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LEISHMANIOSE VISCERAL - calazar LEISHMANIOSE TEGUMENTAR ESQUISTOSSOMOSE DOENÇA DE CHAGAS AGENTE ETIOLÓGICO + VETOR A.E: Leishmania chagasi (protozoário, parasita obrigatório) Vetor: mosquito palha Reservatório do agente: cachorro Áreas endêmicas: região amazônica, norte e nordeste Entra pela pele, fica na pele, porém pode acometer a mucosa A.E: Schistosoma mansoni O verme vive nos vasos do sistema porta e são eliminados nas fezes Região endêmica: sudeste e nordeste Patogenia: cicatrização – reação granulomatosa → fibrose hepática → compromete a circulação sanguínea no sistema porta → hipertensão portal → distensão abdominal + ascite + circulação colateral + varizes do esôfago Diagnósticos diferenciais: ✓ Calazar ✓ Cirrose hepática (terá função hepática alterada, não ocorre na esquistossomose) ✓ Esplenomegalia hiper-reativa da malária (tem anemia hemolítica, icterícia) ✓ Linfoma ✓ Leucemia A.E: Trypanosoma cruzi – protozoário Mecanismo de transmissão: ✓ Fezes do triatomídeo – mais comum ✓ Transfusão de sangue e derivados ✓ Transmissão congênita Se positivo, o tratamento deve ser feito após o segundo trimestre trimestre para evitar efeito teratogênico das drogas ✓ Amamentação ✓ Alimentos contaminados E.L: leucocitose com predomínio de linfócitos atípicos QUADRO CLÍNICO • Assintomático (maioria) • Período de incubação: 10 dias a 2 anos • QC clássico: febre baixa inicialmente + esplenomegalia + perda de peso/apetite • Lesão da picada: mácula → pápula → depois de 2 a 3 • Leishmaniose cutânea localizada ✓ Lesões únicas/múltipla s na cabeça e no pescoço + autolimitadas (semanas meses) + úlcera evolui para • Período de incubação: 12 horas a 5 dias • Coceira no local – dermatite cercariana (eritema + prurido no local da ferida) – é autolimitante • Forma aguda ✓ Comum em crianças ✓ Sinal de Romaña: ocorre quando a porta de entrada é o olho Conjuntivite + edema palpebral unilateral + adenopatia satélite pré- auricular - autolimitada ✓ Infecção generalizada: febre alta /taquicardia + linfadenopatia e semanas vira úlcera (borda sobrelevada, bem delimitada com hiperemia local com aspecto sujo no fundo; incomoda, mas não dói DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: LINFOMA cura/cicatriz ✓ Pode ocorrer infecção secundária e erosão do tecido • Leish cutaneomucos a ✓ Imunidade celular baixa + resposta humoral intensa • Leish cutânea difusa – disseminada na pele ✓ Lesões múltiplas frequente em face e membros e RARAS em troncos ✓ Não tem úlcera e não é autolimitante ✓ Não há imunidade mediada por células + boa resposta humoral • • Mais intensa nas próximas exposições esplenomegalia + edema generalizado (quente e duro) – não chega a ser anasarca • Forma aguda congênita ✓ Hepatoesplenomegalia ✓ Icterícia ✓ Hemorragias cutâneas ✓ Sinais neurológicos (em prematuros) ✓ Causas: ICC grave, morte súbita • Forma indeterminada ✓ 50% dos casos ✓ Não apresenta sinais clínicos ✓ Não há redução da resposta imune celular ✓ ECG/rx de tórax normal - radiológicos do esôfago/colon também normal ➔ Diagnóstico: sorologia, xenodiagnóstico, hemocultura ou PCR • Forma crônica ✓ Início: longo período de latência (forma indeterminada) – dura de 10 a 30 anos ✓ Após isso, evolui para: Cardiopatia chagásica Megaesôfago (QC: disfagia + odino, regurgitação) Megacolón – QC: interrupção da eliminação de gases, muita dor, Comprometimento dos nervos periféricos (raro) ➔ Sintomas: ✓ Congestão hepática passiva (1ª manifestação) ✓ Fenômenos tromboembólicos (pulmão, baço, rins) ✓ Dor precordial ✓ Morte súbita – fibrilação ventricular; bradiarritmias FASES DA DOENÇA Período inicial: ✓ Estado geral preservado ✓ Febre < 4 semanas + palidez + hepatoespleno + dor abdominal HCE (crescimento do baço) ✓ Anemia, hipergamaglobulinemia , ✓ PCR/VHS elevad Período de estado ✓ Exacerbação da febre/hepatespleno + comprometimento do estado geral ✓ Febre irregular, emagrecimento Período final ✓ Piora do estado geral, desnutrição proteico- calórica ✓ Morte por infecções secundárias ✓ Edema, anasarca ➔ Hemorragia por hiperesplenismo – plaquetopenia ➔ “ por acometimento hepático – menor produção de fatores de coagulação ➔ “ M.O – menos produção de plaquetas ✓ Lesão renal: glomerulonefrite ou nefrite intersticial; proteinúria, hematúria, leucocitúria Aguda/Febre de Katayama: ✓ 3 a 7 semanas após a dermatite cercariana ✓ Cura sozinho – comum ser primo- infecção ✓ QC: exposição + dermatite cercariana + MEG, inapetência, dor em HCD + hepatoespleno + leucocitose eosinofilia ✓ Paciente pode ter tosse – síndrome de loufer Crônica Formas: hepatointestinal, hepato-esplenica, pulmonar, genitourinária, glomerular, neuroesquistossom ose • Estágio 1/ forma intestinal ✓ Até 30 anos depois ✓ Não tem hipertensão portal, ✓ Dor abdominal + diarreia • Estágio 2/ forma hepatointestinal ✓ 90% assintomática – achado incidental em exame parasitológico de fezes com ovos, eosinofilia ✓ Hepatomegalia com fibrose (granulomatose periportal) ✓ Sintomas intestinais: fezes Reativação da doença de chagas ✓ Pop de risco: ✓ HIV+: Aumento da parasitemia e título de IgG e IgM não aumentam; miocardite aguda – sinais de ICC Meningoencefalite: LCR com celularidade normal ou pleocitose com predomínio linfomonocitário Exame direto e cultura: T.cruzi ✓ Transplantados de órgãos: Febre + sinais de miocardite + lesões cutâneas Sorologia: IgM negativo Diagnóstico: biópsia de miocárdio ou pele ➔ Formas clínicas: Lesões tumorais ou necróticas no parênquima cerebral Miocardite líquidas/consistênci a – liberação de ovos → contamina áreas próximas de onde defeca • Estágio 3/forma hepatoesplênica compensada ✓ Presença de granulomatose periportal grave – hipertensão portal (devido a fibrose dos vasos portais; hepatócitos intactos) Esplenomegalia, ascite moderada e varizes do esôfago) • Estágio 4/forma hepatoesplênica descompensada ✓ Esplenomegalia grave, varizes de esôfago sangrantes ✓ Desnutrição → anemia, leucopenia, plaquetopenia (falta de nutrientes) ✓ Complicações: ascite, HDA, trombose da veia porta, hiperesplenismo • Forma pulmonar ✓ Hipertensão pulmonar → sobrecarga do VD – sintomas de ic direita (hepatoespleno, edema, estase jugular) ✓ E.L: ECG, rx de tórax, ECO • Glomerulopatia ✓ Deposição de imunocomplexos → glomerulonefrite ✓ Síndrome nefrótica • Forma neurológica ✓ Paraplegia EXAMES LABORATORIAS • Hemograma, TGO/TGP, creatinina, urina tipo 1, biópsia de medula óssea sob suspeita de leishmaniose visceral DIAGNÓSTICO • Clínico: sinais + sintomas característicos • Imunológico: imunofluorescência indireta e ELISA (sorologia vem apenas como anticorpos totais, não da pra saber se é infecção antiga ou nova) • Parasitológico: visualização do parasita em cultura ou em esfregaço de punção do baço, medula óssea, linfonodos ou em biópsia de tecidos – principalmente em áreas endêmicas (exclui linfoma) • Reação de Montenegro: negativa na leishmaniose visceral, positiva na leishmaniose cutânea • Anticorpo ➔ Cutâneo localizada/difus a: muito anticorpo ➔ Cutâneo mucosa: poucoanticorpo Intradermorreação – inoculação do subcutâneo com o agente, forma nódulo • Parasitológico – PADRÃO ✓ Raspado da lesão cutânea com exame direto e cultura ✓ O local do raspado é entre a borda da lesão e saída da pele (no meio é uma área colonizada por bactéria – leish se expande para os cantos) ➔ Cutâneo mucosa: tirar crosta + lavar com soro e raspar no fundo ➔ Cutânea difusa : tirar pápula inteira, dar ponto se precisar de biópsia • Pesquisa de ovos nas fezes – 3 amostras ✓ Kato-ktz Lutz • Pesquisa de antígenos circulantes • Sorologia ✓ Pouca sensibilidade, fica positiva para sempre mesmo com tratamento • Biópsia da mucosa retal/fígado ✓ Invasivo, realizada quando teste não invasivo da normal, mas a suspeita persiste USG: auxilia no diagnóstico de fibrose hepática • Fase aguda/reativação ✓ Exame direto e cultura de sangue, LCR e material de biopsia ✓ Xenodiagnóstico ✓ Sorologia para chagas: 2 amostras • Fase crônica/indeterminada ✓ Biópsia de miocardio, esofago/colon ✓ Sorologia - indica somente contato ✓ Xenodiagnóstico (baixa performance) TRATAMENTO • Antimoniato • Controle da • Oxaminiquine (mansil) 1ª escolha: nifurtimox pentavalente (glucantime) – IM em ambulatório e endovenosa em interação – 20 a 40 dias; Sintomas melhoram a partir da 3ª semana Pode causar hepatite medicamentosa + BAV + morte súbita (deve- se analisar se paciente já possui algum problema cardíaco – ECG ) • Anfotericina B – 14 a 20 dias de medicamento = é nefrotóxica; deve-se acompanhar creatinina • Miltefosina – oral porém é cara infecção secundária L cutânea localizada: não há necessidade de tratamento (mas tem que tratar) L cutânea mucosa/difusa: glucantime e anfotericina b • Praziquantel ✓ Único medicamento que cura ✓ Repete 3 amostras de PPF 4 meses após o tratamento pra ver se funcionou, se não, faz de novo • Corticoide adjuvante – administrar 24/48h antes do anti- parasitário porque quando os vermes morrem não vai ter tanta inflamação se adm corticoite • Principalmente na ESQ aguda/forma neurológica Alternativs: benzonidazol
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