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ENSINO A DISTÂNCIA EXPRESSÃO GRÁFICA Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca do Centro Universitário Avantis - UNIAVAN Maria Helena Mafioletti Sampaio CRB 14 – 276 CDD 21ª ed. 604.2 – Expressão gráfica. Bortolato, Carlos Vinicius. B739e Expressão gráfica. /EAD/ [Caderno pedagógico]. Carlos Vinicius Bortolato. Balneário Camboriú: Faculdade Avantis, 2019. 103 p. il. Inclui Índice ISBN: 978-85-5456-105-5 ISBNe: 978-85-5456-106-2 1. Expressão gráfica. 2. Desenho técnico. 3. Graficação à mão livre. 4. Expressão gráfica – Ensino a Distância. I. Faculdade Avantis. II. Título. PLANO DE ESTUDOS Como início da apresentação desta disciplina, chamada Expressão Gráfica, deixo disponível a ementa da disciplina. Esta ementa visa apresentar um conteúdo atual que acompanha as necessidades do aluno para o mercado de trabalho. Ementa Técnicas e métodos de graficação à mão livre: traçados com grafite e nanquim. Estudo da proporção, efeitos de luz e sombra através da aplicação de texturas. O desenho como elemento de leitura, análise, registro e representação arquitetônica e urbanística. O desenho de observação através de esboços e croquis à mão livre. Desenho a cores. Objetivos da Disciplina: • Representar graficamente ideias e conceitos, visando estabelecer hábitos de coordenação, organização, clareza de expressão; • Desenvolver uma linguagem Gráfica própria para representação de elementos Arquitetônicos; • Fomentar a capacidade perceptiva visual dos alunos em duas e três dimensões, de modo a permitir uma melhor compreensão do espaço, suas articulações e associações; • Apresentar conceitos de elabora de desenhos tridimensionais; • Auxiliar na produção gráfica de produtos elaborados pelos alunos durante o processo acadêmico e posteriormente na atuação profissional; • Gerar habilidades de reprodução ou criação de esboços em tempo real durante dificuldades projetuais encontradas em elaboração de projetos. Para a elaboração deste conteúdo, optou-se pela utilização de autores em livros apresentam conteúdo específico, lúdico e de fácil aprendizado, além de se encontrarem disponíveis nas bibliotecas dos polos da instituição. A utilização de artigos científicos para a complementação dos estudos, se faz necessário por também apresentarem características da atualidade, publicados em congressos nacionais e internacionais. Como nos encontramos em uma era digital, não poderíamos deixar de utilizar textos em periódicos digitais ou vídeos em redes sociais, ou então o Youtube. Desta maneira, será muito prático você acessar todo o material direto do seu computador ou smartphone. Papel de Disciplina na Formação do Estudante O que seria dos designers e arquitetos se não souberem desenhar à mão livre? Bom, a resposta pode ser dupla, assim como as opiniões. Há quem diz (o autor deste livro é um deles), que para a elaboração de um bom projeto, é necessário o conhecimento do desenho à mão, pois o mesmo lhe dá liberdade e agilidade para o desenvolvimento da forma, assim como, saber diferenciar tipos de traços, graficações, gramaturas e textura de papéis. Mas isso significa que não devemos aderir as novas tecnologias? Eu respondo que sim, inclusive, esse que lhe escreve, é usuário de no mínimo quatro softwares para a produção de um projeto arquitetônico. A diferença entre o que foi comentado acima, com um desenho totalmente desenhado à mão livre é a criatividade. Deste modo, os profissionais mais antigos, defendem que no mínimo devemos iniciar o processo de criação com desenho à mão livre. As pessoas que defendem uma segunda respostas (geralmente os profissionais recém-formados), alegam que o desenho auxiliado por computador pode substituir todas as etapas de um projeto, inclusive a etapa de criatividade. O interessante é que mesmo para os profissionais que trabalham com foto-realidade nos projetos, necessitam conhecer alguns conceitos básicos que você verá neste livro. A criação de sombras, reflexos, transparência, entre outros efeitos, dependerá do conhecimento do material, mesmo por meio digital. Convido-lhes a conhecer as técnicas de desenho à mão livre utilizando lápis, caneta nanquim, criação de croquis e técnicas de pinturas, tanto a lápis, quanto à caneta hidrocor. Bom estudo!! PROFESSOR Apresentação do Autor Olá aluna(o), é um prazer poder estar com você durante o curso desta disciplina. Meu nome é Carlos Vinicius Bortolato, paranaense de Cascavel e a minha formação é de Arquiteto e Urbanista. Sou graduado na Faculdade Assis Gurgacz no ano de 2006, mas trabalho com projeto arquitetônico desde 2002. Também sou Especialista em Docência no Ensino Superior e Ensino a Distância: Docência e Tutoria, ambos pela Faculdade Avantis. Faço mestrado em Gestão Territorial pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, e minha área de pesquisa é o mapeamento de locais ocupados com risco de deslizamento. Atualmente sou professor dos cursos presenciais de Engenharia Civil, Design de Interiores e Arquitetura e Urbanismo. Também sou proprietário do escritório ACV Arquitetura e Urbanismo, onde realizo projetos arquitetônico e de prevenção contra incêndio para o Paraná e Santa Catarina. Para você conhecer mais sobre minha história profissional, acesse o link da plataforma Lattes http://lattes.cnpq.br/6836154839566073. Havendo dúvidas, entre em contato comigo no e-mail carlos.bortolato@avantis.edu.br. SUMÁRIO UNIDADE 1 - EXPRESSÃO GRÁFICA. DESENHO À MÃO COM GRAFITE ...............11 INTRODUÇÃO À UNIDADE ........................................................................................................................................12 1 - EXPRESSÃO GRÁFICA .........................................................................................................................................13 1.1 – TIPOS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA .....................................................................................................14 1.1.1 – Croqui ................................................................................................................................................................................... 14 1.1.2 – Desenho Técnico........................................................................................................................................................ 15 1.1.3 – Maquetes ......................................................................................................................................................................... 16 1.1.4 – Renderização de Imagens ................................................................................................................................. 16 1.1.5 – Realidade Virtual ........................................................................................................................................................17 1.1.6 – Holograma ...................................................................................................................................................................... 18 1.2 – DESENHO À MÃO COM GRAFITE ...............................................................................................................18 1.2.1 – Tipos de Grafite ........................................................................................................................................................... 18 1.2.2 – Desenhando Com Grafite .................................................................................................................................20 1.2.3 – Equipamentos e Materiais ................................................................................................................................ 21 1.3 – FÓRUM ..................................................................................................................................................................24EXERCÍCIOS DE REVISÃO ........................................................................................................................................25 EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................27 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................................................28 UNIDADE 2 - CROQUI. DESENHO COM CANETA NANQUIM ............................................29 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................................................................................. 30 2 – CROQUI .....................................................................................................................................................................32 2.1 – CROQUI DE CONCEITO ................................................................................................................................. 34 2.1.2 – Croqui de Estudo .....................................................................................................................................................35 2.1.3 – Croqui em Perspectiva ........................................................................................................................................36 2.1.3.1 – Croqui Com 1 Ponto de Fuga .......................................................................................................................36 2.2 – DESENHOS COM CANETA NANQUIM ................................................................................................... 40 2.2.1 – Modo de Utilização ................................................................................................................................................42 2.2.2 – As Canetas a Nanquim nos Dias de Hoje ..........................................................................................42 2.3 – FÓRUM ................................................................................................................................................................ 43 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ....................................................................................................................................... 44 EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 46 CONCLUSÕES FINAIS ............................................................................................................................................... 46 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................. 48 UNIDADE 3 - DESENHO DE OBSERVAÇÃO. CROQUIS COM DOIS PONTOS DE FUGA. DESENHO A CORES. TIPOS DE PAPÉIS. ........................................................................49 INTRODUÇÃO À UNIDADE ...................................................................................................................................... 50 3.1 – DESENHO DE OBSERVAÇÃO ........................................................................................................................51 3.1.1 – Posturas Para Desenho ....................................................................................................................................54 3.1.2 – Posição da Prancheta..........................................................................................................................................54 3.1.3 – Variedades ou Tipos de Traços .....................................................................................................................55 3.2 – CROQUIS COM DOIS PONTOS DE FUGA ............................................................................................. 56 3.2.1 – Processo de Criação de Perspectiva Com Dois Pontos de Fuga .....................................58 3.3 – DESENHO A CORES ........................................................................................................................................62 3.3.1 – Materiais Para Traçado .......................................................................................................................................63 3.3.2 – Materiais Para Colorir .........................................................................................................................................63 3.3.2.1 – Lápis de Cor ....................................................................................................................................................63 3.3.2.1.1 – Técnicas de Pintura .........................................................................................................................64 3.3.2.2 – Canetas Hidrocor ......................................................................................................................................66 3.3.2.2.1 – Técnica de Pintura Com Hidrocor ......................................................................................69 3.4 – TIPOS DE PAPÉIS PARA USAR ..................................................................................................................70 3.5 – FÓRUM ..................................................................................................................................................................71 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ........................................................................................................................................72 EXERCÍCIO FINAL ........................................................................................................................................................72 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................................................................73 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................................................................76 UNIDADE 4 - PROPORÇÕES. EFEITOS DE LUZ E SOMBRAS ATRAVÉS DE TEXTURAS. DESENHO COMO ELEMENTO DE LEITURA, ANÁLISE, REGISTRO E REPRESENTAÇÃO. ................................................................................................................................................................77 INTRODUÇÃO À UNIDADE .......................................................................................................................................78 4 – PROPORÇÕES ........................................................................................................................................................79 4.1 - ESCALÍMETRO .....................................................................................................................................................79 4.1.2 – Perspectivas ................................................................................................................................................................80 4.1.3 – Demais tipos de desenho suas proporções .......................................................................................81 4.2 – EFEITO DE LUZ E SOMBRAS ATRAVÉS DE TEXTURAS ................................................................82 4.2.1 – Sombras em Perspectivas na Arquitetura e Urbanismo .........................................................85 4.2.2 – Determinação das Sombras ......................................................................................................................... 87 4.2.2.1 – Perspectiva Com Sombras Técnicas ..........................................................................................894.2.3 - Textura ..............................................................................................................................................................................91 4.3 – O DESENHO COMO ELEMENTO DE LEITURA, ANÁLISE, REGISTRO E REPRESENTAÇÃO ..................94 4.4 – FÓRUM .................................................................................................................................................................97 EXERCÍCIOS DE REVISÃO ....................................................................................................................................... 99 EXERCÍCIO FINAL ....................................................................................................................................................... 99 CONCLUSÕES FINAIS ...............................................................................................................................................101 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................103 1 unidade EXPRESSÃO GRÁFICA. DESENHO À MÃO COM GRAFITE 12 EXPRESSÃO GRÁFICA INTRODUÇÃO À UNIDADE Os arquitetos e designers mais famosos do mundo desenharam ou desenham à mão. Quem nunca ouviu falar dos famosos croquis de Oscar Niemeyer, desenhos de Isay Weinfeld, designer brasileiro consagrado mundialmente ou então de pessoas anônimas, exemplificado pela Figura 01. Ambos, sempre criaram suas obras através de croquis. Mas para desenvolver este tipo de desenho à mão livre, quais equipamentos e ferramentas devemos possuir? É imprescindível o uso de lápis ou lapiseira (esta, mais utilizada pela variação de espessura do seu grafite), o mesmo podemos dizer do escalímetro (régua para diversas escalas), esquadros, régua paralela, compasso, fitas e papéis, lápis de cor e canetas hidrocor. Com a minha experiência de desenho em arquitetura, aconselho que seja comprado lapiseiras e escalímetro de qualidade, pois estes equipamentos duram um longo período ou até mesmo a vida toda. Já os demais equipamentos, sugiro que não havendo condições de adquirir o de melhor qualidade, pode ser substituído por uma marca inferior. Em relação aos papéis, utiliza-se três tipos: sulfite, sulfurize, vegetal e manteiga. Destes o sulfurize é o mais usado, porém ele não aceita alguns tipos de materiais, como por exemplo lápis de cor aquarelável. Para isso, pode-se utilizar o papel sulfite, por possuir uma melhor absorção da água. Percebe-se que para cada tipo de material a ser aplicado, utiliza-se um tipo de papel, por permitir um melhor uso. Figura 01: Croqui de um ambiente. Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/inte- rior-sketch-design-bedroom-watercolor-sketching-224628532?src=Dr_aGub_P8nLHBXHgWbbRg- -1-21&studio=1. Acesso: 18 de junho de 2019. 13 EXPRESSÃO GRÁFICA O mesmo acontece com o grafite a tinta nanquim. Veremos mais aprofundado que o grafite é a base dos nossos desenhos, e a caneta nanquim é utilizada para o acabamento do desenho ou reforço da graficação das linhas. Mas antes de entrarmos definitivamente no assunto proposto neste Módulo, é necessário que você saiba o que é expressão gráfica. Boa leitura!! Querido(a) aluno(a), os objetivos de aprendizagem nesta unidade inicial quais são as técnicas e métodos para o desenvolvimento do desenho à grafite, mas antes, conhecer o conceito da expressão gráfica. Veja, o que você aprenderá neste primeiro Módulo: • O que é expressão gráfica; • Quais tipos de grafite que podemos usar; • Quais as espessuras indicadas para os desenhos; • Desenvolvimento de croquis com grafite; • Criação de sombras com grafite. 1 - EXPRESSÃO GRÁFICA Podemos dizer que expressão gráfica é um meio de podermos nos expressar através de desenhos ou gráficos. Arquitetos e designers se expressam através da arte do desenho. Outros seguimentos de designers, como os gráficos por exemplo, podem se expressar através de folders, banners e flyers. No caso específico da nossa disciplina, a expressão poderá ser realizada à mão livre, à mão com auxílio de equipamentos (réguas, esquadros e compasso), ou então por meio digital. Segundo Nascimento et al. (2017), há uma intensa discussão sobre o uso da expressão gráfica pela sociedade. O autor alega que com o passar do tempo, a expressão gráfica se transformou em representação gráfica, por ser um sistema comunicativo e informativo. Na arquitetura, as formas, estruturas e disposições, não somente representam uma edificação, mas sim, uma sociedade, suas histórias e emoções. E o que é Representação Gráfica? É o método que podemos expressar nossos desenhos, sendo objetos ou um projeto arquitetônico. Como vimos anteriormente, pode ser através do desenho à mão livre ou por computador. São métodos de representação gráfica: • Croqui; • Desenhos Técnico; • Maquetes; • Imagens virtuais; • Realidade virtual; 14 EXPRESSÃO GRÁFICA • Holograma. 1.1 – TIPOS DE REPRESENTAÇÃO GRÁFICA Para expressarmos as nossas intenções em qualquer tipo de projeto gráfico, contamos com diversas ferramentas de representação. Ela pode ser da maneira mais antiga de se desenhar, como o croqui, ou então, através de avançadas ferramentas tecnológicas, como a realidade virtual. Vejamos alguns. 1.1.1 – Croqui O croqui de arquitetura talvez seja a primeira ferramenta com a qual o estudante entra em contato e possivelmente a mais prática dentre todas elas. Rápido e expressivo, o croqui não apenas transmite a ideia básica da composição espacial, como também deixa transparecer o traço de quem o produziu. Saiba Mais Disponibilizo na plataforma desta disciplina um breve artigo sobre croquis. Neste artigo a autora dá dicas de como proceder com um desenho à mão livre. Acesse e tenha uma ótima leitura! A figura 02 demonstra um croqui externo desenhado no computador. Nos dias atuais, alguns profissionais utilizam a tecnologia digital para criarem desenho como se fosse desenvolvido à mão livre. 15 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 02: Croqui exterior Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/blueprin- t-design-modern-office-building-architects-116957395?src=Dr_aGub_P8nLHBXHgWbbRg-1-64&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019 1.1.2 – Desenho Técnico Produzir plantas, cortes, fachadas e isométricas constitui boa parte do processo de projeto. Sua maior vantagem é apresentar em verdadeira grandeza porções específicas da arquitetura. Por exemplo, uma planta de um ambiente, embora mostre o espaço de uma forma inapreensível aos nossos olhos, é a forma mais precisa de definir suas dimensões espaciais no plano cartesiano. A figura 03 representa o desenho de uma planta baixa, conforme as normas do desenho técnico. Figura 03: Desenho técnico digital Fonte: arquivo pessoal do autor 16 EXPRESSÃO GRÁFICA 1.1.3 – Maquetes Representações que escapam à bidimensionalidade da folha de papel, as maquetes oferecem a possibilidade de observar, em geral externamente, a composição volumétrica do projeto a partir de variados pontos de vista. Além disso, por estarem sujeitas às mesmas leis da física às quais estará sujeita a obra construída, as maquetes podem servir como importante ferramenta para a compreensão e concepção estrutural da obra. A figura 04 mostra uma maquete de residência, onde a intensão é de representar o interior e o exterior da edificação. Figura 04: Maquete Física Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/architectu- re-model-shop-drawing-paper-laptop-787158565?src=a4s68XlmNmdFZVT91uwmWg-1-3&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019. 1.1.4 – Renderização de Imagens Os renders são composições bidimensionais concebidas, frequentemente, a partir de modelos tridimensionais digitais e que, muitas vezes, assumem um estilo realista, possibilitando uma aproximação ao futuro da obra construída em seu contexto.Por oferecerem a possibilidade de manipulação da imagem, esta ferramenta não é necessariamente usada para criar ambientes realistas, podendo também ser empregada para apresentar cenas fantásticas e impossivelmente sublimes. A figura 05 é a renderização de um projeto de interiores. 17 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 05: Renderização de ambiente interno Fonte: arquivo pessoal do autor 1.1.5 – Realidade Virtual A realidade virtual (VR) é dentre as ferramentas citadas aqui, a única que permite uma experiência imersiva da arquitetura ainda não construída. Baseada em modelos tridimensionais digitais, com o auxílio de equipamentos como o Oculus Rift (Figura 06), a realidade virtual permite que o observador “entre” no espaço, que passa agora a rodeá-lo. O olhar deambulante encontra não mais o espaço concreto, mas uma arquitetura nova, imaterial, intangível, porém visível. “Ver é crer”, como anunciam os próprios fabricantes do Oculus Rift, assim, a realidade virtual oferece um meio de aproximar o corpo do observador a uma arquitetura (ainda) imaginária. Figura 06: Realidade Virtual Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/amaze- d-young-woman-touching-air-during-613702247?src=Gx1WAVkcjA-fKj3PVg0NTQ-1-2&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019. 18 EXPRESSÃO GRÁFICA 1.1.6 – Holograma A Trimble, desenvolvedora do software SketchUp, acaba de lançar o SketchUp Viewer, um aplicativo que mescla realidade virtual e mundo real adaptado ao Microsoft HoloLens, que permitirá aos usuários manipular e experienciar seus modelos 3D de um modo completamente novo. Usando os recursos holográficos do HoloLens, o SketchUp Viewer cria versões em holograma de modelos que podem ser colocados em ambientes reais, permitindo que os arquitetos estudem e analisem como seus edifícios reagirão aos seus contextos ainda na fase de projeto. 1.2 – DESENHO À MÃO COM GRAFITE “Quantas vezes você já teve vontade de desenhar bem à mão livre e não conseguiu? E em querer aprender a desenhar à mão livre e assim, de poder expressar as suas ideias, seja na faculdade ou no escritório? Ou então, fazer um desenho arquitetônico rapidamente e apresentar para um estagiário ou até mesmo para um cliente sem a necessidade de usar o computador? Ou resolver algo na obra sem a necessidade de utilizar o computador para tirar uma dúvida de projeto”? (Site Papo de Arquiteto). 1.2.1 – Tipos de Grafite A utilização correta do grafite nos desenhos contribui com a qualidade final do trabalho. Para isso, é necessário que conheçamos os grafites disponíveis para cada tipo de traço que desejamos fazer. É possível a utilização de mais de um modelo de grafite por desenho. Comprar uma caixinha de grafite para sua lapiseira 0.5 ou 0.7 ou mesmo um lápis para o seu dia a dia parece uma tarefa muito fácil, mas não é tão simples assim. Você sabia que existem diferentes tipos de dureza da mina de grafite? Pois é, e é isso que define como vai ser o seu traço: mais claro, mais escuro, mais fino, mais grosso, mais firme ou mais macio e por aí vai. Para os iniciantes, o conhecimento dos tipos de grafite e seus efeitos causam confusão, por isso é necessário gravarmos as nomenclaturas e tipos de escrita de cada modelo de grafite, conforme mostra a figura 07. 19 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 07: Tipos de grafites disponíveis e traços possíveis com cada modelo. Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/group-pencils-samples-different-types-graphite- -781952482?src=fZqtsV48wE3EgH5sB2B6zA-1-19&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019. A mina de grafite é aquilo que você recarrega na sua lapiseira para poder continuar escrevendo, ou no caso do lápis, é a parte que escreve que fica bem no meio do lápis. Podemos encontrar também grafites coloridos. O site das Lojas Wessel traz um artigo superinteressante, comentando sobre os tipos de grafites disponíveis e quais os efeitos que os mesmos produzem. “As graduações padrão disponíveis incluem os seguintes tipos: 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, F, HB, B, 2B, 3B, 4B, 5B e 6B. Quanto maior o número H (referência à palavra inglesa HARD/duro), mais claro e mais duro é o traço. Por outro lado, quanto maior o número B (referência à palavra inglesa BLACK/preto), mais preto e macio será o traço. Também existem as graduações HB (HARD e BLACK), e F (referência à palavra inglesa FINE), que apresenta um traço fino e resistente. Para a escrita em geral, são usadas as graduações semelhantes a 2B, B e HB, mais conhecidas como nº1, nº 2 e 2½, respectivamente. Os lápis muito macios são usados principalmente para escurecer e fazer preenchimentos. Os lápis intermediários são indicados para sombreamentos, enquanto os lápis muito duros são usados principalmente para desenho técnico. Um bom meio-termo para o uso cotidiano são os lápis HB, B e 2B, que apresentam boa resistência, traço escuro e facilidade ao apagar”. 20 EXPRESSÃO GRÁFICA Linguagem Icônica Figura 08: Equipamentos básicos para o uso em desenhos na expressão gráfica. Fonte: Arquivo pessoal do autor A figura 08 apresenta um esquema básico com os equipamentos de desenhos. A seguir no conteúdo, você conhecerá detalhadamente cada equipamento e material de desenho. Mas ainda sobre a Figura 08, o n° 1 representa a prancheta, n° 2 a folha de papel, n° 3 a fita adesiva, n° 4 escalímetro portátil, n° 5 esquadro de 45°, n° 6 esquadro de 30/60°, n° 7 a régua paralela, n° 8 borracha tipo bastão e por fim, n° 9 lapiseira. 1.2.2 – Desenhando Com Grafite Para a utilização do grafite em desenhos, pode ser feito de duas maneiras: através de croquis, desenho de observação e desenho às cegas (veremos nas próximas unidades), que é também são conhecidos como desenhos à mão livre, e através do Desenho Técnico à mão, mas desta vez com o auxílio de equipamentos. 21 EXPRESSÃO GRÁFICA 1.2.3 – Equipamentos e Materiais Lapiseiras de mina grossa utilizam grafites com espessura acima de 2 mm, sendo que na parte superior da lapiseira, existe uma mola, que sendo pressionada faz o ajuste deste grafite. É indicado que a ponta deste grafite esteja sempre apontada, pois o mesmo, poderá gerar diversas espessuras de linhas. As lapiseiras de mina fina utilizam grafites com espessura entre 0.3 e 0.9 mm, conforme figura 09, também conta com o mecanismo que faz ajustar o grafite na lapiseira. Ao contrário das lapiseiras de mina grossa, os grafites de menores espessuras não necessitam ser apontados. Quando optar por utilizar lapiseira de grafite 0.3 mm, cuide com a força que será exercida no momento do desenho, pois o grafite quebra com facilidade, já as 0.5 mm, são consideradas as mais práticas para desenhar. Por fim, as lapiseiras com espessura 0.7 e 0.9 mm, são úteis para o desenvolvimento de croquis e escrever. Figura 09: Modelos de lapiseira com as espessuras de grafite. https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/architecture-379003660?src=Ysar7sD93jO2UhsL9hKa6g- -1-9&studio=1. Acesso em: 18 de junho de 2019. Réguas paralelas (Figura 10) são aquelas que ficam instaladas em pranchetas fixas (como as que ficam em sala de aula). Ela possui um sistema de linhas que a permite deslizar verticalmente na prancheta. Também é possível ajustar o alinhamento da mesma na mesa e se o usuário pretende deixa-la mais solta ou mais presa no momento de desliza-la. 22 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 10: Régua Paralela Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/fla- t-style-isometric-3d-drawing-architect-796726168?src=shKIFCamFyi1JSDRy_ekaA-1-4&studio=1. Acesso em 18 de junho de 2019. Esquadros equipamentos que na maioria das vezes são fabricados com acrílico (parece com vidro). Pode-se encontrar dois modelos: o esquadro de 45° e o esquadro com duas angulações, 30° e 60°. Os esquadros de 20 e 25 cm são mais utilizados, porém, os maiores podem são melhores para o desenho de perspectivas. Repare na Figura 11 que estes modelos de esquadro apresentam também marcaçõesde medidas na escala 1/100. Se preferir sem, pode ser encontrado facilmente nas papelarias. Figura 11: Esquadros 30°/60° e 45° Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/se- t-blue-transparent-rulers-isolated-on-1026317488?src=gG0E5mjgohqQxf8zs0Ix6g-7-6&studio=1. Acesso em 19 de junho de 2019. 23 EXPRESSÃO GRÁFICA Também é utilizado o compasso, onde este equipamento é fundamental para desenhar círculos. Um adaptador de caneta nanquim ou lapiseira permite a substituição do grafite por estes tipos de equipamentos, conforme a figura 12. Figura 12: Compasso com adaptador para caneta ou lapiseira Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/drawin- g-compass-on-white-background-138407909?src=UB9JgLpXki3cPeq7AN5Bag-1-8&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Outra régua que o arquiteto, engenheiro civil ou designer de interiores devem possuir é o escalímetro. Um escalímetro é formado seis lados e cada um desses lados apresenta uma escala diferente. A preferência é que você possua um escalímetro N° 1 (Figura 13), que contenha as seguintes escalas: 1/125, 1/100, 1/75, 1/50, 1/25 e 1/20. Como já comentado anteriormente, é aconselhável a aquisição do melhor escalímetro do mercado, pois este, poderá ser utilizado por toda a vida profissional. Saiba Mais Deixo um artigo científico disponível com o tema Representação Gráfica Em Arquitetura: O Papel Do Desenho Nos Procedimentos De Análise De Projetos. É interessante conhecer o trabalho de outras pessoas, pois pode ser uma fonte de inspiração para nós. Acesse o portal da disciplina e tenha acesso ao artigo. 24 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 13: Escalímetro Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/sca- ler-measurements-on-white-background-181490192?src=CkFVU998lO5gUSs8qohVIg-1-0&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Para o desenvolvimento desta disciplina, aconselho a você adquirir neste primeiro momento o papel sulfurize, com tamanho A3. Ele será mais prático no momento de executar as atividades propostas neste curso. 1.3 – FÓRUM A atividade deste item possui a função de interação entre os alunos, através da plataforma BlackBoard. Para isso, proponho que seja realizada uma discussão entre os mesmos com relação as diferenças técnicas de representação gráfica, qual o pensamento sobre o desenho à mão e o desenho através das novas tecnologias. Sugestão de Livro CHING, F. K. Desenho Para Arquitetos, 2ª Ed. Boockman. Porto Alegre, 2012. Um dos mais importantes autores da literatura arquitetônica apresenta esta obra. Trata de um livro completo para quem está iniciando as disciplinas de desenho à mão livre. Nesta obra, Ching trata desde os materiais e equipa- mentos que devem ser utilizados, técnicas e tipos de desenhos. Especificamente ao desenho à mão, o autor reserva o Capítulo 10 somente para o tema desta Unidade. 25 EXPRESSÃO GRÁFICA Sugestão de Filme Estas atividades complementares lhe atribuirão um conhecimento extra sobre o assunto abordado na unidade. Deixo aqui o QR Code de um vídeo para que você acesse para conhecer mais sobre a técnica de desenho à mão livre, desenvolvido pelo canal do Youtube Arte Rápida. Bom vídeo!! Para acessar o vídeo, utilize seu smartphone com a câmera ligada. Bom vídeo. EXERCÍCIOS DE REVISÃO Aqui neste espaço proponho dois tipos de atividades: um teórico e outro prático. O primeiro será responder algumas perguntas sobre o conteúdo estudado e a segunda o desenvolvimento em casa de um desenho à mão livre. Vamos nessa? Exercício 1 A. Defina sucintamente a importância da Expressão Gráfica no desenvolvimento de nossa profissão. B. Conforme visto nos tipos de representação gráfica, qual a diferença entre a Realidade Virtual e o Holograma? C. Sobre os equipamentos de desenho técnico que possuímos para realizar um desenho, comente qual a diferença entre uma lapiseira com a mina grossa e a com mina fina. D. Analisando a figura com os tipos de grafites disponíveis para o desenho de um croqui, podemos escolher um mais grosso e mais macio. Qual o nome do grafite deveremos escolher? Exercício 2 Utilizando uma mesa plana e com superfície lisa em sua casa, pegue duas folhas de papel sulfurize ou sulfite, no tamanho A3. Siga as etapas abaixo: A. Com uma lapiseira e uma régua, encontre o meio na borda superior horizontal e inferior horizontal. B. Utilize a lapiseira, trace uma linha contínua de borda a borda. 26 EXPRESSÃO GRÁFICA C. Repita a etapa 1, agora nas bordas verticais. D. Encontrado o meio nas bordas verticais, repita a etapa 2 nos pontos das bordas horizontais. Pronto, agora o seu papel está divido em 4 partes cada. Repita o mesmo procedimento na outra folha. Com uma lapiseira, desenhe a mão livre e com bastante tranquilidade os quatro desenhos abaixo na primeira folha. Cada um em um espaço da folha e não se preocupe com a qualidade do desenho, mas é essencial que você se dedique na atividade. Repita o mesmo procedimento na segunda folha EXERCÍCIO FINAL 1. Para podermos expressar graficamente um desenho, devemos escolher qual método utilizaremos para representar a informação que queremos. Das opções abaixo, qual delas conceitua adequadamente o que é REPRESENTAÇÃO ARQUITETÔNICA? (A) Método de representação arquitetônica apenas à mão livre. (B) Método que podemos expressar nossos desenhos, sendo objetos ou um projeto 27 EXPRESSÃO GRÁFICA arquitetônico. (C) Método de representação arquitetônica apenas com tecnologia digital. (D) Método de desenho utilizando apenas o desenho de observação (E) Método de desenho à mão utilizando equipamentos de desenho. 2. O croqui é um método de expressão ou representação gráfica que sobrevive à tecnologia digital por possuir a característica de: (A) alta precisão nas medidas (B) alta fidelidade na representação de materiais (C) lento e impreciso (D) rápido, mas impreciso (E) rápido e preciso 3. As maquetes físicas também são utilizadas como meio de representação arquitetônica, sendo muito importante para o estudo volumétrico da edificação. Sobre a maquete física, é correto afirmar que (A) é um método de representação arquitetônica que foge da bidimensionalidade da folha de papel. (B) é um método de representação bidimensional. (C) é um método de representação arquitetônica utilizando equipamentos para o desenho à mão. (D) é um método de representação arquitetônica através de gráficos. (E) é um método de representação arquitetônica utilizando técnicas de desenho de observação. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta Unidade 1 foi focado a apresentação do conceito da Expressão Gráfica. Junto dela, foi apresentado a Representação Gráfica e neste momento eu gostaria de chamar a sua atenção para saber diferenciar os itens. A Representação Gráfica é a maneira e metodologia de representar o que você quer expressar graficamente. Portanto, podemos dizer que a Representação Gráfica pertence à Expressão Gráfica. No mundo que vivemos atualmente, viver sem a tecnologia digital é algo impensável, 28 EXPRESSÃO GRÁFICA pela agilidade e praticidade que a mesma nos traz dia-a-dia. Mas como comentado na introdução deste livro, não podemos esquecer das nossas raízes, e o desenho à mão livre faz parte do conceito do projeto, sendo o arquitetônico ou de interiores. A partir do momento em que você puder e conseguir representar o que pensa através do desenho, não abandonará mais o desenho à mão livre no momento de criação, assunto esse que repito constantemente por sua importância. Para você aluna(o) que está iniciando este curso, foi importante o conhecimento sobre os equipamentos que são utilizados no desenho técnico, desenho este que é multidisciplinar, por isso esse conteúdo lhe será de extrema importância. E finalizando, deixo-lhe um exercício logo a seguir, que servirá de aperitivo pelo o que virá mais a frente nesta disciplina. Até mais!! REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHING, Francis D. K. Representação Gráficaem Arquitetura. 5ª edição, Porto Alegre, Bookmam, 2011. NASCIMENTO et. al. (2017) - Expressão Gráfica E Seus Significados Além Dos Traços. SITE DCOREVOCÊ. Como fazer uma maquete. Disponível em: https://www.dcorevoce. com.br/como-fazer-uma-maquete/. Acesso em: 18 de abril de2019. SITE LUCIANA PAIXÃO ARQUITETURA. Dez dicas para criar bons croquis. Disponível em: https://www.aarquiteta.com.br/blog/carreira-de-arquitetura/10-dicas-para-criar- bons-croquis/. Acesso em: 18 de abril de 2019. SITE MLABS. Vídeos de Realidade Virtual. Disponível em: https://www.mlabs.com.br/ blog/videos-de-realidade-virtual-no-youtube/. Acesso em: 18 de abril de 2019. SITE PAPO DE ARQUITETO. Como desenhar bem à mão livre. Disponível em: https:// www.papodearquiteto.com.br/como-desenhar-bem-a-mao-livre/. Acesso em: 18 de abril de 2019. SITE QUASE ARQUITETO. Materiais de desenho técnico. Disponível em: https:// quasearquiteto.wordpress.com/2015/07/30/materiais-de-desenho-tecnico. Acesso em: 12 de abril de 2019. 29 EXPRESSÃO GRÁFICA 2 unidade CROQUI. DESENHO COM CANETA NANQUIM 30 EXPRESSÃO GRÁFICA INTRODUÇÃO À UNIDADE A técnica de desenho à mão livre é a precursora na arte da representação. Antes mesmo da escrita, o desenho em paredes de cavernas já era utilizado na comunicação pré-histórica. A arte rupestre (Figura 14) possuía o intuito de registrar a história e contar as gerações futuras os acontecimentos e costumes daquelas civilizações. Figura 14: Registros de arte rupestre encontrada em caverna Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/old-painted-anasazi-petroglyphs-representing- -humans-1020625855?src=tN6ql6J9m914MquVfmDYLg-1-14&studio=1. Acesso em: 19/06/2019. Posteriormente, os egípcios também utilizaram a técnica do desenho à mão livre, mas diferentemente dos homens pré-históricos, estes desenhos não serviram apenas para registrar os fatos mais marcantes da civilização, mas também para decorar edificações e principalmente as pirâmides, que serviam de sarcófagos para faraós e sacerdotes. Na figura 15 é possível visualizar uma pintura egípcia com cores fortes e vivas (após restaurada). 31 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 15: Desenho egípcio Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/rupestre=-old-egyptian-paintings1301771182-?src- tN6ql6J9m914MquVfmDYLg-1-5&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Utilizando uma máquina do tempo, chegamos ao século XIV, onde diversos artistas como Michelangelo e Leonardo da Vince surgem com obras fantásticas, principalmente as pinturas em tetos de catedrais e telas. Mas ambos, também realizavam projetos de edificações. A partir dos séculos XIX e XX os croquis começaram a ganhar notoriedade, pois os grandes arquitetos como Frank Lloyd Wright, Mies Van der Rohe e Oscar Niemeyer, o utilizam em grande quantidade para expressar as ideias de projetos. Mas não é só de croquis que o desenho à mão livre pode ser realizado. Técnicas como desenho às cegas e desenho de observação também são bastante utilizados, mas apresentam funções diferentes dos croquis. Como dito anteriormente, os projetistas utilizam o croqui para expressar uma ideia, ou seja, algo que ainda não existe, diferentemente das outras duas técnicas, que são utilizadas para representar algo existente, que possa ser visualizado. O croqui é uma técnica interessante para o estudante que deseja atuar profissionalmente em projetos arquitetônicos ou de interiores, pois é a maneira mais ágil para expressar a sua ideia ou apresentar uma solução em uma obra. Uma situação hipotética, é você estar junto ao seu cliente visitando uma obra, quando surge uma dúvida e há necessidade de você explicar o que está previsto. É mais rápido criarmos um croqui, ou ligarmos o computador, abrir o programa e realizar a explicação? Após você ler parágrafo anterior, 32 EXPRESSÃO GRÁFICA pode acontecer de surgir uma insegurança por não possuir afinidade com o desenho à mão livre. Não se preocupe, pois estaremos aqui pra auxilia-los. Outro assunto que abordaremos nesta unidade é a utilização da caneta nanquim. Este tipo de caneta é de modo geral usada para acabamentos em desenhos, mas para a utilizar, estudaremos algumas técnicas para que evitem acidentes no momento da finalização do seu trabalho. Querido(a) aluno(a), nesta Unidade veremos quais são as técnicas e métodos para o desenvolvimento do desenho à mão livre e conhecer a cante nanquim e como utilizar este tipo de tinta para desenhar. Os objetivos desta unidade são: • Conhecer o que é croqui; • Quais as técnicas de desenho à mão livre; • O que é caneta a nanquim; • Saber das técnicas de desenho utilizando a caneta nanquim; Bom estudo!! 2 – CROQUI Segundo Fernandez (2011), o desenho de croquis e perspectivas é uma atividade de pensamento, logo transmitida à mão como ferramenta básica de modelo. O autor ainda acrescenta sobre a habilidade natural, que é inegável a existência de pessoas com maior ou menor capacidade, mas devemos saber que fazer croquis, não é difícil para ninguém. O desenho para profissionais da arquitetura e design de interiores geralmente pertencem a uma em três categorias: desenho de conceito, desenhos de desenvolvimento e desenhos de detalhe. A vantagem dos croquis é que ele se encaixa nas três categorias, mas o costume é que seja utilizado na etapa do estudo preliminar, onde acontece a conceituação arquitetônica, desenvolvimento de ideias, por ser o meio mais simples e rápido de explicar. De acordo com Farrely (2010), os croquis podem ser rápidos e impulsivos ou mais detalhados e feitos em escalas. No mercado da informática, existem softwares que tentam recriar os aspectos fluídos e informal de tais esboços, como o SketchUP. Outra característica dos croquis é a sua expressividade, criando um elo pessoal e imediato entre a concepção e a representação bidimensional no papel. Farrely (2010) ainda defende que 33 EXPRESSÃO GRÁFICA o croqui tem personalidade, mas é vago, o tornando muito atraente. A figura 16 apresenta um croqui desenvolvido sobre a paisagem urbana que um novo empreendimento pertencerá. Nele é representado o edifício na parte central com outras edificações no entorno, além da rua com pedestres circulando por ela. Como os croquis são elementos conceituais, alguns somente o autor para poder decifra-lo. Figura 16: Croqui de uma área urbana. Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/hand-drawn-architectural-sketch-modern-abs- tract-787094953?src=Xb3jt_0qbotJdQpgNV5HPw-1-6&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Os desenhistas tomando posse de suas habilidades e a espessura da linha projetada pelo lápis, tudo pode ser sugerido ou observado. Para a utilização de um croqui não há uma etapa do projeto ou da obra em específico, mas por tradição ou adequação, é utilizado na etapa inicial, quando ainda não é apresentado o detalhamento, apenas a ideia a grosso modo. Para diversos autores, qualquer pessoa pode fazer um croqui, podendo ser mais entendível ou então, mais enigmáticos. Pode-se apresentar diversos croquis de arquitetos famosos, onde a obra após pronta, é um ícone da arquitetura, mas analisando o croqui, não há praticamente relação alguma, como mostra a figura 17, projeto do Museu Guggenheim, criado pelo arquiteto Frank Gehry. 34 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 17: Croqui do museu Guggenheim, feito pelo arquiteto Frank Gehry Fonte: Ferrari (2011), adaptado pelo autor. Farrely (2010) defende que qualquer pessoa pode desenvolver um croqui, sendo fácil, pois é só traçar linhas no papel. Ainda segundo a autora, o que importa é a sofisticação da ideia que está por trás da linha e os pensamentos que os estimulam. A precisão ou habilidade técnica não são relevantes, mas sim, a ideia. Sabemos que o croqui é um desenho livre, podendo ser retrabalhado ou redirecionado para ser aplicado em diversas possibilidades. O croqui também pode representar uma ideia totalmente fantasiosa,algo futurista, ou então sugerir detalhes de uma ideia, mostrando de que maneira esses detalhes serão aplicados na edificação em construção. Saiba Mais Na Plataforma da disciplina está um material do site Viva Decora, que apre- senta um artigo sobre o que é o desenvolvimento de croquis. Para você entender mais sobre o conceito de croqui, acesse o material e leia, vale a pena!! 2.1 – CROQUI DE CONCEITO Este tipo de croqui possui a função de materializar a ideia surgida em momentos dispersos. Toda a pessoa possui um momento em surgem as ideias, podendo ser na hora de dormir ou tomando banho, até em uma conversa informal com amigos. O croqui de 35 EXPRESSÃO GRÁFICA conceito é uma espécie de conexão da ideia à arquitetura. Também pode ser constituído de simples rabiscos, desenhos abstratos ou simplesmente metáforas, permitindo o desenvolvimento de uma ideia. 2.1.2 – Croqui de Estudo Croquis de estudo pode ser bastante aproveitado no desenvolvimento de detalhamento de uma ideia, partindo de um passo a passo, com função de elucidar o funcionamento de alguma coisa existente ou que será construída. Os croquis de estudo também podem ser utilizados em espaços internos, para analisar atividade e funções que ocorrerão dentro desses ambientes. Em relação a área urbana, os croquis de estudos são usados para estruturar termos de experiências, percursos ou gabarito das edificações. Voltando aos estudos das edificações, este tipo de croqui (Figura 18) auxilia na análise do nível de iluminação ou em funcionamento funcional dos ambientes e espaços. Esta análise é essencial à compreensão das condições existentes no local, podendo ser levadas em consideração na concepção arquitetônica. Essa análise deve ser concisa e clara como um diagrama. Figura 18: Croqui de estudo de uma edificação Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/architec- t-woman-sketching-new-project-on-521481472?src=Xb3jt_0qbotJdQpgNV5HPw-7-79&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. 36 EXPRESSÃO GRÁFICA 2.1.3 – Croqui em Perspectiva Para a criação de croquis em perspectiva, podemos escolher dois métodos: a perspectiva com um ponto de fuga ou a perspectiva com dois pontos de fuga. Geralmente a primeira é utilizada para o desenho de interiores, onde o ponto de fuga fica à altura de uma pessoa (observador) e no centro do ambiente. A segunda opção é mais usada para o desenvolvimento de croquis de edificações, pois desta maneira é possível a representação de no mínimo duas fachadas. Dominguez (2011) comenta que o sistema de perspectiva não é outra coisa que um método sugerido da observação da visão humana. O croqui direto de um objeto, de igual modo, representa esta visão, já que desenhamos o objeto que vemos. O autor ainda cita que se aprendermos a observar, não será difícil desenhar corretamente. 2.1.3.1 – Croqui Com 1 Ponto de Fuga Neste item você verá como construir um croqui com um ponto de fuga. Primeiramente devemos conhecer os elementos básicos que compõe uma perspectiva com um ponto de fuga. • Linha do Horizonte (LH): a altura do observador (pessoa) pode ser representada pela Linha do Horizonte. Pode-se observar isso em uma paisagem como na praia, onde essa altura é variável, conforme nos abaixamos ou levantamos. Também é necessário termos o conhecimento que todas as linhas horizontais que compõe o cenário do croqui convergem visualmente nessa linha do horizonte. • Ponto de Fuga (PF): o ponto de fuga é de onde surgirão as linhas que criarão a perspectiva. O PF também poderá estar sobre a Linha do Horizonte, dependendo do ângulo que você terá a intenção de representar. Para entendermos o passo a passo de criação de um croqui em perspectiva, com um ponto de fuga, criei a planta baixa de um ambiente. O próximo passo é a desenvolver uma vista frontal ortogonal, conforme a figura abaixo. É a partir desta vista ortogonal que iniciaremos a locação da Linha do Horizonte e do Ponto de Fuga, conforme eu demonstro na figura 19. 37 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 19: Planta baixa do ambiente e criação da vista ortogonal. Fonte: Elaborado pelo autor • Passo 2, é posicionarmos a LH e o PF. O ponto de fuga sempre estará locado sobre a linha do horizonte e é a altura da linha do horizonte que indicará se visualizaremos mais o teto ou o chão do ambiente. Se quisermos mostrar uniformemente, devemos então inserir a linha do horizonte no meio do desenho. A altura do PF será sempre proporcional à altura do observador, conforme figura 20. Figura 20: Locação da linha do horizonte e do ponto de fuga Fonte: Elaborado pelo autor • Passo 3: locado o PF, como demonstrado na Figura 21, deve-se iniciar o desenho das linhas a partir deste local e direciona-lo para todas as arestas da vista. Deste modo, o desenho começará a ganhar o formato de perspectiva. Outro detalhe importe neste passo, é que criei um novo retângulo na parte interna, menor, para 38 EXPRESSÃO GRÁFICA representar a parede no fundo do ambiente. Figura 21: Locação da linha do horizonte e do ponto de fuga Fonte: Elaborado pelo autor • Passo 4: chegou o momento de marcarmos a largura dos objetos que estão em perspectiva. Lembre-se que estamos tratando de um croqui, e este tipo de desenho não apresenta precisão, portanto, a largura dos objetos deverá ser feita de modo aleatória, mas proporcional, como mostrado na figura 22. Não se pode esquecer de inserir a porta e a janela que estão no desenho da planta baixa. As alturas podem ser marcadas no retângulo interno do desenho do croqui. Figura 22: Objetos com as suas devidas larguras. Fonte: Elaborado pelo autor 39 EXPRESSÃO GRÁFICA O último passo será para a finalização do desenho. Como o conceito deste meu desenho é de um simples croqui para idealizar um projeto, não utilizarei outro acabamento que não seja a caneta nanquim (Figura 23). Faça traços na diagonal de forma suave, assim destacará os objetos da perspectiva. Sobre as marcações da linha do horizonte e das linhas que convergem no ponto de fuga, é interessante que sejam desenhadas apenas com grafite, pois são linhas de construção do croqui e pode-se apagar ao final do desenho. Figura 23: O desenho com a hachura para destacar o resultado final. Fonte: Elaborado pelo autor Desenho finalizado. Após alguns treinamentos, você terá capacidade de desenvolver um desenho como essa da figura 23 em poucos minutos. Como já comentado, o desenho de croqui com um ponto de fuga, é processo rápido, onde tentamos reproduzir com fidelidade um espaço, mas sem precisão. Saiba Mais Para finalizar a leitura e o entendimento inicial sobre o croqui, está Plataforma desta disciplina um artigo científico que aborda o croqui do arquiteto como objeto artístico. Acesse e tenha uma ótima leitura!! 40 EXPRESSÃO GRÁFICA Linguagem Icônica Figura 24: Projeção de uma perspectiva com um ponto de fuga a partir da visão do observador. Fonte: Elaborado pelo autor A utilização da técnica de desenho do croqui aliado à perspectiva com um ponto de fuga nos apresenta um desenho em que o analista leigo entenderá nossas intenções. O desenho desse tipo de perspectiva apresenta questões técnicas que não foi abordado nesse conteúdo, por se tratar de croqui, mas a metodologia é semelhante. 2.2 – DESENHOS COM CANETA NANQUIM A tinta nanquim surgiu aproximadamente há 4.500 anos na China, se transformando em uma das tintas mais populares do mundo e essa tinta era aplicada com pedaço de bambu ou uma pena (Figura 25). Como características, apresenta uma cor negra, rápida secagem e uma boa fluidez. A matéria prima da nanquim tradicional é fuligem de carvão negro e goma-laca. Diversas marcas de caneta populares vendem este produto como se fosse a original, mas na verdade se trata de uma tinta com aparência semelhante a nanquim. 41 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 25: Há muito tempo atrás, a pena era utilizada como ferramenta para o uso da tinta nanquimem escritas e desenhos. Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/feather-bottle-full-ink-88843828?src=c- C_5hiMHaqqBNv8uNW9ENg-1-18&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Passando o tempo, se inicia a utilização da tinta nanquim nos projetos arquitetônicos e como equipamento, foi desenvolvido uma caneta com um recipiente para armazenar a tinta, como a modelo que aparece na figura 26. É possível encontrarmos diversas espessuras de caneta no mercado, porém, essas vendidas agora, são réplicas das verdadeiras canetas a tinta nanquim. Figura 26: As verdadeiras canetas a tinta nanquim e sua variedade de espessura ou penas. Fonte: Arquivo pessoal do autor. As canetas nanquins produzem linha de tintas precisas e uniformes sem a necessidade de aplicar uma pressão sobre o equipamento. Semelhante as lapiseiras, as 42 EXPRESSÃO GRÁFICA canetas nanquins possuem diversos fabricantes e modelos, onde influencia no modo de uso e aplicação. As canetas nanquins tradicionais são fabricadas com um fio metálico regulador de fluxo de tinta, dentro de uma ponta tubular, onde o tamanho deste tubo determinará a largura da linha da tinta, conhecida também como pena. Nas livrarias e papelarias podemos encontrar nove espessura diferentes de canetas a nanquim, sendo a mais fina a de 0,13 mm e a mais espessa de 2 mm. Tempos atrás era possível encontrar para venda um estojo com um conjunto de quatro canetas, com as seguintes espessuras: 0,25mm; 0,35mm; 0,5mm; 0,7mm. 2.2.1 – Modo de Utilização Modos de utilização da caneta com tinta nanquim devem ser seguidos para evitar acidentes no momento do desenho. O autor Ching (2011) cita em seu livro Representação Gráfica em Arquitetura, algumas dicas para a utilização deste tipo de equipamento. Segundo o mesmo, a ponta tubular deve ser longa o bastante para ficar afastada da espessura do esquadro ou da régua. Você deve utilizar tinta de desenho preta que não entupa e seja à prova d´água e de secagem rápida. Mantenha as pontas bem fixada para evitar o vazamento da tinta e borrar o desenho. Após cada uso, recoloque a tampa da caneta de maneira firme, para evitar o vazamento da tinta. E por fim, quando as canetas não estiverem sendo utilizadas, devem ser guardadas na horizontal. 2.2.2 – As Canetas a Nanquim nos Dias de Hoje Após a ampliação do uso da tecnologia digital nos desenhos e mais especificamente nos projetos, diminui bastante o uso das canetas com tinta de nanquim. Desta maneira, o mercado desenvolveu canetas mais baratas e de baixa manutenção. Elas são equipadas com pontas tubulares e tintas à base de pigmentos, sendo também à prova d´água como as que estão na figura 27. 43 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 27: Modelos de caneta a tinta nanquim atuais. Fonte: Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/tinta-canetas-esbo%C3%A7o-sketchbook-2656528/. Aces- so em 19 de junho de 2019. Atualmente são mais utilizadas para a escrita, na produção final de desenhos à mão livre e também para o desenho com equipamentos como, réguas e esquadros. Também possui uma grande variedade de espessura, onde indico a compra de uma espessura fina, outra intermediária e uma com a maior espessura possível. As canetas a tinta nanquim atuais não são recarregáveis, o que barateou o custo deste equipamento. 2.3 – FÓRUM A atividade deste item possui a função de interação entre os alunos, através da plataforma BlackBoard. Proponho uma interação entre os alunos, onde os mesmos devem apresentar o resultado do processo de desenho solicitado no Exercício 2, item 6 – Exercício de Revisão. Não há necessidade de os desenhos estarem prontos, assim, os colegas poderão também auxiliar os alunos com maiores dificuldades para executar a tarefa. 44 EXPRESSÃO GRÁFICA Sugestão de Livro CURTIS, B. Desenho de Observação, 2ª Ed. AMGH, 2015. A obra trata de conceito dos desenhos desenvolvidos através da observação, técnicas de desenhos e materiais que devem ser utilizados, além de como usa-los. Este livro será de extrema importância para lhe apoiar em alguma questão que lhe apresente dificuldade. Sugestão de Filme Estas atividades complementares lhe atribuirão um conhecimento extra sobre o assunto abordado na unidade. Deixo aqui o QR Code de um vídeo para que você acesse para conhecer mais sobre a técnica de desenho à mão com 1 ponto de fuga, desenvolvido pelo canal do Youtube Mandiee. Assista, isto lhe agregará um conhecimen- to incrível em perspectivas. Bom vídeo!! Para acessar o vídeo, utilize seu smartphone com a câmera ligada. Bom vídeo. EXERCÍCIOS DE REVISÃO Aqui neste espaço proponho dois tipos de atividades: um teórico e outro prático. O primeiro será de responder algumas questões sobre o conteúdo estudado, e a segunda, o desenvolvimento em casa de um desenho à mão livre. Exercício 1 A. Agora você já possui o conhecimento sobre os diversos tipos de desenho à mão livre que podemos elaborar. Cite três tipos de croquis e comente a sua funcionalidade. B. Sobre o croqui com um ponto de fuga, quais são os dois elementos vitais para a construção do desenho em perspectiva? C. Referente às canetas nanquins, no início do seu uso, eram utilizados como equipamentos pedaços de bambus e penas de ganso. Qual a relação dessas penas de ganso com as espessuras das linhas? 45 EXPRESSÃO GRÁFICA D. Com o avanço da tecnologia digital o desenho à mão livre perdeu espaço, sendo que houveram algumas mudanças nos tipos de canetas com tinta de nanquim vendidas nos dias de hoje. Quais são as características das canetas atuais? Exercício 2 Utilizando o desenho abaixo, construa um croqui em perspectiva com um ponto de fuga. Dicas: utilize um papel transparente, mais indicado é o sulfurize. Realize todo o desenho com grafite e somente após finalizado o desenho, passe a caneta nanquim por cima e pinte o desenho através de traços, como apresentei no item 3.3.1. Planta Baixa Vista 46 EXPRESSÃO GRÁFICA EXERCÍCIO FINAL 1. Levantando uma situação hipotética, você enquanto profissional, está em uma obra resolvendo a execução de tal, necessita explicar ao mestre um detalhe. Qual técnica de representação arquitetônica utilizará com maior agilidade? (A) Maquete eletrônica (B) Croqui (C) Maquete física (D) Desenho técnico (E) Realidade Virtual 2. O croqui desenhado através da perspectiva com um ponto de fuga é uma técnica interessante de ser usada para representar algo que tenha profundidade. Para qual tipo de desenho o croqui com um ponto de fuga é mais utilizado? (A) Arranha céu (B) Interiores de ambientes (C) Peças de máquinas (D) Residências (E) Edifícios 3. A caneta nanquim é uma ferramenta bastante utilizada para darmos acabamento nos desenhos. O nanquim é um produto que surgiu na China e antigamente era produzida com óleo de baleia. Qual a cor da tinta da caneta nanquim? (A) Azul. (B) Vermelha. (C) Verde. (D) Preta (E) Grafite CONCLUSÕES FINAIS O conteúdo apresentado nesta Unidade 2 foi uma introdução aos tipos desenho à mão livre que podemos elaborar. Mas não acaba por aqui. Já convido você para acompanhar a 47 EXPRESSÃO GRÁFICA próxima Unidade, que tratará de outras três técnicas de desenho à mão livre, sendo uma delas o desenho de perspectiva com dois pontos de fuga. Como você pode acompanhar na primeira parte deste conteúdo, quando focamos sobre os croquis de elaboração, que não há necessidade de os mesmos serem graficados fielmente conforme o autor do projeto imagina como a forma estará após de pronta. Os croquis de idealização é uma maneira rápida de anotarmos aquilo que se passou em milésimos de segundo em nossa cabeça. Também podemos chamar essas “luzes” de insight. Seria leviandade minha escrever para vocês que o projetista não necessita possuir o mínimo de domínio sobre o desenho à mão livre. Haja visto a necessidade do uso de croquis para esclarecimentos ou elucidação de uma situação de obra ou projeto. Na verdade, esseaprendizado acaba por se tornar uma atividade relaxante, eu particularmente gosto muito de criar croquis (apesar das atividades diárias me ocuparem um bom tempo do dia, me obrigando assim a utilizar as ferramentas digitais), onde sempre deixo meus traços equilibrados e descarrego aquilo que preenche minha mente. Ao final, apresentei a você um equipamento que os desenhistas mais antigos tratam com muito romantismo, a caneta com tinta nanquim. Talvez você que tenha nascido após o ano 2000, tenha ouvido falar da caneta a nanquim apenas para produzir desenhos que não há relação com projetos arquitetônicos ou de interiores. Se não havia ouvido nada a respeito deste tipo de caneta, nesta unidade foi lhe apresentado. Pois bem, chegamos ao fim de mais um conteúdo, é importante que você realize as leituras complementares disponíveis em nossos sistemas ou acesse através do link que deixo nos conteúdos de aprendizagem. Também é importante que você realize os exercícios propostos, para que lhe ajude a fixar o conteúdo apresentado neste material. Até a próxima!! 48 EXPRESSÃO GRÁFICA REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BLOG DESENHO ARTÍSTICO E HISTÓRIA DA ARTE. Pré-História. Disponível em: http:// julirossi.blogspot.com/2008/02/pr-histria.html. Acesso em: 24 de abril de 2019. CHING, Francis D. K. Representação Gráfica em Arquitetura. 5ª edição, Porto Alegre, Bookmam, 2011. DOMINGUEZ, F. Croquis e Perspectivas. 1 ed. Porto Alegre. Masquatro Editora, 2011. FARRELY, L. Fundamentos de Arquitetura. Porto Alegre. Bookaman, 2010. FERRARI, D.O.A. Estudo comparativo entre o processo criativo na arquitetura e na joalheria com ênfase na criação de Frank Gehry. Dissertação da FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. USP, 2011. SITE ALVAREZ ARQUITETOS ASSOCIADOS. Croquis. Disponível em: http://www. alvarezarquitetos.com.br/site/projetos/croquis/. Acesso em 25 de abril de 2019. SITE DIONÍSIO ARTE. Saiba mais sobre a arte egípcia. Disponível em: http://www. dionisioarte.com.br/saiba-mais-sobre-a-arte-egipcia/. Acesso em: 24 de abril de 2019. SITE HISTÓRIA ARQUITETURA. Introdução à nanquim. Disponível em: https:// historiaartearquitetura.com/2017/03/30/nanquim-introducao/. Acesso em: 26 de abril de 2019. SITE PINTEREST. Desenho à mão livre. Disponível em: https://br.pinterest.com/ pin/547891110898124965/?lp=true. Acesso em: 24 de abril de 2019. SITE PINTEREST. Diagramas com um ponto de fuga. Disponível em: https://br.pinterest. com/pin/493918284117529642/. Acesso em: 02 de junho de 2019. SITE YOUTUBE. Desenho de Observação. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=GioKtkRwrw8. 25 de abril de 2019. 49 EXPRESSÃO GRÁFICA 3 unidade DESENHO DE OBSERVAÇÃO. CROQUIS COM DOIS PONTOS DE FUGA. DESENHO A CORES. TIPOS DE PAPÉIS. 50 EXPRESSÃO GRÁFICA INTRODUÇÃO À UNIDADE Olá aluno(a), tudo bem? Iniciamos os estudos da Unidade 3 desta disciplina Expressão Gráfica. Espero que você tenha aproveitado o conteúdo apresentado na Unidade 2, onde apresentei o conceito do desenho tipo croqui e de suas variações de criação e finalidade. Superado então este momento em que os alunos ficam mais apreensivos por se tratar de um desenho de criação, iremos focar agora em outras técnicas de desenho à mão livre, como o desenho de observação e o desenho às cegas. Assim como na Unidade 2, além de eu apresentar a você técnicas de desenho, também irei disponibilizar um conteúdo de como utilizar tipos de equipamentos como o lápis de cor, canetas hidrocor e lápis aquarelável, para colorir os desenhos. Chamamos as técnicas e modos de pintura como cobertura de desenho e para cada tipo e tamanho de desenho, se usa uma técnica de preenchimento do espaço. Aprendemos no colégio que no momento da pintura de uma figura, deveríamos utilizar somente um tipo de material, ou seja, as canetinhas não eram utilizadas juntamente com lápis de cor. Você verá que, para cada tipo de acabamento será necessário a utilização de um tipo de equipamento. Geralmente, canetas hidrocor não conseguem realizar um alto acabamento próximo as bordas da figura. Após conhecer tais técnicas e metodologias de pintura, é possível perceber que colorir não é somente escolher a cor mais adequada para cada tipo de desenho, é algo além, que parte da escolha do tipo de papel. Pensamos da seguinte maneira. Desejo realizar a pintura de um croqui ou um desenho de observação com lápis aquarelável, desta maneira, já sabemos que não será possível utilizar o papel sulfurize. Por ser um papel fino, ele não suportará a umidade produzida pela água no pincel e então se dissolverá. Convido-lhe então a se dedicar mais uma vez na leitura do texto e nas realizações dos exercícios, para que as atividades dispostas para essa unidade sejam novamente cumpridas com sucesso. Ao menos, podemos afirmar que esta atividade será prazerosa e relaxante, pois sempre que nos envolvemos com a arte, nosso cérebro apresente um sentimento bom. Nesta Unidade continuamos conhecendo as técnicas e métodos para o desenvolvimento do desenho à mão livre e conhecer as técnicas e equipamentos para colorir tais desenhos. Veja o que você aprenderá neste Módulo: • O que é croqui ou desenho de observação; • Desenvolver croqui com dois pontos de fuga; • Quais as técnicas de colorir desenhos; • Como colorir com lápis de cor; 51 EXPRESSÃO GRÁFICA • Como colorir com canetas hidrocor; • Tipos de papéis para desenho. Bom estudo!! 3.1 – DESENHO DE OBSERVAÇÃO Farrely (2010), comenta que algumas das melhores ideias surgem quando entendemos melhor algo que já existe. Portanto, podemos dizer que os desenhos de observação ou também conhecidos como croquis de observação, nos auxiliam a compreender uma determinada edificação, pois no momento em executamos este tipo de desenho, somo obrigados a prestar atenção em pequenos elementos construtivos que talvez passariam despercebidos em um simples olhar. O desenho de observação é o mesmo que aparece na figura 28, não se restringe somente a desenhos de edificações, mas também, figura humana, paisagens, frutas, vegetação, etc. Farrely (2010) compara o desenho de um corpo humano com o desenho de uma edificação, pois ambos (corpo-humano e edificação) são entendidos através dos croquis, auxiliando no desenho dos componentes individuais e auxiliando no entendimento da funcionalidade. Saiba Mais Deixo disponível aqui para vocês um link onde você acessa ao vídeo que ensi- na macetes para realizar um desenho de observação. Assista!! • https://www.youtube.com/watch?v=gU8QO4qguKc 52 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 28: Desenho de observação Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/download/confirm/1062226073?src=bFI- f-zHFYwu4zlLzVO9eWA-1-90&studio=1&size=huge_jpg. Acesso em: 19 de junho de 2019. De acordo com Ching (2011), apesar dos avanços apresentados pela tecnologia da representação gráfica por computador, o desenho à mão livre ainda é o meio mais intuitivo para registrar graficamente observações, ideias e experiências. Ainda de acordo com o autor, a natureza tátil e cinestésica do desenho à mão livre, como resposta direta aos sentidos, aguça nossa percepção no presente e nos permite coletar memórias visuais do passado. O modo de croqui criado por observação faz melhorar a capacidade humana em reter memórias visuais e ajuda a aumentar o nosso vocabulário de desenho. Ele também é considerado mais significativo e gratificante quando o desenho é realizado sobre algo que nos interessa. Uma das dicas sugeridas por autores do ramo, é de no momento de o desenho considerar quais são os aspectos e qualidades que chamam mais atenção. Alguns temas podem incluir uma relação entre os espaços internos e externos, sequências espaciais e padrões urbanísticos. Estudos de proporções, escala, iluminação e cor, como materiais que se conectam na composição do sistema, detalhes e outras características sensoriais, contribuindo assim para as características de umlocal. 53 EXPRESSÃO GRÁFICA A metodologia do desenho de observação é primeiramente a análise visual criteriosa do objeto a ser desenhado, devendo ser empregado no desenho não somente a imagem vista pelo observador, mas também pensamentos e sensações. Um desafio considerado constante é a escolha do ângulo de observação, além da técnica mais adequada para a descrição de um determinado aspecto, característica ou qualidade do objeto. Ching (2011) aconselha que você não deve se preocupar com a técnica, cada pessoa inevitavelmente desenvolverá um estilo pessoal de desenho. A figura 29, demonstra a precisão e habilidade que o desenhista tem para o desenvolvimento do desenho de observação. Figura 29: Desenho de observação de um centro urbano Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/ci- ty-hand-drawn-vector-illustration-287779262?src=GaBtx1mEtgZOAjIH3yVAtQ-1-3&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Outra exigência do desenho de observação é o uso de equipamentos simples, como uma caneta, um lápis, um bloco de papel que seja adequada tanto a desenhos a seco, quanto técnicas molhadas (aquarela). É aconselhável um teste com outros equipamentos de desenho, para que você saiba o comportamento de cada equipamento e saber a qual você melhor se adapta. Dependendo do objeto a ser desenho exigirá um maior detalhamento, pois estes objetos exigem que você represente diversos tipos de linhas finas. 54 EXPRESSÃO GRÁFICA Já para Curtis (2015), a linha por ser tão simples, está entre os instrumentos visuais mais diretos e efetivos para provocar uma sensação de movimento em nossa mente. Ele completa ainda que, aos nossos olhos percorrerem uma linha, internalizamos sensações muito reais de movimento, velocidade, energia, aceleração, peso, ritmo, textura, além do prazer a essas sensações. 3.1.1 – Posturas Para Desenho Assim como outras atividades físicas, o desenho também exige concentração e também uma determinada quantidade de esforço físico. O desenho é considerado como expressão direta de energia e movimento, assim, exigindo de seus autores o entendimento destes dois elementos para serem controlados e transformados no vocabulário da forma artística. Curtis (2015) defende que a posição em pé para desenhar é a melhor de todas. O autor argumenta que quando desenhamos em pé gera mais energia, diferentemente de quando desenhamos sentados. Complementa a justificativa dizendo que em pé, gera tensão física, certo nível de desconforto e envolvimento muscular, auxiliando a mente e os olhos em manter-se focados na atividade. Diversos estudos tem discutido sobre a o envolvimento da atividade física nos níveis de atenção, energia e produtividade dos trabalhadores em fábricas. Autores comentam que quando o desenho é elabora na posição em pé, é utilizado todo o corpo, proporcionando a atenção sensorial e sensibilidade física. 3.1.2 – Posição da Prancheta Antes de iniciar os desenhos, é importante a correta instalação do papel que será utilizado no desenvolvimento do desenho. Esta folha de papel deve estar em ângulo de 90° em relação a sua posição e o centro do papel alinhado com a altura do seu ombro. Também é aconselhável a utilização de uma mesa regulável onde será possível o ajuste, pela diferença de estatura dos usuários dessa prancheta. Deve-se evitar a utilização dessa mesa de desenho no modo plano, ou seja, paralelo com o chão (Figura 30), pois gerará distorções significativas em seu desenho. A figura 31 mostra o desenhista posicionado adequadamente para a realização da atividade. O mesmo se encontra sentado, com o devido apoio das pernas, assim, o 55 EXPRESSÃO GRÁFICA desenho também terá uma melhor qualidade no traço. Figura 30: Posição inadequada para o desenho Fonte: Curtis (2015) Figura 31: Posição adequada para o desenho Fonte: Curtis (2015) 3.1.3 – Variedades ou Tipos de Traços Um outro tipo de material para desenhar, que ainda não foi comentado aqui é o carvão, bastante utilizado por artistas como os pintores por exemplo. Quando o lápis com carvão é pressionado, produz uma linha preta densa em papel branco, produzindo desenhos com bastante intensidade e nitidez. Sabendo que o carvão quando pressionado com uma intensidade moderada produz traços pretos aveludados muito facilmente, o desafio é encontrar uma gama de traços com espessura de linhas e intensidade de tons, como é possível visualizar na figura 32. Quando alternado a pressão exercida no lápis de carvão, o mesmo produzirá diferentes tipos de traços e à medida que se desenha, a ponta do carvão se deforma devido ao desgaste com o atrito no papel. Ao longo do tempo, você criará sensibilidade e se adaptará a estas mudanças criando uma habilidade extra para tal alteração de traços. 56 EXPRESSÃO GRÁFICA Figura 32: Alternância de traços realizado por Henri de Toulouse-Lautrec Fonte: Curtis (2015) Experimente realizar traços grossos e fortes, posteriormente traços suaves e finos. Para realizar essa alternância de traços em um desenho, é necessário que você disponha de um alto nível de atenção, onde a hierarquia dos traços é que dará as sensações reais em um trabalho. De acordo com Curtis (2015), essa variação de traços é tão importante, que já se torna o suficiente para ser considerado uma obra de arte, mesmo havendo imprecisões de proporções ou relações espaciais distorcidas. 3.2 – CROQUIS COM DOIS PONTOS DE FUGA Este tipo de desenho é mais utilizado para desenvolver perspectivas de externas de edificações, sendo interessante em realiza-lo pensando espacialmente e não apenas para quem o desenha, mas também para quem o observa. O sistema de desenho em perspectiva 57 EXPRESSÃO GRÁFICA possui características que o desenhista deve entender para desenvolver a sua atividade. Diferentemente ao desenho com um ponto de fuga, não se utiliza a sequência linear do menor ao maior. Outra característica do desenho com dois pontos de fuga é a ausência de limite na folha, pois a perspectiva leva o observador ter sensação da continuidade do desenho. Também há um aumento do realismo no método do desenhista se comunicar com quem observa o desenho, permitindo empregar mais riqueza dos componentes que farão parte da cena. Caso você não conheça uma perspectiva com dois pontos de fuga, a figura 33 lhe apresenta o desenho de uma edificação utilizando este tipo de perspectiva. Mas na figura abaixo, a mesma foi desenhada com o auxílio de equipamentos. Figura 33: Perspectiva de uma residência utilizando dois pontos de fuga Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/architecture-sketch-225873019?src=GaBtx1mEtg- ZOAjIH3yVAtQ-1-91&studio=1. Acesso em: 19 de junho de 2019. Ao analisarmos as tendências contemporâneas da arquitetura e do desenho, não se pode imaginar em não utilizar o uso rápido do desenho com dois pontos de fuga. Então, para o fácil entendimento de como se procede a montagem de um desenho com dois pontos de fuga, é possível dizer que a metodologia é a mesma do desenho com um ponto de fuga, onde se varia apenas algumas formas de representação. Os dois pontos de fuga trabalharão em conjunto, onde um é usado em todo o campo de projeção, posteriormente inserindo o segundo ponto de fuga para representar as vistas inclinadas que são tão apreciadas. O uso da técnica de desenho com dois pontos de fuga é escolhido quando a necessidade de exibir as faces do comprimento e da largura ao mesmo tempo no ponto de vista do observador, como o desenho da figura 34, quando ambos os pontos se alinham à linha 58 EXPRESSÃO GRÁFICA do horizonte. Quando a linha da aresta do desenho está em primeiro plano, voltada para o observador, suas linhas de fuga se direcionam aos pontos de fuga. Abaixo, a figura representa todas as linhas do desenho não estão na horizontal, pelo motivo do deslocamento para os pontos de fuga. Figura 34: Perspectiva de uma edificação com dois pontos de
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