Buscar

ATA LINHARES RAMOS 2011

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS E BIOESTRATIGRÁFICAS DE OSTRACODES 
NEÓGENOS DA FORMAÇÃO SOLIMÕES, AMAZONAS, BRASIL 
 
PALEOENVIRONMENTS AND BIOESTRATIGRAPHIC INTERPRETATIONS OF OSTRACODS 
FROM THE NEOGENE SOLIMÕES FORMATION, AMAZONAS, BRAZIL 
 
Ana Paula Linhares1 (biolinhares@yahoo.com.br) e Maria Inês Feijó Ramos2 (mramos@museu-
goeldi.br) 
 
1Universidade Federal do Pará, 2Museu Paraense Emílio Goeldi 
 
 
RESUMO 
A análise de 93 amostras da perfuração 
1AS-31-AM permitiu verificar a abundância e 
diversidade da ostracofauna na Formação 
Solimões, registrando a presença de 5 famílias 
distribuídas em 5 gêneros e 22 espécies. O 
gênero Cyprideis é o mais abundante, 
representando 96% da ostracofauna. A 
distribuição estratigráfica dos ostracodes bem 
como da microfauna associada permitiu a 
reconstrução da evolução paleoambiental destes 
depósitos, além do estabelecimento de três 
biozonas com idade entre o final do Mioceno 
Inferior e início do Mioceno Superior. 
 
Palavras-chave: Cyprideis; Formação 
Solimões; evolução paleoambiental. 
 
ABSTRACT 
Analysis of 93 samples of well 1AS-31-
AM showed abundance and diversity of 
ostracods in Solimões Formation, recording the 
presence of 5 families distributed in 5 genera 
and 22 species. Cyprideis genus is the most 
abundant representing 96% of total ostracods. 
The stratigraphic distribution of species 
ostracods and the associated microfauna 
allowed the reconstruction of the 
paleoenvironmental evolution of these deposits, 
and the establishment of three biozone aged 
between the later Early Miocene to early Late 
Miocene. 
 
Keywords: Cyprideis; Solimões Formation; 
paleoenvironmental evolution. 
 
INTRODUÇÃO 
Diversas ferramentas metodológicas vêm 
sendo utilizadas na busca da reconstrução do 
passado do Neógeno da Amazônia Ocidental, 
como a exemplo os estudos palinológicos 
(Silva-Caminha et al. 2010), com a ostracofauna 
(Muñoz-Torres et al. 2006, Ramos 2006), 
malacofauna (Wesselingh et al. 2006), peixes 
(Monsch 1998), e de aspectos geológicos em 
geral (Hoorn et al. 2010). Contudo, a evolução 
dos ambientes deposicionais e as evidências 
apontadas sobre as incursões marinhas ainda são 
debatidas. Diante disto, o estudo de ostracodes 
do testemunho de sondagem 1AS-31-AM (lat. 
05°18’S - long. 71°02´W), localizado as 
margens do Rio Ituí, no sudoeste do Estado do 
Amazonas, Brasil (ver figura 1), vem a 
contribuir para o refinamento destas 
interpretações. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
O material compreende 93 amostras do 
testemunho 1AS-31-AM (302,05m), as quais 
caracterizam-se por argilitos e siltitos finamente 
laminados ou maciços associados a delgadas 
camadas de arenitos, linhito e calcário (ver 
figura 1). Estas foram processadas com técnicas 
usuais para microfósseis calcários. Foram 
utilizadas as frações de malhas 32, 60 e 80 
Mesh. As fotomicrografias foram obtidas 
através de um microscópio eletrônico de 
varredura LEO modelo 1450VP do Museu 
Paraense Emilio Goeldi. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A ostracofauna mostrou-se abundante, 
com 1.255 espécimes, e diversa com 22 espécies 
(ver figura 2), das quais 13 já haviam sido 
descritas em trabalhos anteriores e 09 táxons 
permanecem ainda em nomenclatura aberta. As 
espécies estão representadas por 5 gêneros 
(Candona, Cypria, Cytheridella, Cyprideis e 
Ana Paula
Note
Retirar a letra S do termo em inglês PALEOENVIRONMENTS
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cypria, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Candona, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cytheridella, pois trata-se de um gênero.
 
Darwinula) e 4 famílias, onde Cytherideidae é a 
mais representativa. O gênero Cyprideis, com 
18 espécies, é o mais diverso e mais abundante 
(96%). Além dos ostracodes, ocorrem ainda 
microfósseis associados, os quais incluem 
foraminíferos, briozoários, ictiólitos de peixes, 
moluscos, raras carófitas e fragmentos de 
decápodas (ver figura 2). A distribuição dos 
microfósseis permitiu verificar variações dos 
paleoambientes na coluna estratigráfica, onde na 
base do testemunho a assembléia de 
microfósseis é característica de ambientes 
lacustres, ocorrendo exclusivamente Cyprideis, 
gradando para a porção mediana de assembléia 
mista, com elementos tipicamente marinhos 
(foraminíferos planctônicos e bentônicos, 
briozoários, moluscos e peixes), transicionais 
(foraminíferos aglutinantes e ostracodes) e não-
marinhos (ostracodes dos gêneros Candona e 
Cytheridella). Esta porção evidencia um 
episódio de curta ingressão marinha com 
intercalação de ciclos de água salobra e de água 
doce para o Neógeno da Amazônia Ocidental, 
conferindo com as interpretações de Hovikoski 
et al. 2010, e que já havia sido registrada na 
porção noroeste do Amazonas por Hoorn 1993. 
O topo da seqüência apresenta maior influência 
continental, suportada pela presença de espécies 
típicas de água doce, além de representantes do 
gênero Cyprideis. Com base em trabalhos 
bioestratigráficos realizados por Hoorn 1993 
(polens) e Munoz-Torres et al. 2006 
(ostracodes) foi possível datar a porção estudada 
entre o final do Mioceno Inferior a início do 
Mioceno Superior. A distribuição estratigráfica 
das espécies de Cyprideis permitiu estabelecer 
três biozonas denominadas OS1, OS2 e OS3, as 
quais correspondem respectivamente ao final do 
Mioceno Inferior/início do Mioceno Médio, 
Mioceno Médio e final do Mioceno 
Médio/início do Mioceno Superior. 
 
CONCLUSÃO 
O predomínio do gênero Cyprideis 
indica condições paleoambientais muito 
peculiares para a seqüência estudada. Tais 
condições estão relacionadas a rápidas 
ingressões do mar evidenciadas pela ocorrência 
de uma fauna tipicamente marinha associada a 
elementos não marinhos, alterando bruscamente 
o gradiente de salinidade do ambiente. Com 
base no biozoneamento dos depósitos 
estudados, é possível inferir que este episódio 
provavelmente ocorreu durante o Mioceno 
Médio. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
HOORN, C. 1993. Marine incursions and the 
influence of Andean tectonics on the Miocene 
depositional history of northwestern Amazonia: 
results of a palynostratigraphic study. 
Palaeogeography, Palaeoclimatology, 
Palaeoecology, 105: 267-309. 
 
HOORN, C., WESSELINGH, F. P., 
HOVIKOSKI, J., GUERRERO, J. 2010. The 
development of the Amazonian mega-wetland 
(Miocene; Brazil, Colombia, Peru, Bolívia) In: 
Hoorn C. & Wesselingh F. (eds) Amazonia: 
Lanscape and species evolution, a look into the 
past, Wiley-Blackwell publications, p.123-142. 
 
HOVIKOSKI, J., WESSELINGH, F.P., 
RÄSÄNEN, M., GINGRAS, M., VONHOF, 
H.B. 2010. Marine influence in Amazonia: 
evidence from the geological record. In: Hoorn 
C. & Wesselingh F. (eds) Amazonia: Lanscape 
and species evolution, a look into the past, 
Wiley-Blackwell publications. p. 143-161. 
 
MAIA, R. G. N., GODOY, H. de O., 
YAMAGUTY, H. S., MOURA, P. A., COSTA, 
F. S. F. da, HOLANDA, M. A., COSTA, J. A. 
1977. Projeto Carvão no Alto Solimões; 
Relatório Final. Manaus: CPRM, DNPM, 1:142 
p. 
 
MONSCH, K. A. 1998. Miocene fish faunas 
from the northwestern Amazonia Basin 
(Colombia, Peru, Brazil) with evidence of 
marine incursions. Palaeogeograhy, 
Palaeoclimatology, Palaeoecology, 143: 31-50. 
 
MUÑOZ-TORRES, F., WHATLEY, R., 
HARTEN, VAN. D. 2006. Miocene ostracod 
(Crustacea) bioestratigraphy of the upper 
Amazon Basin and evolution of the genus 
Cyprideis. Journal of South American Earth 
Sciences, 21: 75-86. 
 
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, poistrata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cyprideis, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Darwinula, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Candona, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Italizar o termo Cytheridella, pois trata-se de um gênero.
Ana Paula
Note
Inserir P. depois Wesselingh F.
Ana Paula
Note
Inserir antes da palavra Amazonas: Estado do
 
RADAMBRASIL. 1977. Folha SB.19 Juruá: 
geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação e 
uso potencial da terra. DNPM, Brasil, 436. 
 
RAMOS, M. I. F. 2006. Ostracods from the 
Neogene Solimões Formation (Amazonas, 
Brazil). Journal of South American Earth 
Sciences, 21: 87-95. 
 
SILVA-CAMINHA, S. A. F., JARAMILLO, C. 
A., ABSY, M. L. 2010. Neogene palynology of 
the Solimões Basin, Brazilian Amazonia. 
Palaeontographica, Abteilung B: Palaeobotany–
Palaeophytology, 283, 1–3: 1-67. 
WESSELINGH, F. P.; HOORN, M. C., 
GUERRERO, J., RÄSÄNEN, M. E., ROMERO 
PITTMANN, L., SALO, J. 2006. Stratigraphy 
of Miocene Amazonian deposits. Scripta 
Geologica, 133: 291-322. 
 
WANDERLEY FILHO, J. R. W.; EIRAS, J. F.; 
CUNHA, P. R. C.; VAN DER VEN, P. H. 2010. 
The Paleozoic Solimões and Amazonas basins 
and the Acre foreland basin of Brazil. In: Hoorn 
C. & Wesselingh F. (eds) Amazonia: Lanscape 
and species evolution, a look into the past, 
Wiley-Blackwell publications, p. 29-37. 
 
Ana Paula
Note
Substituir a pontuação ; por ,
Ana Paula
Note
Substituir a pontuação ; por ,
Ana Paula
Note
Inserir P. depois Wesselingh F.
 
 
Figura 1. Localização da área de estudo e coluna estratigráfica do testemunho 1AS-31-AM (modificado de 
RADAMBRASIL 1977 e Maia et al. 1977) 
 
 
 
Figura 2. Assembléia de ostracodes e grupos fósseis associados- Ostracodes: 2.1. Cyprideis amazonica Purper, 
1979; 2.2. C. aulakos Muñoz-Torres et al., 1998; 2.3. C. caraionae Purper & Pinto, 1985; 2.4. C. cyrtoma 
Muñoz-Torres et al., 1998; 2.5. C. graciosa Purper, 1979; 2.6. C. inversa Purper & Pinto, 1983; 2.7. C. lacrimata 
Muñoz-Torres et al., 1998; 2.8. C. machadoi Purper, 1979; 2.9. C. olivencai Purper, 1979; 2.10. C. pebasae 
Purper, 1979; 2.11. C. sulcosigmoidalis Purper, 1979; 2.12. Cyprideis sp. 1; 2.13. Cyprideis sp. 2; 2.14. 
Cyprideis sp. 3; 2.15. Cyprideis sp. 4; 2.16. Cyprideis sp. 5; 2.17. Cyprideis sp. 6; 2.18. Cyprideis sp. 7; 2.19. 
Candona sp.; 2.20. Cytheridella sp.; 2.21. Cypria aqualica Shepard & Bate, 1980; 2.22. Darwinula fragilis 
Purper, 1979; Foraminíferos: 2.23. Amphistegina sp.; 2.24. Globorotalia sp.; 2.25. Quinqueloculina sp.; 2.26. 
Planorbulina sp.; 2.27. Textularia sp.; 2.28. Briozoário indeterminado; 2.29. Ictiólito de Peixe: escama de 
tubarão; Molusco: 2.30. Melongena sp 
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis amazonica.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 1.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 2.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 3.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 6.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 5.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 4.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cyprideis sp. 7.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cypria aqualica.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. aulakos.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. caraione.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. cyrtoma.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. graciosa.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. inversa.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. lacrimata.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. machadoi.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. olivencai.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. pebasae.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie C. sulcosigmoidalis.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Candona sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Cytheridella sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Darwinula fragilis.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Amphistegina sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Globorotalia sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Quinqueloculina sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Planorbulina sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Textularia sp.
Ana Paula
Note
Italizar o nome de espécie Melongena sp.
 
 
Ana Paula
Note
Nesta página não há nenhuma informação referente ao nosso trabalho.
	Untitled

Continue navegando