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FACULDADE CAPIVARI - FUCAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO-TCC A ÁGUA NO PLANETA E O ENSINO: UMA EXPERIMENTAÇÃO NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Michaella Dexheimer Marcos. Capivari de Baixo (SC), junho de 2018. MICHAELLA DEXHEIMER MARCOS A ÁGUA NO PLANETA E O ENSINO: UMA EXPERIMENTAÇÃO NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade Capivari- FUCAP, sob orientação da Professora Msc. Rosane Lemos Barreto Custodio. Capivari de Baixo(SC), junho de 2018 A ÁGUA NO PLANETA E O ENSINO: UMA EXPERIMENTAÇÃO NO 3º ANO ENSINO FUNDAMENTAL Este Trabalho de Conclusão de Curso-TCC foi submetido ao processo de avaliação, em estado de Defesa Pública. Aprovado na versão final em ___/___/___, atendendo as normas de legislação vigente da Faculdade Capivari-FUCAP. Capivari de Baixo (SC), junho de 2018. Comissão Avaliadora: Orientadora - Profa Msc. Rosane Lemos Barreto Custodio - FUCAP 1ºAvaliador:Profª Msc. Maria Ana Pires de Oliveira. 2ºAvaliador:Profª Msc. Joana D’Arc de Souza. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho de conclusão de curso, primeiramente a Deus por ser meu guia espiritual, minha fonte de força à qual sempre insistiu em mim e nunca me deixou desistir apesar dos obstáculos que surgiram ao longo dessa trajetória. Dedico, a meus pais por todo suporte dado nesses quatro anos de faculdade, a meu irmão, aos demais familiares e também aos meus amigos que sempre torceram e ainda torcem pela minha realização pessoal e profissional. AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que me incentivaram, que de uma forma ou outra me ajudaram na construção e na realização deste trabalho e que me apoiaram no decorrer de minha graduação. Principalmente agradeço a meus pais Regina e Alexandre e meu irmão Raul, aos meus padrinhos Satomi e Henry e a meus avós. Mas acima de tudo, agradeço a Deus por me dar a vida e as condições para que eu chegasse ao fim desta jornada e a realização deste sonho. Agradeço também as minhas amigas e colegas Amanda, Bianca, Fernanda, Mariana e Tainá que me acompanharam, apoiaram e incentivaram ao longo da faculdade, tornando minhas noites ainda mais produtivas, agradáveis e divertidas. Agradeço a minha orientadora Rosane por toda dedicação e paciência. Agradeço a meus professores por procurarem sempre fazer o melhor por nossa formação, por ouvirem nossos desabafos e nos disponibilizarem o melhor conhecimento, fazendo com que nos tornemos profissionais éticos e que buscam o melhor pela educação. Ao Junior do micro-ônibus que foi meu meio de transporte nesses quatros anos, em especial ao nosso motorista Senhor Ademir Borges que sempre com atenção e cuidado nos trouxe com segurança e alegria no trajeto diário. Agradeço ainda, a direção da Escola Custódio Floriano de Córdova por sempre me permitir fazer os estágios e aos professores e demais funcionários pela boa recepção e atenção. Muito obrigada a todos! “O aprendizado se dá quando compartilhamos experiências, e isso só é possível num ambiente democrático, onde não haja barreiras ao intercâmbio de pensamento”. John Dewey SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................... 9 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................................... 12 1- A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL ..................................................... 12 2-METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM .................................................... 13 3- DINÂMICAS: BASE DO CONTEÚDO APLICADO .................................................... 15 3.1 Contação de histórias. ...................................................................................................... 15 3.2 Pedagogia da experiência ................................................................................................. 16 3.3 Prática de escrita e leitura para localizar informações ................................................. 18 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................. 23 APÊNDICE ............................................................................................................................. 25 PLANO DE AULA - PROJETO ........................................................................................... 26 ANEXOS ................................................................................................................................. 33 LISTA DE FIGURAS Figura 1- Contação de História ............................................................................................... 29 Figura 2- Demonstração dos percentuais de distribuição de água no planeta. ........................ 29 Figura 3- Dinâmica sobre os Estados Físicos da Água. .......................................................... 30 Figura 4- Observação da solidificação. ................................................................................... 30 Figura 5- Confecção dos cartazes de conscientização. ............................................................ 31 Figura 6- Cartaz finalizados. Alunos: Heitor e Lara. .............................................................. 31 Figura 7- Cartazes finalizados. Alunos: Ana Cláudia e Joaquim. ........................................... 32 9 MARCOS, Michaella Dexheimer. A água no planeta e o ensino: uma experimentação no 3º ano do Ensino Fundamental. 2018. 34 p. Trabalho de Conclusão de Curso-TCC (Graduação em Pedagogia) – Faculdade Capivari – FUCAP, Capivari de Baixo, SC, 2018. RESUMO O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz, como prática aplicada um plano de aula efetuado na Escola de Educação Básica Custódio Floriano de Córdova, na turma do terceiro ano do ensino fundamental das séries iniciais, localizada na cidade de Laguna-SC. A prática citada teve como suporte um plano em regência, cujo processo trouxe como tema A água no planeta e o ensino: uma experimentação no 3º ano ensino fundamental. O plano de aula é a base do planejamento, da prática e efetivamente do sucesso do professor, pelo alcance dos objetivos traçados. Para a elaboração deste documento foram citados os seguintes autores: BRASIL (1998), DEBUS (2006), PIAGET (1974) e outros. A metodologia utilizada para realização do mesmo foi a bibliográfica e de campo, além da metodologia em regência aplicada a metodologia ativa de atuação. Observa-se a importância do plano de aula e de uma prática pedagógica eficaz e ética para o sucesso profissional do professor no ambiente escolar. Palavras-chave: Água; Plano de aula; Literatura Infantil; Metodologias Ativas 10 INTRODUÇÃO O presente Trabalho de Conclusão de Curso, efetivado na Escola de Educação Básica Custódio Floriano de Córdova, apresentou como fundamentação de pesquisa um plano de aula aplicado aregência escolar. O estágio e a regência foram realizados na turma do 3º ano do Ensino Fundamental no período matutino. A turma é composta por sete alunos com idade entre sete e oito anos, sendo cinco meninos e duas meninas. A sala conta com dois professores, a regente de turma e o segundo professor. No dia da efetiva regência apenas quatro dos sete alunos estavam presentes, pois houve um imprevisto com o transporte escolar, entretanto, isso não afetou o desenvolvimento da aula, uma vez que, os alunos presentes estavam bem ativos e dispostos a aprender, colaborando uns como os outros e com a estagiária em regência. A Escola fica localizada na Rua São Sebastião, 291, no bairro Passagem da Barra, na cidade de Laguna-SC, ofertando desde o Pré-escolar até o 9º ano do ensino fundamental. A sala, onde o estágio se efetivou, é ampla e adaptada, com várias janelas, 2 portas, carteiras e banheiro adequados ao tamanho das crianças, que é dividida com a turma do Pré-escolar no período vespertino. A sala possui televisor, aparelho de DVD e som, armário de jogos, brinquedos e materiais, trazendo conforto e bem-estar para as crianças. Para chegar a regência foi necessário a construção de um plano de aula com a temática, sugerida pela Professora Regente da turma, voltada para a importância da água como recurso natural que pudesse refletir os diferentes tipos encontrados na natureza, além de seus estados físicos. O plano foi elaborado com base em referenciais bibliográficos, projetado para acontecer em três aulas de 38 minutos cada, totalizando 1hora e 54minutos. O intuito foi dar continuidade aos conteúdos trabalhados pela Professora Regente, que abordava esse conteúdo programático na época da regência. Ao decorrer do Curso de Pedagogia foi proporcionado aos acadêmicos estágios de observações, no qual, cada semestre era destinado a uma área da educação. Essas vivências foram realizadas nas seguintes modalidades de ensino: Educação Infantil, Anos Iniciais e Anos Finas do Ensino Fundamental, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação em Ambientes não-formais e Gestão Escolar. Tais experiências possibilitaram um contato mais direto com a rotina de profissionais que atuam nessas devidas áreas, além de oportunizarem conhecimentos enriquecedores que despertaram desejos ou vontades por algum campo voltado à educação. 11 Como procedimento, este Trabalho de Conclusão de Curso relata as experiências e respostas obtidas através de atividades realizadas durante a regência, sendo que toda a atividade desenvolvida pelos alunos consta nos apêndices. O presente trabalho inicia com o desenvolvimento da “Importância da Literatura Infantil” relando e explicando o que é, bem como, sua importância. Sucessivamente em segundo subtítulo aborda a “Metodologia Ativa de Aprendizagem, dando enfoque na experimentação. Em seguida, o subcapitulo três, traz-se o composto sobre as aplicações das dinâmicas como base no conteúdo aplicado dividido em três subseções, a primeira sobre contação de história, em segundo a pedagogia da experiência e em terceiro a prática de escrita e leitura para localizar informações. E por último, a conclusão que traz os resultados que foram obtidos através da regência. 12 DESENVOLVIMENTO 1. A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL A literatura infantil é uma porta que leva a criança a desenvolver sua imaginação, criatividade, emoções e sentimentos de forma prazerosa e mais significativa. O hábito da leitura na infância auxilia o despertar do senso crítico na criança, além de ser um forte aliado no aprendizado e essencial na formação do indivíduo. Além disso, a literatura infantil adiciona a escrita e a própria leitura uma maior proficiência, sendo considerado por diversos autores como um instrumento motivador e desafiador, que é capaz de transformar o indivíduo em um sujeito ativo, responsável pela sua própria aprendizagem, que sabe compreender o contexto em que vive e consegue modificá-lo de acordo com a sua necessidade. Desta forma, baseando-se na história infantil “João da Água” buscou-se possibilitar o entendimento nas crianças sobre a importância da água, bem como o valor que este recurso natural limitado possui, além de passar valores humanos, uma vez que, ao decorrer da narrativa, o personagem revela através de suas ações ser um garoto responsável, persistente e confiante, que acredita que pequenas atitudes podem transformar seu entorno. Corroborando com isto, Souza (1992, p. 22) diz que: Leitura é, basicamente, o ato de perceber e atribuir significados através de uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar, com as circunstâncias. Ler é interpretar uma percepção sob as influências de um determinado contexto. Esse processo leva o indivíduo a uma compreensão particular da realidade. Com base nas palavras do autor, podemos, ainda, afirmar que, a leitura é de suma importância para as crianças enquanto sujeitos formadores dos seus saberes, que necessitam estar em incessante contato com o mundo das letras e palavras, pois, através deste convívio com a leitura que vão criar o hábito e o gosto pela mesma. Um hábito não se faz da noite para o dia, o hábito precisa de repetição, de um trabalho sistematizado. A literatura é aquilo que estilhaça o tempo fechado, isto é, o tempo que é recluso, no instante, no momento. Permite que a gente fantasie, medite, muitas vezes tenha a emoção, em outros momentos a reflexão. Em várias situações a literatura faz com que abstraiamos tudo o que está a nossa volta, nos retirando do espaço-tempo. 13 Ao buscarmos a leitura como uma ferramenta de apoio pedagógico, procuramos alcançar nas crianças um nível de conexão com a realidade e consequentemente com sua aprendizagem. A história escolhida se fez necessária como estratégia de abordagem ao tema e o trabalho realizado em torno deste veio oportunizar aos alunos, conhecimentos enriquecedores afim de proporcionar o desenvolvimento cognitivo. Conforme Pinto (apud RUFINO e GOMES, 1999, p.11): A Literatura Infantil tem um grande significado no desenvolvimento de crianças de diversas idades, onde se refletem situações emocionais, fantasias, curiosidades e enriquecimento do desenvolvimento perceptivo. Para ele a leitura de histórias influi em todos os aspectos da educação da criança: na afetividade: desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão: desenvolve o automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve a aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual. Em virtude do que foi mencionado torna-se evidente que a literatura infantil auxilia para reforçar os vínculos de desenvolvimento e descobertas da criança. Fazendo-os adquirir novos conhecimentos, estimular o cérebro, aumentar a imaginação e serem mais criativos. 2- METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM A Metodologia Ativa de Aprendizagem foi elaborada pelo filósofo e pedagogo americano, John Dewey. Chegou no Brasil em 1930, por meio das obras de Fernando Azevedo e Anísio Teixeira, pedagogos brasileiros que se mobilizaram em prol da abertura do modelo Escola Nova de Dewey. Metodologias Ativas são traduzidas em práticas pedagógicas que levam o estudante a pensar. Que o levam a fazer outra coisa que não apenas observar o professor, ouvir e anotar. É provocar o fazer e pensar sobre o que se faz (processo reflexivo). Isso não quer dizer banir as aulas expositivas, pois, a comunicação oral é uma forma poderosa de compartilhar os conhecimentos. Ela faz com que o aluno seja participativo no processo de aprendizagem, isto é, ele participa da elaboração da própria aula, da construção e dissipação do conhecimento. Logo, atividades nas quais se podem discutir, escrever, ler, solucionar problemas e ensinaraos outros são essenciais, assim como aquelas atividades de análise, síntese e avaliação. Para a referida regência se propôs o uso de uma atividade experimental como uma metodologia ativa capaz de promover uma aprendizagem mais significativa e prazerosa. Deste modo Poletti (2001) salienta que a realização de atividades práticas é de fundamental 14 importância no processo de ensino aprendizagem, fazendo com que o aluno aprenda, compreenda e fortaleça o conhecimento adquirido. Em concordância, Santos (2005, p. 61) relata que: O ensino por meio da experimentação é quase uma necessidade no âmbito das ciências naturais. Ocorre que podemos perder o sentido da construção científica se não relacionarmos experimentação, construção de teorias e realidade socioeconômica e se não valorizarmos a relação entre teoria e experimentação, pois ela é o próprio cerne do processo científico. O engajamento do mesmo em relação às novas aprendizagens, pela compreensão, pela possibilidade do experimento, é condição essencial para exercitar sua autonomia na tomada de decisões em diferentes momentos do processo de ensino-aprendizagem. Portanto, aprender por meio da experimentação, é uma oportunidade de ressignificar o envolvimento do aluno em seu próprio processo de formação. A experimentação tem sua utilização no campo educacional baseada principalmente nos pressupostos Construtivistas de Piaget e Vygotsky. A experiência como ferramenta metodológica do ensino-aprendizagem surgiu a partir do fundamento da Epistemologia Genética, teoria do conhecimento que é gerado através de uma interação do sujeito com seu meio e a partir de estruturas já existentes no próprio sujeito, baseado no estudo da gênese psicológica do pensamento humano desenvolvida pelo cientista Jean Piaget. O Construtivismo, no que lhe concerne, é uma corrente de pensamento em diferentes áreas do conhecimento, um método que procura instigar a curiosidade baseando-se nas interações entre o sujeito e o meio. Enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim para uma melhor aprendizagem. Segundo Piaget (1974b, p. 353): “O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola”. Essa abordagem exige uma ressignificação das metodologias usadas no processo educacional, fortalecendo a necessidade de se pensar no fazer pedagógico. Portanto, cabe a todos os futuros ou já educadores repensar nossa forma de passar o conhecimento. Temos que fazer com que os alunos sejam imersos na produção de conhecimento e dos conteúdos que vão fazer a diferença, desta maneira, torna-se fundamental reinventar o processo e as metodologias ativas são o futuro. 15 3. DINÂMICAS: BASE DO CONTEÚDO APLICADO 3.1 Contação de histórias. A leitura e a contação de história são muito importantes e fundamental para o desenvolvimento das crianças, pois, lança mão de vários recursos para fazer com que a criança possa compreender e memorizar a história. Além disso, trata da imaginação, então faz com que a criança imagine e vivencie as situações. A contação de histórias é uma estratégica pedagógica que pode favorecer de maneira significativa a prática docente na educação infantil e ensino fundamental. A escuta de histórias estimula a imaginação, educa, instrui, desenvolve habilidades cognitivas, dinamiza o processo de leitura e escrita, além de ser uma atividade interativa que potencializa a linguagem infantil. A ludicidade com jogos, danças, brincadeiras e contação de histórias no processo de ensino e aprendizagem desenvolvem a responsabilidade e a auto expressão, assim a criança sente-se estimulada e, sem perceber desenvolve e constrói seu conhecimento sobre o mundo. (SOUZA, 2011, p.237) Cabe ressaltar, entretanto, que existe uma diferença entre ler e contar uma história. Para o professor, os pais, ou qualquer outra pessoa que vá ler uma história, é necessário que este seja fiel ao texto do autor. Já um contador, não, ele tem um diferencial. Ele pode preparar todo um espaço, com personagens, caixas, objetos, entre outros, pois, isso dará um significado maior para a criança. Além de todos os objetos, formas, livros, ele precisa ser como se fosse um ator, mudar a entonação de voz conforme os personagens, encenar, brincar, as vezes colocar até as próprias crianças naquela situação, para que elas se tornem os próprios personagens. No reino do “Era uma vez”, o faz-de-conta realiza estripulias e nos convida a brincar, para nos desarmar das enferrujadas armaduras e voar livres pelas paragens das maravilhas com as asas da imaginação. (DEBUS, 2006, p.72). Assim sendo, o professor para ser um contador, precisa ir além, principalmente, resgatar na sua infância as boas experiências e as boas histórias que ele escutou e trazer isso para a sala de aula. São experiencias assim que a criança vai levar para vida toda, e por essa razão, também, vai ser tornar um adulto leitor. No dia da efetiva regência após ser comunicado um imprevisto com o transporte escolar, e devido a isso alguns alunos não compareceriam, iniciamos a aula com a contação de história, “João da Água”, autoria de Patrícia Angel Secco (2007) (anexo1). A narrativa contava a história de um garoto chamado João que buscava água no riacho perto de sua casa com o auxílio de 2 latões - sendo que um deles era furado – para uso doméstico. 16 Durante a contação os alunos questionaram sobre o porquê de João não se importar com o fato do latão estar furado e não o trocar. Dessa maneira, pode-se aguçar a curiosidade dos alunos, fazendo-os pensar em diversas hipóteses para que pudessem entender João. Houve um pequeno debate de ideias e deu-se sequência a história, para que somente no final os alunos pudessem compreender que João não trocava seu latão furado para que a água que escorria pelos furos regasse as plantas pelo caminho. Com personalidade responsável, persistente e confiante, João acreditava que pequenas atitudes podem transformar seu entorno. Dohme (2000) salienta que as histórias transmitem valores educacionais trabalhando aspectos internos nas crianças como: caráter, raciocínio, imaginação, criatividade, senso crítico e disciplina. Deste modo, pode-se passar valores e mostrar que tudo na vida depende da forma com que vemos as coisas, de uma forma positiva ou negativa. O latão, poder-se-ia ver um latão velho e furado (sem importância) ou como uma bela oportunidade de semear um lindo jardim. Além disso, mediante a história pode-se também dar introdução a primeira unidade do conteúdo programático “Tipos de água encontrados na natureza”, no qual foi representado os percentuais de água salgada, doce e potável, através de uma garrafa pet, copo descartável e tampa de garrafa pet. Neste os alunos puderam observar a distribuição de água que existe em nosso planeta, ficando mais atentos ao percentual de água potável (0,002%), momento o qual gerou muitos debates e questionamentos, como, por exemplo, a respeito da água salgada, se existiria algum processo que pudesse remover todo o sal da água para que esta pudesse ficar própria para o consumo. Então, foi realizada uma breve explicação sobre a dessalinização e a importância de preservação que devemos ter com a água num todo. 3.2 Pedagogia da experiência A aula experimental desperta um forte interesse nos alunos, proporciona um caráter motivador e lúdico. É uma ferramenta complementar que inova as aulas, a fim de contribuir para uma reflexão que considere os conteúdos teóricos relacionando-os com o cotidiano do aluno, bem como, motivá-los a serem participantes ativos na construção de seu conhecimento. O método experimental foi inicialmente proposto por Galileu Galilei. Trata-se de um arranjo para recriar condições de experimentaçãoe observação de fenômenos naturais, com a possibilidade de controle e manipulação de variáveis. A criação de experimentos é uma ferramenta importante para a prática pedagógica a partir de metodologias ativas, pois favorece a compreensão sistêmica da realidade e leva ao envolvimento dos participantes. (SOUZA, 2010). 17 Gaspar (2009) aponta que a atividade experimental tem vantagens sobre a teórica, porém, ambas devem caminhar juntas, pois, uma é o complemento da outra. Ou seja, só o experimento não é capaz de desencadear uma relação com o conhecimento científico, e sim a junção da teoria com a prática. O autor ainda ressalta as vantagens das aulas práticas, demonstrativas ou experimentais. A primeira vantagem que se dá no decorrer de uma atividade experimental é o fato de o aluno conseguir interpretar melhor as informações. O modo prático possibilita ao aluno relacionar o conhecimento científico com aspectos de sua vivência, facilitando assim a elaboração de significados dos conteúdos ministrados. A segunda vantagem é a interação social mais rica, devido à quantidade de informações a serem discutidas, estimulando a curiosidade do aluno e questionamentos importantes. Como terceira vantagem, vemos que a participação do aluno em atividades experimentais é quase unânime. (GASPAR, 2009, p. 25 – 26). Entretanto, alguns educadores sentem uma certa resistência para implantar a utilização de aulas experimentais, possivelmente por pensarem que tais aulas são para “matar tempo”, e apontam vários fatores como obstáculos para a realização da mesma, como a falta de um laboratório na escola ou instalações inadequadas e a falta de equipamentos. Silva et al. (2010) e os PCN (1997) vão dizer que é necessário que seja ampliada a concepção dos professores sobre os laboratórios e as instalações adequadas para a realização de atividades experimentais, pois na grande maioria das vezes não é necessário um laboratório bem equipado, para as aulas práticas. É preciso observar, com outro olhar, os espaços que temos disponíveis, como a própria sala de aula e os demais ambientes da escola (horta, jardim, cozinha, e etc.). Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais. Entretanto, é importante que essas práticas proporcionem discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. (PARANÁ, 2007, p. 76) Deste modo, seguindo a sistematização do plano de aula, realizou-se um experimento para demonstrar os estados físicos da água. A atividade era simples e consistia em, primeiramente, demonstrar a água em estado líquido dentro de uma chaleira elétrica e observar o que acontecia após alguns minutos terem se passado. Logo observou-se fumaça saindo do bico da chaleira e os alunos puderam constatar que a água estava passando para o estado gasoso, uma vez que, quando a água atinge o ponto de ebulição ela evapora, e essa passagem do estado líquido para o estado gasoso é chamada vaporização. 18 Vaporizar um líquido significa fazê-lo passar do estado líquido para o estado gasoso. este processo, como o de fusão, requer energia porque os átomos ou moléculas devem ser liberados de seus aglomerados. Ferver a água para transformá-la em vapor é um bom exemplo. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012, p. 195) Em seguida mostrou-se cubos de gelo, que se deu através da solidificação (passagem do estado líquido para o sólido) e deixou-se os mesmos em temperatura ambiente e em repouso para que alguns minutos depois pudéssemos verificar o gelo derretendo e mais uma vez a água voltando ao seu estado líquido, explorando assim a percepção dos alunos, que constataram que essa mudança ocorreu, pois, a temperatura ambiente estava mais alta do que a dos cubos de gelo quando, antes, estavam no congelador. Entendendo que este derretimento corresponde à passagem do estado sólido para o líquido recebe o nome de fusão. Fundir um sólido significa fazê-lo passar do estado sólido para o estado líquido. O processo requer energia porque os átomos ou moléculas do sólido devem ser liberados de sua estrutura rígida. A fusão de um cubo de gelo para formar água é um bom exemplo. (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2012, p.195) É nesse momento das aulas de experimentação que vai ser observado os acontecimentos dos fenômenos estudados, sendo possível ver com mais detalhes na prática o que até então, só se sabia em teoria, oportunizando também interpretações e debates entre os alunos. Sendo assim, o experimento em sala de aula é uma metodologia extremamente importante e contribui sobretudo, para uma aprendizagem significativa, visto que, traz para sala de aula aqueles conteúdos que foram aprendidos na teoria, mas que ainda precisam ser aperfeiçoados. Além de reconhecer que para essa experiência não houve necessidade de um laboratório bem equipado e seguro, devido à simplicidade dos experimentos, podendo as mesmas serem realizadas na própria sala de aula, com materiais simples e usados no cotidiano dos alunos. 3.3 Prática de escrita e leitura para localizar informações Após o experimento, fez-se um debate sobre a água como fonte de vida, reforçando sua importância, pois como recurso natural indispensável e limitado precisa ser preservado e para isso, a contribuição de todos é de suma importância. Em seguida, realizaram-se mais duas dinâmicas que tiveram como objetivo proporcionar aos alunos uma reflexão e assimilação acerca dos conteúdos aprendidos, estimulando a memória, além de disponibilizar a liberdade da autonomia na criança, deixando que ela se expresse e ponha em prática seus conhecimentos. São elas: a) Cartaz de Conscientização. b) Caça-Palavras. 19 Foi solicitado aos alunos que representassem através de cartazes atitudes quanto ao uso sustentável da água que pudessem fazer no seu dia-a-dia, estimulando o uso da memória e a significação dos conteúdos. Os alunos receberam folhas sulfites (tamanho A4) e foram disponibilizadas algumas imagens para auxílio da confecção dos cartazes. (Anexo 2) Para Zóboli (2002), o uso de cartaz é meio de comunicação de natureza visual versátil e dinâmica, pode ser usado em qualquer área de ensino. Tem a finalidade de divulgar os diversos tipos de mensagens. O cartaz deve conter um único tema e ser exposto para que todos possam ver. O texto e a imagem devem ser simples, direta em linguagem adequada a cada público. Sendo assim, o cartaz é um recurso visual, e um meio de comunicação de massa, sua finalidade é anunciar os mais diversos tipos de mensagens– comerciais, políticas, religiosas ou educativas. Em sala de aula, além de informar e motivar, demonstra o conhecimento construído pelos alunos em uma unidade de estudo. Propôs-se utilizar o jogo do Caça Palavras, pois é uma atividade lúdica cuja finalidade é propiciar aos alunos fixação e/ou aprendizagem do conteúdo. Além de estimular a criatividade, autonomia, raciocínio e a atenção. Para Antunes (2014), a educação através da atividade lúdica tem sido um método eficaz, interativo e divertido, com o grande objetivo de firmar conteúdos e conceitos, facilitando a aprendizagem do aluno, e que se apresenta como uma alternativa a mais para que o professor utilize como ferramenta no processo de ensino- aprendizagem. Com o tema “Água na Natureza” a proposta do caça-palavras foi encontrar as palavras correspondentes, grifadas no texto constituído por versos, as utilidades da água e onde está pode ser encontrada. O jogo é muito bom para estimular a memorização das crianças em relação às palavras, além de ajudá-las na identificação das sílabas que formam os vocábulos, incentivam também a leitura. Desta maneira, o jogo do caça-palavras atua como uma atividade de intervenções para que os alunos avancemem seus processos de leitura e suas habilidades como leitores. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) possui uma tabela de Matrizes e Escalas como referência para elaboração da Prova Brasil. No qual os conteúdos associados a competências e habilidades desejáveis para cada série e disciplina foram subdivididos em partes menores, cada uma especificando o que os itens das provas devem medir – estas unidades são denominadas “descritores”. Esses, por sua vez, traduzem uma associação entre os conteúdos curriculares e as operações mentais desenvolvidas pelos alunos. Os descritores, portanto, especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a construção dos itens de diferentes 20 disciplinas. No que se refere a Língua Portuguesa (com foco em leitura) essas habilidades e competências desejáveis são chamadas descritores, e o primeiro dele é D1 - Localizar informações explícitas em um texto. Isso significa que o aluno pode retomar a leitura, voltar ao texto e localizar uma informação que de fato está clara e objetiva. Nesse momento, ele não fara inferências ou interpretações, mas sim voltará ao texto, encontrará uma palavra chave e pode localizar a informação que está clara e objetiva. Entretanto, os alunos só compreenderão os significados da leitura vivenciando-as em suas formas diferenciadas, em diferentes contextos. Na escola, tradicionalmente a concepção de leitura que norteava seu ensino, era a concepção de leitura como de decodificação. Um exemplo são as práticas de leitura exercidas nas séries iniciais, uma vez que, a prática mais recorrente era a de leitura de textos cartilhados, estes são textos que sequer existem fora do contexto escolar, eram um simples agregados de frases, ou seja, textos que apresentavam palavras só com os padrões já aprendidos pelos alunos, textos artificiais do tipo, “Ivo viu a uva”, “Vovô viu o ovo”, “o bebê, baba”. Para Barbosa (2013), o único objetivo das cartilhas é colocar em evidência a estrutura da língua escrita, tal como é concebida pelos métodos de alfabetização. Por isso, as cartilhas tendem a apresentar uma escrita sem significado. Entretanto, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais Não se formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma, a qualidade de suas vidas melhora com a leitura (PCN, v 2, 1998, p. 29). Em nosso cotidiano, lemos diferentes textos para diferentes fins e situações. Lemos notícias em jornais para nos informar, textos instrucionais como receitas, manuais para montar equipamentos recém adquiridos, livros de literatura por prazer, para nos divertir, viajar, lemos para estudar. Todas essas leituras desempenham diferentes funções e podem ser lidas através de diversas plataformas, constituindo-se em práticas de leituras que precisam ser vivenciadas, na escola pelos alunos, para que possam perceber suas muitas finalidades. Ler é muito mais que simplesmente decifrar símbolos. É um ato que requer um intercâmbio constante entre texto e leitor e envolve um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto – quer seja ele verbal ou não verbal – a partir dos objetivos do leitor, do seu conhecimento sobre o assunto, de tudo o que sabe sobre a linguagem. (TURCHI e SANTOS, 2006, p.62). A finalidade de se trabalhar com a leitura no contexto escolar é que nossos alunos aprendam a participar de maneira efetiva das práticas sociais de leitura que acontecem em todos os espaços, até mesmo naqueles externos à escola. É indispensável ressaltar que a leitura é a 21 base do processo de alfabetização e da formação da cidadania. Então, devemos trazer para a sala de aula as práticas de leitura relevantes para a efetiva participação cidadã. Desse modo, ler é uma competência indispensável para a aprendizagem das disciplinas que compõem o currículo escolar. Cada uma possui um gênero próprio, uma vez que eles são gêneros textuais produzidos de forma particular em cada área de conhecimento. Assim, ler é uma competência que necessita ser ensinada pelos professores de cada uma delas, bem como desenvolver também as relações entre leitura e indivíduo, em todas as suas interfaces. Para Amaral (2007) não há como ler textos, gráficos ou imagens, sem ter compreendido bem a natureza dos gêneros textuais das diferentes áreas de conhecimento, pois, a situação de produção de um texto é sempre histórica, ou seja, tem uma história. Na disciplina de matemática, por exemplo, o professor pode ensinar a situação de produção de um gênero textual matemático trabalhando com o nascimento de conceitos a eles relacionados, registrados na história da matemática. Também se faz necessário que os leitores tenham suas capacidades de leituras bem desenvolvidas e isso só é possível se estas forem bem estimuladas nas diferentes disciplinas escolares. Em virtude disso, para que o aluno possa ler bem em qualquer disciplina, é preciso preparar atividades de leitura próprias para cada uma delas, sendo fundamental que o aluno seja um leitor ativo, e não que apenas decifre o texto que lê e aceite o que decifrou passivamente. Para tanto, uma condição inicial, é que a leitura seja uma situação efetiva de interlocução, de diálogo, e que sejam definidas para o aluno as finalidades das atividades de leitura que ele fará. Devemos considerar também que o aluno precisa compreender o que lê e para isso ele necessita ter conhecimento de que textos são discursos, isto é, espaços onde o autor diz alguma coisa para seus prováveis leitores. Ou seja, nos textos há sempre diálogos do autor com o leitor sobre ideias de outras pessoas, que o autor aprova ou contesta, e ideias do próprio autor que ele deseja transmitir ao leitor. Perante o exposto, fica claro que os professores das diferentes disciplinas também não podem ser passivos diante da leitura de seus alunos. Sendo, portanto, imprescindível que interfiram deliberadamente para que os alunos aprendam a ler em suas áreas de conhecimento, desenvolvendo as capacidades de leitura necessárias por meio de atividades especialmente preparadas para essa finalidade 22 CONCLUSÃO Na efetiva regência, tornou-se evidente que é necessário que o ensino seja mais significativo para os alunos, e, para tanto, os professores precisam estarem mais atentos não só aos conteúdos programados pelo currículo escolar, mas também as reais necessidades dos alunos. Desta forma, o ensino pode acontecer por meio de experiências contextualizadas de fácil acesso e de acordo com a faixa etária dos alunos, promovendo assim um ensino mais participativo, com a interação e colaboração de todos, além de cada vez mais próximo da realidade dos alunos observando a importância da busca de novos conhecimentos. É de suma importância criar caminhos que façam os alunos se interessarem ainda mais por aquilo que irão aprender, como demonstrado neste trabalho, onde através do tema água foi possível abordar diversas informações, desde os tipos de água, as mudanças dos seus estados físico, e o cuidado e preservação que devemos ter com esse recurso natural limitado, tornando o ensino mais significativo e concreto, fazendo com que as aulas sejam transformadas em ambientes que envolvem os alunos de maneira que estes se sintam cada vez mais como sujeitos responsáveis por aquilo que estão aprendendo, assimilando e conhecendo. Durante o período de estágio e regência foi observado que a evolução e o interesse, a curiosidade e a participação dos alunos do 3º ano na aula prática foram maiores que na teórica. Portanto, os alunos vivenciaram o tema proposto que água é fonte de vida, e que ela é fundamental para a vida, e sobrevivências dos seres vivos. E, embora exista em abundânciaem nosso planeta, nem sempre pode ser utilizada da forma que a encontramos na natureza, sendo necessário preserva-la e para isso, fazer seu uso de forma consciente e sustentável. Deste modo, conclui-se que este plano de aula e regência promoveu juntamente com auxílio base da metodologia ativa de aprendizagem um ensino mais significativo para os alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental de maneira participativa, colaborativa e motivadora. Por fim, a aula supriu as expectativas, servindo para afirmar ainda mais a real importância do ensino-aprendizagem unindo teoria e prática. No final da regência, a professora e os alunos receberem um saco de balinha, como forma de agradecimento por permitirem a estadia durante os dias de estágio na sala de aula e respeitarem a acadêmica regente durante a regência, e por todo o carinho recebido. 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS AMARAL, H. Leitura nas diversas disciplinas I, 2007. Disponível em: <www.escrevendoofuturo.org.br/ >. Acesso em: 02 de junho de 2018. ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 20 ed. Petrópolis: Vozes, 2014. BARBOSA, J. J. Alfabetização e leitura. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2013. BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997. _______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. _______. Sistema de Avaliação da Educação Básica. Matrizes e Escalas. INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ministério da Educação. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/educacao-basica/saeb/matrizes-e-escalas/>. Acesso em: 28 de maio de 2018. DEBUS, E. Festaria de brincança: a leitura na Educação Infantil. São Paulo: Paulus, 2006. (Coleção pedagogia e educação). DOHME, V. D.A. 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Leitor formado, leitor em formação leitura literária em questão. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2006. ZÓBOLI, G.B. Prática de Ensino: subsídios para atividade docente. 10ª ed. São Paulo: Ática, 2002. 25 APÊNDICES 26 PEDAGOGIA Curso: Pedagogia Período: 2018/1 Aluno (a): Michaella Dexheimer Marcos Semestre: 8º Carga Horária: 75h/a Créditos: 04 Data Execução: 15 de Maio de 2018 Cidade: Capivari de Baixo/SC Escola: EEB. Custódio Floriano de Córdova Série/Disciplina: 3º ano EF. Ciências PLANO DE AULA - PROJETO 1 – EMENTA Tipos de água encontrados na natureza. Os estados físicos da água. Água como fonte de vida. 2 – OBJETIVO GERAL Compreender a importância da água como recurso natural indispensável à vida percebendo seus diferentes estados físicos. 3– OBJETIVOS ESPECÍFICOS Refletir sobre os tipos de água encontrados na natureza. Conhecer os estados em que a água pode ser encontrada. Reconhecer a importância da água para a vida no planeta. http://4.bp.blogspot.com/-1dF0wvKrhUU/UNM5_9pUI2I/AAAAAAAAAAY/RHLEDNZvC68/s1600/pedagogia.jpg 27 4– CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I: Tipos de água encontrados na natureza. 1. Água salgada. 2. Água doce. 3. Água potável. Unidade II: Os estados físicos da água. 1. Água em estado sólido. 2. Água em estado líquido. 3. Água em estado gasoso. Unidade III: Água como fonte de vida. 1. Atitudes de conservação e preservação da água. 2. Valorização da água para a vida no planeta. 3. Poluição da água. 5 - METODOLOGIA DE ENSINO 1ª momento: recebe-se as crianças e aguarda-se as demais chegarem com o jogo da forca, onde são sorteadas aleatoriamente palavras relacionadas ao tema “água” antes do mesmo ser mencionado. Já com todos os alunos em sala, conta-se a história de João da Água, de autoria de Patrícia Engel Secco. Após a contação trabalha-se a interpretação, explica-se os tipos de água encontrados na natureza e suas características, para verificar a compreensão do texto, faz-se o uso de perguntas orais e uma demonstração com garrafa pet, um frasco menor e a tampa da garrafa para melhor entendimento sobre cada tipo de água e seus percentuais de distribuição no planeta. 2ª momento: No segundo momento trabalha-se os estados físicos da água, com o experimento dos cubos de gelo, copo com água e chaleira elétrica, onde os alunos irão identificar os estados 28 físicos da água, e será solicitado para que os mesmos observem e anotem tudo o que acontece em cada recipiente após terem se passado 20 minutos. Explora-se a percepção das crianças após a transformação da água, perguntando-lhes, entre outros questionamentos: o que aconteceu com os cubos de gelo que estavam no copo? O que aconteceu com a água da chaleira elétrica? Quais os estados da água vocês puderam observar com esse experimento? 3ª momento: Trabalha-se, neste momento, a água como fonte de vida, onde explicar-se-á a importância e valorização da mesma. Em seguida, será solicitado que os alunos que elaborarem, divididos em duas equipes, um cartaz de conscientização sobre a água utilizando os materiais que serão disponibilizados, para que os mesmos compreendam como a água é indispensável para a vida no planeta. 6- RECURSOS Folha sulfite A4, borracha, caneta, caneta hidrocor, cola, chaleira elétrica, cubos de gelo, xícaras, copo descartável, garrafa pet, garfos, massinha de modelar, tampa de garrafa pet, EVA, laço decorativo, lápis grafite, lápis de cor e tesoura. 7 - PROCESSO DE AVALIAÇÃO A avaliação, neste plano, será contextualizadaem atitudes de conservação e valorização da água existente no planeta. Como dinâmicas, aplicar-se-á: Contação de história, compreensão e interpretação textual; experimento; cartaz de conscientização. 8- BIBLIOGRAFIA: GOWDAK, Demétrio; MARTINS, Eduardo. Novo Girassol: Saberes e Fazeres do Campo. Ciências. São Paulo: Editora FTD, 2015. SECCO, Patrícia Engel. João da Água. 2 ed. São Paulo: Editora Modelo, 2007. 29 Figura 1- Contação de História Fonte: Rosane Lemos Barreto Custodio (2018). Figura 2- Demonstração dos percentuais de distribuição de água no planeta. Fonte: Rosane Lemos Barreto Custodio (2018). 30 Figura 3- Dinâmica sobre os Estados Físicos da Água. Fonte: Rosane Lemos Barreto Custodio (2018). Figura 4- Observação da solidificação. Fonte: Rosane Lemos Barreto Custodio (2018). 31 Figura 5- Confecção dos cartazes de conscientização. Fonte: Rosane Lemos Barreto Custodio (2018). Figura 6- Cartaz finalizados. Alunos: Heitor e Lara. Fonte: Michaella Dexheimer Marcos (2018). 32 Figura 7- Cartazes finalizados. Alunos: Ana Cláudia e Joaquim. Fonte: Michaella Dexheimer Marcos (2018). 33 ANEXOS 34 Anexo 1: História “João da Água” JOÃO DA ÁGUA tinha 19 anos e era o filho mais velho de dona Maria, mãe de três outras crianças. Todos os dias, João acordava bem cedo e, antes mesmo de o sol raiar, caminhava até o riacho fundo para pegar água. Levava sempre nos ombros um pedaço de bambu com dois latões amarrados, um de cada lado. Por esta razão, todos o chamavam de João da Água. Ninguém mandava João pegar água, ninguém pedia. João caminhava com o bambu nas costas porque sabia que sua mãe precisava de água para cozinhar e cuidar dos irmãos. João adorava o caminho do rio. Por onde passava, encontrava pessoas que o cumprimentavam: – Olá, João da Água! – diziam os amigos. – Olá, bom dia! – respondia João. E seguia, feliz, seu caminho para o rio. Chegando no rio, João enchia os latões e, alegre como sempre, voltava para casa, sorrindo, apreciando a vida e a natureza que o sol começava a colorir. Entretanto, um dos latões que João carregava estava furado e vazava por todo o caminho. Quando João da Água chegava em casa, só restava um latão e meio de água para sua mãe usar na cozinha. Muitas vezes, os amigos de João avisavam: 35 – João da Água, seu latão está furado! E, outras vezes, algumas pessoas zoavam: – João, João, troque seu latão! Furado desse jeito, ele não presta mais não! Mas João da Água, calmo como sempre, respondia: – Não se preocupem, amigos, o meu latão está ótimo! Todos percebiam o esforço que João da Água fazia para carregar os latões. Mas ninguém compreendia por que ele não trocava seu latão furado, e isso era motivo de brincadeira por toda a cidade. – João da Água, João do latão, pingando assim você parece um bobão! – caçoavam todos. Um belo dia, cansados de ouvirem chamar o João de bobão, seus irmãos decidiram trocar o latão e, assim, fazer uma surpresa para ele. Entretanto, quando João da Água percebeu a troca, chamou as crianças e perguntou: – Queridos irmãozinhos, vocês sabem como eu gosto de ir todos os dias buscar água para vocês, não sabem? – Sim, João, nós sabemos! – E vocês também sabem que eu gosto muito do meu latão furado, não sabem? – Sim, João, mas... Mesmo sabendo que você gosta muito do seu latão furado, nós não entendemos por que você o carrega assim, vazando por todo o caminho – disse o irmão mais velho. – Isso mesmo, João. Você não percebe que o latão chega aqui quase vazio? – perguntou o irmão do meio. – E que as pessoas até fazem piada de você, João? – perguntou o mais novo. 36 – Crianças, agradeço muito a preocupação de vocês. Obrigado. Mas eu não ligo para as piadas e adoro carregar o meu latão furado. Vou lhes contar o porquê: prestem atenção no caminho que eu faço, todos os dias, do rio para nossa casa – pediu o moço. – O que vocês vêem? – Bem, eu vejo uma estrada de terra... – disse o irmão mais velho. – Eu vejo uma estrada de terra bem bonita... – disse o irmão do meio. – Eu vejo uma estrada de terra, bonita e cheia de flores... – disse o irmão mais novo. – E eu – disse João da Água, pensativo –, eu vejo uma estrada com flores de um lado só, flores que eu rego todos os dias com a água do rio, com os pingos que vazam do meu latão furado, de que eu tanto gosto. A partir daquele dia, ninguém mais riu de João da Água. Seus irmãos mostraram para todos da cidade as flores do caminho e, assim, João ganhou outro apelido, o de JOÃO DAS FLORES. (SECCO, 2007, p. 1-17)
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