Principios da medicina de família e comunidade MFC

Prévia do material em texto

AIS IV @gloria_mamedio 
 
 
 
 
A medicina de família e comunidade MFC, é a especialidade 
medica que presta assistência a saúde de forma continuada, 
integral e abrangente as pessoas, suas famílias e 
comunidade. O médico de família e comunidade deve ser um 
clinico especializado, sua pratica sobre influencia da 
comunidade pois é o recurso de uma população definida. 
→ É uma especialidade médica que atua principalmente 
no nível primário de atenção à saúde. 
A APS pode ser definida de acordo com: 
(1) É o cuidado de primeiro contato, sendo a porta de 
entrada para o sistema de saúde. 
(2) Inclui a continuidade, cuidando da pessoa na saúde e 
na doença. 
(3) É o atendimento integral extraído de todas as 
disciplinas. 
(4) Tem a função de servir e coordenas todas as 
necessidades de saúde da pessoa. 
(5) Responsabilidade pela continuidade e 
acompanhamento individual da pessoa e por 
problemas de saúde da comunidade. 
Os cuidados primários de saúde são cuidados essenciais 
com base em métodos e tecnologias praticas colocadas ao 
alcance universal de indivíduos e famílias, mediante a plena 
participação a custo que a comunidade e o pais podem 
manter a cada fase. 
A MFC possui um conjunto fundamental de conhecimentos, 
tornando uma disciplina e compartilha conhecimento com 
outras especialidades, incorporando os conhecimentos na 
prática. A quantidade de conhecimentos extraída de cada 
uma das outras especialidades forma o conteúdo básico, 
mas o restante varia de acordo com o contexto de trabalho. 
→ A base de conhecimentos da MFC pode ser utilizada 
por outras especialidades, profissões e outras áreas 
do conhecimento. 
As obrigações e objetivos da pratica de todo medico de MFC 
envolvem dos elementos essenciais: (1) identificar e 
resolver os problemas de saúde de cada pessoa 
individualmente e (2) prestar um cuidado efetivo para a 
comunidade como um todo. 
O MFC é o defensor dos direitos, interesses e necessidades 
das pessoas que atende e da população pela qual é 
responsável, exigindo aspectos característico em relação à 
clínica e abordagem diagnostica que fortalecem o vínculo 
com as pessoas. 
→ A MFC é caracterizada por um corpo de 
conhecimentos que não se restringe a uma parte da 
pessoa, mas define a abordagem da pessoa como um 
todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A experiencia do MFC exige ações governadas por 4 
princípios fundamentais, todos são igualmente importantes, 
servindo de base para o desenvolvimento de outras 
características de atuação mais especificas. Os princípios 
são compostos por ações que não são exclusivas do MFC. 
1. O MFC é um clinico qualificado. 
2. A atuação do MFC é influenciada pela comunidade. 
3. O MFC é o recurso de uma população definida. 
4. A relação médico-pessoa é fundamental para o 
desempenho do MFC. 
O MFC deve ser competente no método clinico centrado na 
pessoa, devendo investigar as queixas de maneira 
integrada, sensível e apropriada, demonstrando empatia e a 
harmonizando a relação clínica. É essencial ser especialista 
em conhecer os problemas de saúde que mais acometem as 
pessoas na APS. 
→ As queixas da pessoas é quem determina sua urgência 
em ser atendida, desse modo cabe ao medico e a 
equipe avaliar e dar uma resposta. 
Deve possuir conhecimento da grande variedade de 
problemas da pessoa, incluindo os menos frequentes, mas 
que ameaçam a vida, e as emergências tratáveis em 
pessoas de todas as faixas etárias. 
O MFC deve desenvolver uma compreensão sobre a 
experiencia da pessoa sobre a doença, as ideias, 
 
 
AIS IV @gloria_mamedio 
sentimentos e expectativas, e identificar que pode haver 
impacto da doença sobre a vida pessoal, familiar, 
profissional e social. 
→ Deve ser competente para buscar alcançar um plano 
comum a ambos na definição de problemas, objetivos 
de tratamento e responsabilidade na implementação 
do cuidado. A abordagem deve ser baseada no melhor 
conhecimento cientifico, utilizando recursos, 
protocolos, estudo imediato, consensos, consultoria 
com colegas ou outros especialistas. 
A pratica do MFC é influenciada por fatores da comunidade 
em que atua, o que determina que deva ser capaz de 
responder as necessidades das pessoas, corresponder as 
mudanças nessas necessidades, adaptando-se as 
alterações nas situações de saúde, e referencia-las para os 
recursos apropriados às suas condições de saúde. 
→ Os problemas mais frequentes, condições do meio 
ambiente ou contexto do local de trabalho influenciam 
a demanda que procura o médico. 
O MFC está habilitado para lidar com ambuiguidades e 
incertezas, tendo que tomar decisões, realizar manejos e 
tratamentos ser ter certeza diagnostica. Em geral as 
pessoas que procuram a APS possuem diversas queixas e 
mais de 3 problemas de saúde. 
→ Deve estar capacitado para a abordagem de 
problemas de saúde mental que costumas assumir 
uma apresentação caracterizada por sintomas 
somáticos ou sem explicação médica, patologias 
frequentes, como ansiedade, depressão, neuroses e 
esquizofrenia. 
Os problemas clínicos apresentados a um MFC não são pré-
selecionados e costumas ser encontrados em estágio 
indiferenciado, os problemas costumam se apresentar de 
forma inicial, parcial, indiferenciada e evolutiva. 
O MFC é parte de uma rede de prestadores de cuidados à 
saúde da população e está habilitado a colaborar como 
membro ou coordenador da equipe. Ele utiliza recursos 
desta e da comunidade para referenciar para especialistas, 
o uso adequado do referenciamento é essencial para não 
gerar congestionamento do sistema de saúde e para que as 
pessoas não deixem de receber os cuidados necessários. 
→ O medico deve compartilhar o manejo de situações 
com os demais integrantes da unidade de saúde e com 
profissionais da rede de apoio. 
O MFC é o acesso das pessoas ao sistema de saúde, 
devendo ter uma população adequada sob seus cuidados da 
qual possa dar conta. O numero ideal é entre 1800 a 2200 
pessoas. A partir do momento em que o MFC aceita a 
responsabilidade pelo cuidado de uma pessoa ele se torna 
total e permanente até que se decidam o contrário. 
→ A relação clinica busca estabelecer um 
relacionamento entre as pessoas, o que envolve 
relação interpessoal em que a harmonia, empatia e 
confiança são essenciais para que o MFC alcance os 
resultados. 
O MFC vê a população habitual como uma “população de 
risco” e organiza a pratica para assegurar que a saúde das 
pessoas seja mantida, das que procuram consulta ou não, 
devendo ser especialista nas pessoas e nos problemas de 
saúde. Deve estar disponível para situações agudas ou 
casos urgentes da APS. 
A forma como o MFC se organiza para cuidar da população 
requer habilidade para avaliar novas informações e sua 
relevância para a atuação no dia a dia, conhecimento e 
capacidade para examinar a eficácia do cuidado, aptidão 
para planejar e programar politicas que melhorem a saúde, 
uso sensato de recursos. 
→ Quando ocorre o encaminhamento para outras 
especialidades deve acompanhar o caso e intervir em 
prol do paciente quando julgar necessário e adequado. 
O compromisso com as pessoas é de 
responsabilidade contínua, independente da condição 
de saúde. 
A relação do MFC com cada pessoa dever ser caracterizada 
pela compaixão, compreensão e paciência, associada a uma 
elevada honestidade intelectual. Deve saber abordar todos 
os problemas com a profundidade necessária. 
→ Deve transmitir ao paciente otimismo, coragem, 
capacidade de discernimento e autodisciplina. 
O MFCpossui entendimento e apreciação da condição 
humana, especialmente da experiencia da pessoa doente, 
colocando-a em primeiro lugar e tendo uma relação clinica 
utilizando o método clinico centrado na pessoa. 
Deve ter consciência de sua força e limitações para 
reconhecer quando suas questões pessoas interferem no 
cuidado efetivo, desenvolvendo habilidade de comunicação 
e tendo entendimento do seu “eu”, permitindo identificar e 
manejar suas emoções na relação clínica. 
O MFC deve prestar cuidado continuado usando contatos 
repetidos para construir seu relacionamento e para 
promover o poder curador se suas interações. 
A visita domiciliar e a abordagem familiar são recursos de 
intervenção que poucas especialidade ou disciplinas 
dispõem, os atendimentos domiciliares proporcionam 
informações diagnosticas, possibilita intervenções 
terapêuticas e fortalece o vínculo da relação clínica.