INTOXICAÇÃO EXOGENA

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INTOXICAÇÃO EXÓGENA
PROFª DRª JOELITA DE ALENCAR FONSECA
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
A intoxicação é um problema de Saúde Pública de
importância global. Segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS) em 2012, foi estimado que 193.460 pessoas
morreram em todo mundo devido a intoxicações não
intencionais.
A notificação das Intoxicações Exógenas se tornou
obrigatória a partir de 2011.
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
O que é uma intoxicação 
exógena? 
Se constitui em um conjunto de
efeitos nocivos representados
por manifestações clínicas ou
laboratoriais que revelam o
desequilíbrio orgânico produzido
pela interação de um ou mais
agentes tóxicos com o sistema
biológico (MS, 2017).
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
TIPO DE INTOXICAÇÃO QUANTO A VIA 
➢Ingestão - Oral 
➢Inalação - Respiratória
➢Absorção - Pele e mucosas
➢Injetável – corrente sanguínea 
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
O SOCORRISTA DEVE:
➢ Analisar o evento;
➢ Identificação dos agentes intoxicantes;
➢Buscar dados sobre o ambiente, embalagens, frascos, caixa 
de medicações, medicações em uso ou animais 
peçonhentos;
➢Sinais e sintomas de intoxicação;
➢Cuidados com a gravidade;
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
As causas de intoxicação exógena são:
ENTORPECENTES OU 
MEDICAMENTOS
PRODUTOS QUÍMICOS 
VENENOS E ALIMENTOS GASES TÓXICOS 
ANIMAIS PLANTAS 
AGROTÓXICOS E INDÚSTRIA SOCIAIS
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
SOCORRISTA DEVE AVERIGUAR:
COMO - VIA UTILIZADA;
QUANDO - HÁ QUANTO TEMPO DEU-SE O FATO;
QUANTO - QUAL A QUANTIDADE INGERIDA;
O QUE – QUAL O PRODUTO INGERIDO.
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
Manifestações neuropsiquiátricas: 
➢Delírio (cocaína, anfetamina, pesticidas) 
➢Alucinações 
➢Agitação 
➢Convulsões 
➢Miose (opiáceos, barbitúricos) 
➢Midríase (éter)
INTOXICAÇÃO EXÓGENA
Manifestações gastrointestinais: 
➢Náuseas Vômitos 
➢Hálito característico 
➢Diarreia 
➢Sialorreia 
➢Dor abdominal
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Manifestações respiratórias:
Alterações de: 
➢Ritmo 
➢Frequência 
➢Profundidade
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Manifestações cardiocirculatórias: 
➢Taquicardia 
➢Bradicardia 
➢Pressão arterial
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Manifestações urinárias: 
IRA 
➢Mercúrio 
➢Fósforo 
➢Inseticidas
QUADRO CLÍNICO DE INGESTÃO DE 
SUBSTÂNCIAS
O Quadro clínico depende da substância:
➢Queimação ao redor da boca ou manchas
➢ odores na respiração, no corpo, nas roupas ou no 
ambiente;
➢Sudorese; sialorreia, diarreia, dor abdominal e vômitos
➢Respiração e pulsação anormais;
➢Pupilas dilatadas ou contraídas;
➢Convulsões e alteração da consciência.
PRIMEIROS SOCORROS PARA 
INGESTÃO
Identificar a causa : embalagens, roupas e ocupação 
➢Manter via aérea aberta;
➢Remova qualquer substância tóxica restante;
➢Não induza o vômito;
➢Não oferecer líquido para as vítimas; 
➢Deixar a vítima em posição lateral de segurança;
➢Ligar para o Ceatox
QUADRO CLÍNICO DE INALAÇÃO
➢Dificuldade respiratória; 
➢Tosse;
➢Alterações do ritmo cardíaco; 
➢Irritação ocular.
PRIMEIROS SOCORROS EM INALAÇÃO
Identificar a causa: exaustão de auto, gás, aerossóis;
➢ Remoção da vítima da cena;
➢ Manter vias aéreas abertas; 
➢ Suporte básico de vida;
➢ Ligar para o Ceatox
➢ Chamar sempre 193 quando houver inalação de 
fumaça.
QUADRO CLÍNICO DE SUBSTÂNCIA 
ABSORVIDA
➢Irritações na pele; 
➢Prurido;
➢Irritação ocular; 
➢Aumento da temperatura no local;
➢Reações alérgicas;
PRIMEIROS SOCORROS DE 
SUBSTÂNCIA ABSORVIDA
➢Remoção da vítima do local;
➢Lavar a área afetada com água abundante;
➢Remover as roupas da vítima e descartar 
➢Lavagem exaustiva em pele íntegra 
➢Ligar para o Ceatox
INTOXICAÇÃO POR OPIÁCEOS
SINAIS E SINTOMAS
BRADICARDIA
HIPOTENSÃO
ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA
MIOSE
INTOXICAÇÃO POR ESTIMULANTES
SINAIS E SINTOMAS
➢TAQUICARDIA 
➢HIPERTENSÃO
➢TAQUIPNEIA 
➢ANSIEDADE
➢EXCITABILIDADE
➢MÍDRIASE
➢HIPEREMIA
➢ IAM
INTOXICAÇÃO POR ETANOL
SINAIS E SINTOMAS
 CALOR E RUBOR
 RELAXAMENTO;
 DESINIBIÇÃO;
 FALA EXCESSIVA
 JULGAMENTO PREJUDICADO;
 DIMINUIÇÃO DOS REFLEXOS;
 DIMINUIÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
 DEPRESSÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIA. 
CUIDADOS COM VÍTIMAS DE INTOXICAÇÃO NO 
AMBIENTE HOSPITALAR
➢ MANTER VIA ÁREA PÉRVIA;
➢ MONITORIZAR PACIENTE;
➢ OFERTAR OXIGÊNIO;
➢ VERIFICAR GLICEMIA CAPILAR;
➢ REALIZAR UMA PUNÇÃO VENOSA;
➢ AVALIAR GLASGOW;
➢ RECONHECER A TOXICIDADE; 
➢ DESCONTAMINAÇÃO POR LAVAGEM GÁSTRICA.
TOXICOVIGILÂNCIA
CONCEITO
 É o conjunto de medidas e ações que tem por finalidade
conhecer a ocorrência e fatores relacionados às intoxicações
e promover a sua prevenção ou controle.
É o processo ativo de identificação, investigação e avaliação
de riscos tóxicos que ocorram numa população, com o
objetivo de tomar medidas para prevenir, controlar ou reduzir
a exposição e seus efeitos.
CIT – CENTRO DE INFORMAÇÃO 
TOXICOLÓGICA
Prestar assessoria e orientação frente a acidentes tóxicos,
em caráter de emergência e em regime de plantão
permanente (24 horas/dia) a profissionais de saúde que
viabilizam e otimizam o atendimento (diagnóstico e
tratamento) de pacientes vitimados por substâncias tóxicas.
Centro de Assistência Toxicológica 
(Ceatox)
A resposta para qualquer acidente tóxico telefone 08000 
148 110. 
No ceatox são prestadas todas as informações sobre os 
procedimentos para socorro imediato. 
O serviço do Hospital das Clínicas da Faculdade de 
Medicina da USP recebe ligações de todo o Brasil 24 
horas.
ESTUDO DE CASO
 Paciente DGB, 22 anos, solteiro, natural de Teresina, foi admitido na UTI do
Hospital Universitário de Teresina (HU) em maio de 2022 referenciado pela
Central de Leitos do Município de Teresina com história de ingestão de
“chumbinho” após desentendimento familiar.
 O paciente foi encontrado desacordado e encaminhado à unidade de
emergência. Apresentava rebaixamento do nível de consciência (Escala de
Coma de Glasgow: 6), sialorreia intensa, broncoespasmo e bradicardia sem
hipotensão.
 Optado por proceder intubação orotraqueal, instalação de ventilação
mecânica invasiva e realização de lavagem gástrica com carvão ativado
após passagem de sonda nasogástrica, sendo então transferido para a UTI
do HU.
	Slide 1: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 2: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 3: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 4: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 5: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 6: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 7: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 8: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 9: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 10: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 11: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 12: INTOXICAÇÃO EXÓGENA
	Slide 13: QUADRO CLÍNICO DE INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS
	Slide 14: PRIMEIROS SOCORROS PARA INGESTÃO
	Slide 15: QUADRO CLÍNICO DE INALAÇÃO
	Slide 16: PRIMEIROS SOCORROS EM INALAÇÃO
	Slide 17: QUADRO CLÍNICO DE SUBSTÂNCIA ABSORVIDA
	Slide 18: PRIMEIROS SOCORROS DE SUBSTÂNCIA ABSORVIDA
	Slide 19: INTOXICAÇÃO POR OPIÁCEOS SINAIS E SINTOMAS
	Slide 20: INTOXICAÇÃO POR ESTIMULANTES SINAIS E SINTOMAS
	Slide 21: INTOXICAÇÃO POR ETANOL SINAIS E SINTOMAS
	Slide 22: CUIDADOS COM VÍTIMAS DE INTOXICAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR
	Slide 23
	Slide 24: CIT – CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA
	Slide 25: Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox)
	Slide 26: ESTUDO DE CASO