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Atividade contextualizada de José Luiz

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Atividade contextualizada – Criminologia e Abordagem Sociopsicològica da Violência e do Crime
Aluno: José Luiz da Silva
Matricula: 01568026
Curso: Segurança Pública 
Tema da Atividade: O desenvolvimento da psicologia criminal e as influências da psicanálise.
 O desenvolvimento da Psicologia criminal:
A psicologia criminal tem um viés microcriminológico voltado à análise clínica do delinquente e de pequenos grupos, investigando a sua personalidade, história e dinâmica do seu comportamento criminoso, com o intuito de fornece tanto um diagnóstico (estado atual) quanto um prognóstico (possíveis desdobramentos futuros) do delinquente para propor possíveis estratégias de intervenção, como prevenção da reincidência, reinserção social, contenção ou superação de possíveis tendências criminosas etc.
São temas da psicologia criminal: a violência nas suas várias formas, o depoimento de testemunhas, a aplicação de testes psicológicos a delinquente (aferição de tipo psicológico e grau de periculosidade), os estudos psicossociais de carreiras criminais, as entrevistas psicológicas, etc., Aliás, não há, para Bonger (1943 junto de LIENE, 2008, p. 174), uma tipologia psicológica específica do delinquente, de sorte que é possível encontrar entre eles todos os tipos humanos possíveis; o que diferencia o criminoso das demais pessoas, contudo, seria uma deficiência moral associada a uma exagerada tendência materialista.
No Brasil, verifica-se, conforme a Lei de Execução Penal (Lei n.º 7.210/1984), que a atuação do psicólogo no sistema prisional se concentra na realização da avaliação psicológica; na realização do exame criminológico de entrada (verifica a relação entre as caraterísticas de personalidade e o crime cometido para individualização da pena e acompanhamento psicológico do preso) e para fins de progressão de regime ou concessão de benefícios (art. 112) feito no âmbito do Centro de Observação Criminológica (art. 96); do exame de personalidade (art. 9) e de parecer (art. 6) para a Comissão Técnica de Classificação (art. 6 e 7) nas unidades prisionais. Embora o exame criminológico não seja obrigatório, quase sempre é requisitado na prática, além de poder, ser determinado para subsidiar decisão sobre progressão de regime do cumprimento de pena de crime hediondo ou equiparado (Súmula vinculante n.º 26, STAFF), também deve ser admitido pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada (Súmula n.º 439, STJ).
Psicanálise e as suas influências na criminologia:
O desenvolvimento da psicanálise, na década de 1890, por Sigmund Freud (1856 – 1939), deu-se no mesmo momento da emergência da criminologia científica da Escola Positiva, merecendo destaque a contemporaneidade das obras O homem delinquente (1876) e A interpretação dos sonhos (1900). Entre as décadas de 1920 e 1930, as teorias psicanalíticas freudianas sobre a neurose começaram a dar ensejo a uma criminologia psicanalítica. Jacques Lacan (1901 – 1981), no que lhe concerne, tratou diretamente da relação da psicanálise com a criminologia, evidenciando “a função da lei na sua interação com a subjetividade humana e a relação dialética da lei com o crime, e rechaçou a teoria do delinquente nato (Ferry e Sombroso) e a concessão da categoria de delito natural (Garofalo)” (OLI VIERA, 2021, p. 160). Assim, a subjetividade do criminoso e as suas particularidades psicológicas tornaram-se objeto da criminologia (CALHAU, 2009.ª, p. 63 – 65). Segundo Dias e Andrade (1997, p.191), a criminologia psicanalítica tem princípios que fundamentam uma teoria geral do crime, pois traz a ideia de que:
• O homem é naturalmente antissocial; • O crime resulta da domesticação falha de um animal selvagem; • A adoção de um comportamento desviante ou não depende boa parte da infância, fase de conformação da personalidade. Para as teorias psicanalíticas, ocorre o delito quando há uma perda de cara ter inibitório do superego (consciência) e do ego (solicitações de ordem moral e social) que passam a se submeter às exigências do ID (impulsividade e inconsciente guiados pelo princípio do prazer). Assim, “Freud sustenta que todas as pessoas conseguiriam praticar um crime, reconhecendo a influência de perturbações nos processos de identificação e formação da consciência durante a primeira infância” (OLIVEIRA, 2021, p. 161). Isso aproxima as noções de homem honesto/normal e criminoso/anormal, já que a estrutura psicológica deste corresponde a do cidadão normal que respeita as leis, com a diferença de que o seu desenvolvimento ocorre a partir de um processo de socialização balizado em modos de vida desviantes. A delinquência juvenil e a habitual seriam exemplos de manifestação desses criminosos normais.
Referencias:
De Jacques Lacan. MPMG Jurídico, n. 16, p. 63-65, 2009a. Disponível em: Acesso em: 08 mar. 2021.
OLIVEIRA, N. A. Criminologia. 3. ed. rev., atual. e ampl. Salvador: JusPodivm, 2021.
BRASIL. Lei n. 7.210, de 11 de julho de 1984. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jul. 1984. Disponível em: . Acesso em: 23 mar. 2021
CESARE Sombroso: a teoria do pai da criminologia permanece viva? (Série criminologia – EP 03). Postado por Canal Resenha Criminal. (11min. 03s.). son. color. port. Disponível em: . Acesso em: 08 mar. 2021.
DIAS, J. F.; ANDRADE, M. Costa. Criminologia: o homem delinquente e a sociedade criminógena. Coimbra: Coimbra Editora, 1997.

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