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1 
 
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC 
CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE 
 
 
 
MÔNICA BATTISTI 
 
 
 
 
 
 
LUDICIDADE E ESCRITA: uma grande parceria na escola 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Miguel do Oeste- SC 
2018 
 
2 
 
MÔNICA BATTISTI 
 
 
 
 
LUDICIDADE E ESCRITA: uma grande parceria na escola 
 
 
 
 
Projeto de estágio apresentado à Universidade do Oeste de 
Santa Catarina – UNOESC - Campus de São Miguel do 
Oeste como um dos requisitos para a aprovação no 
componente curricular de Estágio Curricular Supervisionado 
em anos iniciais do Ensino Fundamental, do Curso de 
Pedagogia. 
 
 
 
 
 
Professora: Giovana Maria Di Domenico Silva 
Orientadora: Loiri Maria Casagranda Schmitt 
 
 São Miguel do Oeste 
 2018 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR .................................. 4 
2 TEMA ........................................................................................................................... 5 
3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................ 5 
4 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 7 
4.1 EDUCAÇÃO BÁSICA: legislação. ....................................................................... 7 
4.2.1 Etapas da educação básica................................................................................ 9 
4.2.2 Educação Infantil.............................................................................................. 9 
4.2.3 Ensino Fundamental ....................................................................................... 12 
4.2 O CONTEXTO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ........ 14 
4.2.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PEDAGÓGICA NOS ANOS INICIAIS 
4.3 FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL . 19 
4.4 O QUE É LUDICIDADE ...................................................................................... 22 
4.2.1 A ludicidade no contexto do processo de ensino aprendizagem ....................... 24 
4.5 A AQUISIÇÃO DA ESCRITA: uma grande arte ................................................ 25 
4.5.1 Estratégias lúdicas de se trabalhar a escrita ....................................................... 27 
5 OBJETIVOS .............................................................................................................. 31 
6 CONTEÚDOS ............................................................................................................ 32 
7 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA .......................................................................... 32 
7.1 EXPLORANDO O MUNDO DA LEITURA E DA ESCRITA ........................... 33 
7.2 ADQUIRINDO NOVOS CONHECIMENTOS A PARTIR DA LEITURA ....... 34 
7.3 UNINDO LUDICIDADE E ESCRITA NO ESPAÇO ESCOLAR ...................... 35 
7.4 A BRINCADEIRA FAZENDO PARTE DA APRENDIZAGEM .................. 36 
7.5 A LUDICIDADE FAZENDO PARTE DAS ATIVIDADES .............................. 37 
8 CRONOGRAMA – .................................................................................................... 38 
9 AVALIAÇÃO ............................................................................................................ 39 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 40 
 
 
 
 
4 
 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR 
Escola: Jucelino Kubitscheck De Oliveira 
Endereço: Rua Helio Wasun, 1045, bairro Estrela, São Miguel do Oeste 
Turma: 4º Ano 
Turno: Vespertino 
Número de crianças/idade: 19 crianças de 9 a 10 anos 
Carga horária do estágio: 20 horas 
Datas da realização do estágio: 
Organização curricular da escola: Horários matutinos: 7h45min às 11h45min e 
vespertino: 13hh15min às 17h15 min. 
 
Horário Segunda Terça Quarta Quinta Sexta 
13h15min 
às 
13h35min 
Leitura Leitura Leitura Leitura Leitura 
13h35min 
às 
14h16min. 
Português Matemática Português Matemática Artes 
14h16min 
às 
15h00min 
Português Matemática Português 
Troca de 
livros 
Matemática Artes 
15h00min 
às 
15h30min 
Historia Historia Ciências Educação 
física 
Português 
15h30min 
às 
15h50min 
Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche 
15h50min Educação Educação Ciências Geografia Matemática 
5 
 
às 
16h45min 
física física 
16h45min 
às 
17h15min 
Inglês Inglês Ensino 
Religioso 
 Geografia Ciências 
 
Professora titular: Silvânia da Silva 
 
2 TEMA 
 LUDICIDADE E ESCRITA: uma grande parceria na escola 
3 JUSTIFICATIVA 
 
Hoje, o professor, em seu planejamento, deve ter a clareza da importância da 
ludicidade como recurso pedagógico nas atividades relacionadas à escrita. Por isso, 
escolheu-se a temática “Ludicidade e escrita: uma grande parceria na escola.” 
Considera-se de grande relevância pesquisar esse tema porque a ludicidade é de suma 
importância seja no intuito de educar, ensinar, divertindo-se e interagindo com os 
outros. 
 Nos tempos atuais, a ludicidade vem sendo discutida e avaliada como um tema 
que é capaz de proporcionar um ensino eficaz através das brincadeiras e jogos como 
recurso pedagógico, com um ponto de partida capaz de desenvolver a aprendizagem. 
Pensando dessa forma, justifica-se a escolha desse tema como fundamental para 
aprendizagem sem ser só um conteúdo maçante, oportunizando ao aluno vivenciar 
novas experiências, através de novas maneiras de aprendizagem, pois a criança pode se 
expressar de formas diferentes e atividades lúdicas podem ser além de um divertimento 
uma grande aliada para adquirir conhecimento. 
A atividade lúdica é reconhecida como meio de fornecer à criança um 
ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a 
aprendizagem de várias habilidades, além de trabalhar estas habilidades na 
criança, ajudará no desenvolvimento da criatividade, na inteligência verbal-
linguística, coordenação motora, dentre outras. (ALMEIDA, 2006). 
6 
 
Considerando o que o autor aborda que a atividade lúdica é capaz de contribuir 
para o desenvolvimento intelectual da criança. Por esse motivo, compreender que o 
lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, trabalhando com a 
cultura corporal, movimento e expressão, é fundamental, pois é dessa maneira que pode 
aperfeiçoar a verdadeira noção de ludicidade como necessária para que haja o 
desenvolvimento de todas as capacidades. E a ideia central é que a partir do 
entendimento sobre ludicidade se busque desenvolver novas estratégias lúdicas para se 
trabalhar a escrita. É nessa perspectiva que alguns autores comentam sobre como 
alfabetizar a criança sem ser uma aprendizagem maçante. 
O espaço lúdico não precisa ficar restrito a quadro paredes, ao contrário, deve 
fluir por todo o ambiente, dentro e fora das classes. Especialmente para as 
classes de alfabetização, utilizávamos todos os recursos disponíveis tendo a 
satisfação de ver crianças sendo alfabetizadas de maneira prazerosa. Sem 
sofrimento. (PINTO, 2003, p.65). 
 
É um assunto muito perturbador, pois realmente se pode dizer que o aluno 
precisa mais desse incremento para enriquecer seu aprendizado de forma prazerosa, 
possibilitando a motivação da criança e, assim, tornando-se indispensável para sua 
formação. É nesse caminho que se torna uma grande oportunidade de unir a ludicidade e 
escrita em uma parceria eficaz para o ensino dessa prática social. 
Quando o ambiente é alfabetizador, a criança interage com um ambiente rico, 
estimulante que a convida a aprender. A sala deve dispor de jogos, 
brinquedos, som, recursos visuais e principalmente um responsável e 
preparado para atuarnesse espaço. Se o professor não tiver uma postura 
interdisciplinar diante do conhecimento nem uma metodologia vai funcionar. 
(PINTO, 2003, p.66) 
 
O professor deve estar preparado para se desafiar e buscar novas estratégias para 
que o ensino alcance os objetivos trilhados, pois se a criança interagir com o que está 
proposto já é um grande avanço e, certamente, motivada, via ludicidade, se apropriará 
dos mecanismos da escrita com mais facilidade. 
O motivo pelo qual se deu o interesse em realizar uma pesquisa com o tema 
“Ludicidade e escrita: uma grande parceria na escola” foi porque, durante o estágio de 
observação, constatou-se que falta um diferencial para o ensino: a ludicidade. Pensando 
nesse assunto, prevê-se trabalhar em uma perspectiva da ludicidade em parceria com a 
escrita no 4º ano do Ensino Fundamental 
7 
 
A pesquisa é de grande relevância, pois servirá de suporte teórico à elaboração 
das práticas pedagógicas que serão desenvolvidas no estágio de docência na educação 
infantil (maternal). 
É importante destacar que a pesquisa bibliográfica tem como base os seguintes autores: 
ANTUNES (2003), RONSONI (2004), BUIN (2002), CACLIARI (2005), FURTADO 
(2008), KISHIMOTO (2001), LUCKESI (2000), MOTHES (2005), MACEDO (2008), 
NAJAR (2004), NEVES (2009), PIAGET (2004), PINTO (2003), STRIEDER (2009). 
 
4 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
4.1 EDUCAÇÃO BÁSICA: legislação. 
 A história da educação foi marcada desde a época dos jesuítas em 1549, com o 
compromisso de formar a população, catequizando os índios e filhos de colonos. Nesse 
período a educação é marcada, trazendo consigo, não somente a moral, costumes e 
religiosidade, mas também os métodos pedagógicos, e desde então, ocupando um 
espaço fundamental para a vida e formação de qualquer ser. 
 Segundo Pilleti, (2010, p.14): 
 
 [...] os Jesuítas desde que chegaram ao Brasil, atenderam aos propósitos 
missionários e a política colunista, educando por meio da criação de escolas 
elementares, de seminários, que formavam os novos missionários, e de 
colégios que preparavam quem não queria ser padres em estudos superiores 
em universidades Europeias. 
 
Em 1579 os Jesuítas foram expulsos pelo Marques de Pombal, e o ensino passou 
a ser financiado pelo Estado com o objetivo de formar cidadãos conforme o interesse do 
Estado, e as ideias pedagógicas passam a ser inspiradas no Laicismo, caracterizando 
uma visão iluminista. “[...] a ideia era substituir definitivamente o sistema educacional 
dos jesuítas por um sistema mais moderno”. Pilleti (2010, p.15). Com a implantação 
dessa nova lei, Portugal ficou com o maior número de docentes e o Brasil por 
precariedade na educação constitui a primeira desastrosa reforma educacional no país, 
sendo que em 1808, com a chegada da Família Real, houve um aumento significante na 
população brasileira, e com esse aumento, trouxe a necessidade de se reestruturar o 
campo da educação, criando novos cursos e novas escolas, afim de formar novos 
campos de trabalho. Conforme Pilleti (2010, p.16): 
8 
 
 
Com a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, d. João VI abriu algumas 
escolas, visando a formação militar, técnica, profissional e superior, mas 
somente nas áreas que careciam de pessoal especializado e treinado, em 
função de o governo português estar sediado no Brasil. 
 
O manifesto foi criado sob a influência de uma ordem política e administrativa, 
que defendia uma escola unitária, com base comum de cultura geral para todos, 
descriminando o caráter do ensino brasileiro que destina a escola profissional para os 
pobres e ensino acadêmico para a elite. De acordo com Ghiraldelli (2000,p.42): 
 
 Na tentativa de influenciar as diretrizes governamentais, os liberais vieram a 
público, em 1932, com o célebre “Manifesto dos Pioneiros da Educação 
Nova”, um longo documento dedicado ao governo e á nação que pautou-se, 
em linhas gerais, pela defesa da escola pública obrigatória, laica e gratuita e 
pelos princípios pedagógicos renovados inspirados nas teorias de Dewey, 
Kilpatrick e outros. 
 
Nessa época, havia muitas insatisfações com várias contestações em relação ao 
campo educacional e a organização escolar, período representado por um alto índice de 
analfabetismo, período marcado pelo surgimento de um novo modelo de escolarização, 
chamado de escola nova. 
 Foi a partir de 1946 que a educação passa a ser definida como direito de todos, e 
o ensino primário como obrigatório para todos e gratuito nas escolas públicas, 
determinando também à União a tarefa de fixar diretrizes e bases da educação nacional. 
“A educação atual depende da estrutura política e do contexto global no qual esta 
inserida”. (SAVIANI, 1999, p. 02. 
 Nos dias atuais, considera-se que a educação deva ser uma prioridade da política 
social, tendo em vista sua importância e necessidade de seu reconhecimento, mas apesar 
de se estar em pleno século XXI, ainda se convive com grandes problemas que 
impedem o desenvolvimento do país, pois a falta de investimentos na área educacional . 
 Em 20 de dezembro de 1996, é aprovada a lei de diretrizes e bases da educação 
nacional, a LDB, trazendo grandes avanços, estabelecendo, assim, uma série de 
alternativas no que diz respeito à forma de organização da educação básica. Como 
discorre Piletti (2010, p.59) 
A lei Diretrizes e Bases(LDB) de 1996, por sua vez, determina que a 
organização da educação básica tenha uma base curricular nacional comum 
para o ensino fundamental e médio, complementada, em cada escola e 
sistema de ensino, por uma parte diversificada, que deve contemplar as 
características regionais, locais, culturais, sócias e econômicas dos alunos. 
9 
 
 
 Com a criação dessa lei, o processo de organização do sistema educacional 
brasileiro vem se constituindo ao longo da história do Brasil, e apesar das várias formas 
de educação pública que surgiram no início da história do Brasil, pode-se dizer que a 
construção do sistema é uma conquista recente. 
 
4.2.1 Etapas da educação básica 
A legislação da educação básica é dividida em etapas, que são: Educação 
Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Segundo Libâneo (2008, p.252), “A 
educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a 
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios 
para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. 
Pensar na qualidade dessa educação, é pensar na qualidade do ambiente que 
vamos receber essas crianças, do aprendizado, e principalmente, na qualidade do 
professor, pois é ele que vai ser o mediador dos conhecimentos, fato esse que exige dele 
uma formação legal, que lhe permita desenvolver e trabalhar em um processo que 
desenvolva a aprendizagem nas crianças, mas não podemos esquecer que quando 
falamos em ambiente educacional, não estamos nos referindo somente aos professores, 
mas de toda uma equipe que compõe esse ambiente, e que de uma forma ou de outra, 
tem participação no processo educativo das crianças, seja a direção, a coordenação, a 
cozinheira, a servente, a monitora, ou até mesmo o guarda da escola que recepciona as 
crianças. Todos participam do dia-a-dia da escola, e consequentemente estão envolvidos 
de alguma forma com a educação, cada um desempenhando sua função, todos são 
educadores. 
 
4.2.2 Educação Infantil 
 
Local de transição entre família e escola, um espaço educativo pensado e 
organizado em função da criança e adequado às atividades que nele se desenvolvem. 
Mas a educação infantil nem sempre teve este olhar no cenário nacional. Por volta da 
década de 1970, a educação pública voltada às crianças de 0 a 6 anos envolvia apenas 
uma questão assistencialista. Foi na Constituição de 1988 que o direito à educação das 
10 
 
crianças de 0a 6 anos passou a ser um dever do estado e um direito da criança. Ao se 
referirem à educação infantil, Oliveirae Adrião (2007) citam a Constituição federal/88: 
 
O aspecto mais relevante presente na lei maior do país, para a educação 
infantil, está em seu Art. 208, inciso IV, quando afirma que ‘o dever do 
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: [...] 
atendimento em creche e pré-escola às crianças de o a 6 anos de idade.” 
 
Isso significa que o Estado tem o dever de ofertar vagas em creches e pré-
escolas, como um direito de todas as crianças da faixa etária definida. 
 Já em 1996 teve a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. No Art. 29 da LDB/96, observamos o seguinte: A educação infantil, primeira 
etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de 
até cinco anos, em seus aspectos físicos, psicológico, intelectual e social, 
complementando a ação da família e da comunidade. 
 Nasceu então a necessidade de formular políticas de formação de profissionais e 
estabelecer diretrizes curriculares para a educação infantil. 
No ano de 2009 com a revisão e atualização das Diretrizes Nacionais de 
Educação Infantil (DCNEI) estabelecem uma definição clara da educação infantil, 
afirmando no art. 5º, que: 
 
A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, é oferecida em 
creches e pré-escolas, as quais se caracterizam como espaços institucionais 
não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou 
privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período 
diurno, em jornada integral ao parcial, regulados e supervisionados por órgão 
competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. (BRASIL, 
Resolução CNE/CEB, 2009) 
 
Nas últimas décadas os avanços na área da Educação Infantil foram 
significativas, mas percebe-se que muito ainda tem que mudar para que alcançarmos 
uma educação que seja almejada às crianças, pois ao pensarmos nos desafios proposto 
por está área traz muitos temas que ainda devem ser pesquisados. São dez os aspectos 
chaves que, segundo Zabalza, seriam necessários para uma educação de qualidade: 
 
 “[...] a ordem não é importante, uma vez que a relevância de cada um dos 
aspectos mencionados deriva do seu conteúdo, não da sua posição na lista” e 
que se constituem: 1) organização dos espaços; 2) equilíbrio entre a iniciativa 
infantil e no dirigido no momento de planejar e desenvolver as atividades; 3) 
atenção privilegiada aos aspectos emocionais; 4) utilização de uma 
linguagem enriquecida; 5) diferenciação de atividades para abordar todas as 
11 
 
dimensões do desenvolvimento de todas as capacidades; 6) rotinas estáveis; 
7) materiais diversificados e polivalentes; 8) atenção individualizada a cada 
criança; 9) sistemas de avaliação, anotações que permitam o 
acompanhamento global do grupo e de cada uma das crianças; 10) trabalho 
com os pais e mães. (ZABALZA,1998, p. 50). 
 
É importante que a educação infantil seja de qualidade, tanto para aluno quanto 
para professor, porque um espaço que motive o aluno possibilita que o professor realize 
um trabalho mais adequado que traga para ele mesma satisfação. 
A educação infantil deve integrar o cuidar e o brincar, proporcionando o 
desenvolvimento integral da criança, e para que esse desenvolvimento aconteça, deve-se 
repensar as práticas pedagógicas, pois é a partir delas, da interação, que a criança irá se 
construir. Partindo desse ponto, deve-se pensar na estruturação dos espaços 
disponibilizados, do tempo, e das possibilidades de brincadeiras oferecidas, permitindo 
que a criança crie, invente, fantasie. Para Oliveira ( 2012, p.11): 
 
[...] os materiais disponíveis e, em especial, as maneiras como o professor 
exerce seu papel (organizando o ambiente, ouvindo as crianças, respondendo-
lhes de determinada maneira, oferecendo-lhes materiais, sugestões, apoio 
emocional, ou promovendo condições para a ocorrência de valiosas 
interações e brincadeiras criadas pelas crianças, etc). Requer ainda que essas 
orientações traduzam no cotidiano da ação docente os princípios pensados 
para a área e a visão de criança protagonista de seu tempo que esta sendo 
enfatizada. 
 
Se temos consciência de que a educação infantil é a base para o 
desenvolvimento, deve-se também tê-la como centro das prioridades, pois é a fase onde 
a criança está desvendando o universo, descobrindo e construindo valores, e é nessa 
construção que a creche e a pré-escola entram como marco na vida de cada criança, com 
a função possibilitar sua constituição como ser humano. 
Levando em consideração a importância que hoje o ensino infantil representa, 
também surge a necessidade de professores qualificados para trabalhar nessa área, 
devido ao processo de desenvolvimento e preparo da criança para o futuro, sendo assim, 
as creches são destinadas a oferecer uma educação voltada e pensada para o futuro. 
Segundo Pilleti, (2010, p. 71), o Plano Nacional de Educação (PNE): 
 
Reforça esse atendimento e destaca que a educação infantil inaugura a 
informação escolar do indivíduo. Como tal, deve estabelecer as bases da 
personalidade humana, da inteligência, da vida emocional e da socialização, 
tendo como pressuposto que as primeiras experiências da vida são as que 
marcam mais profundamente a pessoa, incluindo seu desenvolvimento e a 
aprendizagem posterior. 
12 
 
 
Sabe-se que nos dias atuais, a grande maioria das mulheres e inclusive mães, 
devido às exigências de uma sociedade consumista, têm a necessidade de trabalhar fora 
de casa, deixando seus filhos em creches, ficando, em muitos casos, por 11 horas diárias 
na responsabilidade de pedagogas, tornando, assim, o ensino infantil como uma grande 
responsabilidade. No entendimento de Libâneo (2008, p.253), “As crianças são 
merecedoras de preocupações educativas, especialmente em uma sociedade em que as 
mulheres cada dia mais, atuam no mercado produtivo, e necessitam de lugar apropriado 
e educativo para deixar os filhos pequenos”. 
A educação infantil é a base para a formação humana, a criança se espelha nos 
exemplos que ela recebe e percebe. A educação infantil é algo mágico, onde uma 
educação de qualidade, vivenciada por elas, trás para seu futuro, vivências que podem 
mudar sua história, e dessa forma, há a necessidade de um olhar diferente para a 
educação infantil, pois tudo o que a criança vivencia nessa fase da vida, contribui para a 
formação desse indivíduo, negativa ou positivamente. Pilleti, (2010, p.71) afirma que: 
 
[...] a Educação Infantil foi deixando de ser um mero espaço assistencial que 
permitisse às mães pobres trabalhar para se consolidar como um espaço 
educacional dedicado ao cuidado e à formação das crianças desde a mais 
tenra idade. Por isso, no âmbito internacional, a educação infantil vem sendo 
reconhecida como importante fator de desenvolvimento cognitivo, 
emocional, psicológico, social e profissional. 
 
Portanto, educação infantil, como um espaço educativo, deverá desenvolver o 
pleno desenvolvimento da criança, transmitindo valores, regras e atitudes essenciais e 
fundamentais para à formação de um ser, que será levado para toda a vida. 
 
4.2.3 Ensino Fundamental 
O ensino fundamental, como o próprio nome já diz, é um dos níveis 
fundamentais da educação básica, pois apresenta uma etapa de formação indispensável 
da educação, destinada às crianças e adolescente, pois a partir dessa etapa é que se 
integra à sociedade, buscando o domínio, o entendimento em nível de leitura, escrita e 
compreensão da sociedade como um todo. O Ensino Fundamental, de acordo com 
Pilleti, (2010, p.89): 
 
[...] busca uma formação básica e comum de fundamental importância para 
que as crianças possam integrar-se ética e dignamente à sociedade, mediante 
13 
 
o domínio da leitura, da escrita, do cálculo e da compreensão dos sistemas 
sociais, naturais, políticos e tecnológicos. 
 
A política educacional estabelece a educaçãocomo um direito de todos e um 
dever do estado, oferecendo a todos, independente de cor ou raça, uma educação de 
qualidade, com escolas que ofereçam condições de funcionamento e competência 
educacional. 
 Para Pilleti (2010, p.91) “[...] não há duvida de que o ensino fundamental, dentro 
da educação brasileira, e talvez da mundial, teve e tem um caráter especial e primordial 
em relação ás demais etapas de escolarização”. 
O ensino fundamental é a etapa obrigatória da educação básica. Segundo a 
LDB/96, em seu Art. 32, “O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 anos, 
gratuito na escola publica, iniciando-se aos 6 anos de idade, terá por objetivo a 
formação básica do cidadão.” O ensino fundamental, como também toda a educação 
básica, pode ser organizado por várias formas, entre eles: por series anuais, por períodos 
semestrais, por ciclos, por períodos de estudos, por idade e outros. 
Ainda de acordo com Libâneo (2008, p. 255): 
 
[...] a classificação em qualquer série ou etapa do ensino fundamental pode-se 
dar independentemente de escolaridade anterior, por meio de avaliação feita 
pela escola que defina o grau de desenvolvimento e a experiência do 
candidato e permita sua inscrição na série mais adequada. 
 
Sabe-se que a qualidade do ensino nessa etapa é de fundamental importância 
para um futuro desempenho, tanto escolar como profissional, pois com uma base solida 
de estudos estará contribuindo para uma bagagem de aprendizagem em uma futura 
formação, tendo melhor resultados. 
A formação intelectual muda o indivíduo, tornando a educação um instrumento 
que abre caminhos e forma opiniões criticas sobre a realidade em que se vive. É através 
da educação e da busca por ela, que adquirimos valores e nos inserimos de fato na 
sociedade. 
 
 
 
 
14 
 
4.2 O CONTEXTO DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
Os documentos oficiais que definem e fixam as diretrizes curriculares nacionais 
gerais para a educação básica são a resolução de nº4, resolução de nº7. A resolução de 
nº 7 de 2010, traz a forma de organização curricular dos anos iniciais, começando com 
os fundamentos, princípios, matrícula no ensino fundamental de 9 (nove) anos e carga 
horária, currículo, base nacional comum e parte diversificada: complementaridade, 
projeto político-pedagógico, gestão democrática e participativa como garantia do direito 
à educação, relevância dos conteúdos, integração e abordagens, articulações e 
continuidade da trajetória escolar, avaliação: parte integrante do currículo. Nos 
fundamentos conforme a legislação: 
 
Art. 4º É dever do Estado garantir a oferta do Ensino Fundamental público, 
gratuito e de qualidade, sem requisito de seleção. Parágrafo único. As escolas 
que ministram esse ensino deverão trabalhar considerando essa etapa da 
educação como aquela capaz de assegurar a cada um e a todos o acesso ao 
conhecimento e aos elementos da cultura imprescindíveis para o seu 
desenvolvimento pessoal e para a vida em sociedade, assim como os benefícios 
de uma formação comum, independentemente da grande diversidade da 
população escolar e das demandas sociais. 
 
As escolas devem garantir esse ensino gratuito e de qualidade para que 
contemple os alunos em formação, possibilitando assim uma educação de qualidade. 
Sobre os princípios conforme a legislação: 
 
Art. 7º De acordo com esses princípios, e em conformidade com o art. 22 e o art. 32 da 
Lei nº 9.394/96 (LDB), as propostas curriculares do Ensino Fundamental visarão 
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o 
exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para progredir no trabalho e em estudos 
posteriores, mediante os objetivos previstos para esta etapa da escolarização, a saber: 
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno 
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e 
social, do sistema político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta 
a sociedade; III – a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes 
e valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo; IV – o fortalecimento 
dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em 
que se assenta a vida social. 
 
Esses princípios são éticos, políticos e estéticos cada um têm sua especificidade 
que vão garantir esses direitos, propostos no Art. 7º que são fundamentais para que haja 
um equilíbrio assegurando a formação e possibilite a aprendizagem. 
A resolução aborda sobre o currículo, caminho que será trilhado pelo estudante. 
O objetivo de um currículo bem planejado é no sentido de que decida a melhor oferta 
15 
 
cultural que o sistema educacional possa apresentar aos alunos, priorizando as 
necessidades existentes. 
Essa resolução também fala sobre o projeto político pedagógico. O currículo do 
Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de duração exige a estruturação de um projeto 
educativo coerente, articulado e integrado, de acordo com os modos de ser e de se 
desenvolver das crianças e adolescentes nos diferentes contextos sociais. Sabe-se que 
todos que fazem parte da instituição e os membros representativos em sociedade devem 
fazer parte deste projeto que será discutido para que haja mudanças se houver 
necessidade. E uma gestão de qualidade pode fazer toda a diferença. 
 A legislação enfatiza sobre a gestão democrática e participativa como garantia do 
direito à educação. A democracia em linhas gerais é a base pela qual sustentamos o 
nosso direito de administrar o bem comum através dos valores e da ética, na esfera 
pessoal e comunitária. A partir desta proposição Libanêo (2008, p.331) afirma que é 
importante: 
 
[...] destacar o papel significativo do diretor da escola na gestão do trabalho 
escolar. A participação, o dialogo, a discussão coletiva, a autonomia são 
práticas indispensáveis da gestão democrática, mas o exercício da democracia 
não significa ausência de responsabilidades. Uma vez tomadas as decisões 
coletivamente, participativamente, é preciso pô-las em prática. Pra isso, a 
escola deve estar bem coordenada e administrada. 
 
 Um bom diretor faz a diferença e é fundamental exercer a liderança com 
sabedoria, maturidade e competência, para ser um bom gestor educacional vai demandar 
muita força de vontade, sem dúvida é uma grande responsabilidade. 
“Todos aos membros da equipe escolar estão envolvidos nessas ações, mas a 
responsabilidade direta sobre elas pertence à direção e à coordenação pedagógica.” 
Como Salienta LIBÂNEO (2008, p.372). 
O que muitas vezes ocorre no ambiente educacional é o pouco preparo dos 
profissionais, diante destes novos meios de desenvolvimento do conhecimento, pois 
esses meios formam uma ferramenta valiosíssima, se bem empregados no ambiente 
escola. As novas tecnologias têm uma enorme corrente ao seu favor que é a curiosidade 
e a ânsia insaciável de seus seguidores. Portanto, se a educação através de seus 
profissionais souberem aproveitar deste meio, grandes resultados serão possíveis de se 
alcançar. 
16 
 
Libâneo (2008) argumenta que o diretor da escola recebe uma das mais 
importantes atribuições pedagógicas que são as de conduzir e coordenar o processo de 
tomada de decisões através das práticas participativas. 
A resolução Nº 4, de 13 de julho de 2010 vai falar sobre a educação básica, dos os 
objetivos, referências conceituais, sistema nacional de educação, acesso e permanência 
para a conquista da qualidade social, organização curricular: conceito, limites, 
possibilidades, formas para a organização curricular, formação básica comum e parte 
diversificada, organização da educação básica, etapas da educação básica, modalidades 
da educação básica. Os objetivos conforme a legislação Art. 2º são: 
 
 I - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da EducaçãoBásica contidos na 
Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais 
dispositivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a 
formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao 
currículo e à escola; II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve subsidiar a 
formulação, a execução e a avaliação do projeto político-pedagógico da escola de 
Educação Básica; III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e 
demais profissionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes 
federados e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam. 
 
 A Base Nacional Curricular Comum vai definir objetivos de aprendizagem nas 
escolas. Sabendo que a educação brasileira vem enfrentando significativas mudanças 
em sua estrutura e organização, mesmo diante de muitos questionamentos e 
contrariedades, vem caminhando no sentido de elevar alguns índices qualitativos e 
outros quantitativos. 
Segundo a legislação Nº 4, Art. 24, o ensino fundamental tem como objetivo 
Os objetivos da formação básica das crianças, definidos para a Educação Infantil, 
prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino Fundamental, especialmente no 
primeiro, e completam-se nos anos finais, ampliando e intensificando, gradativamente, 
o processo educativo, mediante: I - desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo 
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - foco central 
na alfabetização, ao longo dos 3 (três) primeiros anos; III - compreensão do ambiente 
natural e social, do sistema político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e 
dos valores em que se fundamenta a sociedade; IV - o desenvolvimento da capacidade 
de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a 
formação de atitudes e valores; V - fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de respeito recíproco em que se assenta a vida social. 
 
A motivação escolar é algo complexo, processual e contextual, mas alguma 
coisa se pode fazer para que os alunos recuperem ou mantenham seu interesse em 
aprender, pensando desta forma os professores de hoje podem lidar com a 
desmotivação na sala de aula, transformando esse cenário, o que gera estes desconforto 
nos alunos e professores e como poderíamos reverter esse quadro, fazendo com que as 
17 
 
aulas se tornem prazerosas, a escola seja mais atraente e o ensino seja motivo de êxito 
para os alunos. 
 
4.2.1 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E PEDAGÓGICA NOS ANOS INICIAIS 
As Diretrizes, fundamentadas na Constituição Federal, na LDB e demais leis que 
buscam organizar e qualificar a Educação Básica do país definem-se como um conjunto 
de princípios. Nos estudos realizados Conforme Corsino (2017, p. 57): 
 
O olhar sensível para as produções infantis permitirá conhecer os 
interesses das crianças, os conhecimentos que estão sendo apropriados 
por elas, assim como os elementos culturais do grupo social em que 
estão imersas. A partir daí, será possível desenvolver um trabalho 
pedagógico em que a criança esteja em foco. 
 
Por este motivo e outros é que o planejamento é muito importante, pois 
possibilita abrir novas oportunidades seja em avaliar os caminhos ou construir com base 
no que já conhecemos uma prévia organização antecipando os resultados esperados. 
Desta forma será possível alcançar objetivos pré-definidos. Conforme Corsino (2017, 
p. 58). 
Esse enfoque coloca-nos num lugar estratégico porque cabe a nós, 
professores(as), planejar, propor e coordenar atividades significativas e 
desafiadoras capazes de impulsionar o desenvolvimento das crianças e de 
amplificar as suas experiências e práticas socioculturais. 
 
 O planejar faz parte da rotina do professor e assim cada vez mais tem crescido a 
preocupação em realizar um bom planejamento no âmbito da educação que contemplem 
todos esses aspectos que levam a aprendizagem, é uma grande responsabilidade para o 
educador diante dos desafios encontrados. 
 
Nesse sentido, um caminho encontrado por vários professores para 
desenvolver as diferentes áreas do currículo de forma criativa e 
interdisciplinar, que vá ao encontro dos interesses das crianças e ao 
mesmo tempo possibilite a ampliação de suas experiências e a sua 
inserção cultural, tem sido o trabalho com projetos. (CORSINO 2017, 
p. 59). 
 
A finalidade dos projetos é de organizar o planejamento do professor, tem como 
propósito partir de uma temática escolhida pelo professor e atender as necessidades e 
objetivos a serem alcançados. 
18 
 
 Conforme Corsino (2017) “[...] Os projetos valorizam o trabalho e a função do 
professor que, em vez de ser alguém que reproduz ou adapta o que está nos livros 
didáticos e nos seus manuais, passa a ser um pesquisador do seu próprio trabalho.” 
 
Uma escola comporta vários tipos de projetos. A começar pelo projeto 
político-pedagógico definidor da sua proposta. O projeto político 
pedagógico da escola se efetiva em ações organizadas em diferentes 
projetos institucionais que podem ser de caráter permanente – como a 
organização e a utilização da biblioteca escolar ou do centro de 
estudos de professores – , podem surgir de questões amplas da 
comunidade escolar, como Direitos Humanos, sendo trabalhado ao 
longo de um ano letivo. (CORSINO 2017, p. 61). 
 
 
A função do projeto político pedagógico é a organização do trabalho pedagógico 
sua função é de grande importância não só para o conhecimento sobre as instituições, 
mas também sobre os objetivos que a escola idealiza atentando aos novos desafios e 
buscando a resolução de problemas, pois é um processo permanente que é inacabado. É 
discutir a função da escola e ter compromisso com a formação do cidadão. 
 Conforme Ferraz (2017, p.69), “Na perspectiva de discutir sobre a aprendizagem nos 
anos iniciais pode dizer que por meio da oralidade, as crianças participam de diferentes 
situações de interação social e aprendem sobre elas próprias, sobre a natureza e sobre a 
sociedade.” 
 Se a aprendizagem em sala de aula for uma experiência de sucesso, o aluno constrói 
uma representação de si mesmo como alguém capaz. 
 Hoje o que faz a diferença no ensino é o professor buscar novas alternativas de 
ensinar mais ainda quando se trata de escrita, pois a criança precisa compreender 
primeiramente o que significa a palavra escrita. Antes de ensinar a escrever, é preciso 
saber o que os alunos esperam da escrita, qual julgam ser sua utilidade e a partir daí 
programar as atividades adequadas, como é mais complexo precisa de um diferencial 
para que o conteúdo não se torne maçante e a criança perca o interesse de aprender e 
sim prazeroso capaz de instigar e proporcionar aprendizagem. 
 Afirma Ferraz ( 2017, p.70) que “Qualquer cidadão lê e escreve cumprindo 
finalidades diversas e reais. Precisamos garantir esse mesmo princípio, ao iniciarmos os 
estudantes no mundo da escrita.” Cada criança tem seu tempo para aprender, alguns 
possuem mais dificuldades, outros aprendem mais rápidos, mas o importante é que 
consigam acompanhar este processo. 
19 
 
“A leitura do texto literário é fonte de prazer e precisa, portanto, ser considerada como 
meio para garantir o direito de lazer das crianças e dos adolescentes.” (Ferraz 2017, 
p.70) 
 A importância das crianças terem empolgação em ler, percebendo que o mundo da 
leitura pode ser muito prazeroso, pois é um mundo de imaginação aonde os personagens 
se tornam reais e fantasia corre solta. 
 
Alfabetizar letrando é um desafio permanente. Implica refletir sobre as 
práticas e as concepções por nós adotadas ao iniciarmos nossas 
crianças e nossos adolescentes no mundo da escrita, analisarmos e 
recriarmos nossas metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais 
cedo e da forma mais eficaz possível, esseduplo direito: de não 
apenas ler e registrar autonomamente palavras numa escrita alfabética, 
mas de poder ler-compreender e produzir os textos que 
compartilhamos socialmente como cidadãos. (Ferraz 2017, p.80) 
 
Muitas vezes, a maneira com que a escola trata a leitura e a escrita leva muitos 
alunos a detestarem essas práticas. É um desastre educacional que precisa o quanto 
antes ser reparado. Essas crianças precisam ser motivadas e entender a importância de 
saber ler e escrever seja para o futuro por que vão precisar, independente da profissão 
que querem exercer, pois uma pessoa que não é alfabetizada é excluída. 
 Discutindo um pouco sobre a avaliação que é importante destacarmos alguns aspectos 
dentro deste processo. Conforme a resolução de Nº 7 de 2010 Art. 32: 
 
A avaliação dos alunos, a ser realizada pelos professores e pela escola como parte 
integrante da proposta curricular e da implementação do currículo, é redimensionadora 
da ação pedagógica e deve: I – assumir um caráter processual, formativo e participativo, 
ser contínua, cumulativa e diagnóstica, com vistas a: a) identificar potencialidades e 
dificuldades de aprendizagem e detectar problemas de ensino; b) subsidiar decisões 
sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo com as necessidades dos 
alunos, criar condições de intervir de modo imediato e a mais longo prazo para sanar 
dificuldades e redirecionar o trabalho docente; c) manter a família informada sobre o 
desempenho dos alunos; d) reconhecer o direito do aluno e da família de discutir os 
resultados de avaliação, inclusive em instâncias superiores à escola, revendo 
procedimentos sempre que as reivindicações forem procedentes. (...) 
 
A avaliação no ensino fundamental proporciona que o aluno no seu processo de 
formação desenvolva as habilidades e competências necessárias para o aprendizado. 
 
4.3 FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL 
 
20 
 
O professor precisa de uma formação continuada que seja capaz de melhorar a 
sua pratica e adquirir novos conhecimentos que possibilitam um rendimento maior no 
ensino, propiciando qualidade no atendimento contemplando a aprendizagem e 
desenvolvimentos das crianças. 
Segundo a Resolução Nº 4 de 2010 Art. 57 
 
 
 Entre os princípios definidos para a educação nacional está a valorização do 
profissional da educação, com a compreensão de que valorizá-lo é valorizar a 
escola, com qualidade gestorial, educativa, social, cultural, ética, estética, 
ambiental. § 1º A valorização do profissional da educação escolar vincula-se à 
obrigatoriedade da garantia de qualidade e ambas se associam à exigência de 
programas de formação inicial e continuada de docentes e não docentes, no 
contexto do conjunto de múltiplas atribuições definidas para os sistemas 
educativos, em que se inscrevem as funções do professor. § 2º Os programas de 
formação inicial e continuada dos profissionais da educação, vinculados às 
orientações destas Diretrizes, devem prepará-los para o desempenho de suas 
atribuições, considerando necessário: a) além de um conjunto de habilidades 
cognitivas, saber pesquisar, orientar, avaliar e elaborar propostas, isto é, 
interpretar e reconstruir o conhecimento coletivamente; b) trabalhar 
cooperativamente em equipe; c) compreender, interpretar e aplicar a linguagem 
e os instrumentos produzidos ao longo da evolução tecnológica, econômica e 
organizativa; d) desenvolver competências para integração com a comunidade 
e para relacionamento com as famílias. 
 
 
Ter uma boa interação, estabelecer um trabalho conjunto com outros 
profissionais de modo integrado e relacionar o ato de educar e ensinar de maneira 
responsável, reconhecendo a criança como um ser inteiro, são características que o 
professor deve cultivar de maneira ética, respeitando os demais profissionais, os alunos 
e as famílias. É desta maneira que a relação professor com demais profissionais pode 
fazer a diferença, pois todos mesmo que possuem funções diferenciadas podem ajudar 
neste processo. Segundo a Resolução Nº 4 de 2010 Art. 59. 
 Os sistemas educativos devem instituir orientações para que o projeto de 
formação dos profissionais preveja: a) a consolidação da identidade dos 
profissionais da educação, nas suas relações com a escola e com o estudante; 
b) a criação de incentivos para o resgate da imagem social do professor, 
assim como da autonomia docente tanto individual como coletiva; c) a 
definição de indicadores de qualidade social da educação escolar, a fim de 
que as agências formadoras de profissionais da educação revejam os 
projetos dos cursos de formação inicial e continuada de docentes, de modo 
que correspondam às exigências de um projeto de Nação. 
 
 Ser um professor é exercer uma função muito importante, pois devem atingir todos 
esses objetivos com dedicação, mas a princípio todos profissionais da educação devem 
fazer a sua parte para que haja harmonia em todo processo. O professor deve olhar para 
21 
 
o aluno de forma integral, buscando identificar suas diferentes dimensões formativas e 
como sua atuação nessa função educadora é necessário ser um professor que contemple 
todos os aspectos formativos do aluno. Conforme Brito e Rocha (2012, p.4) 
Ao término da graduação espera-se que o pedagogo tenha condições de: 
relacionar as linguagens dos meios de comunicação aplicadas à educação, nos 
processos didático pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de 
informação e comunicação adequadas ao desenvolvimento de aprendizagens 
significativas; participar da gestão das instituições em que atuem enquanto 
estudantes e profissionais, contribuindo para elaboração, implementação, 
coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico. 
 É sempre um grande desafio que o professor deve perpassar para atingir seus objetivos, 
pois cabe a incumbência de ensinar, orientar, estimular e incentivar as crianças a 
descobrir suas potencialidades. Segundo Brito e Rocha (2012, p.5) 
Para tanto, podemos ressaltar que as atividades educacionais têm se 
tornado cada vez mais amplas devido às transformações sociais, 
econômicas e cultural que a sociedade atual tem sofrido, com isso 
percebemos que as exigências para com o profissional da educação 
têm aumentado aceleradamente trazendo novos desafios e exigindo da 
formação do pedagogo conhecimentos e habilidades especializadas. 
 
 O professoré a alma da educação e a espinha dorsal da sociedade. É preciso 
valorizá-lo, capacitá-lo para o exercício pleno de suas atividades como educador. 
Assim ressalta Libâneo (2002, p.61): 
 
A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no 
aprimoramento do seu desempenho na sala de aula [...] na analise e 
compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos [...] 
na vinculação entre as áreas de conhecimento pedagógico e o trabalho de sala 
de aula [...] considerando – se a variedade de níveis de atuação do profissional 
pedagogo, a que se convir que os problemas, os modos de atuação e os 
requisitos de exercício profissional nesses níveis não são necessariamente da 
mesma natureza, ainda que todos sejam modalidades de práticas pedagógicas. 
 
Mas para que isso aconteça, o professor deve instigar o aluno, levá-lo à dúvida, à 
inquietação, à contestação, ao questionamento. A transmissão do saber precisa ser 
estimulante e prazerosa. Preparar o aluno para que ele se conheça e desenvolva suas 
potencialidades e possa olhar o outro, aceitando suas diferenças, bem como motivar sua 
curiosidade para a busca constante do conhecimento, para que este sirva como base para 
sua capacitação ao trabalho, é de primordial importância. 
22 
 
 
4.4 O QUE É LUDICIDADE 
 
As atividades lúdicas não se resumem ao jogo e à brincadeira, mas incluem 
atividades diferenciadas que possibilitam momentos de prazer, alegria e integração dos 
envolvidos. Ludicidadeforma de fortalecer a criatividade, os conhecimentos, através de 
jogos e dentre outras brincadeiras diversas. “Proporciona a quem a vivencia instantes 
de encontro consigo e com o outro, momentos surreais e de realidade e, de redefinição e 
percepção, momentos de autoconhecimento e de cuidar de si e ter um olhar mais atento 
com o outro”. (PIAGET,1975, p. 12). 
O intuito é educar, ensinar se divertindo e interagindo com os outros. Na 
atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, 
mas a própria execução que pode acontecer nos mais diversos espaços (internos e 
externos). 
 
O espaço lúdico deve causar um impacto em todos que nele entrem. 
Principalmente a criança deve ser tocada pela alegria, pela curiosidade é um 
mundo de fantasia, portanto deve estimular o sonhar acordado. É também um 
espaço para desenvolver competências. A criança, ao brincar, vai treinar suas 
habilidades. Vai treinar sua capacidade de ganhar e perder, de criar regras e 
saber respeitá-las. ( PINTO, 2003, p.61). 
 
São lúdicas as atividades que propiciam a vivência ampla do aqui, agora, 
integrando a ação, o pensamento e o sentimento. Tais atividades podem ser uma 
brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que possibilite dar início a 
determinado momento de inserção: uma dinâmica de integração grupal ou de 
sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, exercícios de relaxamento e 
respiração, uma ciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras 
tantas possibilidades. 
 
Os jogos e as brincadeiras são fontes de felicidade e prazer que se 
fundamentam no exercício da liberdade e, por isso, representam a conquista 
de quem pode sonhar sentir, decidir, arquitetar, aventurar e agir, com energia 
para superar os desafios da brincadeira, recriando o tempo, o lugar e os 
objetos. Os jogos e as brincadeiras ajudam as crianças a vivenciarem regras 
preestabelecidas. Elas aprendem a esperar a sua vez e também a ganhar e 
perder. ( NEVES, SANTIAGO, 2003, p.20). 
 
23 
 
Mais importante, porém, do que o tipo de atividade é a forma como é conduzida 
e como é experienciada e o porquê de estar sendo realizada. Através das atividades 
lúdicas, formam-se conceitos, ideias são selecionadas, estabelecendo relações lógicas e 
integrando percepções que contribuem de maneira acentuada para que haja a 
socialização entre os sujeitos que fazem parte do processo. 
 
O que traz ludicidade para a sala de aula é muito mais uma “atitude” lúdica 
do educador e dos educandos. Assumir essa postura implica sensibilidade, 
envolvimento, uma mudança interna, e não apenas externa, implica não 
somente uma mudança cognitiva, mas, principalmente, uma mudança 
afetiva. (LUCKESI, 2000, p.23). 
 A ludicidade deve, portanto, permitir que cada um possa se expressar livre e 
solidariamente. Toda criança que participa de atividades lúdicas adquire novos 
conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que 
proporcionam um forte interesse em aprender e garante o prazer. Ela também age, 
sente, pensa, aprende e se desenvolve. 
 
Destaca-se que abordar o tema da ludicidade pode contribuir para o 
desenvolvimento de um processo de ensino aprendizagem mais produtivo e 
abrangente. O docente, responsável pela sistematização desse processo, pode 
oportunizar às crianças uma forma dinâmica e prazerosa de aprender, pois, a 
educação pela via da ludicidade propõe um aprender brincando, inspirando 
uma concepção de educação para além da instrução, ou seja, para a 
autonomia do aprendiz. ( LUCKESI, 2000, p.40) 
 
As atividades lúdicas possibilitam inserir novos valores, desenvolvimento 
pedagógico riquíssimo na busca da valorização do movimento, das relações e da 
solidariedade. D’Avila (2006, p. 18) destaca que: “O ensino lúdico é aquele em que se 
inserem conteúdos, métodos criativos e o enlevo em se ensinar e, principalmente, 
aprender.” 
Tudo o que foi destacando é de suma importância, pois se pôde compreender 
que a ludicidade não está restrita em um determinado assunto, mas pode abranger várias 
temáticas que são fundamentais para que haja aprendizado. A ludicidade está presente 
nas diversas atividades da dinâmica humana. 
 
24 
 
4.2.1 A ludicidade no contexto do processo de ensino aprendizagem 
 
A Ludicidade é de suma importância para o desenvolvimento da criança. 
Através das atividades lúdicas propicia que a criança seja livre para criar o seu mundo 
simbólico e, assim, estimulando o surreal e a imaginação. Conforme relatam Macedo, 
Petty, Passos (2005, p. 16) 
 
Valorizar o lúdico nos processos de aprendizagem significa, entre outras 
coisas, considerá-lo na perspectiva das crianças. Para elas apenas o que é 
lúdico faz sentido. Em atividades necessárias (dormir, comer, beber, tomar 
banho, fazer xixi), por exemplo, é comum as crianças introduzirem um 
elemento lúdico e as realizarem agregando elementos. 
 
 A importância do lúdico na sala de aula é propiciar um ambiente mais agradável, 
e isso proporciona às crianças a oportunidade de ser livre para criar e imaginar. Através 
das brincadeiras, o professor pode observar o desenvolvimento delas , pois o lúdico 
desenvolve nas crianças habilidades cognitivas, motoras e facilita a aprendizagem. 
 
O brinquedo é um elemento importante no desenvolvimento da criança, mas 
depende da sua manipulação pelo adulto pode ser a luz ou sombra: luz, 
quando usado para facilitar o processo de aprendizagem, para estimular o 
desenvolvimento físico, para recreação e para aliviar as tensões, sombra, 
quando é imposto pelo adulto como instrumento de repressão e controle. 
(PINTO, 2003, p.46) 
 
 
Afirmam Macedo, Petty, Passos que (2005, p 17) “Através da brincadeira, a 
criança se apropria da realidade, criando um espaço de aprendizagem em que possam 
expressar, de modo simbólico, suas fantasias, desejos, medos, sentimentos, sexualidade 
e agressividade”. Afinal, é um processo espontâneo no qual o professor tem que 
interagir e estimular, deixando a criança livre para criar e representar o seu mundo 
simbólico. Através do brincar, o professor consegue identificar várias características da 
criança, pois enquanto brinca, ela mostra o que sente e até mesmo representa o que 
presencia. Pensando nessa perspectiva, pode-se dizer que, certamente, vai influenciar 
para: 
 
Formar pessoas críticas e criativas, que criem, inventem, descubra, que sejam 
capazes de construir conhecimento. Não devendo aceitar simplesmente o que 
os outros já fizeram, aceitando tudo o que lhe é oferecido. Daí a importância 
de se ter alunos que sejam ativos, que cedo aprendem a descobrir, adotando 
assim uma atitude mais de iniciativa do que de expectativa. (LUCKESI, 
2000, p.24). 
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25 
 
 
O lúdico aplicado à prática pedagógica não apenas contribui para a 
aprendizagem da criança, como oportuniza ao educador um olhar mais aguçado para 
propor suas aulas com mais dinamismo e que sejam prazerosas. O lúdico enquanto 
recurso pedagógico deve ser encarado de forma séria e usado de maneira correta. É 
fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do 
lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade. 
 
A educação lúdica é uma ação inerente na criança e no adulto aparece 
sempre, como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, a 
criança aprende através da atividade lúdica ao encontrar na própria vida, nas 
pessoas reais, a complementação para as suas necessidades. (LUCKESI, 
2000, p.24) 
 
O papel do educador é intervir de forma adequada, deixando que o aluno adquira 
conhecimentos e habilidade. Suas atividades visam sempre um resultado e uma ação 
dirigida para a busca de finalidades pedagógicas. 
 
4.5 A AQUISIÇÃO DAESCRITA: uma grande arte 
 
A escrita é uma forma de representar aquilo que é funcionalmente significativo, 
estabelecendo um sistema de regras próprias. Para se aprender a escrever o indivíduo 
necessita conhecer o sistema de regras da escrita e esse conhecimento acontece de 
forma gradual, e exige do sujeito uma reflexão a respeito das características gerais da 
escrita. 
 
A escrita é, portanto, uma invenção decisiva para a história da humanidade. 
Ela é a representação do pensamento e da linguagem humana por meio de 
símbolos. Um meio durável e privilegiado de comunicação entre as pessoas. 
Por meio de registros escritos há milhares de anos, ficamos sabendo como era 
a vida e a organização social de povos que viveram muito antes de nós. A 
invenção não surgiu por acaso, mas como consequência das mudanças 
profundas nas sociedades durante o período do surgimento das primeiras 
cidades. (REVISTA NOVA ESCOLA, 2014, p.40). 
 
 
26 
 
Há diferentes tipos de escrita, porque suas origens são diferentes. Foram 
estabelecidos cinco níveis de desenvolvimento da escrita a partir do momento em que o 
indivíduo compreende para que serve a escrita, ou seja, que ela tem uma utilidade. Só se 
sabe e consegue escrever quando se possui o conhecimento sobre a função da escrita e 
quando se percebe que desenho não é a mesma coisa de escrita, porém é um avanço 
significativo, mas que existe uma diferença entre eles, embora em alguns momentos eles 
estejam acompanhados. 
A escrita é uma representação gráfica com significados. Os cinco níveis de 
escrita segundo a psicogênese da língua escrita são os seguintes: nível pré-silábico, 
silábico, silábico-alfabético, alfabético e ortográfico. SILVANA (2014, p. 3) afirma: 
 
A construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica 
individual, embora aberta a interação social, na escola ou fora dela. No 
processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do 
código linguístico e dominá-lo. O tempo necessário para o aluno transpor 
cada uma das etapas é muito variável. Duas das consequências mais 
importantes do construtivismo para a prática de sala de aula são respeitar a 
evolução de cada criança e compreender que um desempenho mais vagaroso 
não significa que ela seja menos inteligente ou dedicada do que as demais. 
(REVISTA NOVA ESCOLA, 2014, p. 77) 
 
Antes de ensinar a escrever, é preciso saber o que os alunos esperam da escrita, 
qual julgam ser sua utilidade e a partir daí programar as atividades adequadas. Pois cada 
criança tem seu tempo para aprender alguns possuem mais dificuldades outros 
aprendem mais rápido, mas o importante é que consigam acompanhar este processo 
para que possam ser alfabetizados e o professor é quem deve ficar atento para buscar 
um diferencial neste processo para que não seja maçante mais sim prazeroso e que todos 
consigam aprender. Quando a criança já tem objeto interiorizado seu processo de escrita 
é mais fácil. 
 
A escrita é uma atividade nova para a criança, e por isso mesmo requer um 
tratamento especial na alfabetização. Espera-se que a criança, no final de um 
ano de alfabetização, saiba escrever e não que saiba escrever tudo e com 
correção absoluta. (CAGLIARI, 2005, p. 96). 
 
Saber escrever corretamente é importante, mas agora quando a criança inicia o 
seu processo de alfabetização ele ainda possui muita dificuldade e cada avanço que ela 
demonstra ter é muito compensador, pois aos poucos ela vai compreender melhor como 
funciona estas etapas que vai perpassar e o professor é quem deve saber inovar e 
27 
 
incentivar. A criança no seu estágio de alfabetização precisa, primeiro, aprender a ler 
para depois conseguir escrever. Não basta saber escrever, para escrever precisa ter uma 
motivação. Sem duvidas ninguém escreve ou lê sem motivação. 
É justamente por isso que as crianças podem ficar muito motivadas para 
escrever; por outro lado, se não tiverem uma motivação real, poderá ser inútil mostrar-
lhes toda parafernália de letras e rabiscos própria da alfabetização. (CAGLIARI, 2005, 
p. 97). 
Muitas vezes, a maneira com que a escola trata a leitura e a escrita leva muitos 
alunos a detestarem essas práticas. É um desastre educacional que precisa o quanto 
antes ser reparado. Essas crianças precisam ser motivadas e entender a importância de 
saber ler e escrever seja para o futuro por que vão precisar, independente da profissão 
que querem exercer, pois uma pessoa que não é alfabetizada é excluída. 
 
A aprendizagem da língua escrita é um processo de construção do sujeito em 
interação com o meio em que vive, o qual vai sendo construído pela criança 
muito antes de sua inserção no ambiente escolar. O ambiente escolar deve ser 
alfabetizador, ou seja, deve promover um conjunto de situações de usos reais 
de leitura e escrita, onde as crianças tenham a oportunidade de participar, o 
que contribui para um ganho cognitivo, além de estimular o aluno a refletir e 
buscar o conhecimento através de hipóteses e de questionamentos. Em 
tempos de avanços e diante de pesquisas sobre a didática da alfabetização, 
faz-se necessário pensar sobre novos contextos para se ensinar a ler a 
escrever. ( BUIN, 2002, p. 44). 
 
A finalidade da expressão escrita é a interação social entre os sujeitos, 
considerando o passado, o presente e o futuro, através de textos escritos dos mais 
diversos gêneros textuais. 
 
4.5.1 Estratégias lúdicas de se trabalhar a escrita 
 
Por esse caminho, o presente trabalho foi proposto no sentido de avaliar a 
eficácia de se desenvolver atividades lúdicas para desenvolver nos alunos o gosto de 
escrever, pois, observa-se que as crianças, em geral, são submetidas à aprendizagem da 
escrita em momentos em que não se encontram em condições psicológicas de realizar as 
atividades com sucesso. Com base nesta consideração, propor o trabalho com o lúdico 
como uma das alternativas pedagógicas para motivar os alunos a comunicar-se por 
28 
 
escrito, de forma espontânea, sem levar em consideração, neste momento, a questão 
gramatical e ortográfica. 
Na educação, o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria 
os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, ou seja, faz a mediação 
da construção do conhecimento e, para isso, precisa estar preparado. 
Buscando estratégias que contemplem a ludicidade e a escrita como grande parceria 
pode se dizer que: 
 
Os jogos e brinquedos são reconhecidos como meios de fornecer à criança 
um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, de forma a 
estimular, na criança, a curiosidade, a observação, a intuição, a atividade, 
favorecendo seu desenvolvimento pela experiência. Esse interesse e essa 
valorização do brincar na educação não são recentes; sua importância foi 
demonstrada já na educação grego romana. (MACEDO, PETTY, PASSOS, 
2005, p.56). 
 
Atualmente, tem-se falado muito sobre a importância dos jogos e brinquedos 
para estimular o processo de aquisição do conhecimento na criança. A aprendizagem é 
tão importante quanto o desenvolvimento social e, o jogo, neste sentido, constitui uma 
ferramenta pedagógica fundamental. Mais ainda, o jogo pode ser um instrumento de 
alegria. ”Uma criança que joga antes de tudo o faz porque se diverte, mas dessa 
diversão emerge a aprendizagem e a maneira como o professor, após o jogo, trabalhar 
suas regras pode ensinar-lhe esquemas de relações interpessoais e de convívios éticos. 
(ANTUNES, 2003, p.14) 
Dessa forma, o lúdico trabalhado cria possibilidades de interagir com os alunos, 
de modo a contribuir no avanço da leitura e, mais especificamente, da escrita. 
 
 Até um tempo atrás, o lúdico pertencia à educação infantil, hoje, sabe-se que 
não é mais privilégio somente da educação infantil. Cada vez mais há um 
grande incentivo para que os professores utilizem o lúdico em suas aulas. A 
principio a escrita precisater um objetivo, uma finalidade, ou seja, é preciso 
ter sentido para que a criança escreva. Não se deve escrever somente para o 
professor ou para preencher o tempo. O uso de jogos e brincadeiras é uma 
forma de despertar o gosto pelas atividades diárias de sala de aula e melhorar 
a estima. (KATO, 2005, p. 117). 
 
Para facilitar o aprendizado para aqueles que apresentam dificuldades com a 
modalidade escrita da língua materna, poderão ser propostas atividades lúdicas como 
um caminho de desenvolvimento do gosto pela escrita. Jogo como estratégia de ação 
para a produção escrita. 
29 
 
 
 Quebra-cabeça: Objetivo Trabalhar com a concentração, enfatizando a 
habilidade em montar o cenário que desencadeará a produção escrita. Após 
montarem o quebra-cabeça, responderam as seguintes questões: A) Que 
figuras aparecem no cenário? B) Quais as cores que predominam? C) Dê 
nome aos personagens que aparecem no cenário? Após estas questões, 
respondidas por escrito, Será solicitado que usassem a imaginação e 
escrevam uma história que represente a gravura montada. (MOTHES, 2007, 
p.10). 
 
Essa passagem da experiência concreta para a escrita nem sempre se oferece de 
forma significativa para os alunos, pois, para a maioria, o ato da escrita se apresenta 
como uma atividade difícil e complexa, para a qual é necessária persistência, pois, 
embora o pensamento esteja devidamente e espontaneamente elaborado, a passagem 
para a representação escrita sempre apresenta dificuldades. Outra atividade bem 
interessante que pode proporcionar a aprendizagem 
 
Dominó de Frases: Neste jogo, as frases são formadas por animais (vaca, 
carneiro, abelha); vegetais (milho, cana, trigo, uva); produtos (leite, lã, mel, 
pipoca, açúcar, pão, vegetais (milho, cana, trigo, uva); produtos (leite, lã, 
mel, pipoca, açúcar, pão. Os exercícios relacionados ao jogo são: a) formar 
frases; b) ligar animais e vegetais a seus respectivos produtos; c) separar em 
colunas as palavras que indicassem: animais, vegetais e produtos; d) 
Produção textual: produzir um texto com as seguintes palavras: sítio, vaca, 
leite, pão e mel. (MOTHES, 2007, p.11). 
 
Objetivo desenvolver o raciocínio no sentido de organizar a sequência das 
frases; promover a comunicação, a participação, a cooperação e a integração de todos os 
participantes. Regras: cada aluno recebe 07 (sete) fichas; tira par ou ímpar para ver 
quem começa a brincadeira; vai-se colocando as fichas e, caso não as tenha em mãos 
para; completar a frase, compram-se outras no decorrer do jogo; ganha quem primeiro 
colocar todas as fichas na mesa. 
Esse tipo de jogo (Dominó de Frases) proporciona ao aluno ampliar seu 
vocabulário, pois o exercício de completar frases lhe garantiu subsídios para a produção 
escrita decorrente, além, de dar ao professor condições para um trabalho 
interdisciplinar. 
 Anedota das vacas Objetivo: trabalhar a interpretação de um texto de 
forma prazerosa. Esse texto foi trabalhado por se tratar de uma anedota, 
adotada nesta proposta como uma forma de atividade lúdica também, 
inclusive resgatando o interesse natural que se tem por piadas. Entretanto 
como a piada exige inferências, pressupostos por parte de seus 
30 
 
interlocutores. Quanto à produção textual, será pedido que os alunos 
escrevam uma história engraçada que conhecem. (MOTHES, 2007, p.12). 
Essa atividade proporciona trazer diversos tipos de textos para a sala de aula é 
uma forma de tornar a prática pedagógica mais diversificada e dinâmica, como no caso 
do trabalho com o texto. 
 Jogo da Velha: Objetivo desenvolver o raciocínio e a organização lógica 
do pensamento, incluindo a atenção no sentido de fazer o aluno se 
concentrar no jogo; respeitar-se mutuamente; motivar o aluno para a 
produção escrita. Segundo passo: atividades escritas: a) Formar frases com 
as palavras: jogo, velha; b) Escrever com as próprias palavras sobre o porquê 
do Jogo da Velha ter recebido esse nome; c) Ouvir o texto sobre a origem do 
jogo lido pela professora; d) Produção textual: reproduzir, por escrito, o 
texto lido pela professora; e) Comparar e discutir a sua ideia sobre o Jogo da 
Velha com o texto lido pela professora. (MOTHES, 2007, p.13). 
 
As atividades com o Jogo da Velha mostram que é possível transformar qualquer 
atividade lúdica num trabalho pedagógico. Nesse caso, além dos exercícios, a proposta 
de iniciar o trabalho com correspondência, partindo do bilhete (sua estrutura e 
especificidade) prepara os alunos para esse tipo de gênero textual. 
Brincar é Gostoso - 1º Passo: leitura silenciosa (pelos alunos) e oral (primeiramente 
pela professora, depois pelos alunos). 2º Passo: os alunos responderam as seguintes 
questões: a) Quem é o autor do texto? b) De acordo com o texto, como podemos 
brincar? c) Escreva o nome de uma brincadeira que você pode brincar usando as mãos e 
os pés. d) Quais brincadeiras você pode brincar com vários amigos? e) Escreva o nome 
de uma brincadeira que podemos brincar em sala de aula. f) Em sua casa, do que você 
costuma brincar e com quem? g) Quais brincadeiras meninos e meninas podem brincar 
juntos? 3º Passo: Produção Textual: Escreva sobre o jogo que você escolheu: a) Com 
quem você jogou? b) Quais as regras desse jogo? b) Quais as regras desse jogo? O texto 
trazido fala sobre o brincar e assim as crianças podem escrever sobre o brincar de forma 
descontraída vão realizar as atividades propostas com prazer. . (MOTHES, 2007, p.15). 
 
Objetivo: Ressaltar o significado do lúdico e sua importância no 
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. No dia que a atividade será realizada vai 
ser levado vários jogos (dama, trilha, jogo da velha, dominó) e, em duplas, os alunos 
escolherão o que queiram jogar. Após a brincadeira, será trabalhado o texto “Brincar é 
Gostoso”. 
Pensando em algumas atividades que possam auxiliar na pratica pedagógica na 
educação infantil seria interessante trabalhar com jogos e, após, fazer atividades com a 
palavra do Jogo exemplo: Jogo da velha escrever com fita no chão e os deixar contornar 
as palavras, outra possibilidade é escrever no quadro e entregar palitos coloridos que 
eles mesmos tiveram a oportunidade de colorir, mostrar formas de montar a letra com 
31 
 
palitos também seria interessante, ensinar que podem usar o corpo humano para formar 
letras. São todas atividades bem simples, mas que podem ajudar a ampliar os seus 
conhecimentos. 
Najar e Alves (2004, p. 126) ressaltam que as situações de aprendizagem 
(letramento) consistem em atividades significativas, envolvendo letras, palavras e 
textos, como: 
1.Vivência com a escrita de palavras significativas, a partir do próprio nome 
da criança; 
2. Experimentação livre da escrita e leitura em que a criança escreva ou leia, 
do seu próprio jeito, como ela acha que é; 
3. Leituras diárias pelo professor, não só de livros de histórias, mas de 
diferentes materiais escritos (cartas, bilhetes, jornais, revistas etc.) 
4. Produções escritas das crianças (em grupo ou individual) a partir de lidas, 
relatos de passeios, de seus próprios desenhos etc; 
5. Construção de livros de histórias, de jornal, de álbum, de dicionário; 
6. Contato com jogos em que a criança pense sobre suas hipóteses: bingo, 
memória, quebra-cabeça, dominó, palavras cruzadas, entre outros. 
 
 
As autoras enfatizam que para haver compreensão por parte da criança, e esta se 
sentir atraída para a construção desse conhecimento são necessárias a mediação e a 
intervenção criativa, incentivadora, assegurando-lhe a compreensão e o significado da 
escrita. É nesse sentido que a ludicidade e a brincadeira são ingredientes indispensáveis 
deste processo. (NAJAR; ALVES, 2004). 
 
5 OBJETIVOS 
 
5.1 OBJETIVO GERAL 
 Propiciar que as crianças tenham a oportunidade de vivenciar novas experiências 
a partir da união da escrita com a ludicidade, proporcionando conhecimento e 
significadoacerca dos mecanismos da escrita. 
 
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
- Participar e comunicar-se em espaços de conversa coletiva, apoiando-se não apenas na 
fala complementar do professor, mas também em sua memória e em seus próprios 
recursos expressivos. 
 
32 
 
- Participar de acordo com suas hipóteses em situações significativas de escrita. 
 
 - Participar de atividades lúdicas no desenvolvimento das potencialidades humanas 
das crianças, proporcionando condições adequadas ao seu desenvolvimento. 
- Participar de atividades que proporcionam dominar, progressivamente, a fala, a leitura 
e a escrita; 
 
- Participar de atividades que desenvolvam atenção, foco e raciocínio lógico. 
 
6 CONTEÚDOS 
 
 Linguagem oralidade, 
 Linguagem leitura; 
 Linguagem escrita; 
 Linguagem Geografia; 
 Linguagem História; 
 Linguagem Português; 
 Linguagem Matemática; 
 Linguagem ciências; 
 
 
 
 
7 DESCRIÇÃO METODOLÓGICA 
 
Na metodologia estão descritas todas as práticas pedagógicas, dinâmicas e 
recursos utilizados no decorrer do estágio que será realizado, no período do dia 7 a 11 
de Maio. 
 
33 
 
7.1 EXPLORANDO O MUNDO DA LEITURA E DA ESCRITA 
 
No dia 07/05/2017, inicio meu estágio com o Ensino Fundamental. Na chegada 
as crianças vão ser recepcionadas na sala do 4º ano. Para iniciar com a aula de leitura 
serão disponibilizados 20 minutos para leitura e 5 minutos para eles explicarem sobre o 
livro que estão lendo a parte que mais gostaram e o que mais chamou a atenção durante 
a leitura. Na primeira aula vou fazer a chamada e colocar o dia no quadro antes de 
começar com a aula de português e antes de iniciar a aula vou fazer uma breve 
explicação que durante a semana estarei fazendo estágio de prática que será aplicado 
com a turma. 
 Começando a aula, vou pedir que levantem e peguem suas apostilas na página 50, 
antes de iniciar com o texto Admirável mundo louco da autora Ruth Rocha, vou ler a 
pergunta inicial (Você já imaginou como um extraterrestre enxergaria nossas grandes 
cidades?) (Anexo A) fazendo uma breve reflexão sobre a questão. Vou solicitar que os 
alunos exponham suas idéias com o objetivo de levantar hipóteses: Semelhanças e 
diferenças? Por quê? 
É importante explicar aos alunos que esse texto é um fragmento (uma parte) do 
livro indicado na referência. Vou questionar os alunos se conhecem um lugar como o 
apresentado no texto. Depois vou perguntar se concordam com a visão do extraterrestre 
sobre as grandes cidades. Vou propor que comentem quais as contribuições que 
poderiam dar para resolver os problemas existentes nas grandes cidades. A seguir vão 
responder questão de interpretação (Anexo B) seguindo as informações do texto. 
Na terceira aula terão História, página 158 da apostila (Anexo C) Há questões 
para serem respondidas retomando o que eles já estudaram. A idéia é formar grupos de 
quatro participantes. Eles vão responder às questões e vou escolher uma questão para 
cada grupo apresentar para que todos possam analisar se está certa a resposta e vamos 
corrigir com a participação de todos. Para encerrar aula, vou levar adivinhas. Nas aulas 
de Inglês e Educação Física organizarei meu material. 
 
34 
 
 
 
7.2 ADQUIRINDO NOVOS CONHECIMENTOS A PARTIR DA LEITURA 
 
No dia 08/05/2017, iniciar com a aula de leitura. Para isso serão disponibilizados 
20 minutos para leitura e 5minutos para eles explicarem sobre o livro que estão lendo, a 
parte que mais gostaram e o que mais chamou a atenção durante a leitura. Vou fazer a 
chamada e colocar o dia no quadro. 
Para começar serão motivados a pegar a apostilas na página 79. Caminhando 
com o tempo: Ampliando o trabalho com as medidas de tempo, intensificando a leitura 
de horas e minutos e a percepção de duração dos intervalos de tempo (Anexo E). Para 
isso, vou iniciar conversando com os alunos sobre os diferentes modelos de relógios 
(instrumentos de medida e tempo) utilizados na sociedade percebendo a evolução social 
desse instrumento com o passar do tempo. Atualmente é muito comum as pessoas 
utilizarem o aparelho celular como relógio, ou seja, como instrumento que favorece a 
observação na marcação da passagem do tempo. 
 Em relação à leitura de horas nos relógios temos basicamente duas formas a de 
relógio analógico de ponteiro e a de relógio digital. 
Em relação a notação matemática de hora, que tem como base o sistema 
internacional de medidas de 2012: Que diz sobre os espaçamentos entre números e 
símbolos: O valor de uma grandeza deve ser expresso com o produto de um número por 
uma unidade entre o número e a unidade. Entre o número e a unidade deve haver um 
espaço que deve atender a conveniência de cada caso, por exemplo, em frases de textos 
correntes é dado normalmente o espaçamento correspondente a uma ou meia letra. 
outras técnicas sobre a notação científica de hora: utiliza-se o h (maiúsculo) como 
símbolo de hora, min (minúsculo) como símbolo de segundo. a simbologia não tem 
plural, nem usa ponto final se é colocada a ponto final se a simbologia está no final de 
uma frase, ou seja, o ponto final é da frase e não do símbolo. Para que as crianças 
melhor entendam vou mostrar um relógio de cada tipo. 
 Na terceira aula tem história vou contar uma história (Anexo F) Míni Larousse 
da pré-história: Tudo sobre nossos ancestrais - como eram suas habitações, quais eram 
os animais da época, a caça e a pesca, como preparavam seus alimentos, a descoberta da 
pedra, e seus utensílios. Após contar, vou entregar uma folha de oficio e pedir para que 
35 
 
escrevam o que mais chamou atenção nessa história sobre os nossos ancestrais e façam 
um desenho como eles imaginam que era a vida dos ancestrais, por exemplo, eles 
caçando, fazendo utensílios. Aula de Inglês e Educação Física irei organizar os meus 
materiais. 
 
 
 
7.3 UNINDO LUDICIDADE E ESCRITA NO ESPAÇO ESCOLAR 
 
No dia 09/05/2017, Para iniciar com a aula de leitura serão disponibilizados 20 
minutos de leitura e 5 minutos para eles explicarem sobre o livro que estão lendo, a 
parte que mais gostaram e o que mais chamou a atenção durante a leitura. Será feito a 
chamada e dia vou colocar no quadro. Para iniciar com a aula vou pedir que peguem 
suas apostilas na página 52 (Anexo G) há atividades lúdicas: Ajudar o extraterrestre a 
encontrar o caminho, para identificar algumas fontes de poluição. Após a checagem 
desses caminhos, darei continuidade à conversa de como podemos ajudar na resolução 
desses problemas encontrados. Vou conversar ainda sobre os tipos de Construções em 
que moramos: casas, apartamentos, sobrados. Na página 53 (Anexo H) o extraterrestre 
viu nosso mundo com os olhos dele. Olhos de outro mundo! E alguém também viu esse 
viajante do espaço, mas viu com os olhos deste mundo. Os alunos observarão como 
essas pessoas o descrevem e completarão o diálogo de acordo com as palavras. 
Na outra aula vou entregar tiras (Anexo I) para eles fazer uma história para 
utilizarem parágrafos, ponto, vírgula e verificar se a ortografia está correta. 
 Na segunda aula haverá troca dos livros. Na terceira aula de ciências vamos fazer 
uma experiência. Como já estudaram sobre os vulcões escolhi fazer um vulcão de 
argila: Usando argila vamos modelar o vulcão sobre uma tábua. No topo fazer a 
cavidade onde possa ser colocado um frasco de plástico ou de vidro. Vamos colocar o 
frasco no interior do vulcão. Em um copo misturar vinagre e corante vermelho que vai 
simular a lava do vulcão. Dentro de um frasco que estará dentro do vulcão, colocarei 
uma colher de bicarbonato de sódio. Depois adiciona a mistura de vinagre e corante. E 
agora só observar a erupção. Antes de fazer o vulcão vamos conversar sobre o que eles 
já estudaram sobre os vulcões. 
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Ensino Religioso vão assistir a um vídeo falando sobre a amizade sobre

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