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03 -Expressão Gráfica

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ENSINO A 
DISTÂNCIA
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
 
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca do Centro Universitário Avantis - UNIAVAN 
Maria Helena Mafioletti Sampaio CRB 14 – 276 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CDD 21ª ed. 
604.2 – Expressão gráfica. 
 
 
Bortolato, Carlos Vinicius. 
B739e Expressão gráfica. /EAD/ [Caderno pedagógico]. Carlos 
Vinicius Bortolato. Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. 
 103 p. il. 
 
 Inclui Índice 
 ISBN: 978-85-5456-105-5 
 ISBNe: 978-85-5456-106-2 
 
1. Expressão gráfica. 2. Desenho técnico. 3. Graficação à 
mão livre. 4. Expressão gráfica – Ensino a Distância. I. Faculdade 
Avantis. II. Título. 
 
PLANO DE ESTUDOS
Como início da apresentação desta disciplina, chamada Expressão Gráfica, deixo 
disponível a ementa da disciplina. Esta ementa visa apresentar um conteúdo atual que 
acompanha as necessidades do aluno para o mercado de trabalho.
Ementa
Técnicas e métodos de graficação à mão livre: traçados com grafite e nanquim. Estudo 
da proporção, efeitos de luz e sombra através da aplicação de texturas. O desenho como 
elemento de leitura, análise, registro e representação arquitetônica e urbanística. O 
desenho de observação através de esboços e croquis à mão livre. Desenho a cores.
Objetivos da Disciplina: 
• Representar graficamente ideias e conceitos, visando estabelecer hábitos de 
coordenação, organização, clareza de expressão;
• Desenvolver uma linguagem Gráfica própria para representação de elementos 
Arquitetônicos;
• Fomentar a capacidade perceptiva visual dos alunos em duas e três dimensões, 
de modo a permitir uma melhor compreensão do espaço, suas articulações e 
associações;
• Apresentar conceitos de elabora de desenhos tridimensionais;
• Auxiliar na produção gráfica de produtos elaborados pelos alunos durante o 
processo acadêmico e posteriormente na atuação profissional;
• Gerar habilidades de reprodução ou criação de esboços em tempo real durante 
dificuldades projetuais encontradas em elaboração de projetos. 
 
Para a elaboração deste conteúdo, optou-se pela utilização de autores em livros 
apresentam conteúdo específico, lúdico e de fácil aprendizado, além de se encontrarem 
disponíveis nas bibliotecas dos polos da instituição. 
A utilização de artigos científicos para a complementação dos estudos, se faz 
necessário por também apresentarem características da atualidade, publicados em 
congressos nacionais e internacionais.
Como nos encontramos em uma era digital, não poderíamos deixar de utilizar textos 
em periódicos digitais ou vídeos em redes sociais, ou então o Youtube. Desta maneira, 
será muito prático você acessar todo o material direto do seu computador ou smartphone.
Papel de Disciplina na Formação do Estudante
O que seria dos designers e arquitetos se não souberem desenhar à mão livre? Bom, 
a resposta pode ser dupla, assim como as opiniões. Há quem diz (o autor deste livro é 
um deles), que para a elaboração de um bom projeto, é necessário o conhecimento do 
desenho à mão, pois o mesmo lhe dá liberdade e agilidade para o desenvolvimento da 
forma, assim como, saber diferenciar tipos de traços, graficações, gramaturas e textura 
de papéis. Mas isso significa que não devemos aderir as novas tecnologias? Eu respondo 
que sim, inclusive, esse que lhe escreve, é usuário de no mínimo quatro softwares para 
a produção de um projeto arquitetônico. A diferença entre o que foi comentado acima, 
com um desenho totalmente desenhado à mão livre é a criatividade. Deste modo, os 
profissionais mais antigos, defendem que no mínimo devemos iniciar o processo de 
criação com desenho à mão livre.
 As pessoas que defendem uma segunda respostas (geralmente os profissionais 
recém-formados), alegam que o desenho auxiliado por computador pode substituir 
todas as etapas de um projeto, inclusive a etapa de criatividade. O interessante é que 
mesmo para os profissionais que trabalham com foto-realidade nos projetos, necessitam 
conhecer alguns conceitos básicos que você verá neste livro. A criação de sombras, 
reflexos, transparência, entre outros efeitos, dependerá do conhecimento do material, 
mesmo por meio digital.
 Convido-lhes a conhecer as técnicas de desenho à mão livre utilizando lápis, 
caneta nanquim, criação de croquis e técnicas de pinturas, tanto a lápis, quanto à caneta 
hidrocor. Bom estudo!!
PROFESSOR
Apresentação do Autor
Olá aluna(o), é um prazer poder estar com você durante o 
curso desta disciplina. Meu nome é Carlos Vinicius Bortolato, 
paranaense de Cascavel e a minha formação é de Arquiteto e 
Urbanista. Sou graduado na Faculdade Assis Gurgacz no ano 
de 2006, mas trabalho com projeto arquitetônico desde 2002. 
Também sou Especialista em Docência no Ensino Superior e 
Ensino a Distância: Docência e Tutoria, ambos pela Faculdade 
Avantis. Faço mestrado em Gestão Territorial pela Universidade 
Federal de Santa Catarina – UFSC, e minha área de pesquisa 
é o mapeamento de locais ocupados com risco de deslizamento. Atualmente sou 
professor dos cursos presenciais de Engenharia Civil, Design de Interiores e Arquitetura 
e Urbanismo. Também sou proprietário do escritório ACV Arquitetura e Urbanismo, 
onde realizo projetos arquitetônico e de prevenção contra incêndio para o Paraná e Santa 
Catarina. 
Para você conhecer mais sobre minha história profissional, acesse o link da plataforma 
Lattes http://lattes.cnpq.br/6836154839566073. Havendo dúvidas, entre em contato 
comigo no e-mail carlos.bortolato@avantis.edu.br. 
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - EXPRESSÃO GRÁFICA. DESENHO À MÃO COM GRAFITE ...............11
INTRODUÇÃO À UNIDADE ........................................................................................................................................12
1 - EXPRESSÃO GRÁFICA .........................................................................................................................................13
1.1 – TIPOS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA .....................................................................................................14
1.1.1 – Croqui ................................................................................................................................................................................... 14
1.1.2 – Desenho Técnico........................................................................................................................................................ 15
1.1.3 – Maquetes ......................................................................................................................................................................... 16
1.1.4 – Renderização de Imagens ................................................................................................................................. 16
1.1.5 – Realidade Virtual ........................................................................................................................................................17
1.1.6 – Holograma ...................................................................................................................................................................... 18
1.2 – DESENHO À MÃO COM GRAFITE ...............................................................................................................18
1.2.1 – Tipos de Grafite ........................................................................................................................................................... 18
1.2.2 – Desenhando Com Grafite .................................................................................................................................20
1.2.3 – Equipamentos e Materiais ................................................................................................................................ 21
1.3 – FÓRUM ..................................................................................................................................................................24EXERCÍCIOS DE REVISÃO ........................................................................................................................................25
EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 26
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................27
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................................................28
UNIDADE 2 - CROQUI. DESENHO COM CANETA NANQUIM ............................................29
INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................................................................................. 30
2 – CROQUI .....................................................................................................................................................................32
2.1 – CROQUI DE CONCEITO ................................................................................................................................. 34
2.1.2 – Croqui de Estudo .....................................................................................................................................................35
2.1.3 – Croqui em Perspectiva ........................................................................................................................................36
2.1.3.1 – Croqui Com 1 Ponto de Fuga .......................................................................................................................36
2.2 – DESENHOS COM CANETA NANQUIM ................................................................................................... 40
2.2.1 – Modo de Utilização ................................................................................................................................................42
2.2.2 – As Canetas a Nanquim nos Dias de Hoje ..........................................................................................42
2.3 – FÓRUM ................................................................................................................................................................ 43
EXERCÍCIOS DE REVISÃO ....................................................................................................................................... 44
EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 46
CONCLUSÕES FINAIS ............................................................................................................................................... 46
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 48
UNIDADE 3 - DESENHO DE OBSERVAÇÃO. CROQUIS COM DOIS PONTOS 
DE FUGA. DESENHO A CORES. TIPOS DE PAPÉIS. ........................................................................49
INTRODUÇÃO À UNIDADE ...................................................................................................................................... 50
3.1 – DESENHO DE OBSERVAÇÃO ........................................................................................................................51
3.1.1 – Posturas Para Desenho ....................................................................................................................................54
3.1.2 – Posição da Prancheta..........................................................................................................................................54
3.1.3 – Variedades ou Tipos de Traços .....................................................................................................................55
3.2 – CROQUIS COM DOIS PONTOS DE FUGA ............................................................................................. 56
3.2.1 – Processo de Criação de Perspectiva Com Dois Pontos de Fuga .....................................58
3.3 – DESENHO A CORES ........................................................................................................................................62
3.3.1 – Materiais Para Traçado .......................................................................................................................................63
3.3.2 – Materiais Para Colorir .........................................................................................................................................63
3.3.2.1 – Lápis de Cor ....................................................................................................................................................63
3.3.2.1.1 – Técnicas de Pintura .........................................................................................................................64
3.3.2.2 – Canetas Hidrocor ......................................................................................................................................66
3.3.2.2.1 – Técnica de Pintura Com Hidrocor ......................................................................................69
3.4 – TIPOS DE PAPÉIS PARA USAR ..................................................................................................................70
3.5 – FÓRUM ..................................................................................................................................................................71
EXERCÍCIOS DE REVISÃO ........................................................................................................................................72
EXERCÍCIO FINAL ........................................................................................................................................................72
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................................73
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................................................76
UNIDADE 4 - PROPORÇÕES. EFEITOS DE LUZ E SOMBRAS ATRAVÉS DE 
TEXTURAS. DESENHO COMO ELEMENTO DE LEITURA, ANÁLISE, REGISTRO 
E REPRESENTAÇÃO. ................................................................................................................................................................77
INTRODUÇÃO À UNIDADE .......................................................................................................................................78
4 – PROPORÇÕES ........................................................................................................................................................79
4.1 - ESCALÍMETRO .....................................................................................................................................................79
4.1.2 – Perspectivas ................................................................................................................................................................80
4.1.3 – Demais tipos de desenho suas proporções .......................................................................................81
4.2 – EFEITO DE LUZ E SOMBRAS ATRAVÉS DE TEXTURAS ................................................................82
4.2.1 – Sombras em Perspectivas na Arquitetura e Urbanismo .........................................................85
4.2.2 – Determinação das Sombras ......................................................................................................................... 87
4.2.2.1 – Perspectiva Com Sombras Técnicas ..........................................................................................894.2.3 - Textura ..............................................................................................................................................................................91
4.3 – O DESENHO COMO ELEMENTO DE LEITURA, ANÁLISE, REGISTRO E REPRESENTAÇÃO ..................94
4.4 – FÓRUM .................................................................................................................................................................97
EXERCÍCIOS DE REVISÃO ....................................................................................................................................... 99
EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 99
CONCLUSÕES FINAIS ...............................................................................................................................................101
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................103
1
unidade
EXPRESSÃO 
GRÁFICA. DESENHO 
À MÃO COM GRAFITE
12
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
INTRODUÇÃO À UNIDADE
Os arquitetos e designers mais famosos do mundo desenharam ou desenham à mão. 
Quem nunca ouviu falar dos famosos croquis de Oscar Niemeyer, desenhos de Isay 
Weinfeld, designer brasileiro consagrado mundialmente ou então de pessoas anônimas, 
exemplificado pela Figura 01. Ambos, sempre criaram suas obras através de croquis. Mas 
para desenvolver este tipo de desenho à mão livre, quais equipamentos e ferramentas 
devemos possuir? É imprescindível o uso de lápis ou lapiseira (esta, mais utilizada pela 
variação de espessura do seu grafite), o mesmo podemos dizer do escalímetro (régua 
para diversas escalas), esquadros, régua paralela, compasso, fitas e papéis, lápis de cor e 
canetas hidrocor. 
Com a minha experiência de desenho em arquitetura, aconselho que seja comprado 
lapiseiras e escalímetro de qualidade, pois estes equipamentos duram um longo período 
ou até mesmo a vida toda. Já os demais equipamentos, sugiro que não havendo condições 
de adquirir o de melhor qualidade, pode ser substituído por uma marca inferior.
Em relação aos papéis, utiliza-se três tipos: sulfite, sulfurize, vegetal e manteiga. Destes 
o sulfurize é o mais usado, porém ele não aceita alguns tipos de materiais, como por 
exemplo lápis de cor aquarelável. Para isso, pode-se utilizar o papel sulfite, por possuir 
uma melhor absorção da água. Percebe-se que para cada tipo de material a ser aplicado, 
utiliza-se um tipo de papel, por permitir um melhor uso.
Figura 01: Croqui de um ambiente.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/inte-
rior-sketch-design-bedroom-watercolor-sketching-224628532?src=Dr_aGub_P8nLHBXHgWbbRg-
-1-21&studio=1. Acesso: 18 de junho de 2019.
13
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
O mesmo acontece com o grafite a tinta nanquim. Veremos mais aprofundado que o 
grafite é a base dos nossos desenhos, e a caneta nanquim é utilizada para o acabamento 
do desenho ou reforço da graficação das linhas. Mas antes de entrarmos definitivamente 
no assunto proposto neste Módulo, é necessário que você saiba o que é expressão gráfica. 
Boa leitura!! 
Querido(a) aluno(a), os objetivos de aprendizagem nesta unidade inicial quais são as 
técnicas e métodos para o desenvolvimento do desenho à grafite, mas antes, conhecer o 
conceito da expressão gráfica. Veja, o que você aprenderá neste primeiro Módulo:
• O que é expressão gráfica;
• Quais tipos de grafite que podemos usar;
• Quais as espessuras indicadas para os desenhos;
• Desenvolvimento de croquis com grafite;
• Criação de sombras com grafite.
1 - EXPRESSÃO GRÁFICA
Podemos dizer que expressão gráfica é um meio de podermos nos expressar através 
de desenhos ou gráficos. Arquitetos e designers se expressam através da arte do desenho. 
Outros seguimentos de designers, como os gráficos por exemplo, podem se expressar 
através de folders, banners e flyers. No caso específico da nossa disciplina, a expressão 
poderá ser realizada à mão livre, à mão com auxílio de equipamentos (réguas, esquadros 
e compasso), ou então por meio digital. 
Segundo Nascimento et al. (2017), há uma intensa discussão sobre o uso da expressão 
gráfica pela sociedade. O autor alega que com o passar do tempo, a expressão gráfica se 
transformou em representação gráfica, por ser um sistema comunicativo e informativo. 
Na arquitetura, as formas, estruturas e disposições, não somente representam uma 
edificação, mas sim, uma sociedade, suas histórias e emoções. E o que é Representação 
Gráfica? É o método que podemos expressar nossos desenhos, sendo objetos ou um 
projeto arquitetônico. Como vimos anteriormente, pode ser através do desenho à mão 
livre ou por computador. São métodos de representação gráfica:
• Croqui;
• Desenhos Técnico;
• Maquetes;
• Imagens virtuais;
• Realidade virtual;
14
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
• Holograma.
1.1 – TIPOS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Para expressarmos as nossas intenções em qualquer tipo de projeto gráfico, contamos 
com diversas ferramentas de representação. Ela pode ser da maneira mais antiga de se 
desenhar, como o croqui, ou então, através de avançadas ferramentas tecnológicas, como 
a realidade virtual. Vejamos alguns.
1.1.1 – Croqui
O croqui de arquitetura talvez seja a primeira ferramenta com a qual o estudante 
entra em contato e possivelmente a mais prática dentre todas elas. Rápido e expressivo, o 
croqui não apenas transmite a ideia básica da composição espacial, como também deixa 
transparecer o traço de quem o produziu.
Saiba Mais
Disponibilizo na plataforma desta disciplina um breve artigo sobre croquis. 
Neste artigo a autora dá dicas de como proceder com um desenho à mão livre. 
Acesse e tenha uma ótima leitura!
A figura 02 demonstra um croqui externo desenhado no computador. Nos dias atuais, 
alguns profissionais utilizam a tecnologia digital para criarem desenho como se fosse 
desenvolvido à mão livre.
15
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 02: Croqui exterior
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/blueprin-
t-design-modern-office-building-architects-116957395?src=Dr_aGub_P8nLHBXHgWbbRg-1-64&studio=1. 
Acesso em: 18 de junho de 2019
1.1.2 – Desenho Técnico
Produzir plantas, cortes, fachadas e isométricas constitui boa parte do processo de 
projeto. Sua maior vantagem é apresentar em verdadeira grandeza porções específicas da 
arquitetura. Por exemplo, uma planta de um ambiente, embora mostre o espaço de uma 
forma inapreensível aos nossos olhos, é a forma mais precisa de definir suas dimensões 
espaciais no plano cartesiano.
 A figura 03 representa o desenho de uma planta baixa, conforme as normas do 
desenho técnico.
Figura 03: Desenho técnico digital
Fonte: arquivo pessoal do autor
16
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
1.1.3 – Maquetes
Representações que escapam à bidimensionalidade da folha de papel, as maquetes 
oferecem a possibilidade de observar, em geral externamente, a composição volumétrica 
do projeto a partir de variados pontos de vista. Além disso, por estarem sujeitas às 
mesmas leis da física às quais estará sujeita a obra construída, as maquetes podem servir 
como importante ferramenta para a compreensão e concepção estrutural da obra. A 
figura 04 mostra uma maquete de residência, onde a intensão é de representar o interior 
e o exterior da edificação.
Figura 04: Maquete Física
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/architectu-
re-model-shop-drawing-paper-laptop-787158565?src=a4s68XlmNmdFZVT91uwmWg-1-3&studio=1. 
Acesso em: 18 de junho de 2019.
1.1.4 – Renderização de Imagens
Os renders são composições bidimensionais concebidas, frequentemente, a partir 
de modelos tridimensionais digitais e que, muitas vezes, assumem um estilo realista, 
possibilitando uma aproximação ao futuro da obra construída em seu contexto.Por oferecerem 
a possibilidade de manipulação da imagem, esta ferramenta não é necessariamente usada para 
criar ambientes realistas, podendo também ser empregada para apresentar cenas fantásticas 
e impossivelmente sublimes. A figura 05 é a renderização de um projeto de interiores.
17
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 05: Renderização de ambiente interno
Fonte: arquivo pessoal do autor
1.1.5 – Realidade Virtual
A realidade virtual (VR) é dentre as ferramentas citadas aqui, a única que permite 
uma experiência imersiva da arquitetura ainda não construída. Baseada em modelos 
tridimensionais digitais, com o auxílio de equipamentos como o Oculus Rift (Figura 06), a 
realidade virtual permite que o observador “entre” no espaço, que passa agora a rodeá-lo. 
O olhar deambulante encontra não mais o espaço concreto, mas uma arquitetura nova, 
imaterial, intangível, porém visível. “Ver é crer”, como anunciam os próprios fabricantes 
do Oculus Rift, assim, a realidade virtual oferece um meio de aproximar o corpo do 
observador a uma arquitetura (ainda) imaginária.
Figura 06: Realidade Virtual
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/amaze-
d-young-woman-touching-air-during-613702247?src=Gx1WAVkcjA-fKj3PVg0NTQ-1-2&studio=1. Acesso 
em: 18 de junho de 2019.
18
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
1.1.6 – Holograma
A Trimble, desenvolvedora do software  SketchUp, acaba de lançar o  SketchUp 
Viewer, um aplicativo que mescla realidade virtual e mundo real adaptado ao Microsoft 
HoloLens, que permitirá aos usuários manipular e experienciar seus modelos 3D de um 
modo completamente novo. Usando os recursos holográficos do HoloLens, o SketchUp 
Viewer cria versões em holograma de modelos que podem ser colocados em ambientes 
reais, permitindo que os arquitetos estudem e analisem como seus edifícios reagirão aos 
seus contextos ainda na fase de projeto.
1.2 – DESENHO À MÃO COM GRAFITE
“Quantas vezes você já teve vontade de desenhar bem à mão livre e não conseguiu? E 
em querer aprender a desenhar à mão livre e assim, de poder expressar as suas ideias, seja 
na faculdade ou no escritório? Ou então, fazer um desenho arquitetônico rapidamente e 
apresentar para um estagiário ou até mesmo para um cliente sem a necessidade de usar o 
computador? Ou resolver algo na obra sem a necessidade de utilizar o computador para 
tirar uma dúvida de projeto”? (Site Papo de Arquiteto).
1.2.1 – Tipos de Grafite
A utilização correta do grafite nos desenhos contribui com a qualidade final do 
trabalho. Para isso, é necessário que conheçamos os grafites disponíveis para cada tipo 
de traço que desejamos fazer. É possível a utilização de mais de um modelo de grafite 
por desenho. Comprar uma caixinha de grafite para sua lapiseira 0.5 ou 0.7 ou mesmo 
um lápis para o seu dia a dia parece uma tarefa muito fácil, mas não é tão simples assim. 
Você sabia que existem diferentes tipos de dureza da mina de grafite? Pois é, e é isso que 
define como vai ser o seu traço: mais claro, mais escuro, mais fino, mais grosso, mais 
firme ou mais macio e por aí vai. 
Para os iniciantes, o conhecimento dos tipos de grafite e seus efeitos causam confusão, 
por isso é necessário gravarmos as nomenclaturas e tipos de escrita de cada modelo de 
grafite, conforme mostra a figura 07.
19
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 07: Tipos de grafites disponíveis e traços possíveis com cada modelo. 
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/group-pencils-samples-different-types-graphite-
-781952482?src=fZqtsV48wE3EgH5sB2B6zA-1-19&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019.
A mina de grafite é aquilo que você recarrega na sua lapiseira para poder continuar 
escrevendo, ou no caso do  lápis, é a parte que escreve que fica bem no meio do  lápis. 
Podemos encontrar também grafites coloridos. 
O site das Lojas Wessel traz um artigo superinteressante, comentando sobre os tipos 
de grafites disponíveis e quais os efeitos que os mesmos produzem.
“As graduações padrão disponíveis incluem os seguintes tipos: 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, 
H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B e 6B. Quanto maior o número H (referência à palavra inglesa 
HARD/duro), mais claro e mais duro é o traço. Por outro lado, quanto maior o número 
B (referência à palavra inglesa BLACK/preto), mais preto e macio será o traço. Também 
existem as graduações HB (HARD e BLACK), e F (referência à palavra inglesa FINE), que 
apresenta um traço fino e resistente.
Para a escrita em geral, são usadas as graduações semelhantes a 2B, B e HB, mais 
conhecidas como nº1, nº 2 e 2½, respectivamente. Os  lápis  muito macios são usados 
principalmente para escurecer e fazer preenchimentos. Os  lápis  intermediários são 
indicados para sombreamentos, enquanto os lápis muito duros são usados principalmente 
para desenho técnico. Um bom meio-termo para o uso cotidiano são os lápis HB, B e 2B, 
que apresentam boa resistência, traço escuro e facilidade ao apagar”.
20
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Linguagem Icônica
Figura 08: Equipamentos básicos para o uso em desenhos na expressão gráfica.
Fonte: Arquivo pessoal do autor
A figura 08 apresenta um esquema básico com os equipamentos de desenhos. A seguir 
no conteúdo, você conhecerá detalhadamente cada equipamento e material de desenho. Mas 
ainda sobre a Figura 08, o n° 1 representa a prancheta, n° 2 a folha de papel, n° 3 a fita adesiva, 
n° 4 escalímetro portátil, n° 5 esquadro de 45°, n° 6 esquadro de 30/60°, n° 7 a régua paralela, n° 
8 borracha tipo bastão e por fim, n° 9 lapiseira.
1.2.2 – Desenhando Com Grafite
Para a utilização do grafite em desenhos, pode ser feito de duas maneiras: através de 
croquis, desenho de observação e desenho às cegas (veremos nas próximas unidades), 
que é também são conhecidos como desenhos à mão livre, e através do Desenho Técnico 
à mão, mas desta vez com o auxílio de equipamentos.
21
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
1.2.3 – Equipamentos e Materiais
Lapiseiras de mina grossa utilizam grafites com espessura acima de 2 mm, sendo 
que na parte superior da lapiseira, existe uma mola, que sendo pressionada faz o ajuste 
deste grafite. É indicado que a ponta deste grafite esteja sempre apontada, pois o mesmo, 
poderá gerar diversas espessuras de linhas.
As lapiseiras de mina fina utilizam grafites com espessura entre 0.3 e 0.9 mm, conforme 
figura 09, também conta com o mecanismo que faz ajustar o grafite na lapiseira. Ao 
contrário das lapiseiras de mina grossa, os grafites de menores espessuras não necessitam 
ser apontados.
Quando optar por utilizar lapiseira de grafite 0.3 mm, cuide com a força que será 
exercida no momento do desenho, pois o grafite quebra com facilidade, já as 0.5 mm, são 
consideradas as mais práticas para desenhar. Por fim, as lapiseiras com espessura 0.7 e 
0.9 mm, são úteis para o desenvolvimento de croquis e escrever.
Figura 09: Modelos de lapiseira com as espessuras de grafite. 
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/architecture-379003660?src=Ysar7sD93jO2UhsL9hKa6g-
-1-9&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019.
Réguas paralelas (Figura 10) são aquelas que ficam instaladas em pranchetas fixas 
(como as que ficam em sala de aula). Ela possui um sistema de linhas que a permite deslizar 
verticalmente na prancheta. Também é possível ajustar o alinhamento da mesma na mesa 
e se o usuário pretende deixa-la mais solta ou mais presa no momento de desliza-la. 
22
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 10: Régua Paralela
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/fla-
t-style-isometric-3d-drawing-architect-796726168?src=shKIFCamFyi1JSDRy_ekaA-1-4&studio=1. Acesso 
em 18 de junho de 2019.
Esquadros equipamentos que na maioria das vezes são fabricados com acrílico 
(parece com vidro). Pode-se encontrar dois modelos: o esquadro de 45° e o esquadro com 
duas angulações, 30° e 60°. Os esquadros de 20 e 25 cm são mais utilizados, porém, os 
maiores podem são melhores para o desenho de perspectivas. Repare na Figura 11 que 
estes modelos de esquadro apresentam também marcaçõesde medidas na escala 1/100. 
Se preferir sem, pode ser encontrado facilmente nas papelarias.
Figura 11: Esquadros 30°/60° e 45°
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/se-
t-blue-transparent-rulers-isolated-on-1026317488?src=gG0E5mjgohqQxf8zs0Ix6g-7-6&studio=1. Acesso 
em 19 de junho de 2019.
23
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Também é utilizado o compasso, onde este equipamento é fundamental para desenhar 
círculos. Um adaptador de caneta nanquim ou lapiseira permite a substituição do grafite 
por estes tipos de equipamentos, conforme a figura 12.
Figura 12: Compasso com adaptador para caneta ou lapiseira
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/drawin-
g-compass-on-white-background-138407909?src=UB9JgLpXki3cPeq7AN5Bag-1-8&studio=1. Acesso em: 
19 de junho de 2019.
Outra régua que o arquiteto, engenheiro civil ou designer de interiores devem possuir 
é o escalímetro. Um escalímetro é formado seis lados e cada um desses lados apresenta 
uma escala diferente. A preferência é que você possua um escalímetro N° 1 (Figura 13), que 
contenha as seguintes escalas: 1/125, 1/100, 1/75, 1/50, 1/25 e 1/20. Como já comentado 
anteriormente, é aconselhável a aquisição do melhor escalímetro do mercado, pois este, 
poderá ser utilizado por toda a vida profissional. 
Saiba Mais
Deixo um artigo científico disponível com o tema Representação Gráfica Em 
Arquitetura: O Papel Do Desenho Nos Procedimentos De Análise De Projetos. É 
interessante conhecer o trabalho de outras pessoas, pois pode ser uma fonte de inspiração para 
nós. Acesse o portal da disciplina e tenha acesso ao artigo. 
24
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 13: Escalímetro
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sca-
ler-measurements-on-white-background-181490192?src=CkFVU998lO5gUSs8qohVIg-1-0&studio=1. 
Acesso em: 19 de junho de 2019. 
Para o desenvolvimento desta disciplina, aconselho a você adquirir neste primeiro 
momento o papel sulfurize, com tamanho A3. Ele será mais prático no momento de 
executar as atividades propostas neste curso.
1.3 – FÓRUM 
A atividade deste item possui a função de interação entre os alunos, através da 
plataforma BlackBoard. Para isso, proponho que seja realizada uma discussão entre os 
mesmos com relação as diferenças técnicas de representação gráfica, qual o pensamento 
sobre o desenho à mão e o desenho através das novas tecnologias. 
Sugestão de Livro
CHING, F. K. Desenho Para Arquitetos, 2ª Ed. Boockman. Porto 
Alegre, 2012.
Um dos mais importantes autores da literatura arquitetônica apresenta 
esta obra. Trata de um livro completo para quem está iniciando as disciplinas 
de desenho à mão livre. Nesta obra, Ching trata desde os materiais e equipa-
mentos que devem ser utilizados, técnicas e tipos de desenhos. Especificamente ao desenho à 
mão, o autor reserva o Capítulo 10 somente para o tema desta Unidade.
25
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Sugestão de Filme
Estas atividades complementares lhe atribuirão um 
conhecimento extra sobre o assunto abordado na unidade. 
Deixo aqui o QR Code de um vídeo para que você acesse para conhecer 
mais sobre a técnica de desenho à mão livre, desenvolvido pelo canal do 
Youtube Arte Rápida. Bom vídeo!! 
Para acessar o vídeo, utilize seu smartphone com a câmera ligada. Bom 
vídeo.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Aqui neste espaço proponho dois tipos de atividades: um teórico e outro prático. O 
primeiro será responder algumas perguntas sobre o conteúdo estudado e a segunda o 
desenvolvimento em casa de um desenho à mão livre. Vamos nessa?
Exercício 1
A. Defina sucintamente a importância da Expressão Gráfica no desenvolvimento de 
nossa profissão.
B. Conforme visto nos tipos de representação gráfica, qual a diferença entre a 
Realidade Virtual e o Holograma?
C. Sobre os equipamentos de desenho técnico que possuímos para realizar um 
desenho, comente qual a diferença entre uma lapiseira com a mina grossa e a com 
mina fina.
D. Analisando a figura com os tipos de grafites disponíveis para o desenho de um 
croqui, podemos escolher um mais grosso e mais macio. Qual o nome do grafite 
deveremos escolher?
Exercício 2
Utilizando uma mesa plana e com superfície lisa em sua casa, pegue duas folhas de 
papel sulfurize ou sulfite, no tamanho A3. Siga as etapas abaixo:
A. Com uma lapiseira e uma régua, encontre o meio na borda superior horizontal e 
inferior horizontal. 
B. Utilize a lapiseira, trace uma linha contínua de borda a borda.
26
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
C. Repita a etapa 1, agora nas bordas verticais.
D. Encontrado o meio nas bordas verticais, repita a etapa 2 nos pontos das bordas 
horizontais. 
Pronto, agora o seu papel está divido em 4 partes cada. Repita o mesmo procedimento 
na outra folha.
Com uma lapiseira, desenhe a mão livre e com bastante tranquilidade os quatro 
desenhos abaixo na primeira folha. Cada um em um espaço da folha e não se preocupe 
com a qualidade do desenho, mas é essencial que você se dedique na atividade.
Repita o mesmo procedimento na segunda folha
EXERCÍCIO FINAL
1. Para podermos expressar graficamente um desenho, devemos escolher qual método 
utilizaremos para representar a informação que queremos. Das opções abaixo, qual delas 
conceitua adequadamente o que é REPRESENTAÇÃO ARQUITETÔNICA? 
(A) Método de representação arquitetônica apenas à mão livre.
(B) Método que podemos expressar nossos desenhos, sendo objetos ou um projeto 
27
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
arquitetônico.
(C) Método de representação arquitetônica apenas com tecnologia digital.
(D) Método de desenho utilizando apenas o desenho de observação
(E) Método de desenho à mão utilizando equipamentos de desenho.
2. O croqui é um método de expressão ou representação gráfica que sobrevive à 
tecnologia digital por possuir a característica de:
(A) alta precisão nas medidas
(B) alta fidelidade na representação de materiais
(C) lento e impreciso
(D) rápido, mas impreciso
(E) rápido e preciso
3. As maquetes físicas também são utilizadas como meio de representação 
arquitetônica, sendo muito importante para o estudo volumétrico da edificação. Sobre a 
maquete física, é correto afirmar que
(A) é um método de representação arquitetônica que foge da bidimensionalidade da 
folha de papel.
(B) é um método de representação bidimensional. 
(C) é um método de representação arquitetônica utilizando equipamentos para o 
desenho à mão.
(D) é um método de representação arquitetônica através de gráficos.
(E) é um método de representação arquitetônica utilizando técnicas de desenho de 
observação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta Unidade 1 foi focado a apresentação do conceito da Expressão Gráfica. Junto 
dela, foi apresentado a Representação Gráfica e neste momento eu gostaria de chamar 
a sua atenção para saber diferenciar os itens. A Representação Gráfica é a maneira e 
metodologia de representar o que você quer expressar graficamente. Portanto, podemos 
dizer que a Representação Gráfica pertence à Expressão Gráfica.
No mundo que vivemos atualmente, viver sem a tecnologia digital é algo impensável, 
28
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
pela agilidade e praticidade que a mesma nos traz dia-a-dia. Mas como comentado na 
introdução deste livro, não podemos esquecer das nossas raízes, e o desenho à mão livre 
faz parte do conceito do projeto, sendo o arquitetônico ou de interiores.
A partir do momento em que você puder e conseguir representar o que pensa através 
do desenho, não abandonará mais o desenho à mão livre no momento de criação, assunto 
esse que repito constantemente por sua importância. 
Para você aluna(o) que está iniciando este curso, foi importante o conhecimento 
sobre os equipamentos que são utilizados no desenho técnico, desenho este que é 
multidisciplinar, por isso esse conteúdo lhe será de extrema importância.
E finalizando, deixo-lhe um exercício logo a seguir, que servirá de aperitivo pelo o que 
virá mais a frente nesta disciplina. Até mais!!
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHING, Francis D. K. Representação Gráficaem Arquitetura. 5ª edição, Porto Alegre, 
Bookmam, 2011.
NASCIMENTO et. al. (2017) - Expressão Gráfica E Seus Significados Além Dos Traços.
SITE DCOREVOCÊ. Como fazer uma maquete. Disponível em: https://www.dcorevoce.
com.br/como-fazer-uma-maquete/. Acesso em: 18 de abril de2019.
SITE LUCIANA PAIXÃO ARQUITETURA. Dez dicas para criar bons croquis. Disponível 
em: https://www.aarquiteta.com.br/blog/carreira-de-arquitetura/10-dicas-para-criar-
bons-croquis/. Acesso em: 18 de abril de 2019.
SITE MLABS. Vídeos de Realidade Virtual. Disponível em: https://www.mlabs.com.br/
blog/videos-de-realidade-virtual-no-youtube/. Acesso em: 18 de abril de 2019.
SITE PAPO DE ARQUITETO. Como desenhar bem à mão livre. Disponível em: https://
www.papodearquiteto.com.br/como-desenhar-bem-a-mao-livre/. Acesso em: 18 de abril 
de 2019.
SITE QUASE ARQUITETO. Materiais de desenho técnico. Disponível em: https://
quasearquiteto.wordpress.com/2015/07/30/materiais-de-desenho-tecnico. Acesso em: 
12 de abril de 2019. 
29
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
2
unidade
CROQUI. DESENHO 
COM CANETA NANQUIM
30
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
INTRODUÇÃO À UNIDADE
A técnica de desenho à mão livre é a precursora na arte da representação. Antes 
mesmo da escrita, o desenho em paredes de cavernas já era utilizado na comunicação 
pré-histórica. A arte rupestre (Figura 14) possuía o intuito de registrar a história e contar 
as gerações futuras os acontecimentos e costumes daquelas civilizações.
Figura 14: Registros de arte rupestre encontrada em caverna
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/old-painted-anasazi-petroglyphs-representing-
-humans-1020625855?src=tN6ql6J9m914MquVfmDYLg-1-14&studio=1. Acesso em: 19/06/2019.
Posteriormente, os egípcios também utilizaram a técnica do desenho à mão livre, mas 
diferentemente dos homens pré-históricos, estes desenhos não serviram apenas para 
registrar os fatos mais marcantes da civilização, mas também para decorar edificações 
e principalmente as pirâmides, que serviam de sarcófagos para faraós e sacerdotes. 
Na figura 15 é possível visualizar uma pintura egípcia com cores fortes e vivas (após 
restaurada).
31
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 15: Desenho egípcio
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rupestre=-old-egyptian-paintings1301771182-?src-
tN6ql6J9m914MquVfmDYLg-1-5&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019.
Utilizando uma máquina do tempo, chegamos ao século XIV, onde diversos artistas 
como Michelangelo e Leonardo da Vince surgem com obras fantásticas, principalmente 
as pinturas em tetos de catedrais e telas. Mas ambos, também realizavam projetos de 
edificações.
A partir dos séculos XIX e XX os croquis começaram a ganhar notoriedade, pois os 
grandes arquitetos como Frank Lloyd Wright, Mies Van der Rohe e Oscar Niemeyer, o 
utilizam em grande quantidade para expressar as ideias de projetos.
Mas não é só de croquis que o desenho à mão livre pode ser realizado. Técnicas 
como desenho às cegas e desenho de observação também são bastante utilizados, mas 
apresentam funções diferentes dos croquis. Como dito anteriormente, os projetistas 
utilizam o croqui para expressar uma ideia, ou seja, algo que ainda não existe, 
diferentemente das outras duas técnicas, que são utilizadas para representar algo 
existente, que possa ser visualizado. 
O croqui é uma técnica interessante para o estudante que deseja atuar profissionalmente 
em projetos arquitetônicos ou de interiores, pois é a maneira mais ágil para expressar 
a sua ideia ou apresentar uma solução em uma obra. Uma situação hipotética, é você 
estar junto ao seu cliente visitando uma obra, quando surge uma dúvida e há necessidade 
de você explicar o que está previsto. É mais rápido criarmos um croqui, ou ligarmos o 
computador, abrir o programa e realizar a explicação? Após você ler parágrafo anterior, 
32
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
pode acontecer de surgir uma insegurança por não possuir afinidade com o desenho à 
mão livre. Não se preocupe, pois estaremos aqui pra auxilia-los. 
Outro assunto que abordaremos nesta unidade é a utilização da caneta nanquim. Este 
tipo de caneta é de modo geral usada para acabamentos em desenhos, mas para a utilizar, 
estudaremos algumas técnicas para que evitem acidentes no momento da finalização do 
seu trabalho.
Querido(a) aluno(a), nesta Unidade veremos quais são as técnicas e métodos para o 
desenvolvimento do desenho à mão livre e conhecer a cante nanquim e como utilizar 
este tipo de tinta para desenhar. 
Os objetivos desta unidade são:
• Conhecer o que é croqui;
• Quais as técnicas de desenho à mão livre;
• O que é caneta a nanquim;
• Saber das técnicas de desenho utilizando a caneta nanquim;
Bom estudo!!
2 – CROQUI
Segundo Fernandez (2011), o desenho de croquis e perspectivas é uma atividade de 
pensamento, logo transmitida à mão como ferramenta básica de modelo. O autor ainda 
acrescenta sobre a habilidade natural, que é inegável a existência de pessoas com maior 
ou menor capacidade, mas devemos saber que fazer croquis, não é difícil para ninguém. 
O desenho para profissionais da arquitetura e design de interiores geralmente 
pertencem a uma em três categorias: desenho de conceito, desenhos de desenvolvimento 
e desenhos de detalhe. A vantagem dos croquis é que ele se encaixa nas três categorias, 
mas o costume é que seja utilizado na etapa do estudo preliminar, onde acontece a 
conceituação arquitetônica, desenvolvimento de ideias, por ser o meio mais simples e 
rápido de explicar. 
De acordo com Farrely (2010), os croquis podem ser rápidos e impulsivos ou mais 
detalhados e feitos em escalas. No mercado da informática, existem softwares que 
tentam recriar os aspectos fluídos e informal de tais esboços, como o SketchUP. Outra 
característica dos croquis é a sua expressividade, criando um elo pessoal e imediato entre 
a concepção e a representação bidimensional no papel. Farrely (2010) ainda defende que 
33
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
o croqui tem personalidade, mas é vago, o tornando muito atraente. 
A figura 16 apresenta um croqui desenvolvido sobre a paisagem urbana que um novo 
empreendimento pertencerá. Nele é representado o edifício na parte central com outras 
edificações no entorno, além da rua com pedestres circulando por ela. Como os croquis 
são elementos conceituais, alguns somente o autor para poder decifra-lo.
Figura 16: Croqui de uma área urbana.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/hand-drawn-architectural-sketch-modern-abs-
tract-787094953?src=Xb3jt_0qbotJdQpgNV5HPw-1-6&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019.
Os desenhistas tomando posse de suas habilidades e a espessura da linha projetada 
pelo lápis, tudo pode ser sugerido ou observado. Para a utilização de um croqui não há 
uma etapa do projeto ou da obra em específico, mas por tradição ou adequação, é utilizado 
na etapa inicial, quando ainda não é apresentado o detalhamento, apenas a ideia a grosso 
modo. 
Para diversos autores, qualquer pessoa pode fazer um croqui, podendo ser mais 
entendível ou então, mais enigmáticos. Pode-se apresentar diversos croquis de 
arquitetos famosos, onde a obra após pronta, é um ícone da arquitetura, mas analisando 
o croqui, não há praticamente relação alguma, como mostra a figura 17, projeto do Museu 
Guggenheim, criado pelo arquiteto Frank Gehry. 
34
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 17: Croqui do museu Guggenheim, feito pelo arquiteto Frank Gehry
Fonte: Ferrari (2011), adaptado pelo autor.
Farrely (2010) defende que qualquer pessoa pode desenvolver um croqui, sendo fácil, 
pois é só traçar linhas no papel. Ainda segundo a autora, o que importa é a sofisticação 
da ideia que está por trás da linha e os pensamentos que os estimulam. A precisão ou 
habilidade técnica não são relevantes, mas sim, a ideia. 
Sabemos que o croqui é um desenho livre, podendo ser retrabalhado ou redirecionado 
para ser aplicado em diversas possibilidades. O croqui também pode representar uma 
ideia totalmente fantasiosa,algo futurista, ou então sugerir detalhes de uma ideia, 
mostrando de que maneira esses detalhes serão aplicados na edificação em construção. 
Saiba Mais
Na Plataforma da disciplina está um material do site Viva Decora, que apre-
senta um artigo sobre o que é o desenvolvimento de croquis. Para você entender 
mais sobre o conceito de croqui, acesse o material e leia, vale a pena!! 
2.1 – CROQUI DE CONCEITO 
Este tipo de croqui possui a função de materializar a ideia surgida em momentos 
dispersos. Toda a pessoa possui um momento em surgem as ideias, podendo ser na hora 
de dormir ou tomando banho, até em uma conversa informal com amigos. O croqui de 
35
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
conceito é uma espécie de conexão da ideia à arquitetura. Também pode ser constituído 
de simples rabiscos, desenhos abstratos ou simplesmente metáforas, permitindo o 
desenvolvimento de uma ideia.
2.1.2 – Croqui de Estudo
Croquis de estudo pode ser bastante aproveitado no desenvolvimento de detalhamento 
de uma ideia, partindo de um passo a passo, com função de elucidar o funcionamento de 
alguma coisa existente ou que será construída. Os croquis de estudo também podem ser 
utilizados em espaços internos, para analisar atividade e funções que ocorrerão dentro 
desses ambientes. Em relação a área urbana, os croquis de estudos são usados para 
estruturar termos de experiências, percursos ou gabarito das edificações.
Voltando aos estudos das edificações, este tipo de croqui (Figura 18) auxilia na análise 
do nível de iluminação ou em funcionamento funcional dos ambientes e espaços. Esta 
análise é essencial à compreensão das condições existentes no local, podendo ser levadas 
em consideração na concepção arquitetônica. Essa análise deve ser concisa e clara como 
um diagrama.
Figura 18: Croqui de estudo de uma edificação
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/architec-
t-woman-sketching-new-project-on-521481472?src=Xb3jt_0qbotJdQpgNV5HPw-7-79&studio=1. Acesso 
em: 19 de junho de 2019.
36
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
2.1.3 – Croqui em Perspectiva
Para a criação de croquis em perspectiva, podemos escolher dois métodos: a 
perspectiva com um ponto de fuga ou a perspectiva com dois pontos de fuga. Geralmente 
a primeira é utilizada para o desenho de interiores, onde o ponto de fuga fica à altura de 
uma pessoa (observador) e no centro do ambiente. A segunda opção é mais usada para o 
desenvolvimento de croquis de edificações, pois desta maneira é possível a representação 
de no mínimo duas fachadas. 
Dominguez (2011) comenta que o sistema de perspectiva não é outra coisa que um 
método sugerido da observação da visão humana. O croqui direto de um objeto, de igual 
modo, representa esta visão, já que desenhamos o objeto que vemos. O autor ainda cita 
que se aprendermos a observar, não será difícil desenhar corretamente.
2.1.3.1 – Croqui Com 1 Ponto de Fuga
Neste item você verá como construir um croqui com um ponto de fuga. Primeiramente 
devemos conhecer os elementos básicos que compõe uma perspectiva com um ponto de 
fuga.
• Linha do Horizonte (LH): a altura do observador (pessoa) pode ser representada 
pela Linha do Horizonte. Pode-se observar isso em uma paisagem como na praia, 
onde essa altura é variável, conforme nos abaixamos ou levantamos. Também é 
necessário termos o conhecimento que todas as linhas horizontais que compõe o 
cenário do croqui convergem visualmente nessa linha do horizonte.
• Ponto de Fuga (PF): o ponto de fuga é de onde surgirão as linhas que criarão a 
perspectiva. O PF também poderá estar sobre a Linha do Horizonte, dependendo 
do ângulo que você terá a intenção de representar. 
Para entendermos o passo a passo de criação de um croqui em perspectiva, com um 
ponto de fuga, criei a planta baixa de um ambiente. O próximo passo é a desenvolver uma 
vista frontal ortogonal, conforme a figura abaixo. É a partir desta vista ortogonal que 
iniciaremos a locação da Linha do Horizonte e do Ponto de Fuga, conforme eu demonstro 
na figura 19.
37
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 19: Planta baixa do ambiente e criação da vista ortogonal.
Fonte: Elaborado pelo autor
• Passo 2, é posicionarmos a LH e o PF. O ponto de fuga sempre estará locado sobre a 
linha do horizonte e é a altura da linha do horizonte que indicará se visualizaremos 
mais o teto ou o chão do ambiente. Se quisermos mostrar uniformemente, devemos 
então inserir a linha do horizonte no meio do desenho. A altura do PF será sempre 
proporcional à altura do observador, conforme figura 20.
Figura 20: Locação da linha do horizonte e do ponto de fuga
Fonte: Elaborado pelo autor
• Passo 3: locado o PF, como demonstrado na Figura 21, deve-se iniciar o desenho 
das linhas a partir deste local e direciona-lo para todas as arestas da vista. Deste 
modo, o desenho começará a ganhar o formato de perspectiva. Outro detalhe 
importe neste passo, é que criei um novo retângulo na parte interna, menor, para 
38
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
representar a parede no fundo do ambiente.
Figura 21: Locação da linha do horizonte e do ponto de fuga
Fonte: Elaborado pelo autor
• Passo 4: chegou o momento de marcarmos a largura dos objetos que estão em 
perspectiva. Lembre-se que estamos tratando de um croqui, e este tipo de desenho 
não apresenta precisão, portanto, a largura dos objetos deverá ser feita de modo 
aleatória, mas proporcional, como mostrado na figura 22. Não se pode esquecer de 
inserir a porta e a janela que estão no desenho da planta baixa. As alturas podem 
ser marcadas no retângulo interno do desenho do croqui.
Figura 22: Objetos com as suas devidas larguras.
Fonte: Elaborado pelo autor
 
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EXPRESSÃO 
GRÁFICA
O último passo será para a finalização do desenho. Como o conceito deste meu desenho 
é de um simples croqui para idealizar um projeto, não utilizarei outro acabamento que 
não seja a caneta nanquim (Figura 23). Faça traços na diagonal de forma suave, assim 
destacará os objetos da perspectiva. Sobre as marcações da linha do horizonte e das 
linhas que convergem no ponto de fuga, é interessante que sejam desenhadas apenas 
com grafite, pois são linhas de construção do croqui e pode-se apagar ao final do desenho.
Figura 23: O desenho com a hachura para destacar o resultado final.
Fonte: Elaborado pelo autor
Desenho finalizado. Após alguns treinamentos, você terá capacidade de desenvolver 
um desenho como essa da figura 23 em poucos minutos. Como já comentado, o desenho 
de croqui com um ponto de fuga, é processo rápido, onde tentamos reproduzir com 
fidelidade um espaço, mas sem precisão.
Saiba Mais
Para finalizar a leitura e o entendimento inicial sobre o croqui, está Plataforma 
desta disciplina um artigo científico que aborda o croqui do arquiteto como objeto 
artístico. Acesse e tenha uma ótima leitura!! 
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EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Linguagem Icônica
Figura 24: Projeção de uma perspectiva com um ponto de fuga a partir da visão do observador.
Fonte: Elaborado pelo autor
 
A utilização da técnica de desenho do croqui aliado à perspectiva com um ponto de fuga nos 
apresenta um desenho em que o analista leigo entenderá nossas intenções. O desenho desse 
tipo de perspectiva apresenta questões técnicas que não foi abordado nesse conteúdo, por se 
tratar de croqui, mas a metodologia é semelhante.
2.2 – DESENHOS COM CANETA NANQUIM
A tinta nanquim surgiu aproximadamente há 4.500 anos na China, se transformando 
em uma das tintas mais populares do mundo e essa tinta era aplicada com pedaço de 
bambu ou uma pena (Figura 25). Como características, apresenta uma cor negra, rápida 
secagem e uma boa fluidez. A matéria prima da nanquim tradicional é fuligem de carvão 
negro e goma-laca. Diversas marcas de caneta populares vendem este produto como 
se fosse a original, mas na verdade se trata de uma tinta com aparência semelhante a 
nanquim. 
41
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 25: Há muito tempo atrás, a pena era utilizada como ferramenta para o uso da tinta nanquimem 
escritas e desenhos.
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/feather-bottle-full-ink-88843828?src=c-
C_5hiMHaqqBNv8uNW9ENg-1-18&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019.
Passando o tempo, se inicia a utilização da tinta nanquim nos projetos arquitetônicos 
e como equipamento, foi desenvolvido uma caneta com um recipiente para armazenar 
a tinta, como a modelo que aparece na figura 26. É possível encontrarmos diversas 
espessuras de caneta no mercado, porém, essas vendidas agora, são réplicas das 
verdadeiras canetas a tinta nanquim. 
Figura 26: As verdadeiras canetas a tinta nanquim e sua variedade de espessura ou penas.
Fonte: Arquivo pessoal do autor.
As canetas nanquins produzem linha de tintas precisas e uniformes sem a 
necessidade de aplicar uma pressão sobre o equipamento. Semelhante as lapiseiras, as 
42
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
canetas nanquins possuem diversos fabricantes e modelos, onde influencia no modo de 
uso e aplicação. As canetas nanquins tradicionais são fabricadas com um fio metálico 
regulador de fluxo de tinta, dentro de uma ponta tubular, onde o tamanho deste tubo 
determinará a largura da linha da tinta, conhecida também como pena. Nas livrarias e 
papelarias podemos encontrar nove espessura diferentes de canetas a nanquim, sendo 
a mais fina a de 0,13 mm e a mais espessa de 2 mm. Tempos atrás era possível encontrar 
para venda um estojo com um conjunto de quatro canetas, com as seguintes espessuras: 
0,25mm; 0,35mm; 0,5mm; 0,7mm.
2.2.1 – Modo de Utilização
Modos de utilização da caneta com tinta nanquim devem ser seguidos para evitar 
acidentes no momento do desenho. O autor Ching (2011) cita em seu livro Representação 
Gráfica em Arquitetura, algumas dicas para a utilização deste tipo de equipamento. 
Segundo o mesmo, a ponta tubular deve ser longa o bastante para ficar afastada da 
espessura do esquadro ou da régua. Você deve utilizar tinta de desenho preta que não 
entupa e seja à prova d´água e de secagem rápida. Mantenha as pontas bem fixada para 
evitar o vazamento da tinta e borrar o desenho. Após cada uso, recoloque a tampa da 
caneta de maneira firme, para evitar o vazamento da tinta. E por fim, quando as canetas 
não estiverem sendo utilizadas, devem ser guardadas na horizontal. 
2.2.2 – As Canetas a Nanquim nos Dias de Hoje
Após a ampliação do uso da tecnologia digital nos desenhos e mais especificamente 
nos projetos, diminui bastante o uso das canetas com tinta de nanquim. Desta maneira, 
o mercado desenvolveu canetas mais baratas e de baixa manutenção. Elas são equipadas 
com pontas tubulares e tintas à base de pigmentos, sendo também à prova d´água como 
as que estão na figura 27.
43
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 27: Modelos de caneta a tinta nanquim atuais.
Fonte: Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/tinta-canetas-esbo%C3%A7o-sketchbook-2656528/. Aces-
so em 19 de junho de 2019. 
 
Atualmente são mais utilizadas para a escrita, na produção final de desenhos à mão 
livre e também para o desenho com equipamentos como, réguas e esquadros. Também 
possui uma grande variedade de espessura, onde indico a compra de uma espessura fina, 
outra intermediária e uma com a maior espessura possível. As canetas a tinta nanquim 
atuais não são recarregáveis, o que barateou o custo deste equipamento. 
2.3 – FÓRUM 
A atividade deste item possui a função de interação entre os alunos, através da 
plataforma BlackBoard. Proponho uma interação entre os alunos, onde os mesmos 
devem apresentar o resultado do processo de desenho solicitado no Exercício 2, item 
6 – Exercício de Revisão. Não há necessidade de os desenhos estarem prontos, assim, os 
colegas poderão também auxiliar os alunos com maiores dificuldades para executar a 
tarefa.
44
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Sugestão de Livro
CURTIS, B. Desenho de Observação, 2ª Ed. AMGH, 2015.
A obra trata de conceito dos desenhos desenvolvidos 
através da observação, técnicas de desenhos e materiais que devem ser 
utilizados, além de como usa-los. Este livro será de extrema importância 
para lhe apoiar em alguma questão que lhe apresente dificuldade.
Sugestão de Filme
Estas atividades complementares lhe atribuirão um 
conhecimento extra sobre o assunto abordado na unidade. 
Deixo aqui o QR Code de um vídeo para que você acesse para conhecer 
mais sobre a técnica de desenho à mão com 1 ponto de fuga, desenvolvido 
pelo canal do Youtube Mandiee. Assista, isto lhe agregará um conhecimen-
to incrível em perspectivas. Bom vídeo!! 
Para acessar o vídeo, utilize seu smartphone com a câmera ligada. Bom vídeo.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
Aqui neste espaço proponho dois tipos de atividades: um teórico e outro prático. O 
primeiro será de responder algumas questões sobre o conteúdo estudado, e a segunda, o 
desenvolvimento em casa de um desenho à mão livre. 
Exercício 1
A. Agora você já possui o conhecimento sobre os diversos tipos de desenho à mão livre 
que podemos elaborar. Cite três tipos de croquis e comente a sua funcionalidade.
B. Sobre o croqui com um ponto de fuga, quais são os dois elementos vitais para a 
construção do desenho em perspectiva?
C. Referente às canetas nanquins, no início do seu uso, eram utilizados como 
equipamentos pedaços de bambus e penas de ganso. Qual a relação dessas penas 
de ganso com as espessuras das linhas?
45
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
D. Com o avanço da tecnologia digital o desenho à mão livre perdeu espaço, sendo 
que houveram algumas mudanças nos tipos de canetas com tinta de nanquim 
vendidas nos dias de hoje. Quais são as características das canetas atuais?
Exercício 2 
Utilizando o desenho abaixo, construa um croqui em perspectiva com um ponto de 
fuga. Dicas: utilize um papel transparente, mais indicado é o sulfurize. Realize todo o 
desenho com grafite e somente após finalizado o desenho, passe a caneta nanquim por 
cima e pinte o desenho através de traços, como apresentei no item 3.3.1.
Planta Baixa
Vista
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EXPRESSÃO 
GRÁFICA
EXERCÍCIO FINAL
1. Levantando uma situação hipotética, você enquanto profissional, está em uma obra 
resolvendo a execução de tal, necessita explicar ao mestre um detalhe. Qual técnica de 
representação arquitetônica utilizará com maior agilidade?
(A) Maquete eletrônica
(B) Croqui
(C) Maquete física
(D) Desenho técnico
(E) Realidade Virtual
2. O croqui desenhado através da perspectiva com um ponto de fuga é uma técnica 
interessante de ser usada para representar algo que tenha profundidade. Para qual tipo 
de desenho o croqui com um ponto de fuga é mais utilizado?
(A) Arranha céu
(B) Interiores de ambientes
(C) Peças de máquinas
(D) Residências
(E) Edifícios
3. A caneta nanquim é uma ferramenta bastante utilizada para darmos acabamento 
nos desenhos. O nanquim é um produto que surgiu na China e antigamente era produzida 
com óleo de baleia. Qual a cor da tinta da caneta nanquim?
(A) Azul.
(B) Vermelha. 
(C) Verde.
(D) Preta
(E) Grafite
CONCLUSÕES FINAIS
O conteúdo apresentado nesta Unidade 2 foi uma introdução aos tipos desenho à mão 
livre que podemos elaborar. Mas não acaba por aqui. Já convido você para acompanhar a 
47
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
próxima Unidade, que tratará de outras três técnicas de desenho à mão livre, sendo uma 
delas o desenho de perspectiva com dois pontos de fuga.
Como você pode acompanhar na primeira parte deste conteúdo, quando focamos 
sobre os croquis de elaboração, que não há necessidade de os mesmos serem graficados 
fielmente conforme o autor do projeto imagina como a forma estará após de pronta. Os 
croquis de idealização é uma maneira rápida de anotarmos aquilo que se passou em 
milésimos de segundo em nossa cabeça. Também podemos chamar essas “luzes” de 
insight. 
Seria leviandade minha escrever para vocês que o projetista não necessita possuir o 
mínimo de domínio sobre o desenho à mão livre. Haja visto a necessidade do uso de croquis 
para esclarecimentos ou elucidação de uma situação de obra ou projeto. Na verdade, 
esseaprendizado acaba por se tornar uma atividade relaxante, eu particularmente gosto 
muito de criar croquis (apesar das atividades diárias me ocuparem um bom tempo do dia, 
me obrigando assim a utilizar as ferramentas digitais), onde sempre deixo meus traços 
equilibrados e descarrego aquilo que preenche minha mente. 
Ao final, apresentei a você um equipamento que os desenhistas mais antigos tratam 
com muito romantismo, a caneta com tinta nanquim. Talvez você que tenha nascido após 
o ano 2000, tenha ouvido falar da caneta a nanquim apenas para produzir desenhos que 
não há relação com projetos arquitetônicos ou de interiores. Se não havia ouvido nada a 
respeito deste tipo de caneta, nesta unidade foi lhe apresentado.
Pois bem, chegamos ao fim de mais um conteúdo, é importante que você realize as 
leituras complementares disponíveis em nossos sistemas ou acesse através do link 
que deixo nos conteúdos de aprendizagem. Também é importante que você realize os 
exercícios propostos, para que lhe ajude a fixar o conteúdo apresentado neste material.
Até a próxima!!
48
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLOG DESENHO ARTÍSTICO E HISTÓRIA DA ARTE. Pré-História. Disponível em: http://
julirossi.blogspot.com/2008/02/pr-histria.html. Acesso em: 24 de abril de 2019.
CHING, Francis D. K. Representação Gráfica em Arquitetura. 5ª edição, Porto Alegre, 
Bookmam, 2011.
DOMINGUEZ, F. Croquis e Perspectivas. 1 ed. Porto Alegre. Masquatro Editora, 2011.
FARRELY, L. Fundamentos de Arquitetura. Porto Alegre. Bookaman, 2010.
FERRARI, D.O.A. Estudo comparativo entre o processo criativo na arquitetura e na 
joalheria com ênfase na criação de Frank Gehry. Dissertação da FAU – Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo. USP, 2011.
SITE ALVAREZ ARQUITETOS ASSOCIADOS. Croquis. Disponível em: http://www.
alvarezarquitetos.com.br/site/projetos/croquis/. Acesso em 25 de abril de 2019.
SITE DIONÍSIO ARTE. Saiba mais sobre a arte egípcia. Disponível em: http://www.
dionisioarte.com.br/saiba-mais-sobre-a-arte-egipcia/. Acesso em: 24 de abril de 2019.
SITE HISTÓRIA ARQUITETURA. Introdução à nanquim. Disponível em: https://
historiaartearquitetura.com/2017/03/30/nanquim-introducao/. Acesso em: 26 de abril 
de 2019.
SITE PINTEREST. Desenho à mão livre. Disponível em: https://br.pinterest.com/
pin/547891110898124965/?lp=true. Acesso em: 24 de abril de 2019.
SITE PINTEREST. Diagramas com um ponto de fuga. Disponível em: https://br.pinterest.
com/pin/493918284117529642/. Acesso em: 02 de junho de 2019. 
SITE YOUTUBE. Desenho de Observação. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=GioKtkRwrw8. 25 de abril de 2019.
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EXPRESSÃO 
GRÁFICA
3
unidade
DESENHO DE 
OBSERVAÇÃO. CROQUIS 
COM DOIS PONTOS 
DE FUGA. DESENHO 
A CORES. TIPOS DE 
PAPÉIS.
50
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
INTRODUÇÃO À UNIDADE
Olá aluno(a), tudo bem? Iniciamos os estudos da Unidade 3 desta disciplina Expressão 
Gráfica. Espero que você tenha aproveitado o conteúdo apresentado na Unidade 2, onde 
apresentei o conceito do desenho tipo croqui e de suas variações de criação e finalidade. 
Superado então este momento em que os alunos ficam mais apreensivos por se tratar de 
um desenho de criação, iremos focar agora em outras técnicas de desenho à mão livre, 
como o desenho de observação e o desenho às cegas. 
Assim como na Unidade 2, além de eu apresentar a você técnicas de desenho, também 
irei disponibilizar um conteúdo de como utilizar tipos de equipamentos como o lápis de 
cor, canetas hidrocor e lápis aquarelável, para colorir os desenhos. Chamamos as técnicas 
e modos de pintura como cobertura de desenho e para cada tipo e tamanho de desenho, 
se usa uma técnica de preenchimento do espaço. 
Aprendemos no colégio que no momento da pintura de uma figura, deveríamos utilizar 
somente um tipo de material, ou seja, as canetinhas não eram utilizadas juntamente com 
lápis de cor. Você verá que, para cada tipo de acabamento será necessário a utilização de 
um tipo de equipamento. Geralmente, canetas hidrocor não conseguem realizar um alto 
acabamento próximo as bordas da figura.
Após conhecer tais técnicas e metodologias de pintura, é possível perceber que colorir 
não é somente escolher a cor mais adequada para cada tipo de desenho, é algo além, 
que parte da escolha do tipo de papel. Pensamos da seguinte maneira. Desejo realizar a 
pintura de um croqui ou um desenho de observação com lápis aquarelável, desta maneira, 
já sabemos que não será possível utilizar o papel sulfurize. Por ser um papel fino, ele não 
suportará a umidade produzida pela água no pincel e então se dissolverá. 
Convido-lhe então a se dedicar mais uma vez na leitura do texto e nas realizações 
dos exercícios, para que as atividades dispostas para essa unidade sejam novamente 
cumpridas com sucesso. Ao menos, podemos afirmar que esta atividade será prazerosa 
e relaxante, pois sempre que nos envolvemos com a arte, nosso cérebro apresente um 
sentimento bom. 
Nesta Unidade continuamos conhecendo as técnicas e métodos para o desenvolvimento 
do desenho à mão livre e conhecer as técnicas e equipamentos para colorir tais desenhos. 
Veja o que você aprenderá neste Módulo:
• O que é croqui ou desenho de observação;
• Desenvolver croqui com dois pontos de fuga;
• Quais as técnicas de colorir desenhos;
• Como colorir com lápis de cor;
51
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
• Como colorir com canetas hidrocor;
• Tipos de papéis para desenho.
Bom estudo!!
3.1 – DESENHO DE OBSERVAÇÃO
 Farrely (2010), comenta que algumas das melhores ideias surgem quando 
entendemos melhor algo que já existe. Portanto, podemos dizer que os desenhos 
de observação ou também conhecidos como croquis de observação, nos auxiliam a 
compreender uma determinada edificação, pois no momento em executamos este tipo 
de desenho, somo obrigados a prestar atenção em pequenos elementos construtivos que 
talvez passariam despercebidos em um simples olhar. 
O desenho de observação é o mesmo que aparece na figura 28, não se restringe somente 
a desenhos de edificações, mas também, figura humana, paisagens, frutas, vegetação, 
etc. Farrely (2010) compara o desenho de um corpo humano com o desenho de uma 
edificação, pois ambos (corpo-humano e edificação) são entendidos através dos croquis, 
auxiliando no desenho dos componentes individuais e auxiliando no entendimento da 
funcionalidade. 
Saiba Mais
Deixo disponível aqui para vocês um link onde você acessa ao vídeo que ensi-
na macetes para realizar um desenho de observação. Assista!! 
• https://www.youtube.com/watch?v=gU8QO4qguKc
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EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 28: Desenho de observação
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/download/confirm/1062226073?src=bFI-
f-zHFYwu4zlLzVO9eWA-1-90&studio=1&size=huge_jpg. Acesso em: 19 de junho de 2019.
De acordo com Ching (2011), apesar dos avanços apresentados pela tecnologia 
da representação gráfica por computador, o desenho à mão livre ainda é o meio mais 
intuitivo para registrar graficamente observações, ideias e experiências. Ainda de acordo 
com o autor, a natureza tátil e cinestésica do desenho à mão livre, como resposta direta 
aos sentidos, aguça nossa percepção no presente e nos permite coletar memórias visuais 
do passado.
O modo de croqui criado por observação faz melhorar a capacidade humana em reter 
memórias visuais e ajuda a aumentar o nosso vocabulário de desenho. Ele também é 
considerado mais significativo e gratificante quando o desenho é realizado sobre algo 
que nos interessa. Uma das dicas sugeridas por autores do ramo, é de no momento de o 
desenho considerar quais são os aspectos e qualidades que chamam mais atenção.
Alguns temas podem incluir uma relação entre os espaços internos e externos, 
sequências espaciais e padrões urbanísticos. Estudos de proporções, escala, iluminação 
e cor, como materiais que se conectam na composição do sistema, detalhes e outras 
características sensoriais, contribuindo assim para as características de umlocal.
53
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
A metodologia do desenho de observação é primeiramente a análise visual criteriosa 
do objeto a ser desenhado, devendo ser empregado no desenho não somente a imagem 
vista pelo observador, mas também pensamentos e sensações. Um desafio considerado 
constante é a escolha do ângulo de observação, além da técnica mais adequada para a 
descrição de um determinado aspecto, característica ou qualidade do objeto. Ching (2011) 
aconselha que você não deve se preocupar com a técnica, cada pessoa inevitavelmente 
desenvolverá um estilo pessoal de desenho. A figura 29, demonstra a precisão e habilidade 
que o desenhista tem para o desenvolvimento do desenho de observação.
Figura 29: Desenho de observação de um centro urbano
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/ci-
ty-hand-drawn-vector-illustration-287779262?src=GaBtx1mEtgZOAjIH3yVAtQ-1-3&studio=1. Acesso em: 19 
de junho de 2019.
Outra exigência do desenho de observação é o uso de equipamentos simples, como uma 
caneta, um lápis, um bloco de papel que seja adequada tanto a desenhos a seco, quanto 
técnicas molhadas (aquarela). É aconselhável um teste com outros equipamentos de 
desenho, para que você saiba o comportamento de cada equipamento e saber a qual você 
melhor se adapta. Dependendo do objeto a ser desenho exigirá um maior detalhamento, 
pois estes objetos exigem que você represente diversos tipos de linhas finas. 
54
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Já para Curtis (2015), a linha por ser tão simples, está entre os instrumentos visuais 
mais diretos e efetivos para provocar uma sensação de movimento em nossa mente. Ele 
completa ainda que, aos nossos olhos percorrerem uma linha, internalizamos sensações 
muito reais de movimento, velocidade, energia, aceleração, peso, ritmo, textura, além do 
prazer a essas sensações.
3.1.1 – Posturas Para Desenho 
Assim como outras atividades físicas, o desenho também exige concentração e 
também uma determinada quantidade de esforço físico. O desenho é considerado como 
expressão direta de energia e movimento, assim, exigindo de seus autores o entendimento 
destes dois elementos para serem controlados e transformados no vocabulário da forma 
artística.
Curtis (2015) defende que a posição em pé para desenhar é a melhor de todas. O autor 
argumenta que quando desenhamos em pé gera mais energia, diferentemente de quando 
desenhamos sentados. Complementa a justificativa dizendo que em pé, gera tensão física, 
certo nível de desconforto e envolvimento muscular, auxiliando a mente e os olhos em 
manter-se focados na atividade. Diversos estudos tem discutido sobre a o envolvimento 
da atividade física nos níveis de atenção, energia e produtividade dos trabalhadores 
em fábricas. Autores comentam que quando o desenho é elabora na posição em pé, é 
utilizado todo o corpo, proporcionando a atenção sensorial e sensibilidade física.
3.1.2 – Posição da Prancheta
Antes de iniciar os desenhos, é importante a correta instalação do papel que será 
utilizado no desenvolvimento do desenho. Esta folha de papel deve estar em ângulo de 
90° em relação a sua posição e o centro do papel alinhado com a altura do seu ombro. 
Também é aconselhável a utilização de uma mesa regulável onde será possível o ajuste, 
pela diferença de estatura dos usuários dessa prancheta. Deve-se evitar a utilização dessa 
mesa de desenho no modo plano, ou seja, paralelo com o chão (Figura 30), pois gerará 
distorções significativas em seu desenho. 
A figura 31 mostra o desenhista posicionado adequadamente para a realização 
da atividade. O mesmo se encontra sentado, com o devido apoio das pernas, assim, o 
55
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
desenho também terá uma melhor qualidade no traço.
Figura 30: Posição inadequada para o desenho
Fonte: Curtis (2015)
Figura 31: Posição adequada para o desenho
Fonte: Curtis (2015)
 
3.1.3 – Variedades ou Tipos de Traços
Um outro tipo de material para desenhar, que ainda não foi comentado aqui é o carvão, 
bastante utilizado por artistas como os pintores por exemplo. Quando o lápis com carvão 
é pressionado, produz uma linha preta densa em papel branco, produzindo desenhos 
com bastante intensidade e nitidez. Sabendo que o carvão quando pressionado com uma 
intensidade moderada produz traços pretos aveludados muito facilmente, o desafio é 
encontrar uma gama de traços com espessura de linhas e intensidade de tons, como é 
possível visualizar na figura 32. 
Quando alternado a pressão exercida no lápis de carvão, o mesmo produzirá diferentes 
tipos de traços e à medida que se desenha, a ponta do carvão se deforma devido ao desgaste 
com o atrito no papel. Ao longo do tempo, você criará sensibilidade e se adaptará a estas 
mudanças criando uma habilidade extra para tal alteração de traços. 
56
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
Figura 32: Alternância de traços realizado por Henri de Toulouse-Lautrec 
Fonte: Curtis (2015)
Experimente realizar traços grossos e fortes, posteriormente traços suaves e finos. 
Para realizar essa alternância de traços em um desenho, é necessário que você disponha 
de um alto nível de atenção, onde a hierarquia dos traços é que dará as sensações reais em 
um trabalho. De acordo com Curtis (2015), essa variação de traços é tão importante, que já 
se torna o suficiente para ser considerado uma obra de arte, mesmo havendo imprecisões 
de proporções ou relações espaciais distorcidas. 
3.2 – CROQUIS COM DOIS PONTOS DE FUGA
Este tipo de desenho é mais utilizado para desenvolver perspectivas de externas de 
edificações, sendo interessante em realiza-lo pensando espacialmente e não apenas para 
quem o desenha, mas também para quem o observa. O sistema de desenho em perspectiva 
57
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
possui características que o desenhista deve entender para desenvolver a sua atividade. 
Diferentemente ao desenho com um ponto de fuga, não se utiliza a sequência linear 
do menor ao maior. Outra característica do desenho com dois pontos de fuga é a ausência 
de limite na folha, pois a perspectiva leva o observador ter sensação da continuidade do 
desenho. Também há um aumento do realismo no método do desenhista se comunicar 
com quem observa o desenho, permitindo empregar mais riqueza dos componentes que 
farão parte da cena. 
Caso você não conheça uma perspectiva com dois pontos de fuga, a figura 33 lhe 
apresenta o desenho de uma edificação utilizando este tipo de perspectiva. Mas na figura 
abaixo, a mesma foi desenhada com o auxílio de equipamentos.
Figura 33: Perspectiva de uma residência utilizando dois pontos de fuga 
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/architecture-sketch-225873019?src=GaBtx1mEtg-
ZOAjIH3yVAtQ-1-91&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019.
Ao analisarmos as tendências contemporâneas da arquitetura e do desenho, não se 
pode imaginar em não utilizar o uso rápido do desenho com dois pontos de fuga. Então, 
para o fácil entendimento de como se procede a montagem de um desenho com dois 
pontos de fuga, é possível dizer que a metodologia é a mesma do desenho com um ponto 
de fuga, onde se varia apenas algumas formas de representação. Os dois pontos de fuga 
trabalharão em conjunto, onde um é usado em todo o campo de projeção, posteriormente 
inserindo o segundo ponto de fuga para representar as vistas inclinadas que são tão 
apreciadas. 
O uso da técnica de desenho com dois pontos de fuga é escolhido quando a necessidade 
de exibir as faces do comprimento e da largura ao mesmo tempo no ponto de vista do 
observador, como o desenho da figura 34, quando ambos os pontos se alinham à linha 
58
EXPRESSÃO 
GRÁFICA
do horizonte. Quando a linha da aresta do desenho está em primeiro plano, voltada 
para o observador, suas linhas de fuga se direcionam aos pontos de fuga. Abaixo, a 
figura representa todas as linhas do desenho não estão na horizontal, pelo motivo do 
deslocamento para os pontos de fuga.
Figura 34: Perspectiva de uma edificação com dois pontos de

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