasse apenas com a responsabilidade de pagar o funcionário Robson, porém devido a cisão a empresa ficará responsável pelos pagamentos dos dois ex-funcionários devido á responsabilidade solidária, que havendo pluralidade de devedores, o credor pode cobrar o total da dívida de todos ou apenas do que achar que tem mais probabilidade de quitá-la. A dívida não precisa ser cobrada em partes iguais para cada um. Todos os devedores são responsáveis pela totalidade da obrigação. O devedor que pagar o total deve receber dos demais a parte que pagou por eles. Esse tipo de responsabilidade não pode ser presumido, suas hipóteses estão previstas em lei, ou podem ser pactuadas entre as partes em contratos ou outros tipos de negociações. 
 Além da previsão no Código Civil, ambos os institutos jurídicos estão previstos no Código de Defesa do Consumidor-CDC, na Consolidação das Leis Trabalhistas-CLT e em outras normas do nosso ordenamento jurídico. Código Civil - Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
E por fim é possível concluir que, caso a empresa Construir e João de Barro não tenha o patrimônio alto para conseguir cumprir com suas obrigatoriedades trabalhistas acordado com júri, O correto é a empresa entrar com as ações do Sócios empresariais para conseguir quitar as dívidas.

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