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MECÂNICA GERAL Vetores Força Prof. Samuell Aquino Holanda Definição de Mecânica Mecânica é o ramo das ciências físicas que trata do estado de repouso ou movimento de corpos sujeitos à ação de forças, sendo subdividida em: • Mecânica dos Corpos Rígidos; • Mecânica dos Corpos Deformáveis; • Mecânica dos Fluidos. Definição de Mecânica Mecânica dos Corpos Rígidos: Estática Dinâmica A Estática trata do equilíbrio dos corpos. Um corpo em equilíbrio encontra-se em repouso ou em movimento retilíneo uniforme. Conceitos Fundamentais - Grandezas Básicas • Sistema Internacional e Sistema Usual Americano. SI AMERICANO Comprimento Metro (m) Pé (ft) / Polegada (in) Massa Quilograma (kg) Slug Força Newton (N) Libras (lb) Grandezas Básicas • Fator de Conversão AMERICANO SI Comprimento 1 pé = 0,3048 m 1 polegada = 0,0254 m Massa 1 slug = 14,5938 kg Força 1 lb = 4,4482 N Prefixos Grandezas Básicas • Grandezas Escalares • Grandezas Vetoriais Força Posição Momento Temperatura Massa Tempo Potência Idealizações As Idealizações são formas simplificadas de representar fenômenos físicos. As idealizações comumente empregadas na Estática são: Possui massa, mas suas dimensões são desprezíveis; Corpo Rígido: Força Concentrada: Partícula ou Ponto Material: Efeito de uma carga atuando em um único ponto do corpo. Combinação de um grande número de partículas, que permanecem a mesma distância entre si antes e depois da aplicação de uma força. Forças, vetores e operações vetoriais Como são representadas as grandezas físicas? Escalar: Possui magnitude. Exemplos: Massa, Volume, Comprimento. Regra de Adição: Aritmética Simples. Vetorial: Possui intensidade, direção e sentido. Exemplos: Força, Posição, Velocidade. Regra de Adição: Lei do Paralelogramo. Representação: A ou A Um vetor é representado graficamente por um flecha, ou seta, usada para definir sua intensidade direção e sentido. A intensidade do vetor é o comprimento da flecha, a direção é definida pelo ângulo entre o eixo de referência e a linha de ação da flecha e o sentido é indicado pela ponta da flecha. Representação Gráfica de um Vetor Lei do paralelogramo: Duas forças ‘componentes’, F1 e F2 se somam conforme a lei do paralelogramo, dando uma força resultante FR que forma a diagonal do paralelogramo, que na impossibilidade de utilizar métodos gráficos apropriados, pode ser calculada pela lei dos cossenos ou lei dos senos. Adição de Forças Adição de Forças 𝜽 𝜶 𝜷 𝑭𝑹 = 𝑭𝟏 𝟐 + 𝑭𝟐 𝟐 − 𝟐𝑭𝟏𝑭𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝜽 Lei dos cossenos: Adição de Forças 𝑭𝟏 = 𝑭𝑹 𝟐 + 𝑭𝟐 𝟐 − 𝟐𝑭𝑹𝑭𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝜷 𝑭𝟐 = 𝑭𝑹 𝟐 + 𝑭𝟏 𝟐 − 𝟐𝑭𝑹𝑭𝟏 𝐜𝐨𝐬 𝜶 Lei dos senos: 𝑭𝟐 𝐬𝐢𝐧 𝜶 = 𝑭𝑹 𝐬𝐢𝐧 𝜽 = 𝑭𝟏 𝐬𝐢𝐧 𝜷 Adição de Forças 𝜶 𝜷 A= 𝑩𝟐 + 𝑪𝟐 − 𝟐𝑭𝟏𝑭𝟐 𝐜𝐨𝐬 𝟗𝟎° Lei dos cossenos: A= 𝑩𝟐 + 𝑪𝟐 (Teorema de Pitágoras) Lei dos senos: 𝑪 𝐬𝐢𝐧 𝜶 = 𝑨 𝐬𝐢𝐧 𝟗𝟎° = 𝑩 𝐬𝐢𝐧 𝜷 𝑪 = 𝑨 𝐬𝐢𝐧 𝜶 𝑩 = 𝑨 𝐬𝐢𝐧 𝜷 A Lei do Paralelogramo e a trigonometria podem ser utilizadas também para encontrar as componentes de um vetor em eixos quaisquer. Decomposição de Forças EXEMPLO 1 Determine a magnitude da força resultante e sua direção medida no sentido anti-horário a partir da força resultante até o eixo positivo de x. EXEMPLO 2 A figura ao lado apresenta um sistema de barras que suporta uma caixa que pesa 1000 lb. Decomponha essa força em suas componentes ao longo das barras AP e BP. PBP = 1931,85 lb PAP = 2732,05 lb EXEMPLO 2 EXEMPLO 2 EXEMPLO 3 A intensidade da resultante da ação das forças ilustradas na figura é de 500 N e ela está direcionada sobre o eixo Y no sentido positivo. Determine a magnitude da força F e o ângulo θ. Quando é necessário obter a resultante de mais de duas forças, é mais simples, determinar os componentes de todas as forças em relação à eixos específicos, somar algebricamente esses componentes e depois gerar a resultante, em vez de aplicar sucessivamente a lei do paralelogramo. Adição em um Sistema de Forças Duas ou mais forças que atuam sobre o mesmo ponto são chamadas de forças concorrentes. Elas não precisam ter a mesma direção, simplesmente atuam sobre o mesmo ponto. Se possuírem a mesma direção, serão forças colineares. Duas forças colineares não precisam ser concorrentes, elas podem ter diferentes pontos de aplicação ao longo da mesma linha de ação. Duas ou mais forças cujos vetores estão no mesmo plano são chamadas de forças coplanares. Sistemas de Forças x y P Q R x y P Q R Tipos de Sistema de Forças x y P Q R x y z R P Q No caso em que os dois vetores A e B têm a mesma linha de ação, a lei do paralelogramo reduz-se a uma adição algébrica convencional, uma soma de escalar R = A+B. SISTEMA DE FORÇAS COLINEARES Adição em um Sistema de Forças • Adição de um Sistema de Forças Coplanares (2D); • Adição de um Sistema de Forças Não Coplanares (3D); Adição em um Sistema de Forças Adição de um sistema de forças coplanares Quando uma força é decomposta em duas componente ao longo dos eixo x e y, as componentes são, então chamadas de componentes retangulares. Podemos representar essas componentes usando a notação escalar ou a notação vetorial cartesiana. Adição de um sistema de forças coplanares Também é possível representar os componentes x e y de uma força em termos de vetores cartesianos unitários i e j. Eles são vetores unitários porque possuem intensidade adimensional 1, logo, são usados para designar as direções x e y. Notação Vetorial 𝑭 = 𝐹𝑋 Ԧ𝒊 + 𝐹𝑌 Ԧ𝒋 Resultantes de forças coplanares O vetor resultante é, portanto, Adição de um sistema de forças coplanares INTENSIDADE DIREÇÃO Resultantes de forças coplanares Adição de um sistema de forças coplanares Adição de um sistema de forças coplanares As componentes retangulares da força F são determinadas usando a lei do paralelogramo. Uma vez que o triângulo de forças formado por F e suas componentes, FX e FY, é um triângulo retângulo, a intensidade das componentes pode ser determinada através das relações trigonométricas válidas para triângulos retângulos. Notação Escalar sin 𝜃 = 𝑐𝑜 ℎ → sin 𝜃 = 𝐹𝑌 𝐹 → 𝐹𝑌 = 𝐹 sin 𝜃 cos 𝜃 = 𝑐𝑎 ℎ → cos 𝜃 = 𝐹𝑋 𝐹 → 𝐹𝑋 = 𝐹 cos 𝜃 Adição de um sistema de forças coplanares Em vez de usar o ângulo θ, a direção de F pode ser definida por um pequeno triângulo de inclinação, como ilustra a figura. Como esse triângulo e o triângulo maior sombreado são semelhantes o comprimento proporcional dos lados fornece, a intensidade das componentes. Notação Escalar 𝐹𝑋 𝐹 = 𝑎 𝑐 → 𝐹𝑋 = 𝐹. 𝑎 𝑐 𝐹𝑌 𝐹 = 𝑏 𝑐 → 𝐹𝑌 = 𝐹. 𝑏 𝑐 EXEMPLO 5 Um pequeno poste AB tem um parafuso olhal atarraxado em seu topo. Três cabos amarrados ao parafuso aplicam as forças mostradas. (a) Determine a força resultante aplicada no parafuso pelos três cabos, utilizando a representação vetorial cartesiana. EXEMPLO 5 (b) O fabricante do parafuso especifica uma carga de funcionamento máxima de 9300 N na direção do eixo do parafuso. Quando as cargas não estiverem na direção do eixo, o fabricante especifica uma redução na carga de funcionamento utilizando os multiplicadores mostrados abaixo. Determine se o tamanho deste parafuso é satisfatório para a carga encontrada anteriormente. Em três dimensões, o conjunto de vetores unitários i, j e k é usado para designar as direções x, y e z, respectivamente. VETORES CARTESIANOS UNITÁRIOS Adição em um Sistema de Forças Tridimensionais 𝐀 = 𝐀𝐗 + 𝐀𝐘 + 𝐀𝐙 𝐀 = 𝐴𝑋𝐢 + 𝐴𝑌𝐣 + 𝐴𝑍𝐤 Adição em um Sistema de Forças Tridimensionais 𝐀 = 𝑨𝑿² + 𝑨𝒀² + 𝑨𝒁² INTENSIDADE DIREÇÃO ? Adição em um Sistema de Forças Tridimensionais A orientação de A é definida pelos ângulos diretores coordenados α, β e γ. Medidos entre a origem de A e os eixos positivos x, y e z, a partir da origem de A. Adição em um Sistema de Forças Tridimensionais α β γ Adição em um Sistema de Forças Tridimensionaishttps://ggbm.at/pje3TjeJhttp://gg.gg/decomposi-oESPA-O-PLANO-EIXO http://gg.gg/angulosdiretores http://gg.gg/decomposi-oESPA-O-PLANO-EIXO _ X http://gg.gg/angulosdiretores _ X https://ggbm.at/pje3TjeJ _ X Ângulos Diretores http://gg.gg/decomposi-oESPA-O-PLANO-EIXO http://gg.gg/angulosdiretores https://ggbm.at/pje3TjeJ Adição em um Sistema de Forças Tridimensionais 𝐀 = 𝑨𝑿² + 𝑨𝒀² + 𝑨𝒁² INTENSIDADE DIREÇÃO (cossenos diretores) Adição em um Sistema de Forças Tridimensionais (cosα)² + (cos𝛽)² + (cos𝛾)² = 1 EXEMPLO 6 Expresse cada força na forma vetorial cartesiana e determine os ângulos diretores de cada uma. F1 = {53.1i - 44.5j + 40k} lb a1 = 48.4° b1 = 124° g1 = 60° F2 = {-130k} lb a2 = 90° b2 = 90° g2 = 180° EXEMPLO 7 Expresse cada força na forma vetorial cartesiana e determine a intensidade e os ângulos diretores coordenados da força resultante. FR = 430 N a = 28.9° b = 67.3° g = 107° O vetor posição é importante na formulação de um vetor força cartesiano orientado entre dois pontos quaisquer no espaço. Mais adiante, vamos usá-lo para determinar o momento de uma força. Vetor Posição O vetor posição r é definido como um vetor fixo que localiza um ponto do espaço em relação a outro. Por exemplo, se r se estende da origem das coordenadas O, até um ponto P(x,y,z), então r pode ser escrito na forma de vetor cartesiano como: 𝐫 = x𝐢 + y𝐣 + z𝐤 Vetor Posição O vetor posição orientado de A para B, denominado, rAB, é definido como: 𝐫𝑨𝑩 = (𝑋𝐵 − 𝑋𝐴)𝐢 + (𝑌𝐵 − 𝑌𝐴)𝐣 + (𝑍𝐵 − 𝑍𝐴)𝐤 Vetor Posição EXEMPLO 8 Determine a distância entre os pontos A e B. Frequentemente, nos problemas de estática tridimensional, a direção de uma força é definida por dois pontos pelos quais passa sua linha de ação. Uma força pode ser representada através do vetor unitário (que indica a orientação da força) e da intensidade da força. Para tanto, é necessário: a) Determinar o vetor posição rAB a partir de dois pontos da linha; b) Determinar o vetor unitário que descreve a direção da linha: uAB = rAB /rAB ; c) Multiplicar o vetor unitário pela intensidade da força: F = F.uAB Vetor Força Orientado ao Longo de uma Reta 𝐀 = 𝐴𝑋𝐢 + 𝐴𝑌𝐣 + 𝐴𝑍𝐤 𝐀 = Acosα𝐢 + Acos𝛽𝐣 + Acos𝛾𝐤 𝐀 = A(cosα𝐢 + cos𝛽𝐣 + cos𝛾𝐤) 𝒖𝒂 = (cosα𝐢 + cos𝛽𝐣 + cos𝛾𝐤) |𝒖𝒂| = 1 (cosα)² + (cos𝛽)² + (cos𝛾)² = 1 𝒖𝒂 = ( 𝐴𝑥 𝐴 𝐢 + 𝐴𝑦 𝐴 𝐣 + 𝐴𝑧 𝐴 𝐤) Vetor Unitário EXEMPLO 9 (a) Represente cada uma das forças como um vetor cartesiano. (b) Determine a intensidade e a direção da força resultante que age no ponto A.