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LEGISLAÇÃO 
INDIGENISTA 
 
CONCURSO 
FUNAI 2016 
Professora Tatiana Scaranello 
 
 
APROVA CONCURSOS 
 
 
Instagram: 
@prof.tatianascaranello 
DECLARAÇÃO DAS 
NAÇÕES UNIDAS 
SOBRE OS 
DIREITOS DOS 
POVOS INDÍGENAS 
“Afirmando que os povos indígenas são iguais a 
todos os demais povos e reconhecendo ao mesmo 
tempo o direito de todos os povos a serem diferentes, 
a se considerarem diferentes e a serem respeitados 
como tais 
 
Reafirmando que, no exercício de seus direitos, os 
povos indígenas devem ser livres de toda forma de 
discriminação. 
 
Preocupada com o fato de os povos indígenas terem 
sofrido injustiças históricas como resultado, 
entre outras coisas, da colonização e da subtração de suas 
terras, territórios e recursos, o que lhes tem impedido de 
exercer, em especial, seu direito ao desenvolvimento, em 
conformidade com suas próprias necessidades e 
interesses (...) Reconhecendo e reafirmando que os 
indivíduos indígenas têm direito, sem discriminação, a 
todos os direitos humanos reconhecidos no direito 
internacional, e que os povos indígenas possuem direitos 
coletivos que são indispensáveis para sua existência, bem-
estar e desenvolvimento integral como povos, 
Reconhecendo também que a situação dos povos 
indígenas varia conforme as regiões e os países e que se 
deve levar em conta o significado das particularidades 
nacionais e regionais e das diversas tradições históricas e 
culturais (...)” 
• É um documento abrangente que aborda 
os direitos dos povos indígenas; 
 
• Não estabelece novos direitos, mas 
reconhece e afirma direitos fundamentais 
universais no contexto das culturas, 
realidades e necessidades indígenas; 
 
• Instrumento internacional importante de 
direitos humanos em relação a povos 
indígenas; 
• Registra o compromisso dos Estados para 
tomarem medidas a fim de ajudar e garantir 
que os povos indígenas tenham respeitados os 
seus anseios e decisões sobre os assuntos 
que lhes dizem respeito; 
 
• Não é um Acordo ou um Tratado, mas apenas 
estabelece diretrizes a serem adotas pelos 
Estados, não sendo obrigatórias; 
 
• Adotada em 13 de setembro de 2007. 
1. Principais pontos 
 
 
a) Autodeterminação: os povos indígenas têm o 
direito de determinar livremente seu status político e 
perseguir livremente seu desenvolvimento 
econômico, social e cultural, incluindo sistemas 
próprios de educação, saúde, financiamento e 
resolução de conflitos, e outras questões 
pertinentes. 
 
b) Direito ao consentimento livre, prévio e 
informado: a Declaração da ONU garante o 
direito de povos indígenas de serem 
adequadamente consultados antes da adoção 
de medidas legislativas ou administrativas de 
qualquer natureza, incluindo obras de 
infraestrutura, mineração ou uso de recursos 
hídricos, semelhante ao que defende a 
Convenção 169 da Organização Internacional 
do Trabalho (OIT). 
 
c) Direito a reparação pelo furto de suas 
propriedades: a Declaração exige dos Estados 
nacionais que reparem os povos indígenas com 
relação a qualquer propriedade cultural, 
intelectual, religiosa ou espiritual subtraída sem 
consentimento prévio informado ou em violação a 
suas normas tradicionais. 
 
 
d) Direito a manter suas culturas: esse direito 
inclui entre outros o direito de manter seus nomes 
tradicionais para lugares e pessoas e de entender 
e fazer-se entender em procedimentos políticos, 
administrativos ou judiciais inclusive através de 
tradução. 
 
e) Direito a comunicação: os povos 
indígenas têm direito de manter seus próprios 
meios de comunicação em suas línguas, bem 
como ter acesso a todos os meios de 
comunicação não-indígenas, garantindo que a 
programação da mídia pública incorpore e 
reflita a diversidade cultural dos povos 
indígenas. 
2. Artigos principais 
 
 
Artigo 1. Os indígenas têm direito, a título coletivo 
ou individual, ao pleno desfrute de todos os direitos 
humanos e liberdades fundamentais reconhecidos 
pela Carta das Nações Unidas, a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e o direito 
internacional dos direitos humanos. 
 
Artigo 2. Os povos e indivíduos indígenas são 
livres e iguais a todos os demais povos e 
indivíduos e têm o direito de não serem 
submetidos a nenhuma forma de discriminação 
no exercício de seus direitos, que esteja 
fundada, em particular, em sua origem ou 
identidade indígena. 
Artigo 3. Os povos indígenas têm direito à 
autodeterminação. Em virtude desse direito 
determinam livremente sua condição política e 
buscam livremente seu desenvolvimento 
econômico, social e cultural. 
 
Artigo 4. Os povos indígenas, no exercício do 
seu direito à autodeterminação, têm direito à 
autonomia ou ao autogoverno nas questões 
relacionadas a seus assuntos internos e 
locais, assim como a disporem dos meios para 
financiar suas funções autônomas. 
Artigo 5. Os povos indígenas têm o direito de 
conservar e reforçar suas próprias instituições 
políticas, jurídicas, econômicas, sociais e 
culturais, mantendo ao mesmo tempo seu 
direito de participar plenamente, caso o 
desejem, da vida política, econômica, social e 
cultural do Estado. 
 
Artigo 6. Todo indígena tem direito a uma 
nacionalidade. 
Artigo 8. 2. Os Estados estabelecerão mecanismos 
eficazes para a prevenção e a reparação de: 
 
a) Todo ato que tenha por objetivo ou consequência 
privar os indígenas de sua integridade como povos 
distintos, ou de seus valores culturais ou de sua 
identidade étnica; 
 
b) Todo ato que tenha por objetivo ou consequência 
subtrair-lhes suas terras, territórios ou recursos. 
 
c) Toda forma de transferência forçada de população 
que tenha por objetivo ou consequência a violação ou a 
diminuição de qualquer dos seus direitos. 
 
d) Toda forma de assimilação ou integração 
forçadas. 
 
 
e) Toda forma de propaganda que tenha por 
finalidade promover ou incitar a discriminação 
racial ou étnica dirigida contra eles. 
 
 
Artigo 10. Os povos indígenas não serão 
removidos à força de suas terras ou 
territórios. Nenhum traslado se realizará sem 
o consentimento livre, prévio e informado dos 
povos indígenas interessados e sem um 
acordo prévio sobre uma indenização justa e 
equitativa e, quando possível, a opção do 
regresso. 
 
Artigo 11. 2. Os Estados proporcionarão 
reparação por meio de mecanismos eficazes, 
que poderão incluir a restituição, estabelecidos 
conjuntamente com os povos indígenas, em 
relação aos bens culturais, intelectuais, religiosos 
e espirituais de que tenham sido privados sem o 
seu consentimento livre, prévio e informado, ou 
em violação às suas leis, tradições e costumes. 
Artigo 12. 1. Os povos indígenas têm o direito de 
manifestar, praticar, desenvolver e ensinar suas 
tradições, costumes e cerimônias espirituais e 
religiosas; de manter e proteger seus lugares 
religiosos e culturais e de ter acesso a estes de forma 
privada; de utilizar e dispor de seus objetos de culto e 
de obter a repatriação de seus restos humanos. 
 
2. Os Estados procurarão facilitar o acesso e/ou a 
repatriação de objetos de culto e restos humanos 
que possuam, mediante mecanismos justos, 
transparentes e eficazes, estabelecidos 
conjuntamente com os povos indígenas interessados. 
Artigo 16. 1. Os povos indígenas têm o direito de 
estabelecer seus próprios meios de informação, 
em seus próprios idiomas, e de ter acesso a todos 
os demais meios de informação não-indígenas, 
sem qualquer discriminação. 
 
2. Os Estados adotarão medidas eficazes para 
assegurar que os meios de informação públicos 
reflitam adequadamente a diversidade cultural 
indígena. Os Estados, sem prejuízo da obrigação de 
assegurar plenamente a liberdade de expressão, 
deverão incentivar os meios de comunicação privados 
a refletirem adequadamente a diversidade cultural 
indígena. 
Artigo 19. Os Estadosconsultarão e cooperarão de 
boa-fé com os povos indígenas interessados, por 
meio de suas instituições representativas, a fim de 
obter seu consentimento livre, prévio e informado 
antes de adotar e aplicar medidas legislativas e 
administrativas que os afetem. 
 
Convenção nº 169/OIT  Os governos deverão 
consultar os povos interessados sempre que sejam 
previstas medidas legislativas ou administrativas 
suscetíveis de afetá-los diretamente. 
Governo mobiliza povos indígenas para consultas 
públicas sobre obras do PDRIS. 
 
23/07/2015 - Mara Santos/Núcleo Planejamento 
 
O Governo do Estado, por meio da Secretaria do 
Planejamento e Orçamento (Seplan) mobilizará no período 
de 27 de julho a 1º de agosto, a população indígena das 
aldeias Macaúba, Fontoura, Santa Isabel do Morro, Boto 
Velho, Tiodé, Watnã e Krahô-Kanela, comunidades da 
nação Karajá e Javaé. 
A mobilização incentiva e conscientiza os indígenas a 
participarem das consultas públicas onde terão voz ativa 
no processo de escolha dos locais que vão receber obras 
do Projeto de Desenvolvimento Regional Integrado e 
Sustentável (PDRIS). Para a região, o Projeto prevê a 
construção de pontes, bueiros e galerias. As estratégias 
de mobilização dos indígenas foram discutidas em 
reunião entre os técnicos da Seplan, representantes da 
Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Natureza 
do Tocantins (Naturatins) e o prefeito de Lagoa da 
Confusão, Neto Lino, que apoiará a equipe durante a 
mobilização nas terras indígenas. 
“Nessa mobilização vamos explicar a importância da 
participação nas consultas públicas que acabam 
sendo instrumentos pelos quais a população indígena 
é consultada e tem o direito de se manifestar 
efetivamente participando das decisões do seu futuro 
político, socioeconômico e cultural, num contexto de 
participação em sistemas democráticos e de 
construção de Estados Pluriculturais”, explica. 
 
Disponível em: < 
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-
mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-
sobre-obras-do-pdris/ > Acesso em 04/05/2016 
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
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http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
http://seplan.to.gov.br/noticia/2015/7/23/governo-mobiliza-povos-indigenas-para-consultas-publicas-sobre-obras-do-pdris/
 
Questão da usina hidrelétrica de Belo Monte no 
Rio Xingu, no Estado do Pará. 
 
 
 
Alega-se de que os povos indígenas daquela região 
não foram consultados. 
 
Artigo 20. 2. Os povos indígenas privados de 
seus meios de subsistência e desenvolvimento 
têm direito a uma reparação justa e equitativa. 
 
Art. 21. 2. Os Estados adotarão medidas eficazes 
e, quando couber, medidas especiais para 
assegurar a melhora contínua das condições 
econômicas e sociais dos povos indígenas. 
Particular atenção será prestada aos direitos e às 
necessidades especiais de idosos, mulheres, 
jovens, crianças e portadores de deficiência 
indígenas. 
Artigo 26. 1. Os povos indígenas têm direito às terras, 
territórios e recursos que possuem e ocupam 
tradicionalmente ou que tenham de outra forma 
utilizado ou adquirido. 
2. Os povos indígenas têm o direito de possuir, utilizar, 
desenvolver e controlar as terras, territórios e recursos que 
possuem em razão da propriedade tradicional ou de outra 
forma tradicional de ocupação ou de utilização, assim como 
aqueles que de outra forma tenham adquirido. 
3. Os Estados assegurarão reconhecimento e proteção 
jurídicos a essas terras, territórios e recursos. Tal 
reconhecimento respeitará adequadamente os costumes, 
as tradições e os regimes de posse da terra dos povos 
indígenas a que se refiram. 
Artigo 27. Os Estados estabelecerão e aplicarão, em 
conjunto com os povos indígenas interessados, um 
processo equitativo, independente, imparcial, aberto 
e transparente, no qual sejam devidamente 
reconhecidas as leis, tradições, costumes e regimes 
de posse da terra dos povos indígenas, para 
reconhecer e adjudicar os direitos dos povos 
indígenas sobre suas terras, territórios e recursos, 
compreendidos aqueles que tradicionalmente 
possuem, ocupam ou de outra forma utilizem. Os 
povos indígenas terão direito de participar desse 
processo. 
Artigo 28. 1. Os povos indígenas têm direito à 
reparação, por meios que podem incluir a restituição 
ou, quando isso não for possível, uma indenização 
justa, imparcial e equitativa, pelas terras, territórios e 
recursos que possuíam tradicionalmente ou de outra 
forma ocupavam ou utilizavam, e que tenham sido 
confiscados, tomados, ocupados, utilizados ou 
danificados sem seu consentimento livre, prévio e 
informado. 
 
2. Salvo se de outro modo livremente decidido pelos 
povos interessados, a indenização se fará sob a forma de 
terras, territórios e recursos de igual qualidade, extensão 
e condição jurídica, ou de uma indenização pecuniária ou 
de qualquer outra reparação apropriada. 
Artigo 29. 1. Os povos indígenas têm direito 
à conservação e à proteção do meio 
ambiente e da capacidade produtiva de 
suas terras ou territórios e recursos. Os 
Estados deverão estabelecer e executar 
programas de assistência aos povos 
indígenas para assegurar essa 
conservação e proteção, sem qualquer 
discriminação. 
Artigo 30. 1. Não se desenvolverão atividades 
militares nas terras ou territórios dos povos 
indígenas, a menos que essas atividades sejam 
justificadas por um interesse público pertinente ou 
livremente decididas com os povos indígenas 
interessados, ou por estes solicitadas. 
 
Artigo 33. 1. Os povos indígenas têm o direito de 
determinar sua própriaidentidade ou composição 
conforme seus costumes e tradições. Isso não 
prejudica o direito dos indígenas de obterem a 
cidadania dos Estados onde vivem. 
Artigo 38. Os Estados, em consulta e 
cooperação com os povos indígenas, adotarão 
as medidas apropriadas, incluídas medidas 
legislativas, para alcançar os fins da presente 
Declaração. 
 
Artigo 39. Os povos indígenas têm direito a 
assistência financeira e técnica dos Estados e 
por meio da cooperação internacional para o 
desfrute dos direitos enunciados na presente 
Declaração. 
 
Convenção n. 
169 da OIT 
Convenção 
sobre povos 
indígenas e 
tribais de 1989 
BRASIL promulgou 
através do 
DECRETO n. 5.051, 
de 19 de abril de 
2004 
1. Organização Internacional do Trabalho 
 
 
• Criada em 1919  Tratado de Versalhes; 
 
 
• Brasil é membro fundador da OIT; 
 
 
• Visa à proteção da paz mundial, por meio da 
manutenção de direitos de caráter social; 
 
• Sujeito de Direito Internacional, dotado de direitos e 
deveres próprios; 
 
 
• Agência especializada da ONU; 
 
 
• 1926: Comissão de Peritos em Trabalho Indígena; 
 
• Convenção n. 107/ 1957, OIT: O documento 
tratava especificamente de populações indígenas e 
tribais, sobretudo de seus direitos à terra e de suas 
condições de trabalho, saúde e educação. 
 
2. Convenção OIT n. 169/89 
 
 
 Entrou em vigor em 1991; 
 
 Revisa a Convenção sobre populações 
indígenas e tribais de 1957. 
 
 
 Distingue povos tribais de povos indígenas: 
 
 
 
 
 
 
a) Povos Tribais: são classificados como 
coletividades, cujos traços culturais 
permitem separá-los da maioria da 
comunidade de destino. 
 
 
b) Povos Indígenas: São os descendentes 
de populações que habitavam a região 
antes de introdução da lógica estatal 
moderna conhecida. 
 
 
 Autoidentificação: como indígena ou tribal 
deverá ser considerada um critério fundamental 
para a definição dos grupos aos quais se 
aplicam as disposições da presente 
Convenção. 
 
 
Artigo 1º : 
 
 
a) Povos tribais em países independentes cujas 
condições sociais, culturais e econômicas os 
distingam de outros segmentos da comunidade 
nacional e cuja situação seja regida, total ou 
parcialmente, por seus próprios costumes ou 
tradições ou por uma legislação ou regulações 
especiais; 
 
b) Povos em países independentes 
considerados indígenas pelo fato de 
descenderem de populações que viviam no país 
ou região geográfica na qual o país estava 
inserido no momento da sua conquista ou 
colonização ou do estabelecimento de suas 
fronteiras atuais e que, independente de sua 
condição jurídica, mantêm algumas de suas 
próprias instituições sociais, econômicas, 
culturais e políticas ou todas elas. 
 
 A ação estatal 
 
 
Artigo 2º. 1. Os governos terão a 
responsabilidade de desenvolver, com a 
participação dos povos interessados, uma ação 
coordenada e sistemática para proteger seus 
direitos e garantir respeito à sua integridade. 
Medidas estatais 
 
 
a) Garantir que os membros desses povos se 
beneficiem, em condições de igualdade, dos direitos 
e oportunidades previstos na legislação nacional para 
os demais cidadãos; 
 
b) Promover a plena realização dos direitos sociais, 
econômicos e culturais desses povos, respeitando 
sua identidade social e cultural, seus costumes e 
tradições e suas instituições; 
 
c) Ajudar os membros desses povos a eliminar 
quaisquer disparidades socioeconômicas entre 
membros indígenas e demais membros da 
comunidade nacional de uma maneira 
compatível com suas aspirações e estilos de 
vida. 
 NÃO deve haver coerção na imposição de 
direitos humanos a estes povos: 
 
 
Artigo 3º. 2. Não deverá ser empregada 
nenhuma forma de força ou coerção que 
viole os direitos humanos e as liberdades 
fundamentais desses povos, inclusive os 
direitos previstos na presente Convenção. 
 
Artigo 4º. 1. Medidas especiais necessárias 
deverão ser adotadas para salvaguardar as 
pessoas, instituições, bens, trabalho, culturas e 
meio ambiente desses povos. 
 
2. Essas medidas especiais não deverão 
contrariar a vontade livremente expressa 
desses povos. 
 CRÍTICA: 
 
Artigo 8º. 1. Na aplicação da legislação nacional aos povos 
interessados, seus costumes ou leis consuetudinárias 
deverão ser levados na devida consideração. 
 
2. Esses povos terão o direito de manter seus costumes e 
instituições, desde que não sejam incompatíveis com 
os direitos fundamentais previstos no sistema jurídico 
nacional e com direitos humanos internacionalmente 
reconhecidos. Sempre que necessário, deverão ser 
estabelecidos procedimentos para a solução de conflitos 
que possam ocorrer na aplicação desse princípio. 
 
 
Artigo 9º. 1. Desde que sejam compatíveis com 
o sistema jurídico nacional e com direitos 
humanos internacionalmente reconhecidos, 
os métodos tradicionalmente adotados por esses 
povos para lidar com delitos cometidos por seus 
membros deverão ser respeitados. 
 
ATENÇÃO!!!! 
 
 
 
Neste caso, os Direitos Humanos nacionais 
estariam acima dos Direitos Humanos dos 
Índios e Tribais. 
 Costumes penais: 
 
 
 
Artigo 9º. 2. Os costumes desses povos, sobre 
matérias penais, deverão ser levados em 
consideração pelas autoridades e tribunais no 
processo de julgarem esses casos. 
 
 
 
 
ARTIGO 10. 1. No processo de impor 
sanções penais previstas na legislação 
geral a membros desses povos, suas 
características econômicas, sociais e 
culturais deverão ser levadas em 
consideração. 
 Consultas públicas 
 
 
Artigo 6º. 1. Na aplicação das disposições da 
presente Convenção, os governos deverão: 
 
 a) Consultar os povos interessados, por 
meio de procedimentos adequados e, em 
particular, de suas instituições representativas, 
sempre que sejam previstas medidas 
legislativas ou administrativas suscetíveis de 
afetá-los diretamente; 
IMPORTANTE!!! 
 
 
 
Há a exigência de que medidas legislativas ou 
administrativas que afetem os direitos das tribos 
passem pelo crivo das comunidades. 
 
 
Este dispositivo exige o consentimento do coletivo. 
 
2. As consultas realizadas em conformidade 
com o previsto na presente Convenção 
deverão ser conduzidas de boa-fé e de uma 
maneira adequada às circunstâncias, no 
sentido de que um acordo ou consentimento 
em torno das medidas propostas possa ser 
alcançado. 
Tribunal Regional Federal mantém suspensão do 
polo naval em Manaus 
 
24 DE JUNHO DE 2014 – REVISTA PORTOS E 
NAVIOS 
 
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) 
negou recurso do Estado do Amazonas e da União e 
manteve decisão que suspendeu a implantação do 
Polo Naval em Manaus enquanto não houver consulta 
prévia, livre e informada às comunidades ribeirinhas 
que seriam afetadas pelo empreendimento, conforme 
previsto na Convenção nº 169, da Organização 
Internacional do Trabalho (OIT). 
 
 
O acórdão, publicado no último dia 12 junho, destaca que 
a ausência de consulta prévia, livre e de consentimento 
claro das comunidades tradicionais envolvidas no 
processo de desapropriação torna a implantação ilegal e 
ilegítima. O TRF1 ressaltou que houve descumprimento de 
artigos da Constituição que tratam da proteção de 
comunidades tradicionais e de documentos internacionais, 
como a Convenção 169/OIT, a Convenção da Diversidade 
Biológica e a Declaração Universal sobre a Diversidade 
Cultural. 
 
 
 
O recurso negado foi apresentado ao TRF1 após a Justiça 
Federal no Amazonas ter concedido decisão liminar a 
pedido do Ministério Público Federal no Amazonas 
(MPF/AM), em maio de 2014, determinando a suspensão 
dos efeitos do decreto que declarou de utilidade pública 
áreas para implantação do Polo Naval do Amazonas. A 
Justiça determinou ainda a suspensão imediata de todas 
as medidas referentes ao projeto deimplantação do Polo 
Naval enquanto não for realizada consulta prévia, livre 
e informada das comunidades tradicionais ribeirinhas 
que vivem na região (...)” 
 
Disponível em: < https://www.portosenavios.com.br/noticias/ind-
naval-e-offshore/30512-tribunal-regional-federal-mantem-
suspensao-do-polo-naval-em-manaus > Acesso em 04/05/2016 
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 Representação ou atuação individual 
 
Artigo 12. Os povos interessados deverão ser 
protegidos contra a violação de seus direitos e 
deverão poder mover ações legais, individualmente 
ou por meio de seus órgãos representativos, para 
garantir a proteção efetiva de tais direitos. Medidas 
deverão ser tomadas para garantir que os membros 
desses povos possam compreender e se fazer 
compreender em processos legais, disponibilizando-
se para esse fim, se necessário, intérpretes ou outros 
meios eficazes. 
 TERRAS 
 
Os direitos de propriedade e posse de terras 
tradicionalmente ocupadas pelos povos 
interessados deverão ser reconhecidos. Além 
disso, quando justificado, medidas deverão ser 
tomadas para salvaguardar o direito dos povos 
interessados de usar terras não exclusivamente 
ocupadas por eles às quais tenham tido acesso 
tradicionalmente para desenvolver atividades 
tradicionais e de subsistência. Nesse contexto, a 
situação de povos nômades e agricultores itinerantes 
deverá ser objeto de uma atenção particular. 
 Os governos tomarão as medidas 
necessárias para identificar terras 
tradicionalmente ocupadas pelos povos 
interessados e garantir a efetiva proteção de 
seus direitos de propriedade e posse. 
 
Procedimentos adequados deverão ser 
estabelecidos no âmbito do sistema jurídico 
nacional para solucionar controvérsias 
decorrentes de reivindicações por terras 
apresentadas pelos povos interessados. 
O direito dos povos interessados aos recursos 
naturais existentes em suas terras deverá gozar de 
salvaguardas especiais. Esses direitos incluem o 
direito desses povos de participar da utilização, 
administração e conservação desses recursos. 
 
Em situações nas quais o Estado retém a 
propriedade dos minerais ou dos recursos do 
subsolo ou direitos a outros recursos existentes 
nas terras, os governos estabelecerão ou manterão 
procedimentos pelos quais consultarão estes povos 
para determinar se seus interesses seriam 
prejudicados, e em que medida, antes de executar ou 
autorizar qualquer 
programa de exploração desses recursos existentes 
em suas terras. 
 
Sempre que for possível, os povos participarão dos 
benefícios proporcionados por essas atividades e 
receberão indenização justa por qualquer dano 
que sofram em decorrência dessas atividades. 
 
 
Art. 20, CF/88. São bens da União: 
 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
 
Artigo 16. 1. Sujeito ao disposto nos próximos 
parágrafos do presente artigo, os povos interessados 
não deverão ser retirados das terras que ocupam. 
 
2. Quando a retirada e o reassentamento desses povos 
forem considerados necessários como uma medida 
excepcional, eles só serão realizados com seu livre 
consentimento e conhecimento. Não sendo possível 
obter seu consentimento, essa transferência só será 
realizada após a conclusão dos procedimentos 
adequados previstos na lei nacional, inclusive após 
consultas públicas, conforme o caso, nas quais os 
povos interessados tenham oportunidades de ser 
efetivamente representados. 
3. Sempre que possível, esses povos terão o direito de retornar 
às suas terras tradicionais tão logo deixem de existir as razões 
que fundamentaram sua transferência. 
 
 
4. Quando esse retorno não for possível, como definido em 
acordo ou, na falta de um acordo, por meio de procedimentos 
adequados, esses povos deverão receber, sempre que 
possível, terras de qualidade e situação jurídica pelo menos 
iguais às das terras que ocupavam anteriormente e que 
possam satisfazer suas necessidades presentes e garantir seu 
desenvolvimento futuro. Quando os povos interessados 
manifestarem preferência por receber uma indenização em 
dinheiro ou espécie, essa indenização deverá ser 
adequadamente garantida. 
 
 
5. Pessoas transferidas de uma terra para 
outra deverão ser plenamente indenizadas 
por qualquer perda ou dano. 
Artigo 19. Os programas agráriosnacionais 
garantirão aos povos interessados o mesmo 
tratamento concedido aos demais segmentos da 
população por meio das seguintes medidas: 
 
a) disponibilizando mais terras a esses povos quando 
as áreas que ocupam não forem suficientes para lhes 
garantir meios essenciais para uma existência normal 
ou acomodar seu crescimento demográfico; 
 
b) disponibilizando os meios necessários para 
promover o desenvolvimento das terras que esses 
povos já possuem. 
 EMPREGOS 
 
 
ARTIGO 20. 1. Os governos adotarão, no âmbito das 
leis e das regulações nacionais e em cooperação com 
os povos interessados, medidas especiais para garantir 
uma proteção efetiva a trabalhadores pertencentes a 
esses povos no seu processo de contratação e 
condições de emprego, caso não estejam efetivamente 
protegidos pela legislação aplicável aos trabalhadores 
em geral. 
 Seguridade Social e Saúde 
 
 
 
ARTIGO 24. Esquemas de seguridade social 
deverão ser progressivamente ampliados para 
beneficiar os povos interessados e disponibilizados 
a eles sem nenhuma discriminação. 
ARTIGO 25. 1. Os governos tomarão as medidas 
necessárias que garantam que serviços de saúde 
adequados sejam disponibilizados aos povos interessados 
ou que eles sejam dotados dos recursos necessários para 
desenvolver e prestar esses serviços sob sua própria 
responsabilidade e controle para que possam desfrutar do 
maior nível possível de saúde física e mental. 
 
 2. Na maior medida possível, os serviços de saúde 
deverão ser baseados na comunidade. Esses serviços 
deverão ser planejados e administrados em cooperação 
com os povos interessados e levar-se-á em consideração 
suas condições econômicas, geográficas, sociais e 
culturais, bem como seus métodos tradicionais de 
prevenção, práticas curativas e medicamentos. 
3. O sistema de assistência de saúde dará 
preferência à formação e contratação de pessoal de 
saúde da comunidade local e enfocará a prestação 
de serviços de assistência primária, mantendo, ao 
mesmo tempo, vínculos estreitos com outros níveis 
de assistência de saúde. 
 
4. A prestação desses serviços de saúde deverá ser 
articulada a outras medidas sociais, econômicas e 
culturais adotadas no país. 
 Educação 
 
 
ARTIGO 26. Medidas deverão ser tomadas para 
garantir que os membros dos povos interessados 
tenham a oportunidade de adquirir uma educação em 
todos os níveis pelo menos em condições de 
igualdade com a comunidade nacional. 
ARTIGO 28. 1. Sempre que viável, as crianças dos 
povos interessados deverão aprender a ler e 
escrever na sua própria língua indígena ou na 
língua mais comumente falada no seu grupo. 
Quando isso não for possível, as autoridades 
competentes consultarão esses povos com vistas a 
adotar medidas que permitam a consecução desse 
objetivo. 
 
3. Medidas deverão ser tomadas para preservar e 
promover o desenvolvimento e a prática das línguas 
indígenas dos povos interessados 
 Administração 
 
ARTIGO 33 
 
1. A autoridade governamental responsável pelas 
questões tratadas na presente Convenção 
garantirá a existência de instituições ou de 
outros mecanismos adequados para 
administrar programas que afetem os povos 
interessados e que essas instituições ou 
mecanismos disponham dos meios necessários 
para o pleno desempenho das funções a eles 
designadas. 
2. Esses programas incluirão: 
 
a) o planejamento, coordenação, implementação 
e avaliação, em cooperação com os povos 
interessados, das medidas previstas na 
presente Convenção; 
 
b) a proposição de medidas legislativas e de 
outra natureza às autoridades competentes e a 
supervisão da aplicação das medidas adotadas, 
em cooperação com os povos interessados. 
 A Convenção n. 169, OIT na América Latina: 
 
• Argentina: Comunidade do Chaco; 
 
• Costa Rica: O Tribunal costa-riquenho proferiu 
decisão exigindo que o Estado reparasse ponte 
sobre o rio Rincón que lhes é essencial para o 
desenvolvimento de suas atividades; 
 
• Equador: Conferiu status constitucional à 
Convenção, estando acima das leis 
infraconstitucionais. 
 
QUESTÕES 
(MPT – 2013 – Procurador) 
 
Analise as assertivas sobre a Convenção 169 da OIT, 
que versa povos indígenas e tribais: 
 
I Os programas e os serviços de educação destinados 
aos povos indígenas ou tribais interessados deverão 
ser desenvolvidos e aplicados em cooperação com 
eles a fim de responder às suas necessidades 
particulares, e incorporar a sua história, seus 
conhecimentos e técnicas, seus sistemas de valores, 
promovendo suas aspirações sociais, econômicas e 
culturais. 
 
II Quando não for viável ensinar às crianças dos povos 
indígenas ou tribais interessados a ler e escrever na sua 
própria língua indígena ou na língua mais comumente 
falada no grupo a que pertençam, as autoridades 
competentes poderão adotar a língua mais falada no país 
signatário. 
 
III A República Federativa do Brasil, ratificou a referida 
Convenção, que não obriga a garantir aos trabalhadores 
pertencentes a esses povos igualdade de oportunidade e 
de tratamento para homens e mulheres no emprego, 
devendo ser respeitada a cultura sobre o regime de 
trabalho de cada grupo ou povos indígenas e tribais; 
 
Marque a alternativa CORRETA: 
 
a) todas as assertivas estão incorretas; 
 
b) apenas as assertivas I e III estão 
incorretas; 
 
c) apenas a assertiva I está incorreta; 
 
d) apenas as assertivas II e III estão 
incorretas; 
 
e) não respondida. 
 
 
RESPOSTA: D

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