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Livro desenho artistico 1 2

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Prévia do material em texto

DESENHO 
ARTÍSTICO
Juliana Wagner
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
W133d Wagner, Juliana.
 Desenho artístico / Juliana Wagner, Carla Andrea Lopes
 Allegretti, Diana Scabelo da Costa Pereira da Silva Lemos; 
 [revisão técnica: Sabrina Assmann Lücke]. – Porto Alegre: 
 SAGAH, 2017.
 168 p. il. ; 22,5 cm
 ISBN 978-85-9502-241-6
 1. Arquitetura – Desenhos. I. Alegretti, Carla Andrea
 Lopes. II. Lemos, Diana Scabelo da Costa Pereira da Silva. 
 III.Título.
CDU 744.43
Revisão técnica:
Sabrina Assmann Lücke
Arquiteta e Urbanista 
Mestra em Ambiente e Desenvolvimento 
com ênfase em Planejamento Urbano
DA_Impressa.indd 2 01/12/2017 10:39:43
Manuseio dos instrumentos 
de desenho
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Diferenciar os tipos de materiais de graficação utilizados no desenho.
 � Identificar as variações de papéis e quais suas aplicações.
 � Listar os instrumentos auxiliares para desenho e suas funções.
Introdução
Não existe certo e errado quando se trata da escolha de instrumentos de 
desenho. O segredo é sempre experimentar para encontrar os melhores 
instrumentos, conforme o tipo de trabalho que se pretende executar. 
Materiais de graficação são os instrumentos que pigmentam ou apagam 
os desenhos, e devem ser escolhidos de acordo com o efeito a ser gerado, 
desde desenhos rápidos com traços marcados a desenhos mais técnicos 
com traços finos e detalhamentos. Além disso, você precisa saber também 
quais instrumentos auxiliares serão necessários e qual o melhor papel a 
ser utilizado (visto que existem diversos tipos, que variam em espessura, 
textura, transparência e capacidade de absorção).
Neste capítulo, você irá estudar os variados tipos de instrumentos 
utilizados no desenho técnico, conhecendo suas características, funções 
e possíveis aplicações.
Materiais de graficação
Existem diversos tipos de materiais de graficação utilizados para desenhar 
que possuem aplicações distintas para cada situação de desenho.
DA_U1_C01.indd 11 01/12/2017 16:50:59
Grafites
Vamos falar inicialmente sobre as variações de grafites, que podem ser apre-
sentadas em formato de lápis, lapiseiras ou avulsos. 
As minas de grafites são divididas nas seguintes graduações, por escala 
de dureza:
 � Traço fino, ideal para desenho técnico: 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H, 
3H, 2H.
 � Traço médio, utilizado para escrita e desenho: H, F, HB.
 � Traço grosso, mais utilizado em desenho artístico e esboços: B, 2B, 
3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B, 9B.
A letra H vem de hard (“duro”, em inglês). Trata-se de uma mina mais dura, 
portanto o resultado é um traçado mais claro. A letra B vem da palavra black 
(“preto”, em inglês). O grafite B é macio e, quanto maior for a numeração de 
B, mais macia será a mina e mais preta será a escrita. Já o HB (hard/black) 
é um grafite intermediário, comumente encontrado como lápis de escrita.
Em desenhos técnicos, é mais usual utilizar grafites mais duros para poder 
trabalhar melhor os detalhes e ter maior controle das espessuras de linhas, que, 
no caso de desenho de arquitetura, exigem muita precisão. Croquis, esboços 
e desenhos artísticos pedem grafites mais macios, que geram desenhos mais 
soltos. Entretanto, conforme o tipo de acabamento a ser feito no desenho, como 
sombreamentos e acabamentos finos, por exemplo, a escolha da graduação 
pode variar para cada situação.
Os grafites são constituídos de uma mistura entre carvão e argila. Quanto 
maior for a quantidade de carvão na mistura, mais macio será o grafite e mais 
preta a escrita. Se a quantidade de argila for maior, a mina será mais rija e a 
escrita, mais clara. Na Figura 1, você pode ver um exemplo de lápis com as 
suas graduações.
Manuseio dos instrumentos de desenho12
DA_U1_C01.indd 12 01/12/2017 16:50:59
Figura 1. Conjunto de lápis com a marcação das devidas graduações.
Fonte: V J Matthew/Shutterstock.com
As Figuras 2 e 3 apresentam exemplos de desenhos arquitetônicos com a 
utilização de diferentes tipos de grafites.
Figura 2. Desenho arquitetônico sendo feito a lápis.
Fonte: Roman Motizov/Shutterstock.com.
13Manuseio dos instrumentos de desenho
DA_U1_C01.indd 13 01/12/2017 16:51:02
Figura 3. Desenho feito a lapiseira de grafite espesso.
Fonte: Radu Bercan/Shutterstock.com.
Carvão vegetal
O carvão vegetal em barra é feito com o carbono seco que sobra após a queima 
da madeira. Segundo Brian Curtis (2015), é um material seco que pode tanto 
deixar marcas como ser apagado facilmente da maioria das superfícies. Por 
ter essa característica, é utilizado para esboços e desenhos de traços rápidos. 
Já o carvão comprimido, mesmo material encontrado nas minas de lápis, 
é aglutinado com argila e bem mais versátil. Pode ser encontrado também 
nos formatos de cilindros, como você pode ver na Figura 4, e em blocos 
comprimidos.
Manuseio dos instrumentos de desenho14
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Figura 4. Modelos de lápis e cilindros de carvão comprimido.
Fonte: Burhan Bunardi/Shutterstock.com
Na Figura 5, você pode observar um desenho realizado com bloco de 
carvão comprimido.
Figura 5. Desenho sendo produzido com bloco de carvão comprimido.
Fonte: Africa Studio/Shutterstock.com
15Manuseio dos instrumentos de desenho
DA_U1_C01.indd 15 01/12/2017 16:51:07
Para aprender mais sobre materiais de desenho e ver dicas para técnicas de desenho, 
consulte o livro Desenho de Observação (CURTIS, 2015).
Caneta nanquim
A caneta nanquim é o principal método de graficação utilizado na finalização 
do desenho técnico. Possui grande variedade de graduações, gerando diferentes 
espessuras de linhas. Muito utilizada sobre papel manteiga ou vegetal, é encon-
trada também em versões coloridas. Possui utilização tanto no desenho técnico 
como em artístico e croquis. Devido à existência de canetas com espessuras 
muito finas, permite traçados em trechos ou desenhos bem detalhados. Veja 
os exemplos de caneta nanquim nas Figuras 6 e 7.
Figura 6. (a) Ilustração de caneta nanquim ponta fina. (b) Exemplo de caneta em desenho 
arquitetônico.
Fonte: (a) DesignPrax/Shutterstock.com / (b) sindlera/Shutterstock.com.
Lápis de cor
Velhos conhecidos da maioria das pessoas, os lápis de cor são quase indis-
pensáveis quando se trata de desenho a cores. Podem ser encontrados desde 
modelos bem populares a marcas conceituadas de valores bastante elevados. A 
Manuseio dos instrumentos de desenho16
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diferença entre eles é basicamente a qualidade das minas – os de maior valor 
costumam ter mais intensidade de pigmento e facilidade de aplicação. Além 
disso, possuem uma infinidade de cores e tonalidades. 
Os lápis aquareláveis são muito utilizados no universo do desenho artístico, 
por permitirem a aplicação de pincel molhado sobre o pigmento, diluindo a cor 
e gerando o efeito de aquarela. Mesmo sem a utilização de água, este modelo 
de lápis é de uma maciez muito agradável ao uso.
Caneta hidrográfica
As canetas hidrográficas, também conhecidas como “canetinhas”, possuem 
versões mais profissionais para uso no desenho. São muito utilizadas as que 
possuem ponta chanfrada, que geram linhas mais largas e facilitam os preenchi-
mentos das ilustrações. São encontradas em diversas tonalidades, que passam 
até mesmo por escalas de cinza e geram um efeito levemente translúcido. 
Essas canetas são grandes aliadas no desenho arquitetônico artístico, pois 
podem ser utilizadas tanto em perspectivas como para realçar plantas baixas. 
Esfuminho
O esfuminho é um instrumento em rolo cilíndrico de papel, enrolado bem 
apertado. Possui formato cilíndrico e ponta aparada, como se fosse um lápis. 
Sua utilização principal é para esfumar trechos do desenho em que se deseja 
que o pigmento fique suavizado. Seu uso permite gerar efeitos de sombras, 
auxiliar em efeito degradê, suavizar contornos e gerar efeitos de desfoque, 
conformevocê pode observar na Figura 7.
17Manuseio dos instrumentos de desenho
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Figura 7. Esfuminho ao lado de borracha “limpa tipo”. Ao fundo, desenho com efeito 
esfumado.
Fonte: Warren Price Photography/Shutterstock.com.
Borrachas
É impossível falarmos sobre materiais de graficação sem falarmos nos elemen-
tos complementares opostos, que são as borrachas. Em diversas composições 
e modelos, possuem aplicações distintas para cada necessidade.
A borracha comum, demonstrada na Figura 8, é o tipo mais encontrado 
nas livrarias e que conhecemos como borracha escolar. Boa para usos diários 
menos detalhados. Esfarela bastante e é necessário cuidado para não borrar.
Figura 8. Borracha do tipo comum.
Fonte: Mega Pixel/Shutterstock.com.
Manuseio dos instrumentos de desenho18
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A borracha plástica, ilustrada na Figura 9, é muito utilizada no desenho 
técnico. Por ser de constituição mais firme, pode-se utilizar suas extremidades 
para apagar detalhes nos desenhos. Além disso, tem a característica de não 
borrar muito o papel.
Figura 9. Exemplo de borracha plástica.
Fonte: tnehala77/Shutterstock.com
A borracha “limpa tipo”, ilustrada na Figura 10, tem esse nome porque era 
utilizada para apagar letras de máquinas de escrever. Essa borracha é essencial 
no desenho artístico; por ser muito maleável, permite que seja moldada no 
formato desejado, como uma massa de modelar. Ao formar pontas do formato 
necessário para o trecho a ser apagado, o resultado é uma alta precisão. A 
borracha é constituída de um material que absorve o pigmento do desenho 
e, por isso, ela não borra o papel. Por outro lado, isso faz com que ela fique 
mais escura ao longo do tempo, com o uso.
Figura 10. Borracha “limpa tipo”. 
Fonte: ImagePixel/Shutterstock.com.
19Manuseio dos instrumentos de desenho
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Tipos de papel
O papel é um material utilizado há milhares de anos e possui uma grande 
importância na história do mundo. É um instrumento muito democrático, 
disponível em uma infinidade de texturas, formatos e espessuras.
A gramatura do papel é a indicação do seu peso por metro quadrado, e é 
esta representação que utilizamos para diferenciar sua espessura. O pH do papel 
também é um fator importante, o papel neutro (pH = 7), por exemplo, garante 
uma maior durabilidade da obra. Não podemos classificar um papel como bom ou 
ruim, mas sim entender a aplicação de cada um deles para situações específicas. 
Além disso, o usuário define, por meio da experimentação, qual o papel mais 
adequado para seu trabalho, conforme o gosto e materiais de desenho que utiliza.
É importante conhecer as dimensões dos papéis na hora de desenvolver um projeto 
arquitetônico. As dimensões das pranchas técnicas são regidas pela Norma Brasileira 
Regulamentadora (NBR) nº 10.068: Folha de Desenho – Leiaute e dimensões (ASSO-
CIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1987). As principais dimensões de folhas, 
como você pode observar na Figura 11, são as seguintes:
 � A4 – 21,0 x 29,7 cm.
 � A3 – 29,7 x 42,0 cm.
 � A2 – 42,0 x 59,4 cm.
 � A1 – 59,4 x 84,1 cm.
 � A0 – 84,1 x 118,9 cm.
Figura 11. Esquema internacional para dimensões de papéis.
Fonte: iunewind/Shutterstock.com.
Manuseio dos instrumentos de desenho20
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Sulfite
É o tipo mais comum de papel, também chamado de off-set. É muito utilizado 
para impressões, escrita e em ambiente escolar. É indicado para esboços e treinos 
de traçados, porém não é um papel muito abrangente para uso no desenho, espe-
cialmente por ser muito poroso. Pode ser encontrado em gramaturas de 50 g/m2 
a 300 g/m2. A gramatura de 75 g/m2, mais comum, é indicada para lápis escolar 
HB ou 2B. As gramaturas maiores suportam grafites mais macios como 4B e 6B.
Canson
O nome provém de uma marca fabricante de papéis especiais desde 1557 que 
se popularizou devido à imensa cartela de opções de papéis existentes para 
a área do desenho, além da qualidade das folhas. É bastante indicado para 
desenhos, pois possui boa textura e variação de texturas. É um papel muito 
utilizado, pois é mais acessível que os papéis especiais de desenho, que em 
geral têm valores mais altos. Além disso, é adequado para a maioria dos 
materiais de graficação e coloração, como grafites, lápis, canetas, e suporta 
também tintas aguadas como aquarelas e tinta acrílica. 
Manteiga
O papel manteiga é muito utilizado no meio arquitetônico. É um pouco mais 
fino que o papel vegetal, fosco e possui semitransparência. É indicado na 
utilização de grafites, de preferência mais duros, caneta nanquim e canetas 
hidrocor. Por ser muito fino, não aceita bem correções no nanquim e não 
permite a utilização de aquarelas. Esse tipo de papel é muito útil para sobrepor 
em outros esboços e desenhos, devido à sua propriedade translúcida.
Vegetal
É mais espesso que o papel manteiga e também semitranslúcido. É indicado 
para graficação em nanquim para as versões finais de projeto. Sua transparência 
permite que sejam “passados a limpo” desenhos de esboços anteriores para 
a versão final. A constituição mais espessa desse papel permite raspagens de 
nanquim. As folhas não devem ser dobradas, pois as dobras deixam marcas 
e o papel acaba rasgando. Permite a utilização de grafites, nanquim, hidrocor 
e lápis de cor. Não possui absorção para ser utilizado com materiais aguados 
como lápis aquareláveis.
21Manuseio dos instrumentos de desenho
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Nas Figuras 12 e 13 você pode observar imagens com tipos diferentes de 
papéis. 
Figura 12. Projetos em papel sulfite abertos na mesa e rolos de projeto em papel vegetal.
Fonte: Dimitar Sotirov/Shutterstock.com.
Figura 13. Projetos arquitetônicos em papel vegetal.
Fonte: Dimitar Sotirov/Shutterstock.com.
Manuseio dos instrumentos de desenho22
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O ideal é sempre prender a folha utilizando fitas adesivas na mesa de trabalho. É muito 
importante que o papel se mantenha firme e não se movimente ou enrole durante 
a produção do desenho. Utilize materiais de fácil descolamento, como fita crepe.
Instrumentos auxiliares de desenho
Existe uma infinidade de instrumentos que podem nos auxiliar na produção dos 
desenhos, seja gerando precisão nas linhas, facilitando as medições, gerando 
conforto para quem está desenhando, entre outros. Agora, você vai conhecer 
alguns dos instrumentos mais utilizados.
Esquadros
São uma espécie de régua triangular cuja função principal é o traçado, espe-
cialmente em desenho técnico, pois gera precisão nas linhas. São normalmente 
usados em duas unidades, dos seguintes tipos:
 � Com um ângulo de 30º e dois ângulos de 45º.
 � Com um ângulo reto, um ângulo de 30º e um de 60º.
Os esquadros são indispensáveis no desenho técnico. Deve-se ter o cuidado 
de adquirir materiais de boa qualidade, pois serão a base de apoio para o 
traçado reto e inclinado das linhas e não podem ter reentrâncias ou saliências 
que prejudiquem o desenho.
Transferidor
É um instrumento curvo, com graduações numerais. Sua função é medir e 
transferir ângulos no desenho. Pode ser encontrado em formato de semicírculo, 
com graduação até 180º, ou círculo completo, graduado até 360º. 
Observe os materiais que foram descritos na Figura 14. 
23Manuseio dos instrumentos de desenho
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Figura 14. Régua junto a um conjunto de esquadros e transferidor.
Fonte: Gearstd/Shutterstock.com.
Gabaritos
São placas de acrílico perfuradas com formas variadas que auxiliam o dese-
nho. Sua função é servir de molde para traçar as formas. Podem ter formas 
de letras, números, formas geométricas, louças sanitárias, etc. Existem em 
diversas escalas para se adaptar à escala do desenho.
Compasso
Sua função é especialmente para traçar linhas curvas e círculos. Possui for-
mato em “V” e é ajustável, como você pode ver na Figura 15. Uma de suas 
extremidadesé pontiaguda e seca, servindo para apoiar e firmar o compasso 
ao papel. Além do uso para traçados curvos, pode também ser utilizado para 
transferir medidas de um trecho a outro do desenho.
Manuseio dos instrumentos de desenho24
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Figura 15. Desenhos produzidos com o auxílio de compasso.
Fonte: Kucher Serhii/Shutterstock.com.
Escalímetro
É uma régua com função de medir e transferir medidas em escalas variadas. 
Essa ferramenta auxilia na redução ou ampliação das medidas para outras 
escalas. Usualmente, é encontrada em formato triangular, como demonstrado 
na Figura 16, mas pode ser em outros formatos. Muitas vezes, suas laterais são 
marcadas em cores diferenciadas para agilizar a localização de cada escala. 
Não deve ser utilizada como suporte para riscar no papel. É um instrumento 
muito usual para os arquitetos, pois é aplicado para medir inclusive desenhos 
impressos gerados por computador.
25Manuseio dos instrumentos de desenho
DA_U1_C01.indd 25 01/12/2017 16:51:25
Figura 16. Escalímetro sobre projetos arquitetônicos.
Fonte: Ricardo Romero/Shutterstock.com.
Mesa de desenho
Sua função é ser a grande auxiliar na produção de desenhos, pois possui 
características específicas para gerar conforto a quem está desenhando. Mais 
comumente, a mesa é encontrada em estrutura de madeira ou metal e possui 
variedade de dimensões. Uma das características essenciais é o sistema de 
regulagens que permite a inclinação do tampo, conforme você pode ver na 
Figura 17, mantendo o papel em uma posição adequada para visualização e 
desenvolvimento do desenho. Normalmente, é encontrada na cor branca ou 
forrada com película verde, sendo o verde uma cor adequada pois não gera 
ofuscamento aos olhos.
Figura 17. Modelo de mesa de desenho.
Fonte: BimXD/Shutterstock.com.
Manuseio dos instrumentos de desenho26
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Longas horas de trabalho em uma mesa de desenho podem gerar dores na coluna 
e pescoço. É importante escolher um assento confortável e manter a postura ereta 
para evitar desgaste físico.
Régua paralela
Trata-se do principal instrumento auxiliar da mesa de desenho. A régua é 
transparente, normalmente com suporte metálico para manuseio e é fixada na 
mesa horizontalmente ao plano de trabalho, conforme representação da Figura 
18. Seu sistema de fixação permite que a régua seja movimentada ao longo da
superfície da mesa, permitindo posicioná-la no local exato a serem traçadas
as linhas. Sua função é auxiliar no traçado das linhas horizontais e também
servir de apoio para os esquadros, para traçar linhas verticais e diagonais.
Figura 18. Detalhe de régua paralela.
Fonte: Paraksa/Shutterstock.com.
Luminária
De nada adianta termos todos os instrumentos para o desenho se não tivermos 
uma iluminação adequada no local de trabalho. É recomendado que se utilize 
uma luminária com fixação específica para a mesa de desenho, ou com possi-
27Manuseio dos instrumentos de desenho
DA_U1_C01.indd 27 01/12/2017 16:51:31
bilidade de prender nesta. A luminária deve ficar posicionada na extremidade 
superior do tampo, direcionada para baixo. Sua função é iluminar o papel, 
sem que a pessoa que está desenhando gere sombra no desenho, de acordo 
com a representação da Figura 19. Deve ser observado também o cuidado 
em utilizar lâmpadas de boa qualidade, para não gerar distorção nas cores.
Figura 19. Ilustração de mesa com posição adequada da iluminação.
Fonte: Iconic Bestiary/Shutterstock.com.
As lâmpadas possuem uma escala para medir a qualidade com a qual reproduzem a 
cor dos objetos que estão sob sua iluminância. Essa escala é denominada Índice de 
Reprodução de Cor (IRC). Quanto mais próximo de 100 for o índice, com mais fidelidade 
as cores serão reproduzidas. Recomenda-se utilizar lâmpadas com IRC acima de 80.
Bigode
Pincel com cerdas macias e volumosas, a função do bigode é a remoção do 
excesso de pó de grafite ou farelo de borracha. Esse pincel evita gerar bor-
Manuseio dos instrumentos de desenho28
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rões no desenho, algo que pode facilmente ocorrer se essa limpeza for feita 
utilizando as mãos.
Você pode perceber que cada material tem sua função própria e deve ser 
aplicado em situações específicas. Alguns podem variar conforme o efeito 
desejado no desenho, como é o caso dos materiais de graficação e coloração, 
ao passo que outros são instrumentos de apoio que facilitam e melhoram as 
condições de trabalho durante o desenho. 
O desenho à mão é uma expressão muito particular, e a escolha dos ma-
teriais depende muito da intenção e afinidade da pessoa que fará o desenho. 
Entretanto, conhecer o universo de instrumentos de desenho é fundamental 
para a qualidade final do trabalho a ser realizado.
1. Um arquiteto vai desenvolver 
croquis com estudos de volumetria 
de um prédio. Esse desenho será 
feito com traços rápidos e densos, 
sem detalhamentos. Qual seria 
o método de graficação mais 
indicado para este desenho?
a) Lápis de cor.
b) Caneta nanquim ponta fina.
c) Bloco de carvão comprimido.
d) Caneta hidrográfica.
e) Lápis com grafite 9H.
2. Para fazer um desenho, um 
artista está buscando um lápis 
ultramacio, que deixe as linhas 
bem escuras e marcadas. Assinale 
a alternativa que apresenta qual 
lápis este artista deve comprar.
a) 8H.
b) HB.
c) 2B.
d) 5H.
e) 9B.
3. Ao desenvolver um trabalho de 
desenho artístico da faculdade, 
um aluno irá colorir com lápis 
aquarelável, diluindo o pigmento 
com pincel molhado. Com base 
nessas informações, qual é o papel 
mais adequado para este trabalho?
a) Sulfite 75 g/m2.
b) Manteiga.
c) Canson.
d) Sulfite 120 g/m2.
e) Vegetal.
4. Existem diversos instrumentos 
que auxiliam na hora de traçar os 
desenhos. Assinale a alternativa 
que descreve o instrumento auxiliar 
representado no desenho a seguir.
Fonte: hunthomas/Shutterstock.com
29Manuseio dos instrumentos de desenho
DA_U1_C01.indd 29 01/12/2017 16:51:40
a) Régua paralela.
b) Esquadro.
c) Transferidor.
d) Compasso.
e) Bigode.
5. O instrumento da imagem a seguir 
é muito utilizado em desenhos 
arquitetônicos. Assinale a alternativa 
que representa a sua função.
Fonte: Epps_Taniam/Shutterstock.com.
a) Medir e transferir ângulos 
no desenho.
b) Traçar desenhos circulares.
c) Realizar desenhos em 
ângulos de 60º.
d) Medir e transferir medidas 
em escalas variadas.
e) Traçar linhas paralelas ao 
plano de trabalho.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: Folha de desenho – 
leiaute e dimensões – padronização. Rio de Janeiro: ABNT, 1987. 
CURTIS, B. Desenho de observação. 2. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2015.
Leituras recomendadas
DOMINGUES, F. Croquis e perspectivas. Porto Alegre: Masquatro, 2011. 
FARRELLY, L. Técnicas de representação. Porto Alegre: Bookman, 2011. (Coleção Fun-
damentos de Arquitetura).
MAIA, O. Materiais p/ desenho. [S.l.]: A expressão da Arte, [2010]. Disponível em: <ht-
tps://dessiner.wordpress.com/passo-a-passo/materiais-para-desenho/>. Acesso em: 
02 out. 2017.
MONTENEGRO, G. Desenho arquitetônico. 3. ed. São Paulo: Blucher, 1997. 
NOGUEIRA, L. Desenho para iniciantes (introdução). [S.l.]: Desenhe Tudo, [2011]. Disponí-
vel em: <http://desenhetudo.blogspot.com.br/p/desenho-para-iniciantes-introducao.
html>. Acesso em: 03 out. 2017.
Manuseio dos instrumentos de desenho30
DA_U1_C01.indd 30 01/12/2017 16:51:41
tps://dessiner.wordpress.com/passo-a-passo/materiais-para-desenho/
http://desenhetudo.blogspot.com.br/p/desenho-para-iniciantes-introducao.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
	DA_U1_C01

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