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1 aula Platyhelminthes e Nematoda

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Universidade Federal do Ceará
Profª Drª Carla Ferreira Rezende
Por que existem tantas espécies de 
vermes?
Por que existem tantas espécies de 
vermes?
� Esse grupo não é um grupo monofilético
� “Vermes” termo informal de denominar organismos 
sem pernas e de corpo mole, cujo comprimento exceda sem pernas e de corpo mole, cujo comprimento exceda 
a largura.
� Simetrial Bilateral – caráter que define o grupo 
bilateria (grupo monofilético)
Simetria bilateral
Corpo polarizado com o 
gradiente locomotor
Região anterior com 
órgãos sensoriais 
especializados 
Superfície dorsal com 
estruturas de proteção
Conchas 
Espinhos
Escamas 
Pelos
Superfície ventral com 
apêndices locomotores
Cílios 
Pé muscular
Cerdas
Apêndices
Planos de Simetria
Radial Filo Cnidaria
Bilateral Demais filos
Qual o significado adaptativo da simetria Qual o significado adaptativo da simetria 
bilateral ?bilateral ?
Planos de simetria
Radial – orientação vertical
Ambiente uniforme ao redor 
da circunferência do corpo
Planos de simetria
Bilateral – orientação perpendicular
Corpo polarizado com o gradiente 
locomotor Maior 
chance de chance de 
encontrar o 
alimento 
distribuído 
em 
aglomerados 
isolados 
sobre o 
substrato
Planos de simetria
Simetria Radial Simetria Bilateral 
Rede nervosa difusa e reticulada
Monitora o ambiente de todos os 
lados
Cefalização
Rede nervosa longitudinal
Planos de simetria
Simetria radial 
Adaptação à vida séssil
Simetria bilateral
Relacionada com a 
mobilidade e cefalização
Planos de simetria
Simetria radial Simetria bilateral
2 epítilos
Epiderme
gastroderme
3 epitélios
Epiderme
Gastroderme
Mesoderme
Planos de Simetria
Radiata
epiderme
gastroderme
Bilateria
Ectoderme
Endoderme
mesoderme
Órgãos e 
sistemas
Simetria bilateral
O aparecimento da simetria bilateral na evolução 
animal foi um grande avanço, porque os animais 
bilaterais são muito mais bem adaptados para um 
movimento direcional (movimento em frente) que movimento direcional (movimento em frente) que 
os animais radialmente simétricos. Os animais 
bilaterais formam um grupo monofilético de filos 
chamado Bilateria. A simetria bilateral está 
fortemente associada com a cefalização.
“Vermes” são tripoblásticos
Apresentam uma terceira camada germinativa o 
mesoderma, do qual derivam suas fibras 
musculares. A presença do mesoderma é uma musculares. A presença do mesoderma é uma 
importante diferença dos Cnidários porque 
separa as fibras musculares das células das duas 
outras camadas, permitindo que se orientem 
em todas as direções. 
Filogenia de triploblásticos
deuterostomado
prototosmado
Simetria bilateral
Ctenophora
Clivagem 
principalmente 
radial, o blastóforo
dá origem ao ânus, 
enterocélio com 
formação de bolsa 
externa do estômago
Ectoderma, endoderma e mesoderma
Sinapses com acetilcolina, esperma 
com acrossomo
Bento-pelagico, simetria bilateral, 
corpo com pólo apical , boca vental, 
apomorfias
externa do estômago
Blastóforo se torna 
boca + anus, células 
multiciliadas, larva 
trocóf0ra
Fonte: Nilsen 1995
Protostomados e deuterostomados
Moore. 2003
Clivagem 
espiral
Endomesoderma 
geralmente 
derivado de um 
blatomero 4d
Em celomados 
protostomados o 
celoma 
esquisiocelico
Clivagem 
mais radial
Endomesordema a partir de 
bolsas enterocélicas (exceto 
cordados)
Em celomados, o celoma 
forma-se a partir de 
bolsas enterocélicas
(exceto cordados que 
são esquiozocélicos)esquisiocelico são esquiozocélicos)
Boca 
formada a 
partir do 
blastóporo
Ânus 
formado a 
partir do 
blastóporo
Esqueletos hidrostáticos
Os animais de corpo mole, sem esqueleto 
duro, utilizam esse fator para reestender 
seus músculos, a maioria utilizando um seus músculos, a maioria utilizando um 
corpo cavidade cheia de fluídos.
� Escavadores (anelídeos e muitos vermes) – contração 
circular x contração longitudinal
� Movimento em ondas (nematódeos, anelídeos 
poliquetas e muitos outros)
Esqueletos hidrostáticos
poliquetas e muitos outros)
� Jato de propulsão (octopus, lula, sibas, e também 
algumas águas-marinhas) -
� Ondas musculares (platelmintos) – lenta propulsão
Filo Platyhelminthes
Características gerais
� Plano básico de organização bilateral que foi 
amplamente explorado no reino animal 
� Triblásticos, mesoderma desenvolvido em um 
folheto germinativo bem desenvolvido
� Cefalização foi estabelecida juntamente com a 
simetria bilateral
� Sistema mesenquimatoso de fibras musculares
� Animais com sistema excretor simples
� Estruturas especializadas e únicas ocorrem em todos 
os três filos. O hábito parasita em muitos 
platelmintos levou a muitas adaptações 
especializadas, tais como os órgãos de adesão
Características gerais
especializadas, tais como os órgãos de adesão
Filogenia de Platyhelminthes
Classe Turbelaria
� São considerados um grupo parafilético.
� As sinapomorfias como epiderme afundada e 
desenvolvimento ectolécito agrupam alguns 
Classe Turbelaria
desenvolvimento ectolécito agrupam alguns 
turbelários como filogeneticamente mais próximos dos 
Trematoda, Monogena e Cestoda.
Classe Trematodea
� São todos parasitas, quando adultos quase todos 
parasitas de vertebrados
� Adaptações ao parasitismo: glândulas de penetração 
ou glândulas para a produção de material para cistos, 
Classe Trematodea
ou glândulas para a produção de material para cistos, 
órgãos de adesão tais como ventosas e ganchos, 
aumento da capacidade reprodutiva.
Classe Cestoda
Forma e Função
Epiderme celular ciliadaCélulas de radbitos
Formam um envoltório protetor 
ao redor do corpo
Forma e Função
Sistema adesivo duoglandular
As secreções das 
células glandulares 
viscosas 
aparentemente 
firmam os microvilos
das células de 
ancoragem no 
substrato, e secreções 
das células glandulares 
liberadas
Duas glândulas viscosas
Uma glândula liberadora
liberadas
Nutrição e digestão
Boca e 
Faringe
Câmara 
faríngea
Nutrição e digestão
Se alimentam de 
crustáceos, nemátodes, 
rotíferos e insetos
Apreendem sua presa com 
a extremidade anterior, 
enrola seu corpo ao redor 
da presa e estende sua 
probócite e suga o alimento 
em pequenas quantidades
Excreção e osmorregulação
Tubo osmoregulatório Células-flama
Células-flama
Excreção e osmorregulação
Os protonefrídeos dos tubelários funcionam principalmente como estruturas 
de osmorregulação. Os protonefrídeos dos tunerlarios podem ocorrer em 
bulbos denominados de células-flama e podem ocorrer isoladamente ou em 
pares.
Imagem Brusca e Brusca
Sistema nervoso - Turbelaria
Sistema nervoso evoluiu em 
associação com a simetria 
bilateral 
Concentração de órgãos do 
sentido na extremidade 
anterior da cabeça
Imagem Brusca e Brusca
Sistema nervoso – Trematodae
Sistema nervoso em 
forma de escada
O glânglio cerebral 
inclui dois lóbulos 
bem definidos 
conectados por uma conectados por uma 
comissura 
transversal dorsal. 
Imagem Brusca e Brusca
Sistema nervoso – Cestodea
O glânglio cerebral é um anel nervoso complexo localizado no escólex
Reprodução e regeneração
Reprodução assexuada
É comum entre os turbelários de água doce e terrestres
Normalmente ocorre por fissão transversal
Reprodução Sexuada
Todos são monóicos (hermafrotitas)
Clivagem espiral – característica de protostômios
Testículo anterior 
útero
ovário
Reprodução Sexuada
ovário
testículo
Poro genital comum
Pênis
Ciclos de vida – Monogenea
Apresentam ciclos de vida simples com apenas um hospedeiro
Maioria ectoparasita de peixes
Adulto vivem 
oncomiracídio
Adulto vivem 
em câmaras do 
hospedeiro
Ciclos de vida - Trematoda Digenea
Após a fertilização, os zigotos 
são liberados via fezes do 
hospedeiro, urina ou catarro
Após alcançar a água são 
ingeridos por um parasita 
hospedeiro intermediário ou 
eclodem como larvas ciliadas eclodem como larvas ciliadas 
livres-natantes (miracídios)
Muitas gerações assexuadas 
ocorremno hospedeiro 
intermediário, finalmente 
produzindo formas livres 
natantes chamadas cércarias
Ciclo de vida de Schistosoma mansoni
Ciclos de vida - Cestodea
� Planos de simetria
Radiata
Epitélio adulto
Ediperme
Gastroderme (Endoderme)
Bilateria
Novo epitélio
Órgãos
Sistemas
Radiata
1ª cavidade digestiva
Celêntero (cavidade digestiva) múltiplas 
funções
Bilateria
Trato digestivo livre para 
se especializar na digestão
Novo compartimento funções
�Digestão-absorção
�Transporte interno
�Suporte hidrostático
�Excreção
�Reprodução
Novo compartimento 
interno
�Digestão-cavidade digestiva
�Novo compartimento –
demais funções
� Planos de simetria
Planos de Simetria
Bilateria
Novo compartimento
Quais funções?O que é?
Esqueleto 
hidrostático
Transporte interno
Reprodução
Excreção
Espaço com líquido, 
situado entre a cavidade 
digestiva e a parede 
corporal, contendo os 
órgãos.
Arquitetura corporal em Bilateria
Acelomados
Esqueleto = água do 
interior das células e 
dos espaços dos 
tecidos
Pseudocelomados
Esqueleto =
água do interior do 
pseudoceloma
Celomados
Esqueleto
Água do interior do celoma
Arquitetura – cavidades do corpo
As cavidades do corpo estão relacionados com um esqueleto 
hidrostático muito mais eficiente. 
Característica que evoluiu separadamente várias vezes. Por isso 
essa característica não é um guia para filogenia.
Celomas são cavidades do corpo envoltas pelo mesoderma em todos 
os lados.
Pseudoceles não constituem um único tipo de cavidade: aqui se 
rompe a classificação tradicional. Os pseudocelomados estão reunidos 
pela ausência de uma camada de mesoderma entre a cavidade e o 
intestino.
Hemoceles são blastoceles persistentes (a primeira cavidade 
formada) expandidas e preenchidas por sangue, agindo tanto como 
cavidade do corpo quanto substitutos para os sistemas de sangue 
canalizado. Ocorrem em Moluscos e Artrópodes.
Características gerais de Nematoda
� Tripoblásticos, bilaterais, vermiformes, não-
segmentados, blastocelomados
� Corpo circular em seção transversal e coberto por uma 
cutícula em camadas; crescimento em juvenis cutícula em camadas; crescimento em juvenis 
geralmente acompanhado do descarte de cuticular.
� Com órgãos sensorais cefálicos chamados de anfídios; 
alguns possuem órgãos sensoriais caudais chamados 
de fasmídios.
� Trato digestivo completo, várias estruturas bucais 
arranjadas em um padrão radialmente simétrico
� A maioria com sistema excretor único, compreendido 
Características gerais de Nematoda
� A maioria com sistema excretor único, compreendido 
por uma ou duas células renete ou um conjunto de 
túbulos coletores
� Sem estrutura de especiais para circulação ou trocas 
gasosas 
� Parede corporal possui apenas músculos logitudinais
(sem músculos circulares)
� Epiderme celular ou sincicial (que secreta cutícula), 
formando cordões longitudinais alojando cordões 
Características gerais de Nematoda
formando cordões longitudinais alojando cordões 
nervosos
� Dióicos, machos geralmente com extremidade 
posterior em forma de gancho
Classe Adenophorea (Aphasmida)
� Apresentam quimiorreceptores cefálicos (anfídios)
� Fasmídios caudais ausentes 
� Sistema excretor comparativamente simples, não 
cutilizado e sem túbulos coletores
� Maioria de vida livre 
Classe Adenophorea (Aphasmida)
Classe Secernentea (Phasmida)
� Apresenta anfídios cefálicos e fasmídios caudais
� Sistema excretor comparativamente complexo, com 
alguns ductos cuticularizados e e túbulos coletores 
bem desenvolvidosbem desenvolvidos
� A maioria é parasita
Classe Secernentea (Phasmida)
Parede do corpo, sustentação e 
locomoção
� Corpo recoberto por cutícula bem desenvolvida e com 
complexo padrão de camadas, secretada pela 
epiderme.
� A cutícula é um dos responsáveis por permitir a 
invasão de ambientes hostis, como solos terrestres 
secos e o trato digestivo de hospedeiros.
Parede do corpo, sustentação e 
locomoção
A textura da cutícula é extremamente variável entre os nematódeos. Os 
parasitas geralmente possuem uma densa camada de cutícula, enquanto a 
maioria das formas de vida livre e marinhas não possuem essa camada
Parede do corpo, sustentação e 
locomoção
Superfície do corpo espessa
Cutícula acelular secretada 
pela epiderme adjacente 
(Hipoderme)
A hipoderme é sincical e seus núcleos ficam situados 
em quatro cordões hipodérmicos que se projetam 
internamente
EpidermeEpiderme
(Ectoderme)(Ectoderme) 
T. DigestórioT. Digestório
(Endoderme)(Endoderme) 
Pseudoceloma
PseudocelomaPseudoceloma
(Mesoderme)(Mesoderme) 
bocaboca PseudocelomaPseudocelomaIntestinoIntestino
FaringeFaringe cutículacutícula
AnelAnel
nervosonervoso
ovárioovárioPoro Poro 
excretorexcretor PoroPoro
reprodutivoreprodutivo
ÂnusÂnus
Sistema digestório completo
Boca (anterior)
Ânus (posterior)
Boca
Camada de 
quitina 
sobre a 
epidermeepiderme
� O sistema locomotor depende totalmente dos 
músculos que trabalham contra a cutícula e a pressão 
interna.
Não existem cílios. O movimento é obtido pela 
Parede do corpo, sustentação e 
locomoção
� Não existem cílios. O movimento é obtido pela 
contração de quatro blocos de músculos 
longitudinalmente.
� A coordenação do sistema ocorre principalmente por 
força hidráulica. A locomoção é possível apenas 
quando existe solo ou tecido para trabalhar contra a 
pressão do corpo.
Alimentação
Estilete para perfurar a presa
Boca e lábio para se fixar a parede intestinal do 
hospedeiro
Tubo digestivo
Faringe muscular
Intestino longo não muscular
ânus
boca
Circulação
� Não há estruturas gasosas ou trocas gasosas especiais 
nos nematodeos
� Estas funções são realizadas por difusão e movimentos � Estas funções são realizadas por difusão e movimentos 
dos fluídos das cavidades corporais
� Metabolismo aeróbicos e anaeróbicos são observados 
nesse filo e muitos podem mudar o mecanismos de 
acordo com as concentrações de oxigênio.
Reprodução
Dióicos, dimorfismo sexual 
Macho com 
espículas 
copulatórias
Macho
Fêmea
Fêmea
Ascaris lumbricoides
Ascaris lumbricoides
Ascaris lumbricoides
2 – os ovos fecundados 
podem permanecer nos 
solos por anos
3- desenvolvimento 
4- ingestão
5 – eclosão, perfuram a 
parede do intestino parede do intestino 
atingindo veias e vasos e 
são levados até os pulmões
6-Nos pulmões arrombam 
alvéolos e são levados até a 
traqueia 
7-ao alcançar a faringe os 
jovens são engolidos e e
passam pelo estomago 
amadurecem e passam ao 
intestino
WWWWuchereria bancrofti
Elefantíase ou Elefantíase ou Elefantíase ou Elefantíase ou filariosefilariosefilariosefilariose linfáticalinfáticalinfáticalinfática
Inflamação e 
obstrução do sistema 
linfático, crescimento 
excessivo dos tecido excessivo dos tecido 
conjuntivo e um 
enorme inchaço das 
partes afetadas
Fitoparasitas
MeloidogyneMeloidogyne Pratylenchus sppPratylenchus spp RadopholusRadopholus
Meloidogyne
Galhas causadas pelo ataque do gênero Meloidogyne em 
cana-de-açúcar. Fonte: Dinardo-Miranda
Meloidogyne
Galha causada pelo parasitismo de nematóides do gênero Meloidogyne
em cana-de-açúcar. Fonte: Barbosa, B. F. F.
Meloidogyne
Pratylenchus
Lesões em raiz de algodoeiro causadas 
por Pratylenchus brachyurus
Pratylenchus
Pratylenchus brachyurus no interior de 
raiz de algodoeiro
Radopholus
Radopholus
Radopholus
Radopholus

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