Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo prova prática patologia clínica -Leitura de capilar (hematócrito) -Leitura de proteína total e densidade urinária (refratômero) -tubos de coleta -Morfologia hemácias -leitura de lâminas para identificação de células sanguíneas -cálculo de fibrinogênio ➔ Leitura de capilar (hematócrito) -Na vida embrionária a hematopoiese inicia-se no saco vitelino, estágio em que há o início da formação vascular. Com o desenvolvimento fetal o fígado, o baço e a medula óssea são os maiores órgãos hematopoiéticos; - Durante a segunda metade do desenvolvimento do feto a medula óssea e os órgãos linfóides periféricos (para os linfócitos) são os maiores locais de produção de células sangüíneas. Após o nascimento a hematopoiese passa a ocorrer somente na medula óssea nos mamíferos. Inicialmente a medula óssea de todos os ossos participa desta atividade, mas com a idade esta função vai limitando-se à medula óssea dos ossos chatos e epífises dos ossos longos, isto porque a demanda por eritrócitos decresce com a maturidade. -No animal adulto, os principais ossos envolvidos no processo são: o esterno, o crânio, o ílio, as costelas e as extremidades do fêmur e do úmero ; -A medula vermelha ou ativa com o tempo vai desaparecendo e deixa de ser hematopoiética, sendo substituída por tecido gorduroso, o qual forma a medula amarela ou inativa. Em casos de necessidade ocorre regeneração e a medula amarela passa a ser vermelha. Nestes casos, a hematopoiese pode voltar a ser realizada pelo fígado, baço e linfonodos. -Na fase senil a medula óssea amarela se torna medula fibrosada e é de difícil e vagarosa expansão, o que dificulta a rápida resposta à anemia nestes animais. Deste modo, podemos facilmente associar a hematopoiese à vida do indivíduo. -A fase de rápido crescimento do jovem está associada à expansão do volume sanguíneo, com pesada demanda na medula por eritrócitos, portanto todos os ossos são capazes de hematopoiese. -Órgãos envolvidos na hematopoiese: baço armazena e elimina hemácias (hemocaterese) e plaquetas, além de estar envolvido na hematopoiese inicial, produz linfócitos e plasmócitos, degrada hemoglobina, estoca o ferro, remove corpúsculos de Howell-Jolly, corpúsculos de Heinz e parasitas dos eritrócitos; fígado, responsável pelo estoque de vitamina B12, folato e ferro, produz muitos dos fatores de coagulação, albumina e algumas globulinas, converte a bilirrubina livre à conjugada para excretá-la pela bile, participa da circulação entero-hepática do urobilinogênio, produz um precursor (α-globulina) da eritropoietina ou alguma eritropoietina e retém seu potencial embrionário para hematopoiese; estômago produz HCl para liberação do ferro do complexo de moléculas orgânicas e o fator intrínseco para facilitar a absorção da vitamina B12; mucosa intestinal está envolvida na absorção da vitamina B12 e folato e controla a taxa de absorção de ferro em relação as necessidades corporais. rins produzem eritropoietina, trombopoietina e degradam excessivamente a hemoglobina filtrada do ferro e bilirrubina para excreção na urina. timo consiste em um órgão linfóide central responsável pela diferenciação das células precursoras, derivadas da medula óssea, em linfócitos T imunologicamente competentes, envolvidos na imunidade celular e produção de linfocinas; linfonodos e folículos produzem linfócitos que sob estimulação antigênica se transformam em plasmócitos, estando engajados ativamente na síntese de anticorpos. O sistema monocítico-fagocitário (sistema reticuloendotelial) consiste no maior sistema fagocítico do organismo encarregado da defesa celular na infecção microbiana, destrói várias células sangüíneas, degrada hemoglobina em ferro, globina e bilirrubina livre, estoca o ferro e secreta macromoléculas de importância biológica, por exemplo, fatores estimulantes de colônia e complemento. - Eritropoiese: torno de sete a oito dias para se completar; núcleo eritrocitário é expulso no decorrer do processo de desenvolvimento nos mamíferos e fagocitado por macrófagos locais. Enquanto nas aves, peixes, anfíbios e répteis as hemácias são nucleadas. células ficam na medula óssea até a fase de metarrubrícito, e nas fases finais de maturação, como o reticulócito, podem ser encontrados no sangue periférico em algumas espécies. A fase de proliferação, compreendida entre a célula pluripotencial até o metarrubrícito, leva de dois a três dias, enquanto o restante consiste na fase de maturação, levando em torno de cinco dias. -Eritrograma: exame realizado com o sangue periférico colhido com anticoagulante, com o objetivo de se obter informações gerais sobre o animal no momento da colheita ; composto de três partes: o Eritrograma, o Leucograma, e as Plaquetas; compreende o número total de hemácias/μl, concentração de hemoglobina (g/dl), volume globular (%), VCM (fl), CHCM (%), proteínas plasmáticas (g/dl), reticulócitos (%), metarrubrícitos/100 leucócitos. -Hematócrito ou Volume Globular (%): percentagem de eritrócitos no sangue; métodos de centrifugação dão um volume de células sedimentadas, que corresponde a uma mensuração muito exata; É um dos exames mais úteis no estudo da série vermelha e com ele podemos obter inúmeras informaçõescomo: a coloração do plasma, a capa leucocitária, microfilárias e Tripanossoma spp; plasma normal é límpido e incolor (caninos e felinos) ou ligeiramente amarelado nos eqüinos e bovinos, devido ao caroteno e à xantofila presentes na alimentação dos herbívoros; Plasma ictérico é amarelo e límpido; plasma hemoglobinêmico é límpido, variando de rosa a vermelho; plasma lipêmico é esbranquiçado e turvo; O plasma obtido por este método pode ser empregado em outros exames, como concentração de proteínas plasmáticas totais e concentração de fibrinogênio plasmático, utilizando-se a precipitação pelo calor e refratometria; - Determinação: princípio é a sedimentação dos elementos figurados do sangue, obtendo-se a proporção destes elementos em relação ao plasma; � ★ Tomar o frasco com sangue mais anticoagulante e homogeneizar; � ★ Pegar o tubo capilar e por capilaridade deixar o sangue preencher 2/3 do tubo; � ★ Fechar a extremidade seca em chama de bico de Bunsen, girando-se o tubo; � ★ colocar o tubo na centrifuga de microhematócrito com a parte vedada para fora, deixando centrifugar o tubo por 5 minutos - Com tal força centrífuga, a maioria do plasma (ou todo ele) é removida das camadas de eritrócitos; � ★ Ler o resultado utilizando a tabela própria para microhematócrito, obtendo-se o resultado em %. - menisco inferior (hemácias) deve coincidir com a linha “zero” e o menisco superior (plasma) deve coincidir com a linha “cem”. -A leitura é feita onde ocorre separação entre as duas fases OBS: Podem ser observadas três camadas distintas no tubo após sua remoção da centrífuga: coluna de plasma no topo, eritrócitos compactados na base e uma pequena banda branca ao meio (capa flogística ou camada branca); capa flogística é constituída de células nucleadas (predominantemente leucócitos) e de plaquetas e pode ser levemente avermelhada caso a concentração de eritrócitos nucleados estiver aumentada proeminentemente. observação de quaisquer anormalidades na coluna de plasma sobre os eritrócitos deve ser registrada. icterícia é a pigmentação excessivamente amarela da coluna de plasma, sugerindo hiperbilirrubinemia, cuja magnitude deve ser confirmada pela determinação bioquímica da concentração sérica de bilirrubina; lipidemia é a coloração branca e opaca da coluna de plasma que ocorre devido à presença de quilomícrons e está associada mais comumente à coleta de sangue pós-prandial, mas também pode estar associada a distúrbios que envolvam o metabolismo de lipídios; hemólise é a coloração vermelha da coluna de plasma que geralmente é resultante da lise de eritrócitos induzida por artefatos durante a coleta de sangue. caso o hematócrito esteja normal, pode-se assumir que seja apenas um artefato. Menos comuns, as causas de anemia que resultam em hemólise intravascular também podem dar origem a hemólise visível na fração plasmática, o que também é conhecido como hemoglobinemia; ➔ Leitura de proteína total e densidade urinária (refratômero) -Após a observação e a mensuração do hematócrito, a coluna de plasma pode ser utilizada para estimar a concentração de proteínas plasmáticas por meio do uso do refratômetro; -Esse aparelho pode ser utilizado para estimar a concentração de qualquer soluto em um líquido, seguindo o princípio de que o soluto refrata (ou desvia) a luz que passa através do líquido em um grau proporcional à sua concentração; - concentração de proteínas plasmáticas é mensurada utilizando-se a coluna de plasma do tubo de micro-hematócrito; -valores de DU normais: cão a densidade varia de 1.015 a 1.045, no gato entre 1.035 a 1.060 e para grandes animais de 1.015 a 1.030. ★ O tubo é quebrado no nível da capa flogística ★ e a porção do tubo contendo o plasma é utilizada para preencher o refratômetro ★ aparelho é então empunhado de maneira que uma fonte de luz ambiente possa passar através do prisma embebido como plasma ★ e então se lê o grau de refração da luz em uma escala visível por meio da ocular ★ resultado é relatado como g/dL (g/100ml). ➔ Tubos de coleta -Tubo de tampa lilás/roxa/lavanda : contém o anticoagulante ácido etilenodiaminotetracético (EDTA); usado na coleta de sangue para determinações hematológicas (hemograma); EDTA provoca a preservação mais consistente do volume celular e das características morfológicas em esfregaços sanguíneos corados; sal líquido tripotássio (K3) é a apresentação mais comumente utilizada do EDTA; Uma formulação mais nova é o dipotássio (K2), que é pulverizado seco em tubos plásticos; tubos são maiores e têm uma linha visível do preenchimento recomendado. tubos plásticos contendo K2 podem ser mais indulgentes ou preenchidos abaixo do indicado. Apresentações em pó não são recomendadas devido à demora e à inconsistência ao se homogeneizar com o sangue adicionado ao tubo; na separaçao obtemos o plasma (apresenta fibrinogênio; contém proteínas e fatores da coagulação); A presença de coágulos na amostra prejudica as contagens de células e plaquetas; OBS: testudíneos (tartarugas) não posso usar porque causa lise das hemácias; - Tubo de tampa vermelha ou tubo de coleta de soro: possui ativador de coágulo; na separação obtemos o soro (não tem anticoagulante/ é o plasma sem fibrinogênio e fatores da coagulação.); não tem anticoagulante; sem fator de coagulação, pois estes foram consumidos pelo coágulo; exames no laboratório clínico, por exemplo os de bioquímicae sorologia, são realizados utilizando o soro; Muitos podem ser feitos utilizando o plasma mas, pela praticidade e qualidade (líquido livre de células), a maioria dos laboratórios utilizam o soro; usado na maior parte para análise bioquímica/perfil bioquímico e sorológica; pesquisa de anticorpos; -Tubo de separação de soro ou tubo Sure-Sep : é uma variação do tubo de tampa vermelha, não contendo anticoagulante; tampa é vermelha com um marmoreado preto; contém um gel que separa a fração correspondente ao volume globular do soro quando submetido à centrifugação; É conveniente para uso em situações em que se desejam a centrifugação no local da coleta e o transporte até o laboratório sem a necessidade de transferir o soro para um tubo separado. O gel separa fisicamente as células do soro, prevenindo, dessa maneira, a ocorrência do metabolismo da substância analisada na interface célula/líquido. gel amarelo na parte inferior; pode causar falsa redução de glicose porque as células presentes liberam enzimas que quebram e consomem a glicose; -Tubo de tampa azul: contém citrato de sódio > forma um quelato com o cálcio, ou seja, ele irá se ligar aos íons cálcio da amostra e a cascata da coagulação será interrompida, pois o cálcio é importante para a produção do fator IX ativado da coagulação; usado para determinações bioquímicas de coagulação; usado para teste de coagulação (Fibrinogênio, KPTT (tempo parcial da protrombina), TAP (tempo de atividade da protrombina) e estudo das plaquetas (Fator de Von Willebrand). - Tubo de tampa cinza : contém fluoreto de sódio (não é um anticoagulante) > inibe as enzimas da via glicolítica e evita que os eritrócitos metabolizem a glicose enquanto o sangue total é transportado ao laboratório; usado mais especificamente para medir glicemia (teste glicêmico); Não é utilizado rotineiramente; OBS: muito importante em neonatos, animais pediátricos e pacientes críticos; -Tubo de tampa verde : contém heparina lítica > Esse anticoagulante utilizado para alguns testes bioquímicos especiais, hemogasometria; pode ser sangue arterial ou venoso; A vantagem é a de não ser necessário aguardar que a coagulação se complete para obter o soro; O plasma pode ser separado imediatamente para testes, sendo que os resultados da maioria das substâncias analisadas são equivalentes no soro e no plasma; Anticoagulante de eleição para aves e selvagens. OBS duas exceções: valor da proteína total será levemente maior no plasma, pois ele inclui o fibrinogênio; potássio é, em média, 0,5 mmol/ℓ maior no soro por causa de sua liberação pelas plaquetas durante a coagulação; heparina lítica também é utilizada para determinações eletroquímicas; *erro comum de manejo é a heparinização excessiva inerente à adição manual de heparina às seringas de coleta. heparina também tem a capacidade de se ligar fracamente ao cálcio e de causar falsa mensuração de baixo cálcio ionizado; - Tubo de tampa branca : usado para transporte de amostras; -Microtubos: Tubos com volumes muito pequenos; disponíveis para usos especiais, tais como para animais de laboratório muito pequenos; podem variar de 0,25 a 1 μℓ. Devem ser evitados na prática veterinária em geral devido ao potencial erro no manejo da amostra; ➔ Morfologia hemácias -esquistócitos, ceratócitos -acantócitos e equinócitos -esferócitos -estomatócitos -excentrócitos -leptócitos e codócitos (hemácias em alvo) -CORPÚSCULOS DE lentz > rosa dentro da célula (erliquia é roxo); ➔ leitura de lâminas para identificação de células sanguíneas -neutrófilos segmentado -neutrófilo hipersegmentado -linfócitos -monócitos -basófilos -eosinófilos -plaquetas ➔ cálculo de fibrinogênio - fibrinogênio é uma proteína de coagulação de fase aguda (fator I da coagulação) produzida pelo fígado. glicoproteína plasmática solúvel; Ajuda a parar o sangramento, ajudando a formar coágulos sanguíneos. É um fator de coagulação do sangue que é extraído do plasma sanguíneo. -Também chamado de proteína de fase aguda porque sua concentração no sangue aumenta rapidamente em resposta a processos inflamatórios; ★ sangue total anticoagulado com EDTA é recolhido para dois tubos de microhematócrito. -Um é imediatamente centrifugado e a proteína total determinada no plasma sobrenadante por refratômetro . -O segundo tubo é colocado em banho-maria a 56°C por 3 minutos. fibrinogênio é uma piroglobulina e precipita quando aquecido. ★ O tubo de microhematócrito aquecido é então centrifugado e a proteína total determinada por refratômetro. aquecimento do plasma precipita o fibrinogênio e a centrifugação o separa dos demais constituintes plasmáticos. Faz-se então a leitura das proteínas plasmáticas totais por refratometria e posteriormente a leitura do plasma com o fibrinogênio precipitado . ★ A diferença entre as duas medidas do refratômetro equivale à concentração de fibrinogênio em mg/dL, ou seja, o fibrinogênio que foi retirado do plasma no segundo tubo por aquecimento e centrifugação. ★ diferença dos valores obtidos refere-se a concentração de fibrinogênio plasmático OBS: Está diminuído na CID. Valores normais de fibrinogênio (g/L): Cão: 1 a 5; Gato: 0,5 a 3; Cavalo: 1 a 4; Bovinos: 2 a 7. Interpretação : Concentrações normais não descartam inflamação (os valores se correlacionam mal com os resultados do fibrinogênio coagulável). Os resultados serão https://www.sciencedirect.com/topics/agricultural-and-biological-sciences/glycoprotein imprecisos se houver interferentes no sangue que afetem a medição do índice de refração (lipemia, hemólise). Altas concentrações são observadas nas seguintes condições: Inflamação de qualquer causa, por exemplo, sepse em cavalos, doença renal em vacas. O fibrinogênio pode não ser uma boa proteína de fase aguda positiva (sensível) em camelídeos.
Compartilhar